quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (95)


ENFIM, QUEM SÃO OS TAIS DO ALTO E DO BAIXO CLERO POLÍTICO BAURUENSE?
Um vereador, Ricardo Cabelo (Republicanos) escancarou ontem na tribuna da Câmara algo contra dois vetustos colegas de farda e os denominou de Alto Clero, na sequência assumindo ser ele do Baixo Clero. Além da estocada da fala, contundente, direta e reta, escancara outra coisa, a existência lá dentro da Câmara dos que se acham mais preparados, dignos representantes da elite local, os tais dos "Forças Vivas" e os dos andares de baixo, muitos também fazendo força para subirem de degrau, mas pela resistência dos de cima, mesmo bajulando e cumprindo pérfidos papéis, são mantidos sob eterna vigilância e sob controle. Segundo Cabelo, eles três já estão classificados, catalogados e devidamente etiquetados, mas e os demais? A distinção e diferenciação sempre existiu, pois quem veio representando a Zona Sul não gosta de ser colocado no mesmo patamar dos que são provenientes da Zona Norte.
Além dos nomes pra lá e pra cá, fica bem claro com a fala, como se dá as relações entre as partes lá dentro, com os que impõem e os que devem obedecer. Tudo continua como dantes lá nas hostes da Câmara, mas daqui por diante, pelo visto, cada qual deve saber o seu lugar e votar conforme orientação do segmento mais preparado (sic). E por fim, na última eleição para prefeito talvez estivesse a ocorrer algo parecido, quando o mesmo segmento pérfido, neoliberal na essência disputavam a vaga, mas algo os diferenciava: seria o tal de um ser do Alto e outro do Baixo Clero? E isto muda alguma coisa no quesito cravar a estaca nos interesses populares?

EU O VI E O FOTOGRAFEI, ELE ZANZAVA PELA GETÚLIO
Gosto dele e de papear com pessoa tão agradável. Leonardo de Brito é jornalista de velha cepa, aqui chegando desde décadas e se estabelecendo. Seu ofício foi os Esportes, mais precisamente o futebol e assim ficou famoso por estas terras. Gosta mesmo é de futebol e um algo mais me fez manter aproximação e de todas as vezes que nos trombamos pela aí, altos papos.
Ele nordestino, parte da família no Rio de Janeiro, uma delícia ele contar suas passagens pela Ilha do Governador, onde mora a irmã, perto do campo da Portuguesa da Ilha. Discorre sobre os times do Rio sem esse ódio, rivalidade besta que os paulistas mantém e não conseguem dissolver, nem com a passagem do tempo. Ele flana sobre tudo isso e vai além do futebol, pois desde sempre atuou no Jornal da Cidade e foi sua cara no quesito Caderno de Esportes - até o momento em que se aposentou e foi flanar por outros lugares, onde também frequento. Não que ele já não frequentasse, pois sempre gostou de bares, mas agora está mais liberto, solto e leve e o que o prende em casa é só essa pandemia, do contrário estaria por aí sambando de bar em bar - assim como eu.

Leonardo é mais que um boa praça, pois além do futebol, versa muito bem sobre política e tem um lado, nunca defendeu governos autoritários, ainda mais como este que hoje vivenciamos. Defende o lado socialista do mundo e por causa disto já comprou homéricas brigas pela aí. Ou seja, um ser dos mais agradáveis, pois não é nem um pouco bitolado e limitado. Tem visão ampla sobre o que de fato ocorre com este país e mesmo tendo amigos do outro lado, tenta os convencer a cada reencontro, muitas vezes empunhando copos pela aí e em desvantagem, mas sem perder a fleuma da boa discussão e de se vergar. Leonardo foi empregado do JC uma vida quase inteira, cumpriu sua missão por lá e nunca se vergou. Saiu de cabeça erguida e hoje, produz seus textos de forma independente, através de um blog e com anúncios pela facebook. 

Um sujeito atento com o que rola no mundo da bola e também cidadão das ruas. Hoje, voltava pra casa e passava no início da Getúlio, o vi saindo do Confiança Max, circulando ao seu modo e jeito, trajes de bater perna e me bateu aquela vontade de parar o carro no meio da rua e ir lá parlar com ele, pois assunto não falta nos reencontros. Não deu, o trânsito estava agitado, o sinal abriu, bati uma foto dele se aproximando, ele não me viu, mas eu o fiquei observando pelo retrovisor até virar na esquina seguinte e seguir minha rota. Leonardo é desses que me movem a parar pelas ruas e ainda prosear, sentar num banco qualquer de praça e ficar jogando conversa fora, pois vale a pena. Tenho um time de amigos e próximos, dos quais não me afasto e sei, valiosos e valorosos, pois possuem cancha de jogo, currículo, diria mesmo, quilometragem rodada. Este pernambucano carioca bauruense é um desses. Desta feita não deu para conversar, mas o registrei perambulando pela rua, fazendo o que mais gosta, ver gente, circular e permanecer em exposição. Faz parte do time de gente que trombo e não finjo desconhecer, mas me aproximo e trocamos figurinhas.

ESCREVO ALGO DE UM LUGAR E A REPERCUSSÃO É QUASE IMEDIATA
Na Treze de maio, quadra debaixo da Duque de Caxias, um lugar que parece um sítio encrustado no centro da cidade, com um daqueles quintais que dá irrefreável vontade de pular o muro e ir pegar mangas, frutas ali nos pés e andar descalço, deitar na relva e olhar o movimento dos pássaros no alto das árvores. Ao olhar lá pro fundo, uma porta aberta, prateleiras encantadas, cheia de objetos desejáveis e pelo visto, residência de arteiros e fazedores de muita arte, mas o que é isto, um Centro de Cultura Nordestino no meio do cerrado e do interior paulista?
A REPERCUSSÃO:
- "Fica o convite ! Venha comer fruta no pé, deitar na rede, conhecer nossa arte, é de quebra conhecer o espaço da Cordelteca do Pedrinho! Tem um pequeno redário, é uma biblioteca de literatura de Cordel, vc escolhe o cordel , deita na rede é pode ficar quanto tempo desejar. Nosso cantinho mágico. Velas, aromas e poesia! Rua 13 de maio 12-45, centro Bauru 14 997315676. Obrigada pelo texto lindo", Carla Motta.
- "E engraçado que eu quando pequena , estudei nesse mesmo lugar(era uma escolinha que chamava pomarzinho). Eu amo tanto esse lugar! Foi meu primeiro emprego, e sou muito grata pela Carla Motta por tudo que vivi ali! Lugar mágico", Bia Bassan.
- "Fiz durante 10 anos festas juninas maravilhosas em meu aniversário, antigamente era o bar até as do muro, lembra?", Pedro Romualdo.
- "Quantas vezes fugi do ambiente de trabalho para sentir a energia solar das pessoas e desse lugar? Confessei. Pronto. E não esquecendo que numa numa noite daquelas, no Templo a dona desse espaço carinhosamente me apelidou de Sininho. Não merecia tanto!", Audren Ruth.
- "Essa propriedade era da minha família. Chamávamos ela de Casinha!!! Morei de criança nos anos 70 e depois retornei adulta, de 85 até 1999. Eu simplesmente amava. As mangueiras foram plantadas por minha mãe e não sei se ainda tem o cajueiro. As jabuticabas eram doces. Infelizmente, em caso de partilha de bens, ela foi vendida. Parabéns a quem a conserve até hoje," Kathia Piccirilli.
- "Tem muitas histórias de nossas vidas. Aventuras de penca. Uma delas foi escrita nessa casa, que foi a melhor época. O meu filhão Danilo, nasceu nessa casa e hoje está com 29 anos. Quantas lembranças..... Obrigado Clau, por me passar esse post", Claudine Gottardo.

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