sexta-feira, 26 de março de 2021

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (163)


PREFEITURA DE BAURU COMPRA E ALGUNS DOS SEUS PROFISSIONAIS INDICAM REMÉDIOS SEM COMPROVAÇÃO DE EFICÁCIA PARA A COVID E NÃO É DE HOJE
Não se pode creditar somente ao desGoverno da novíssima (sic) prefeita Suéllen Rosim o fato de Bauru comprar medicamentos não recomendáveis para uso no tratamento do Covid, pois essa prática não é de hoje. Já acontecia ano passado e recomendado por vários médicos trabalhando no serviço público municipal. Nem mesmo com todas as atualizações ocorridas ao longo do tempo, quando alguns destes - os dois mais famosos, que nem cito o nome, para não aumentar a procura, pois só pela citação cresce a demanda - foram descartados de qualquer utilidade para tratar Covid, continuam sendo comprados e medicados nos atendimentos dos Postos de Saúde Municipais, assim como no Plano São Francisco. Esses dois medicamentos continuam sendo indicados por alguns profissionais em ambos os lugares. Indicam, receitam e até contam histórias de resultados (sic) satisfatórios.

Como já se sabe, não existe tratamento precoce para combater o vírus, mas isso parece não ter entrado na mente de alguns médicos e isso independente de ser no governo Gazzetta ou Suéllen. A prática continua e acabo de receber informação de amigo (a) - que mantenho anônimo, informando ter recebido receita em ambos locais, pois existem medicamentos no estoque da Prefeitura. Ele faz questão de ressaltar que, independente do mandatário, os médicos quando não querem indicar algo, não o fazem numa boa, mas quando o querem, insistem e continuam com a prática mesmo neste caso, quando toda a comunidade científica já desdisse de algum tipo de resultado considerável positivo.

Comprovo com editais e algo constando do site da Prefeitura, comprovando a aquisição, não para outras enfermidades, mas exclusivamente para a urgência do Covid. Ou seja, não adianta reclamar de dinheirama sendo jogado fora, quando mesmo nas compras mais urgentes consta algo desproposital. Cabeça de médico já contaminada por anos de prática não muito convencional não se muda, pois não é por ser médico que alguém se torna uma sumidade. O ser humano em si é deficiente e apto a aprender a cada instante ou mesmo continuar reproduzindo algo pelo qual nada de útil. Esses denominados kits de prevenção são abomináveis e ainda mais quando considerados e indicados dentro do serviço público. Aberrações como a vislumbrada aqui em Bauru se repetem país afora, primeiro numa gastança desnecessária, ainda mais pela forma de dispender recursos, quando estes são escassos. Com a palavra os antigos e atuais profissionais e envolvidos com essas compras e indicações.

MEDICAMENTOS QUE NADA VALEM PARA A COVID*
* 6º texto deste mafuento HPA para semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição saindo nas bancas amanhã cedo.

Bauru, como já está mais do que na cara, é hoje reduto conservador e bolsonarista. A prefeita briga com o governador, mesmo só recebendo vacinas deste e o decreta como culpado de tudo, isentando seu mentor, o ex-capitão, um que, desde que chegou ao poder, nada fez e fará pela cidade. Vivemos tempos obscuros, mentira proliferando e pairando no ar, acima de tudo e todos, inclusive da verdade dos fatos. Cabeças teleguiadas por fakes e muita mentira.

Com a cidade tomada pelo Covid, existe um irracionalismo patrocinado, bancado por uma entidade patronal, o SinComércio e mesmo com os hospitais sem vagas, gente morrendo na fila de espera, este propõe, banca no grito a abertura do comércio. O vírus nada de braçada. Hoje por aqui, fiscais da Prefeitura, os que ainda cumprem sua missão e função, mesmo contrariando interesses da atual mandante, sofrem perseguições no cumprimento de suas obrigações funcionais. As cabeças estão em parafuso e não tendo nenhum apoio do desGoverno Federal, desamparados de pai e mãe, enxergam como última tábua sua salvação manter as portas abertas.

O matadouro segue sua sina, morre-se muito por aqui. E muito mais morrerão, inevitável carnificina. Existe hoje um Brasil em desalinho, desacordo com os preceitos mínimos do bom senso. Preferem seguir a pregação de um desvairado do que fazê-lo pelo da Ciência. É o que leva o país para os patamares a causar preucupação mundial, enfim, a pergunta que se faz hoje é somente uma: O que aconteceu com o Brasil? Estávamos num caminho, conseguimos alcançar vitórias inenarráveis no quesito melhoria de vida das camadas mais empobrecidas, mas de uma hora para outra, tudo na vala e a perdição tomando conta de tudo.

A pessoa menos favorecida, recebendo informação de forma mais truncada, por poucas vias, acreditando em poucas fontes de informação, estes é entendível estar sendo enganados, ludibriados na boa fé e comerem gato por lebre. Mas os até hoje dito e vistos como bem informados seguindo na mesma linha e ajudando sobremaneira a levar o país para as trevas, algo incompreensível. O exemplo clássico usado por mim vem de parte significativa da classe médica, muitos dentro do serviço público, tendo acesso a trabalhos acadêmicos atualizados e assim mesmo fazendo questão de receitar como medicamento para o tratamento precoce – algo já comprovado não possível -, os dois indicados pela pessoa que menos entende do assunto, o ex-capitão: a ivermectina, azitromicina e a fatídica cloroquina.

O mundo inteiro já comprovou não existir nenhum efeito positivo destes neste específico caso, mas as receitas se multiplicam, a automedicação floresce e os laboratórios faturam de boca calada. Em Bauru, a novidade da semana foi a revelação dos editais de última compras, autorizadas pelo médico e vice-prefeito, Orlando Dias, pelo visto, incentivador de um gasto público na lata do lixo. O que cai por terra é algo até então difundido como de grande conhecimento, mas agora sendo exposto como falácia: o conhecimento médico. O mundo sugere outros caminhos, mas o Brasil bolsonarista e cada vez mais fundametalista se afunda, se enterra e segue por caminho sem volta. Que saudade de um país até bem pouco tempo reduto de muita esperança, hoje dominado por algo sem sentido, nexo e lógica. Reverter a coisa só mesmo com muito sangue, suor e lágrimas. Para começo de conversa, tudo tem que começar com Bolsonaro e os seus longe do poder.

Em tempo: Algo mais me inquieta sobre esse assunto e diz também respeito à Santa Cruz do Rio Pardo e como escrevo para o DEBATE desta cidade, acho pertinente questionar algo mais. O vice-prefeito de Bauru é médico e também Secretário Municipal de Saúde, acaba de autorizar compra com estes medicamentos inservivíveis para o Covid, gastando nisso muito dinheiro público. O prefeito daí também é ligado à Saúde, e o ex-prefeito é médico. Portanto, a pergunta que lhes faço: também gastariam dinheiro público de sua cidade comprando estes medicamentos para a mesma finalidade?

O TOQUE QUE FALTAVA
Nunca a sessão do obituário do Jornal da Cidade teve tantas mortes e a maioria, como todos sabem, provenientes do momento surreal e catastrófico pelo descaso e continuidade da flexibilização das medidas de isolamento social, porém assim mesmo, um "coroné" sai à ruas conclamando os sob o seu tacão para se insubordinarem, pois ele "garante" a impunidade para estes, porém, nada diz sobre imunidade, no caso de contrairem o Covid e se terão assistência garantida também na ponta da baioneta.

EM SOROCABA LOTOU A PÁGINA INTEIRA
Cloroquinando o povo isso só aumenta...

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