sexta-feira, 9 de abril de 2021

CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (169)

 OS EVENTOS RELIGIOSOS PRESENCIAIS, AGORA PROIBIDOS EM BAURU E NO PAÍS

Por que só as igrejas evangélicas neopentecostais reclamam e esbravejam pela manutenção da abertura dos templos religiosos nestes tempos de pandemia num patamar altíssimo? Muitas se conformaram, entenderam a situação e propuseram aos seus fiéis o encontro virtual, deixando de lado o presencial, muito arriscado no atual momento. Por que uns entendem e outros não? São tantos os motivos e algo singular, a envolver a necessidade presencial para manter a coisa no patamar onde se encontra. Vivemos tempos onde a transferência bancária é a realidade, ou seja, poderiam pedir que os auxílios (sic), dízimos e afins continuassem sendo pagos sem o olho no olho, mas não, batem o pé, renegam a lei e se deixarem, a descumpre no atacado e no varejo.

Aqui em Bauru, um ótimo exemplo - todos negativos -, quando a novíssima (sic) prefeita Suéllen Rossim comparece assiduamente ao templo religioso montado, criado e mantido pelo seu clã doméstico, pai e mãe, com cantorias variadas e tudo estimulado pelas redes sociais. Essa manutenção da "casa cheia" neste momento é tão surreal quanto o que ocorre no quesito fiscalização na cidade, com funcionários públicos constrangidos e impedidos de efetuar seu trabalho. Finge-se fiscalizar, com anuência da mandatária. Esse o pensamento, linha de ação dos próceres do segmento evangélico neopentecostal. Para estes, mais importante que se cuidar e se proteger, está a presença aos cultos. Trata-se de decisão de cúpula, dos mandatários, dos donos dessas engrenagens religiosas e captadoras de recursos oriundos da fé popular.


Ontem o STF - Supremo Tribunal Federal decidiu por quase unanimidade, 9 x 2 que, os templos religiosos, de todas as matizes devem se manter fechados, lacrados nestes tempos. A gritaria, que já acontecia antes, se intensifica, pois mesmo com todos os recursos arrecadatórios à distância, esses querem continuar se arriscando, ou seja, aceitando sem pestanejar e levantar qualquer questionamento sobre darem uma breve paradinha. Nem sei como devo mensurar e interpretar essa dedicação, devoção absoluta e às cegas, algo que me faz lembrar do flautista levando todos com o som de sua música para o abismo. A defesa do então ainda ministro da Justiça, feita no STF é algo para entrar nos anais (ui) da inconsistência religiosa, espécie de submissão absoluta e irrefutável, algo pelo qual ninguém em sã consciência deveria seguir. Foi de doer na alma. A religião, ou melhor, parte representativa destes está mais que doente, seguindo algo perigoso, diria mais, destrutivo. Pelo que se vê estão a um passo de fazer tudo o que lhe forem pedidos, ou seja, perigosos, pois se nem num momento como este, relutam em deixar de ir pras igrejas, o que fariam se os pedidos fossem outros? Um perigo. Enfim, como se aproximar desses religiosos, nessa tentativa de união nacional para, num grande entendimento vergar o ódio reinante e essas ideias absurdas de conservadorismo e fundamentalismo retinto, quando seguem quase cegamente os mentores de suas crenças?

JÁ NÃO SE FAZEM MAIS GREVES, GREVISTAS E SINDICALISTAS COMO ANTIGAMENTE

A tal da greve no sistema do transporte urbano do município de Bauru foi anunciada já há quase uma semana, com documentos viajando daqui para ali, correndo de mão em mãos, principalmente em posts pelas redes sociais. Enfim, os trabalhadores não recebem seus salários das duas empresas contratadas pela Prefeitura para executar o transporte urbano de passageiros. Com promessas não cumpridas, prazos prorrogados e desculpas esfarrapadas, o trabalhador é enrolado e o sindicato da categoria, como forma de justa pressão, indica data para dar início a greve na categoria. Sabe o que acontece depois disso tudo? Nada. Igual em Marília, a Prefeitura de lá não moveu uma palha para tentar resolver os problemas com a empresa - uma delas a mesma atuando aqui.

Por aqui a decisão final é pela não paralisação. Sabemos que o momento é outro, a aceitação é outra, o trabalhador vive sob outro tipo de pressão, o respaldo jurídico não existe, o mais prejudicado seria o trabalhador necessitando deste serviço, já precarizado nestes tempos, mas o que se percebe é que, o sindicato da categoria, além de pisar em ovos, propôs algo, no caso a greve, já sabendo de antemão que não a iria realizar. Claudicaram feio. Cito algo ouvido ontem, final da tarde, num diálogo entre sindicalista e Alexandre Pittolli, diretor da rádio Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan, ao vivo, quando trocaram afagos carinhosos no ar. Dar entrevista, acho ótimo, mas a troca de juras de amor mútuo no ar, com propostas de churrasquinhos, "estamos juntos", foi demais. Isso não é jornalismo e isso não é sindicalismo. Por fim, o sindicalismo ouvido disse no ar que, qualquer decisão, daria em primeira mão para o "amigão" da rádio. Quando desligou, Pittolli o ironizou: "Não vai ter greve nenhuma". Não teve e nem terá.

O trabalhador das duas empresas de transporte urbano, cujos proprietários são os mesmos, continuarão se vendo obrigados a injusto e desigual atendimento de suas reivindicações, que no caso é somente a do pagamento de seus salários em dia, tendo que trabalhar de bolso vazio. Faltou o algo mais, que pelo visto, não ocorrerá e assim, segue o jogo nestes tempos. Me veem à lembrança outros tempos, mobilizações junto aos portões das empresas, vereador Roque Ferreira, sindicalistas e militantes sociais mobilizados e ao lado do movimento grevista. Realmente, pioramos até na forma, no procedimento de como alavancar e colocar a coisa pra jambrar. Não se jambra mais como dantes, infelizmente. 

AMANHÃ, A ÚNICA CERTEZA, NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA

CHAMADA PARA O 40º LADO B, DESTA FEITA COM NADA MENOS QUE ANTONIO PEDROSO JR, MUITA POLÊMICA NO AR

ANTONIO PEDROSO JR dispensa apresentações em Bauru, pois além de ótimo proseador, contador de histórias, escreve como poucos e tem livros sobre várias passagens da história de Bauru e seus personagens. 

Se tem coisa que esse provocador da vida cotidiana bauruense não foge é da boa luta, da contenda, tendo não só muita história para contar, como ao rever a sua própria, a importância de nunca ter abandonado a cancha de luta.

A prosa acontece amanhã SÁBADO, 10/04, ás 17h, aqui pelo facebook deste mafuento HPA. Eis o link da chamada para o BATE PAPO de amanhã: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/4431257316904243

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