quinta-feira, 7 de outubro de 2021

ALFINETADA (208)


NÃO SERÁ SUÉLLEN NEM BOLSONARO QUEM IRÃO DAR CABO DO CARNAVAL, MAS ELES BEM QUE TENTAM
“BAURU PODE FICAR SEM CARNAVAL E OUTROS EVENTOS GRATUITOS NO ANO QUE VEM - Uma reunião na Câmara Municipal entre vereadores e a secretária de Cultura, Tatiana Sá, nesta quarta-feira, acendeu o sinal de alerta nos mais diversos setores da Cultura de Bauru. Os tradicionais eventos que marcam o calendário cultural da cidade como o Carnaval, a Parada da Diversidade, o Aniversário da Cidade e a Grand Expo com dias gratuitos podem não ocorrer em 2022, já que a prefeitura não garante o custeio dessas festividades que costumam ter presença gratuita de público. A constatação é do presidente da Câmara, Markinho Souza, que afirma que a Secretaria de Cultura não tem planos de realizar esses eventos nos moldes dos anos anteriores. Lembrando que em 2020 e 2021 esses eventos não foram realizados em razão da concentração de esforços para o combate à Covid-19”, tudo começa com este texto logo pela manhã publicação da FM94. Na contramão de muitas cidades brasileiras já se movimentando para os festejos de Momo do ano que vem, aqui em Bauru algo ao contrário.

Para mim, nenhuma novidade. Explico nos mínimos detalhes. O presidente atual deste país, o capiroto Jair Bolsonaro é contra as manifestações carnavalescas. Aqui em Bauru, uma discípula deste, a incomPrefeita Suéllen Rosim é seguidora de seu mentor em tudo e não poderia, se quer continuar a receber a benção, discordar de um dos preceitos do que venha a ser as regras mínimas do bolsonarismo, ou seja, atos retrógrados em sua essência e máxima potência. Isso por si só seria suficiente para se ter a plena certeza de que, em Bauru, o poder público municipal não moverá uma palha para sua realização e se alguém algum dia teve alguma esperança de ter algum tipo de dinheiro público para essa finalidade, ou é muito sem noção ou acredita em história de carochinha. Inconcebível alguém com a mentalidade de Suéllen optar por contrariar o que lhe impõe o preceito evangélico neopentecostal, creditando aos festejos de Carnaval algo como dias em que o diabo reencarna nos foliões.

Percebam algo, da boca pra fora, enrolarão a todos até quando puderem, mas no frigir dos avos darão a resposta negativa. Tentarão levar todos em banho maria o máximo possível, mas está no próprio ser dessas criaturas colocando pelo em ovo em tudo o que seja manifestação popular, daí impossível alguém seguidor do que professa nossa alcaide vir a ter alguma atitude a favor da maior festa popular brasileira. O neopentecostal tem o Carnaval como um mal a ser combatido, execrado, repulsivo e nunca veremos nenhuma disposição de seriamente favorecer a ocorrência. Impedir não podem, mas quando investidos de algum poder, como no caso dela, dará um jeito de ser dizer impedida e fazendo uso da clássica desculpa: “Eu até queria, mas meu Departamento Jurídico inviabilizou e deixou claro que posso incidir em pena grave” ou mesmo “Eu tenho outras prioridades e neste momento a Saúde Municipal estará recebendo as verbas que antes foram disponibilizadas para o Carnaval”. Claro que a coisa não é bem assim, pois quem é do ramo sabe muito bem que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Mas para o mal informado, o que aceita tudo, até poderão querer dar alguma razão para as pífias justificativas.

Perguntei hoje para um dos dirigentes envolvidos na questão carnavalesca da cidade: “Ainda nutre alguma esperança de que essa administração fundamentalista fará algum movimento pró carnaval? Eu sempre achei que eles vão nos enrolar até bem próximo da festa e depois nos deixar chupando o dedo. Esteja preparado”. Sua resposta: “Nunca acreditei, porém não parei de lutar. Olha essa reportagem de campanha, no final dela o que ela promete”. E me passa link de matéria do Jornal da Cidade de 20/11/2020, escrita justamente pelo jornalista Thiago Navarro, hoje coincidentemente Chefe da Assessoria de Imprensa da Administração: https://www.jcnet.com.br/.../741814-suellen-propoe.... Transcrevo o item onde se refere sobre o Carnaval: “Ao ser questionada sobre a manutenção de eventos culturais como o Carnaval, a Parada da Diversidade, Semana do Hip Hop e o festival Vitória Rock, que são tradicionais em Bauru, Suéllen garantiu que não haverá alterações. "O Carnaval é uma questão cultural, não vamos mudar nada. Tenho boa relação com pessoas do segmento cultural e estarei aberta ao diálogo", completa”.

Relendo a mesma matéria, em nove meses dessa administração pouco foi feito, ou melhor, quase nada foi ainda cumprido e pelo que se vê, pouquíssima coisa será. Quanto ao Carnaval, quase certeza de não queimar minha língua, mas desse mato não sairá coelho algum, somente o distanciamento. Por outro lado, já do bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, Bauru Sem Tomate é Mixto, esperem talvez o seu ano de maior concentração popular e quando todos estarão carnavalizando na Batista cantarolando algo mais do que contundente sobre os desmandos deste catastrófico momento da aldeia bauruense. Nem o Carnaval, muito menos a Cultura bauruense fenecerão por causa de Suéllen e dos fundamentalistas ao seu lado. Enfim, como profetizou Nelson Sargento no samba “Agoniza mas não morre”: “Samba,/ Agoniza mas não morre,/ Alguém sempre te socorre,/ Antes do suspiro derradeiro”. Resistir é preciso.

VAI COMEÇAR A RIFA SOLIDÁRIA PARA RECUPERAR SANFONA/ACORDEON DO BARBA, O DO BAR NA ENTRADA DA FEIRA DO ROLO
"Mano e eu estamos fazendo uma rifa para reaver a querida sanfona do Barba da Choperia da Feira do Rolo. A situação ficou tão difícil pra ele nessa pandemia, que vendeu a sanfona para conseguir pagar algumas de suas contas. Nós que frequentamos o lugar desde quando começou nos sensibilizamos e resolvemos dar nosso jeito. Ficamos muito tristes com isso. O valor pedido para tê-lo de volta é R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais)

Vc pode comprar um número? O valor é R$ 20,00 (se não tiver essa grana, fazemos por R$ 10,00) e se quiser colaborar com algo mais, algo espontâneo R$ 50,00 , ou quanto puder dar", HELENA AQUINO.

Vendendo os cem números a R$ 20,00 iremos arrecadar R$ 2 mil reais e com o valor dos que colaborarem com algo a mais esperamos ter os restantes R$ 500 reais e recuperar seu instrumento. Conseguimos já um barril de chopp da empresa que fornece a bebida para ele, cedido graciosamente para um furdunço dominical quando tudo estiver consumado.

Ontem fizemos isso por coutras causas, hoje é pelo Barba, amanhã pelo Noroeste e assim por diante, sempre no mesmo espírito, enfim, o angustiante momento está difícil para tudo, todas e todos.

O prêmio será um lindo KIT artesanal da griffe Loucos por Alegria, da inquietante Rosângela Maria Barrenha, com várias peças. Mais alguns dias serão juntados outros prêmios, todos entregues no furduço final.

CONTAMOS COM SUA COLABORAÇÃO
obs.: Quem quiser ajudar peça para Helena ou para mim reservadamente que passamos o PIX, a pessoa escolhe os nomes que vai querer e passa o comprovante para darmos baixo, tanto para mim como para a Helena. Ela vai administrar tudo.

OBS.: O Bar do Barba é uma instituição genuinamente de rua, dessas que precisam ser valorizadas. Ela possui uma peculiaridade só dela, a de funcionar quase que exclusivamente com a maovimentação da feira dominical. Nos demais dias o seu proprietário Estevan pode até abrir as portas, mas só para amigos e convidados. Tudo o que faz tem a feira como a mola mestra. Com a pandemia, ela padeceu demais da conta. Viu sua movimentação despencar e sem saídas acabou por ter que se desfazer de algumas coisas, como freezers, máquinários e por fim, o acordeon. Para quem frequenta o lugar e conhece a casa, Estevan sempre saia para juntos dos clientes, internamente, como na área externa, circulando entre as barracas da feira e fazia a festa, ou melhor, complementava a festa dominical deste congraçamento humano. Tentar devolver essa peça de inestimável valor ao seu original proprietário é algo para uma ação coletiva. É isso o que está em curso.

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