sexta-feira, 8 de outubro de 2021

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (142)


BAURU É UMA CIDADE “INTERDITADA”
Essa a palavra do momento das hostes bauruenses. Sem tirar nem pôr, essa a desculpa do momento vinda da boca dos governistas ou dos que defendem a estagnação, paralisação e posicionamento de nada executar, tendo como justificativa um impedimento, algo como, “tem uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tem uma pedra” (Carlos Drummond de Andrade). Que seria do mundo não fossem as pedras pelo caminho e nossos meios de superar os obstáculos colocados pela vida à nossa frente? Para alguns esse é justamente o motivo que buscam para continuar não fazendo nada e se dizerem impedidos de fazer. O fazer por si só é algo denotando trabalho, empenho, dedicação e até mesmo condições e qualificação. Escrevo este preâmbulo para tocar no tema da BAURU INTERDITADA.

Mas o que seria isso? Explico. Essa a justificativa deste desgoverno da incomPrefeita Suéllen Rosim e toda sua equipe, dentro da atual administração pública municipal para ir empurrando tudo com a barriga. Vamos aos fatos, mais que concretos:

- O Teatro Municipal de Bauru está INTERDITADO. A desculpa do momento não é mais a pandemia e sim, o ar condicionado, que não funciona a contento. Tiveram tempo, enfim já são nove meses desta administração. Só agora, com a chegada do claro perceberam que o mesmo pifou e sem ele, o lugar é quente demais, inviabilizando apresentação. Fingem tentar resolver às pressas, com licitação fajuta. Na bacia das almas estão até propondo adequar o ambiente com equipamento de refrigeração, como já foi feito no passado, com ventiladores e afins. Não fizeram, não fazem e não farão. São ruins de pegada, com eles a coisa não anda, ou melhor, eles não querem andar, fingem andar, engambelam tudo, todas e todos.

- O Sambódromo está INTERDITADO. Um buraco em sua lateral, pois foi construído ladeando uma erosão. Pelo que sei, algo já foi feito e na verdade, aguarda-se somente um laudo técnico das autoridades competentes. Já ocorreu uma compactação do solo e a erosão está contida, mas como existe pouco caso na liberação, pois pelo que se observa, bem nítida a intenção de inviabilizar o Carnaval já por este item, o do palco estar impedido de receber o evento. São nove meses de administração e nada de buscar esse laudo e hoje, começo de outubro, pouco ou quase nada neste sentido. Trata-se de falta de vontade política ou é assim mesmo que querem tocar a coisa pública, fingindo que fazem, quando na verdade apostam no não fazer?

- O Estádio Alfredo de Castilho, do Esporte Clube Noroeste está INTERDITADO. O problema por lá é de pequena monta, algo na estrutura do telhado, a cobertura das arquibancadas frontais e algo mais em alambrados e quetais. Uma campanha dos torcedores visa arrecadar o dinheiro para as obras e assim conseguir o laudo necessário. Se a Prefeitura quisesse estaria colocando sua equipe para auxiliar, dar retaguarda para o clube, pois está também em curso neste momento a devolução do estádio para o poder público. Nada fazem e se mostram indiferentes, ausentes e insensíveis. O torcedor de futebol bauruense está em vias de não presenciar o time nos campeonatos do próximo ano, pois todos os envolvidos – menos a torcida, pois está faz algo no momento – são incompetentes. Parece jogarem contra o centenário time da aldeia bauruense.

- A Estação da NOB está INTERDITADA. Essa é uma das grandes vergonhas desta isólita Bauru, pois essa estação não apresenta nenhum trinco nos seus mais de 70 anos de existência. Foi feita para perdurar, beirada dos trilhos, trepidação férrea e resiste ao tempo, mas não a insanidade humana. O que existe na estação é um telhado em petição de miséria, mas a edificação resiste e algo de muito estranho aconteceu com o impedimento ocorrido neste ano. Todo o local já deveria ter sido ocupado por vários órgãos públicos municipais, inclusive a Câmara de Vereadores, mas nenhum deles foi pra lá, muitos deles em prédios alugados, aumentando despesas da combalida Prefeitura. Na administração passada foi feito projeto para o local, engavetado pela atual alcaide e logo a seguir uma tenebrosa e inexplicável interdição, destes mistérios que só ocorrem mesmo na Sem Limites.

- O DAE – Departamento de Água e Esgoto de Bauru está praticamente INTERDITADO. Se ainda não está, em via de, pois tudo fazem para sua degradação, caminho para privatização. A destruição é a olhos vistos, abandono de toda uma estrutura que até bem pouco tempo funcionava a contento e hoje, existindo um incentivo para deixar de fazer os atendimentos como dantes, quebra de protocolos de execução de serviços, tudo para gerar na população um descontentamento generalizado, criando o argumento fatal, a estocada final para repassá-lo na bacia das almas para iniciativa privada. Quem está por detrás disso é de uma perversidade atroz, verdadeiros criminosos. Evidente a existência de saída viável para o DAE, mas a atual administração não a quer e aposta, desde o início, em se desfazer do que até bem pouco tempo era dito e visto como a “Joia da Coroa”. A perversidade está em curso.

- Tentaram fazer o mesmo com Saúde Pública Municipal, quase a INTERDITANDO.
Sucateando os postos de saúde e incentivando ações de entidades particulares, muitas delas de cunho religioso, evangélico neopentecostal, com campanhas em curso de levantamento de recursos para reformas destes locais, sem acompanhamento de como são levantados os recursos é algo totalmente fora de um padrão legal. É uma espécie de favorecimento ilícito e consentido pelo administrador, que ainda se diz estar contente, pois recebe auxílio externo. Preocupante não só o desleixo, como a forma como aceitam a realização de obras públicas. Por fim, quem faz desta forma, com certeza vai exigir ali na frente algo em troca e daí o perigo. Esse formato, além de ilegal favorece apaniguados e demonstra algo em curso nos dias de hoje, dentro do modal implantado também pelo milicianismo bolsonarista no Planalto Central.

- O viaduto João Simonetti com seus blocos na alça de acesso à avenida Nuno de Assis e os banheiros do parque Vitória Régia são forma de INTERDIÇÃO, sem planejamento do que vai de fato ocorrer no lugar e quanto tempo será disponibilizado para solução. Os problemas existem, foram criados e a interdição está em curso. Nem sinal de obras em ambos os lugares. Estes são somente dois exemplos de algo em curso, a ocorrência de fatos frequentes no dia a dia, sem nenhum planejamento ou alternativa viável. Simplesmente vão lá e interditam, barram o acesso, interferem na vida urbana, sem a existência de planejamento. Em curso discussão do Plano Diretor, onde existe claro e evidente intenção de ver aprovadas o modal do poder econômico, dos tais Donos do Poder e não do bem estar da população. Dificultando a participação popular, a cidade trava e segue sendo feita para poucos, ou seja INTERDITADA para a maioria de sua população.

A desculpa é sempre a mesma. Está tudo ruim, a gente tenta fazer, não consegue e daí, de mãos atadas, legislação contra, deixamos de fazer e assim seguimos empurrando tudo com a barriga, sem compromissos assumidos. Essa a estratégia utilizada pela atual administração, a que elegeu a novíssima (sic) alcaide, que veio não para ficar, pois suas intenções residem bem longe de Bauru, mas passar o tempo da melhore forma possível – para ela e os seus – até ver concretizado sua real intenção de vida. Qual é mesmo a saída de emergência? Bauru que se dane!

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