SERIA O CARNAVAL O FOCO DA PERDIÇÃO PELA COVID 19?*
Semana passada em Bauru um grandioso show no recinto de Exposições Agropecuárias da Expo Bauru, com cantor sertanejo universitário e público de aproximadamente 5 mil pessoas, a imensa maioria sem máscara e nenhum distanciamento de corpos. Tudo dentro do novo padrão sendo adotado a partir do começo do mês de dezembro, regras estabelecidas pelo governo estadual de João Dória. A normalidade está declarada e estabelecida. Paralelo a isso, tudo o mais está liberado e sem nenhum problema, críticas mínimas e vida que segue. Que os índices de contaminação pela Covid-19 caíram consideravelmente, disto não existe a menor dúvida, porém, evidente existir algo no ar, pois pelas notícias chegando do exterior, principalmente da Europa, uma nova onde pairando no ar e causando preocupações.
Enquanto nada de novo ocorrer para desdizer e demonstrar também da chegada dela no Brasil, vivemos tempos de euforia e com tudo aberto. As igrejas de todas as vertentes e tendências estão lotadas, os campos de futebol, bares, comércio de rua e shoppings, enfim, tudo permitido, consentido e liberado. Um segmento recebe neste momento pérfida perseguição, como o propagador do vírus, o CARNAVAL. A perseguição tem nome e sobrenome, vem especificamente do segmento religioso neopentecostal, que nunca aceitou essa manifestação cultural nas ruas. Nas publicações via redes sociais, uma aberração a propaganda contrária, como se a ocorrência do Carnaval e só ela seria a causadora de todo o mal do coronavírus. No fundo, o lado nada oculto deste ódio latente e pulsante dos tempos atuais.
Tento ser mais específico, mas não tenho mais paciência, nem disposição para discutir com fundamentalistas. Quando percebo nos avançando e investindo contrários à maior festa popular brasileira, algo específico, sem noção, caio fora e nem perco tempo. Quando se nota a questão religiosa não é a mola mestra e a preocupação é com o que, realmente está em curso e dos perigos de uma nova vertente, com a não aceitação de todos os eventos, indistintamente, daí o diálogo é não só possível como necessário. Existem hoje, os que realmente ainda queremos muito conversar, dialogar e necessariamente, de forma conjunta buscar as soluções e a saída deste momento mais do que doentio. Discussões pueris, vazias, eivadas pelo ódio, fundamentalismo religioso merecem não só o descrédito, como não ser levada a sério.
Estamos diante de algo ainda totalmente desconhecido. O que sabemos é que, se faz necessário todo cuidado, até para sairmos mais rapidamente da situação onde todo o planeta se encontra na defensiva. O Brasil especificamente vive um dos seus mais tristes momentos em toda sua História, com seguidos retrocessos e para voltarmos a um mínimo de normalidade, se faz necessário a superação, vencer este momento. Dar vazão para a continuidade da bestialidade tornará o país, mais e mais, se afundando num precipício. Que temas como este sirvam para darmos um basta em tudo o que resvale em retrocessos. O Carnaval, nossa maior festa popular é algo muito grandioso para continuar sendo alvo de discussão tão sem noção, enfim, Carnaval é tudo.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).
Enquanto nada de novo ocorrer para desdizer e demonstrar também da chegada dela no Brasil, vivemos tempos de euforia e com tudo aberto. As igrejas de todas as vertentes e tendências estão lotadas, os campos de futebol, bares, comércio de rua e shoppings, enfim, tudo permitido, consentido e liberado. Um segmento recebe neste momento pérfida perseguição, como o propagador do vírus, o CARNAVAL. A perseguição tem nome e sobrenome, vem especificamente do segmento religioso neopentecostal, que nunca aceitou essa manifestação cultural nas ruas. Nas publicações via redes sociais, uma aberração a propaganda contrária, como se a ocorrência do Carnaval e só ela seria a causadora de todo o mal do coronavírus. No fundo, o lado nada oculto deste ódio latente e pulsante dos tempos atuais.
Tento ser mais específico, mas não tenho mais paciência, nem disposição para discutir com fundamentalistas. Quando percebo nos avançando e investindo contrários à maior festa popular brasileira, algo específico, sem noção, caio fora e nem perco tempo. Quando se nota a questão religiosa não é a mola mestra e a preocupação é com o que, realmente está em curso e dos perigos de uma nova vertente, com a não aceitação de todos os eventos, indistintamente, daí o diálogo é não só possível como necessário. Existem hoje, os que realmente ainda queremos muito conversar, dialogar e necessariamente, de forma conjunta buscar as soluções e a saída deste momento mais do que doentio. Discussões pueris, vazias, eivadas pelo ódio, fundamentalismo religioso merecem não só o descrédito, como não ser levada a sério.
Estamos diante de algo ainda totalmente desconhecido. O que sabemos é que, se faz necessário todo cuidado, até para sairmos mais rapidamente da situação onde todo o planeta se encontra na defensiva. O Brasil especificamente vive um dos seus mais tristes momentos em toda sua História, com seguidos retrocessos e para voltarmos a um mínimo de normalidade, se faz necessário a superação, vencer este momento. Dar vazão para a continuidade da bestialidade tornará o país, mais e mais, se afundando num precipício. Que temas como este sirvam para darmos um basta em tudo o que resvale em retrocessos. O Carnaval, nossa maior festa popular é algo muito grandioso para continuar sendo alvo de discussão tão sem noção, enfim, Carnaval é tudo.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).
Henrique, você está certo sobre os que criticam com um fundo conservador o carnaval. Mas erra assim como todos estão errando com esse liberou geral que vai nos fazer pagar muito mais caro lá na frente, e olha que já pagamos caro e seguimos pagando com média de 300 mortes por dia que é inaceitável.
ResponderExcluirA transmissão do vírus está altíssima, só que o que aparece nos números diários são os casos testados de gente que chega com fortes sintomas, e tem outro detalhe, com a mudança feita em setembro pelo ministério da saúde no sistema de dados, todos os dias, estados e várias cidades não conseguem repassar a atualização dos dados... não testamos, não fazemos rastreio, não fazemos nada.
Mas do governo eu não espero nada e nem de bolsonaristas, me decepciono sim é com gente que se diz do nosso lado, pessoas que gritam "viva a ciência" mas que não a vivenciam de fato, você diz no texto que tudo está desconhecido no momento, mas não, diariamente cientistas estão alertando para a loucura que é promover aglomerações agora e retirar o uso de máscaras.
O Bolsonaro e seus asseclas, não são a causa, são a consequência de uma sociedade capitalista decadente a qual a "esquerda" também joga com suas alienações.
É mais do que sabido que as ondas na Europa acontecem antes porque o vírus tem uma sazonalidade, aqui sempre será 3, 4 meses depois. Sem vacinar 90% da população e com dose de reforço pois já se sabe que há queda de imunidade meses depois, não vamos para a delta e a Europa e EUA estão aí para provar a roleta russa que estamos brincando com esse vírus.
Eu vejo o desespero da ciência ao alertar diariamente, vejo porque sinto isso a cada vez que vou alertar alguém próximo e parece que falamos cada vez mais para um bando de malucos.
Hoje a OMS ligou o alerta vermelho para uma variante surgida na África, se a coisa der mais merda ainda, daqui pra frente, Henrique, não vamos ter mais nenhuma moral para cobrar nada de governos, porque agora seremos tb altamente responsáveis pela merda que vier.
Incrível que em plena era de avanços tecnológicos, de avanços da ciência que possibilitaram vacinas em tempo recorde, somos incapazes de conter de vez uma pandemia por conta de uma sociedade onde o lucro está acima de tudo, e o individualismo exacerbado com toque cruel de alienação.
O atual liberalismo reduziu o indivíduo a tudo e a sociedade não existe mais, de tal modo que, cada um é um continente para si próprio, e o outro não existe, ou é irrelevante,
Camarada Insurgente Marcos