quarta-feira, 10 de novembro de 2021

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (109)


NADA COMO SER BRONCOLINO, O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS, AQUI COM O QUE DE MELHOR TIVEMOS NA ÚLTIMA SESSÃO DA CÂMARA DOS VEREADORES - IMBRÓGLIO ESTELA, BORGO E CARLINHOS DO PS
Rir é preciso, já que como gosta de repetir um dos citados neste meu texto, o vereador Carlinhos do PS, "a coisa está medonha". Medonha e irônica, cheia de aprendizados. Na última sessão da Câmara, entrevero entre os vereadores Eduardo Borgo e Estela Almagro, quando este fazia uso de seus preciosos minutos de fala e a vereadora Estela Almagro, que já havia estourado seu tempo, pedia aparte. Borgo até a deixou falar, mas se encheu, a interrompeu e disse que ela não mais falaria no seu tempo. Ela não teve tempo de concluir sua fala. 

Na sequência do rol dos oradores vem Carlinhos do PS, eminente combatente, com unhas, dentes e garras afiadíssimas contra a atual administração da incomPrefeita fundamentalista. Carlinhos quase nunca pede a palavra e quando o faz, todos sabem, prestam muito a atenção, pois chumbo do grosso. 

Ele pediu a palavra dentro de seu tempo regimental e todos prenderam a respiração, olhos, ouvidos e bocas voltados para o que falaria. Carlinhos desta feita foi breve e produziu o algo mais da sessão, sua cena mais hilária e cheia de entrelinhas. Calmamente se dirige à tribuna e diz algo assim: "Não quero falar nada e cedo meus minutos em forma de aparte para que a vereadora Estela o use adequadamente como convier e conclua sua fala interrompida". 

Estela falou, Borgo bufou, Carlinhos voltou para sua mesa com aquele ar blasé que lhe é peculiar e a sessão, desta forma e jeito, teve seu epicentro, ponto maior de audiência, irreverência, maledicência e troco muito bem dado. Assim caminha as coisas pelos lados do Legislativo bauruense, entre tapas e beijos, turbulência e pestilência, enfim, tudo acaba se ajeitando ao modo e jeito deles. 

Vejam que nem citei o tema tratado pelos envolvidos, pois o resultado é o que mais me pegou para escrevinhar essa hilária nota.

O NOVO – MAIS VELHO IMPOSSÍVEL - PARTIDO ONDE MORO E DALLAGNOL FORAM BUSCAR REFÚGIO E TERMINO JUNTANDO TUDO COM UMA HISTORINHA DE VEREADOR BAURUENSE ALIADO A ESSA PORCARIA
Este é o país da pouca-vergonha ou dos desavergonhados ocupando o poder. Quando num país com as instituições funcionando normalmente gente como Moro e Dallagnol, ambos oriundos da pérfida Operação Lava Jato, depois de tudo o que comprovadamente já foi descoberto deles, continuariam soltos e sem pagar pelos seus atos? Aqui é o paraíso para gente como eles. Depois de tudo ainda querem – e vão – se candidatar a cargos públicos. Mais do que sabido que o Partido da Lava Jato nasceu velho. Num texto primoroso de outro Moro, este jornalista do Intercept, algo merecedor de compartilhamos:
Moro e Deltan abraçam a política tentando fugir da lata de lixo da história.

"A minha primeira ideia é esta: Algo como dois pilares derrubados e um de pé, que deveriam sustentar uma base do país que está inclinada, derrubada. O pilar de pé simbolizando as instituições da justiça. Os dois derrubados simbolizando sistema político e sistema de justiça...". A descrição acima partiu do teclado do celular de Deltan Dallagnol e foi endereçada a Sergio Moro. O então chefe da Lava Jato no Ministério Público do Paraná falava de um monumento (nunca erguido) que vislumbrava para celebrar a si mesmo, aos colegas e ao comandante informal (e ilegal) da operação, o então juiz da 13a vara da Justiça Federal de Curitiba. Homem de raciocínio simplório, Deltan nunca escondeu que via a si mesmo e aos seus como super-heróis embrenhados numa luta maniqueísta contra o mal dos males, a corrupção (entendida aqui no sentido estreito do roubo de dinheiro público), personificada no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Do alto do pedestal em que foi colocado por parte considerável da imprensa, Deltan passou a sonhar que ele e a Lava Jato iriam refundar o Brasil. Acreditou nisso quando Sergio Moro atirou longe a toga e foi correndo, feito cachorro faminto que vê frango assado girando na padaria, ser ministro do mais abjeto personagem da história política brasileira, Jair Bolsonaro. Eram favas contadas que, dali em diante, Moro seria entronado na primeira cadeira vaga no Supremo Tribunal Federal. Deltan seria ungido pelos colegas e pelo presidente como o novo procurador-geral da República. A cruzada bíblica da Lava Jato livraria o país de seus pecados, prenderia os pecadores etc. Só que não. Os operadores da justiça que se jactavam de terem sido capazes de deslindar o maior esquema de corrupção política da história foram incapazes de ir ao Google buscar alguma informação sobre Bolsonaro, o cavalo em que apostaram seco.

E veio a Vaza Jato. A divulgação dos diálogos entre Deltan, Moro e outros personagens da operação nas 109 reportagens da série – publicadas a partir de 9 de junho de 2019 – deixou claro que havia algo de muito errado na operação. Descobrimos que Moro não pagava um real pela delação de Antonio Palocci, a mesma que havia mandado divulgar de sopetão na véspera do primeiro turno da eleição de 2018. Que os procuradores não conseguiram justificar aquela decisão do chefe. Que Moro mandava e desmandava no Ministério Público, a ponto de ordenar trocas de procuradores em audiências e a publicação de notas à imprensa contra o "showzinho de defesas".
  Que Deltan colocou no bolso centenas de milhares de reais pagos por gente que ele deveria investigar etc.

A lista de irregularidades e abusos é longa. Escolha à vontade. Mas havia mais: o público descobriu que Deltan tinha planos de se lançar na política ("seria facilmente eleito" senador, empolgava-se). Usaria as tais dez medidas contra a corrupção (muitas de viés claramente autoritário) como plataforma eleitoral. Seu partido seria o próprio Ministério Público – ele dizia a si mesmo que o MPF deveria “lançar um candidato por Estado”. Deltan tinha pronto o projeto da estrutura que ocuparia o "pilar derrubado do sistema político". Era o Partido da Lava Jato. Mas aí quem desmoronou foi o pilar da própria operação. Tendo perdido o poder intangível com que chegou ao governo, Moro passou a ser tratado por Bolsonaro como um capacho qualquer. Terminou pedindo demissão para não ter que fazer (mais) politicagem vagabunda para o chefe-presidente. E foi ganhar dinheiro do outro lado do balcão, na firma que tenta reerguer o que sobrou da Odebrecht, que a ação desastrosa da Lava Jato ajudou a destruir.

Ministros do Supremo Tribunal Federal que antes haviam apoiado incondicionalmente (e erradamente) a operação revisaram suas posições. Lula foi solto. Decisões foram anuladas. Moro foi carimbado como "juiz suspeito" – ou seja, parcial, incapaz de decidir com justeza, de exercer com a responsabilidade devida a tarefa que a sociedade lhe outorgou. Enquanto isso, Deltan aproveitou um problema real em sua família para sair da Lava Jato e tentar se esconder das punições que o futuro lhe reservava no Ministério Público Federal. Agora exonerado, os processos em andamento contra ele — que poderiam torná-lo inelegível — serão extintos como que por mágica. Ficha suja é coisa com que só a patuleia precisa se preocupar.

Mas a perda da fama e da relevância cobra um preço alto de quem um dia se encantou por elas. Como me disse certa vez um advogado que negociou para clientes graúdos algumas das delações premiadas mais celebradas da Lava Jato, falando sobre Moro, é difícil se habituar ao cotidiano ordinário depois de ter tido tanto poder nas mãos.
Assim, Moro pegou um avião nos EUA para se filiar a um partido político mezzo-velha-direita-mezzo-tosquice-bolsonarista. Eduardo Girão, o folclórico senador obcecado por maconha da CPI da Covid, será correligionário de Moro. O ex-juiz – que no emprego que deixou nos EUA recebia um salário de ao menos R$ 1,7 milhão por ano – viajou de classe econômica, numa jogada populista tão sem vergonha quanto a de político que em época de campanha desanda a comer pastel e beber pingado em padaria popular, com a pança roçando balcão de fórmica.

Deltan andava escanteado numa saleta do MPF em Curitiba, tal qual um Ernesto Araújo destronado do cargo de ministro, tocando casos banais demais para a importância que ele próprio se atribuiu. Mostrando que a afinidade com Moro segue em boa forma, de sopetão mandou avisar que vai disputar as eleições em 2022. O anúncio veio um dia depois do desembarque sob vaias do ex-juiz em Brasília. Quase um uníssono. As decisões surpreenderam a ninguém e confirmaram o que hoje já é sabido pelo mundo todo: a Lava Jato tornou-se ela mesma um partido político. Mas, graças à aposta errada em Bolsonaro (e ao bom jornalismo), é um partido que ganha vida formal já velho, tão podre e carcomido quanto qualquer outro. Até 8 de junho de 2019, Moro era tido como indemissível e mesmo mais poderoso do que o presidente a que servia. Fazia todo o sentido imaginar que o superministro chegaria em 2022 como favorito no pleito presidencial. Deltan tinha razão: seria facilmente eleito senador pelo Paraná.
Esse é o vereador Seu Bira, o fujão.

Mas os tempos são outros. Moro arrota uma candidatura presidencial, mas muita gente experiente duvida: aposta-se que ele irá optar por uma disputa mais tranquila, buscando uma cadeira no Senado. O agora ex-procurador também brandiu planos mais modestos. Em vez de senador, diz que tentará se tornar deputado federal. Ironicamente, é um downgrade feito por gente cuja carreira política foi seriamente atingida pela Lava Jato – Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ex-senadora e hoje deputada federal pelo Paraná, é um exemplo. Eu duvido que Moro não conquiste uma vaga no Senado. E que Deltan não saia das urnas como um bem votado deputado federal. Curitiba, afinal, se orgulha tanto da Lava Jato quanto dos seus ônibus biarticulados, que se arrastam superlotados mas distraem da realidade com a recordação da cidade que um dia se viu como exemplar. O Paraná a-do-ra um bom demagogo com discurso duro e simplório contra a criminalidade – dê uma olhada em quem são os parlamentares do estado em Brasília. Mas não será a consagração imaginada por um e outro nos tempos áureos da Lava Jato. Pelo contrário. Disputar a eleição em 22 se tornou a última chance, a tábua de salvação para que Moro e Deltan não afundem de vez na irrelevância e na lata de lixo da história do país. Do país que se pergunta como conseguirá escapar da tragédia do bolsonarismo – esse sim, o grande legado da Lava Jato”, Rafael Moro Martins - The Intercept.

Finalizo com uma historinha bem bauruense, com a cara do bolsonarismo vigente nestas e em muitas plagas espalhadas país afora. A vereadora relatora da investigação sobre os desmandos da atual incomPrefeita numa CEI é a petista Estela Almagro e tem como presidente na mesma, um pastor vereador, o seu Bira. Bira é morista e no dia da entrega dos documentos finais, quando tudo que foi apurado seria exposto e sacramentado, estará ausente da cidade e desta forma, justifica sua ausência. Sabe onde o danado vai estar? Em Brasília, mas sua missão não é oficial, mas para presenciar a filiação de Sergio Moro no mesmo partido que milita e faz política. Ou seja, são farinha do mesmo saco. Viaja para bem longe, foge de comprometimentos com o que foi apurado, deixa a batata quente só para Estela descascar e estará nos rapapés com nada menos que Sérgio Moro, aquele que o texto acima conclui não ser um sujeito nada sério, ou seja, atuando nas hostes da aplicação das leis, mas com atuação exatamente ao contrário. O pastor vereador evangélico fundamentalista seu Bira comungaria (sic) de tudo o que foi feito? Pelo visto sim. Estejamos cientes disso. Fugiu, inventou desculpa para se ausentar ou foi festar?

ÚLTIMAS DA RÁDIO PEÃO SOBRE ADMINISTRAÇÃO SUÉLLEN, A QUE NÃO DEIXA PEDRA SOBRE PEDRA
1 - “COMO É QUE É... É A MAMÃE QUE GOVERNA BAURU E ENFIA O DEDO NO NARIZ DE VEREADOR...ABSURDO”, li isso num posto do amigo músico e servidor público Rafael Santana de Lima. Fui me inteirar e lá mesmo a explicação para o que está em curso: “Segundo a Vereadora CHIARA RANIERI a mamãe da PREFEITA chamou o Vereador Bira, (PRESIDENTE DA CEI E QUEM PROPÔS A CEI), enfiou o dedo no nariz e disse: "O senhor colocou a minha filha nessa agora tira ela dessa" ou seja, meteu o dedo no nariz do LEGISLATIVO né... Isso é muito GRAVE”. No mesmo post, alguém pergunta: “Quem manda então é ela?”. A resposta do Rafael: “Sim amiga...já haviam murmurinhos, agora explicitou, pelo que eu entendi a filha só recebe salário e é claro FAZ LIVE”. PITACO DO HPA: Tudo faz sentido. A viagem do pastor seu Bira para Brasília, fugindo da entrega dos resultados da CEI, como que para tentar fugir das responsabilidades assumidas com a mesma. Pelo que deu para sentir no clima nos bastidores, o pau come lá no intestino do Palácio das Cerejeiras.

2 - Recebo ligação de servidor público municipal, destes muito bem informados e me passa algo pelo qual já havia notado algo na última sessão da Câmara de Vereadores: “Henrique, se você ainda não percebeu fique atento. O líder da prefeita na Câmara, o robusto evangélico fundamentalista, Marcelo Alonso está atritado com a prefeita. Não que ele seja um ótimo líder, mas é o que ela possui no momento e ambos estão se bicando, de carinha virada. Ele já não a defende como antes quando empunhando o microfone nas sessões e nas suas lives. Pintou um clima entre eles, ou seja, ela está ficando a cada dia mais sozinha e isolada”. PITACO DO HPA: Eles se merecem e se não estão juntos no momento, creio eu, até pelos interesses em comum, devem estar acertando tudo nos bastidores e em breve voltarão a tudo ser como dantes. Um não vive sem o outro, posturas muito parecidas, estilo de fazer política seguindo os preceitos bolsonaristas sem muito trato com o linguajar, na base da grosseria. Com o pastor seu Bira tendo que se virar nos trinta após a dedada na cara, agora Marcelão de carinha virada, ou seja, problemas e mais problemas nas hostes governistas.

3 - Amigo de longa data, trombo hoje pela manhã com amigo, servidor de carreira e atuando lá dentro do coração da administração da fundamentalista e incomPrefeita. Paramos para atualizar a conversa e ele me diz para prestar bem a atenção no que a prefeita foi de fato fazer em Brasília por estes dias e no que já faz de fato cidade afora: “Ela reúne forças e centraliza fogo no recape do asfalto cidade afora. Nada ainda está sendo divulgado, mas o plano já está em curso. Tudo o que consegue amealhar de grana está sendo concentrado em obras de recape de asfalto. Ela já começou, sem alerde e por um lugar onde repercute, a avenida Getúlio Vargas, já em obras. Depois virá a avenida Rodrigues Alves, outras avenidas centrais e as principais dos bairros. Ela sente que o momento não está favorável e corre contra o tempo, buscando grana e paralisando tudo o mais, pois acha que, assim reverte esse péssimo momento”. PITACO DO HPA: Não sei se isso é conselho de jerico, mas não creio que ela esteja agindo desta forma, por livre e espontânea iniciativa. Alguém a instrui para agir assim e ela, sem grandes arroubos administrativos, deve ter achado a ideia fantástica, revolucionária e a saúda para escapulir do escalpo.

4 - Por fim, ouço de nobre edil, vereador dos mais influentes na casa de leis que, os rumores são mais que fortes para, nos próximos dias vir a público algo mais contundente contra a alcaide, também visto pela maioria como incomPrefeita: “A CEI nos mostra um caminho onde a prefeita está cada dia mais complicada. Tudo a leva a crer que, o caminho a ser seguido será mesmo o de uma processante contra ela. Motivos não faltam e hoje, são poucos os que ainda estão em cima do muro”. PITACO DO HPA: Desde o início dessa aventura – algo como uma nau sem rumo – de grupo vencedor sem nenhuma experiência ou traquejo com a coisa pública, os prognósticos mais alvissareiros apostavam que ela não chegava ao fim do mandato, outros apostavam ficha que nem na metade e alguns diziam que se passasse de um ano seria algo para soltar fogos. Pois bem, a fervura está transbordando a panela. Até mamãe Rosim, a encarregada do exercício do Fundo Social de Solidariedade, hoje pelo visto já tem ampliada suas funções, com a de também dar “dedadas” em vereadores, tudo para tentar segurar no braço algo despontando logo ali na curva da esquina.

A Rádio Peão está mais atuante que nunca, enfim, assunto não lhe falta e as especulações correm solta pelos quatro cantos cidade afora.

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