domingo, 6 de março de 2022

REGISTROS LADO B (81)


NO 81º LADO B, JESUS GARCIA E A EXPERIÊNCIA COMO SINDICALISTA DIANTE DO MUNDO ATUAL
Com o mundo de pernas para o ar, nada melhor do que trazer aqui para o bate papo semanal alguém estudando isso tudo e com ampla vivência de luta, sempre ao lado da causa dos trabalhadores. Neste 81º LADO B, A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES, convidei o sindicalista JESUS FRANCISCO GARCIA, um bauruense da gema, mas que muito cedo bateu asas e boa parte de sua vida profissional se deu em Campinas. É isso que ele vai nos contar, dessa saída muito jovem de Bauru, sua formação profissional toda em Campinas e de lá adentrando a vida sindical, sempre ligada ao segmento dos Eletricitários. Jesus possui ampla vivência dentro dos sindicatos e pode contar com sapiência como se dava as relações dos empresários na éoca com os sindicatos e dos motivos disso tudo ter se dissipado, pois hoje, com a tal da flexibilização das leis trabalhistas, fizeram questão de enfraquecer junto com a legislação existente de proteção ao trabalhador, também a com os sindicatos. Ele esteve dentro delas neste período todo, galgou postos dentro da representação dos trabalhadores e chegou a representar o seu segmento profissional na Federação dos Eletricitários, a mais elevada e graduada na defesa dos interesses destes. Enfim, muita história para contar.

Jesus é um estudioso deste Brasil que depois de alguma trajetória num governo petista, voltado para o atendimento das reivindicações do trabalhadores, se perdeu e enveredou por descaminhos que o levaram para algo inesperado, muito próximo do neonazismo, além de um fundamentalismo retrógrado, causando espanto no resto do mundo. Enfim, como pode uma nação que já estava sendo considerada a sexta potência mundial, regredir tanto e voltar a ser totalmente dependente e subserviente a interesses estrangeiros? Conversar com Jesus é também tratar disso tudo, pois ele não se acomodou, não ficou vendo a banda passar, nem se aquietou. É dos time dos inconformados, dos que não desistiram e ainda acreditam que algo pode ser feito. Mas como? Em que condições? Pois bem, com toda sua vivência, o que mais precisamos hoje é encontrar estes caminhos. Muitas vezes tortuosos, nada melhor do que ouvir algo vindo de alguém que conhece muito bem como seu deu e se dá a luta dos trabalhadores, como foi duro conquistar algo e eleger um sindicalista presidente da República.

Ouvi-lo sobre os bastidores de como se deram os embates intestinais e de como, o outro lado foi galgando, pouco a pouco, conquistas e encostou na parede a classe trabalhadora brasileira. Que forças são essas? Como agem? São tão fortes assim ou os trabalhadores é que estão enfraquecidos? E o que vem sendo feito para reverter este triste quadro. Evidente que Jesus não possui bola de crista, nem varinha de condão para nos passar a receita definitiva, mas conversar é preciso e destes que, enxergam longe é que virá o algo mais, o fio condutou para nos devolver o país de volta. Ao 67 anos, aposentado, depois de morar uma temporada no Vale do Igapó – também nos contará algo de como é viver ali -, optou por voltar a morar dentro da vida urbana bauruense e tem lá seus motivos. Enfim, uma conversa com tantos temas, tantas experiências de vida e uma só certeza, gente como ele é do time dos que não desistem. Fizeram tanto, atuaram de forma tão incisiva e por que o fariam justamente neste momento? Jesus segue atuando no seu segmento sindical, hoje com uma missão das mais nobres, que é a de passar para gerações mais novas, a sua experiência e formar novos quadros. Isso o move, além é claro, da inclemente luta pela eleição de Lula pelo seu terceiro mandato como Presidente da República e defenestrar de vez este capiroto que por quatro anos enfiou o país numa enrascada dessas de difícil retorno. A conversa promete e Jesus tem muito para nos contar. Venham conosco.

Em 30/07/2018 escrevi dele no facebook: “Jesus Francisco Garcia é eletricitário mesmo aposentado, pois a imensa categoria dos trabalhadores não gostam quando são chamados de ex, mesmo após a aposentadoria. O que fizeram ao longo da maior parte de suas vidas os acompanham ad eternum. Esse um desses, eletricitário e sindicalista na defesa dos de sua categoria e na de todos os demais, até com atuação da Federação desses trabalhadores. Hoje, não mais na ativa, continua mais atuante que nunca, várias frentes e atividades políticas, muitas delas junto aos movimentos sociais e até mesmo do local onde reside, o Vale do Igapó. Petista de velha cepa, defende o LULA LIVRE com unhas e dentes, igualmente na luta pela devolução do Brasil aos brasileiros e o fim imediato do regime golpista a nos assolar os costados”.


OUTRAS COISAS:
1.) MAMÃE FALEI E DISSE - QUE VERGONHA
"Mamãe Falei não é exceção. É mais um do rebotalho da antipolítica e do moralismo hipócrita aberto pela Lava Jato nas eleições de 2018, que inclui Bolsonaro, Zema, Witzel, Wilson Miranda, Ratinho Jr., Carla Zambelli, Janaína Paschoal, Fernando Cury, Daniel Silveira, Joice Hasselmann e um bando de militares, policiais e pastores picaretas, professor Gilberto Maringoni.

2.) EU JÁ VI IGUAL, MAS SEMPRE ASSUSTA…
"Hoje me auto flagelei assistindo o Fantástico da Rede Globo… Um extenso noticiário que só faltou falar das receitas da culinária russa para devorar criancinhas ucranianas.
Em casa tentavam me dissuadir a continuar a assistir o programa, mas insisti pois dizia: “é por aqui que a massa se (des)informa…”
No final todos estavam rindo das lorotas absurdas e da absoluta ausência de jornalismo que requer (ainda que precariamente) ouvir o outro lado.
Saí com a mesma convicção de minha terna juventude: a Rede Globo deve ser fechada, seus supostos jornalistas presos e o mesmo deve se aplicar à quase totalidade das redes privadas de informação.
Meu filho me perguntou se eu achava aquela cobertura pseudo-jornalística a pior que eu já havia testemunhado… quase disse sim, quando parei um minuto e me lembrei de uma enxurrada de manipulações dessa emissora:
Lembrei da criação do Collor, da “libertação do Iraque” que tinha armas de destruição em massa; da guerra na Iugoslávia que atacou tão somente a população civil;
Lembrei da “renúncia” de Hugo Chaves na Venezuela; da caça ao Osama Bin Laden que justificou a invasão de um país; da “libertação” da Líbia que custou a vida de Gadaffi; da sanguinária “Primavera Árabe”; do apoio ao golpe de 2016; do apoio dado à Bolsonaro; do apoio à Lava-Jato, da celebração da morte de Fidel, etc,etc, etc…
Não… aquele não era o pior programa, era só mais um programa “padrão globo”… a emissora que criou a Fakenews e a institucionalizou durante a ditadura e após ela…
Aquele era mais um programa de desinformação pura transmitida sob o formato de jornalismo. Eu já havia visto outros iguais ou até piores. Mas sempre assusta ver que, depois de 37 anos de suposta democracia, não caminhamos nem um milímetro na democratização dos meios de comunicação… ao contrário… regredimos…
…e é bem constrangedor ter que admitir que nesse longo período o único presidente que confrontou a Globo foi Bolsonaro… ainda que tenha feito na direção de se aliar com meios de comunicação ainda mais corrompidos e mais descaradamente anti-democráticos… Mas ele provou que a Globo pode ser atacada e sangrar sem que isso lhe custe o poder…", professor Carlos D'incao.

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