quinta-feira, 14 de abril de 2022

ALFINETADA (206)


ALEGRIA, CRÍTICA E REBELDIA - TEM CARNAVAL DO TOMATE DIA 21/4 NO BAR DO GENARO
O Carnaval brasileiro vai rolar pelas capitais, onde blocos e escolas de samba sairão às ruas no dia 21 de abril, quinta-feira, feriado de Tiradentes. Aqui na paradeira bauruense o bloco fasrsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco não deixa a peteca cair e estará marcando presença, carnavalizando a hipocrisia com o enredo TORANDO A MÁSCARA, onde não deixamos ninguém esquecer quem foram os que menosprezaram a pandemia. Reforçaremos a louvação com o MUSO 2022, Silvio Selva, também cutucando mais um bocadinho os agraciados com o PRÊMIO DESATENÇÃO 2022, SUÉLLEN ROSIM, EDUARDO BORGO E LUIZ CARLOS VALLE.

Vamos bagunçar o coreto no dia 21/4, quinta, a partir das 12h no Bar do GENARO, na vila Falcão. Venha fantasiado e ainda pode comprar as últimas camisetas deste ano, r$ 50,00, relíquia assinada por ESSO MACIEL.

Vai ser uma tarde de arromba, enfim, o Carnaval não pode passar batido. O Tomate não deixa isso acontecer...

Um link gravado por mim na noite de quinta, 14/4 no Bar do Genaro, junto de Tatiana Calmon, com assuntos bauruenses, motivo sempre da verve tomatista e tratados por todos nós como causadora do atávico atraso bauruense: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/747703223056784

SANDRO DANDO A VOLTA POR CIMA
Não tive o prazer de ser amigo pessoal do advogado Sandro Fernandes, mas acompanhei sua atuação profissional, principalmente na defesa dos movimentos sociais e atividades sindicais. Um bravo guerreiro em tudo onde se meteu. Cidadão sem máculas e desses, até por causa de sua atuação, sendo alvo de holofotes, os positivos e aqueles negativos, gorando e fazendo de tudo e mais um pouco para denegrir os que lutam e empenham suas vidas em prol da luta pelo social. Quem escolhe estar ao lado dos menos favorecidos, do povão sabe que, ao fazer a opção, problemas mil pela frente. Sandro soube levar tudo a contento até o momento em que algo transformou sua vida e a de sua esposa. Ele se resignou ao que a lei impunha e se calou. Fez o que tinha que ser feito, se defendeu, buscou as provas necessárias para esclarecer definitivamente os fatos e agora, passados quase uma década, chega ao resultado final. Assim como Lula, preso injustamente, ele consegue reverter algo que lhe foi imposto indevidamente. Saúdo o Sandro pela grande figura humana que sempre foi e fico feliz por ele ter conseguido, quando com muitos ocorrem o mesmo e nunca conseguem produzir as provas necessárias para se libertar da pecha de atos que lhe foram imputados indevidamente. A manchete de hoje do JC me enche de felicidade. Sandro é bravo guerreiro das causas populares e pessoalmente, sempre tive a certeza, um sujeito pra lá de impoluto.

Dois depoimentos dcomentários sobre o tema extraídos do meu facebook:
- "Diante dos fatos que cercam este processo, qual será a intenção de quem ainda quer recorrer? Acho que é perseguição política. Se Sandro fosse um "oligarca" da Direita, o caso estaria encerrado", Ricardo de Callis Pesce.
- "Um caso muito estranho. Acompanhei por Rio Preto, e me aguçava a investigação muitas perguntas sem respostas . “forças ocultas” que atuam na cidade de Bauru", Maria Cristina Zanin Sant'Anna.
- "Sempre achei que tudo isso que aconteceu com meu amigo Sandro seria uma grande armação ainda bem que a justiça prevaleceu felicidades e um grande abraço", Carlos Alberto Nogueira Mota.
- "Que boa noticia. Um processo pra lá de suspeito. A merda toda é que Sandro não será nem minimamente confortado por tudo o que sofreu. Uma das rarissimas ocasiôes, à época, em que prudencia falou mais alto que o sensacionalismo!", Daniel Pestana Mota.

A FRANÇA E A PROXIMIDADE FATAL COM A EXTREMA DIREITA - O VOTO NO MENOS RUIM OU PORQUE A ESQUERDA PERDE VOTOS E DEPOIS PRECISA VOTAR DESSE JEITO
"Hoje de manhã ouvi no rádio um cidadão ser entrevistado numa feira-livre de uma cidadezinha. Ele tinha votado no Mélenchon. Repetiu a recomendação: "nenhum voto para madame Le Pen no segundo turno". Do contrário, completou o entrevistado, "a França só vai ser bem recebida pelo Putin, pelo Orban e pelo Bolsonarrô".

Cá com meus botões, acho que ele pode ficar tranquilo. Ainda. O segundo turno da eleição presidencial, dia 24, tem um ar de déjà vu, pois se enfrentam de novo os mesmos candidatos de 5 anos atrás: Macron e Le Pen. Na pesquisa de ontem, aumentou a distância que os separam: dez pontos, ele com 55 e ela com 45 por cento. Na França, onde se ganha eleição por menos de um por cento (e sem nenhum Aecio Neves pedir recontagem), essa distância praticamente assegura a vitória ao Macron.

Ainda assim, é evidente a ruptura da paisagem democrática: a extrema-direita veio para ficar, veio para crescer. Mais ainda com a emergência de Eric Zemmour, o horror em forma de fascismo.

Outras conclusões desta campanha:
-- a abstenção aumentou levemente, chegando a 26 por cento num país em que o voto não é obrigatório. Anunciavam uma abstenção ainda maior -- não aconteceu.
-- a bipolarização de antigamente, entre uma esquerda socialista e uma direita "civilizada", despencou, e deu lugar a uma tripolarização, em que a França se divide entre a extrema-direita, um polo centrista em torno de Macron, e um partido de esquerda mais radical, em torno de Melenchon.
-- em compensação, a despolitização cantada em prosa e verso não se verificou. Ao contrário, os franceses estão mais politizados do que há alguns anos, até porque o nível de educação progrediu, e as redes sociais se firmaram como veículo preferencial de difusão da política e dos políticos.
-- o que mudou foi o que os franceses chamam de "valores de individualização": todo mundo quer ser dono de seu nariz, decidir por conta própria, aceitando menos o enquadramento do partido xis ou ipsilon. Tanto é assim que boa parte do eleitorado, supostamente popular e de esquerda, de Mélenchon, afirma que vai votar na Le Pen, desprezando a recomendação do chefe.
-- também mudou o significado do voto: antes se ia votar por dever, hoje, de preferência, porque o eleitor tem o sentimento de ter algo a dizer, algo que vale a pena ser dito e ouvido pelos políticos. O voto não é mais dever, é sobretudo um direito, uma oportunidade de exercer a cidadania.

Lendo essas análises, me vem ao espírito a declaração infeliz de Fernanda Montenegro afirmando que não vai votar -- logo ela, que está sempre atenta aos despautérios desse energúmeno que nos governa. Pois na hora em que ela -- e todos nós -- teria o direito/dever de se afirmar como cidadã, a atriz maior do teatro pátrio resolve se retrair. Guardei essa declaração na mesma caixa daquele editorial do Estadão à véspera da eleição, afirmando que entre Haddad e o capitão "era uma escolha difícil" -- sei, sei...", por Rosa Freire D'Aguiar.

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