sexta-feira, 15 de abril de 2022

ALGO DA INTERNET (187)


ESTRADANDO E TENTANDO MANTER ALGUNS MAFUENTOS ESCRITOS*
* Escapuli no final de semana, eu a alma gêmea, ABPA. De onde me encontro, tento manter algo, até para não deixar passar batido o dia de hoje. Insistindo pelas tantas vertentes possíveis...

"Bom dia Deus é maravilhoso , chuva de bênçãos para todos, esta foto é do Toninho Alliberty de Castro não resisti peguei para vocês verem .Tenha fé dias melhores virão", escrito de Maria Inês Faneco, me inspirando a responder: "Peguei estrada. Viver é também estradar e ir parando para apreciar o entorno".

1.) GOVERNOS SÃO VÍTIMAS DO MERCADO E O QUE ISSO PREJUDICA UMA NAÇÃO, POR FERNANDO BORRONI
Fala de Cristina Kirchner, vice-presidente e senadora argentina, diante de seu recente discurso: https://750.am/2022/04/14/fernando-borroni-los-intereses-del-poder-real-no-pueden-convivir-con-los-del-pueblo/?fbclid=IwAR1r5nI5aOZ0e1ZhJewjP_NvCUBl1DdPYB3ORXcAtMUQMvrE920wDNQ9DPY

2.) O QUE POSSO DIZER DE JOÃO NANTES*
* Meu 58º artigo para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição nas bancas a partir de 16/4:

Cá de Bauru, mantive contato permanente com Santa Cruz por mais de década e meia, tudo por causa de minha firma de chancelas e brindes. Através do Tieta – inesquecível figura humana -, este me apresentou a cidade, percorri seus trechos mais insólitos. Gostei do que vi e a cada retorno ia desbravando algo novo. Primeiro foi o Icaiçara, meu clientes de longa data, dos tempos quando produzia troféus e medalhas para seus bailes de carnaval infantis. Sempre fornecendo material para suas festas e em todos os anos, sendo convidado para participar dos bailes da primeira noite, a de sexta, quando ia pessoalmente fazer as entregas. Já contei aqui, pernoitava no Galeguinhos e adentrava o furdunço como forasteiro, gostando do que via, dentro e fora do clube.

Creio que a maioria dos anos em que ia nesse período até a cidade, passei em todos pelo escritório do advogado João Nantes. Lembro bem do lugar e mais dele. Sempre muito cordial, atencioso e ocupado. Esperei ali na sala de espera algumas vezes, mas sempre ao adentrá-la, a simpatia em pessoa. Era duro e inflexível na defesa do “seu” Icaiçara, enfim, tantas vezes presidente, mas nunca deixamos de fechar negócios e o carnaval acontecia. Que dizer de um clube e de um advogado/presidente amante inveterado da maior festa popular do país? Nantes esteve à frente do clube da elite local, mas tinha os pés no chão. A festa por lá, nos bons tempos, sempre teve várias bandas e ambientes para todos os gostos. Gostava do que via. Ele fazia questão das medalhas para colocar no pescoço de toda criança que pulava o carnaval no clube.

Com escritório numa das esquinas mais movimentadas da cidade, sei ser ele um advogado reconhecido, disputado e dos bons, pouco tempo pra conversa fiada – mas sempre dava um jeito. A palavra final de todas as decisões eram sempre dele e desta forma o clube soube ir remando contra as tantas marés, já prenunciando estes tempos de declínio de clubes e também da continuidade da festa carnavalesca. Ele resistiu até quando pode e a festa acontecia sempre de forma impecável, sem deixar transparecer os problemas inerentes às dificuldades encontradas para a continuidade de sua realização. Vivenciei um pouco disso, ele chorão, ou melhor, sabendo como administrar, tanto seu escritório, como o maior clube da cidade.

Dessa convivência, confesso, pouco falamos de política, mas como sabendo ser de Bauru, em todas as visitas, me perguntava algo de minha cidade e isso era assunto para prolongarmos a conversa. Ciente de seu escasso tempo, deixava para ser o último a ser atendido e assim a prosa sempre rendia um pouco mais. Tantas vezes voltei para Bauru já noite, tudo por causa da venda ser fechada pouco antes do escritório fechar, depois da conversação e essa, ocorrendo depois do expediente normal. Em algumas vezes esteve em Bauru e nos encontramos para tratar desses temas. A última eu preciso contar, pois o clube já não comprou mais comigo as tais medalhas. Ele estava na cidade para audiência no Ministério do Trabalho, atender um cliente e me liga, queria falar comigo pessoalmente.

Lá fui eu ao seu encontro na sala de espera do prédio público. Queria se justificar pelo momento do clube ser outro e as medalhas não serem mais possíveis. E me diz, não seria por causa disso, que não mais passaria por sua sala para conversas quando na cidade. Nos falamos até o momento em que foi chamado para a audiência e antes, pediu se podia me dar um abraço. Foi algo marcante para mim, pois junto do Icaiçara, perdi quase ao mesmo tempo todos os clubes promotores de carnavais e investindo em troféus e afins: Bariri, Brotas, Jaú, Macatuba e outros. Nem sei se os clubes destas ainda continuam promovendo bailes, todos na época concorridos, porém, a mudança já estava em curso. Bauru mesmo, descontando a pandemia, restou um só baile carnavalesco. Mas do escrito todo, lembranças após a perda do advogado, de todos os lugares onde vendia algo da festa, ele foi dos mais marcante, pois a relação não era fria e sempre estamos mais do que necessitados de boa conversação. Nantes era bom de prosa, disso não tenho a menor dúvida.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e historiador (www.mafuadohpa.blogspot.com).


3.) EU E A FOTO DA CHURRASCARIA GAÚCHA - CENTRO DEGRADADO
Esquina das ruas Primeiro de Agosto com Antônio Alves, centro velho de Bauru, barranca da Praça Rui Barbosa, onde por décadas funcionou a Churrascaria Gaúcha e hoje, local abandonado. Torço muito pelo seu reaproveitamento. Na parte superior um abrangente salão, local para eventos e reuniões. Tristeza é desolação pelo destino atual.

Posto no facebook somente isso e como responsta alguns diletos comentários:
- "Todos os dias passo na rua primeiro de agosto no período noturno hoje mesmo passei e observei os bares lanconetes e antigos restaurantes todos fechados e sem brilho, observei a praça Rui Barbosa tomada pela escuridão, nenhum comércio legal funcionando os pipoqueiros já não existem mais as bixigas sumiram o forro da praça as sextas-feiras com Walter Neto foi extinto, descendo a primeiro de agosto rumo à estação ferroviária não encontrei nem a farmácia aberta os cinemas não existem mais a Cinelândia tb, os hoteis outrora pujantes fecharam as portas a exemplo hotel Central hj loja cem, enfim só desolação...", ex-vereador José Eduardo Avila.
- "Seu texto é linda e triste testificação do que nossas pesquisas urbanísticas apontam de que, as políticas de Crescimento e Dispersão da cidade para fora, retirando populações moradoras das áreas centrais e centro expandido para os ditos "condomínios fechados "cada vez mais segregados na periferia", está matando o centro e centro expandido da cidade. E vai piorar se a atual lei de uso e ocupação do solo, que o executivo pretende está gestando for aprovada pela Câmara Municipal. Nela há um equivocado e "preguiçosos" conceito e proposta de investir numa ideia de que todos os bairros centrais e tradicionais, devam receber comércio e serviços de todo tipo (lei bolsonarista de "perturbação do sossego") o que irá expulsar ainda mais os moradores para longe. Quando na verdade deveriam imvestir em regulamentar de forma inteligente(?) Que as pessoas vivessem e voltassem a viver nas regiões centrais. Detalhe. A população de Bauru, segundo Ibge e SEADE, como a brasileira, estão parando de crescer, e vai chegar ao ápice em cerca de 2035, e voltará a diminuir a partir de então, e em 2050 terá a mesma população atual. Portanto, se não invertermos esta estratégia equivocada de expulsão agora na revisão desse Plano Diretor e LUOS, Perderemos o Trem da História. E a cidade terá áreas fantasmas. Não à expansão urbana, sim ao Incentivo de Qualificação das Áreas Vazias e em Abandono com incentivos à moradia", arquiteto José Xaides Alves.
- "Estive no último dia de funcionamento e nem sabia que era o derradeiro espeto", jornalista João Pedro Feza.

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