terça-feira, 31 de maio de 2022

CENA BAURUENSE (226)


PRA COMEÇO DE CONVERSA UM "FORA BOLSONARO" AOS SERTANOJOS
Não são só os cantores sertanojos que recebem grana alta deste desGoverno comandando pelo milicano presidente. Todos os apaniguados estão se enriquecendo, numa mamata criminosa e ainda sem punição. O BNDES virou banco para dar dinheiro para estes, vergonha nacional. Cito outro exemplo escabroso. Apesar dos inúmeros relatos de abusos e maus-tratos, além da completa falta de transparência, as "comunidades terapêuticas", nicho dominado por igrejas neopentecostais, nunca receberam tanto dinheiro. Essas são apresentadas como entidades de serviço social e não de saúde, diferença que torna praticamente inexistente a fiscalização sobre o trabalho realizado. A esmagadora maioria das instituições têm como pilar a religiosidade como parte do tratamento. Na prática, o acolhido precisa participar das atividades religiosas, para que aquilo que se entenda como tratamento surta efeito. Muita verba tem sido destinada a um setor que aposta na reforma moral do indivíduo e não possui qualquer padronização. O Brasil não precisa de comunidades terapêuticas, pois possui o SUS. O Brasil vinha há anos num processo de qualificação no modo como tratar e cuidar dos dependentes, mas agora desandou. Como pode usar dinheiro público para financiar algo que não se entende como tratamento? Isso é o Brasil do seu jair, o descapacitado na presidência.

CENA BAURUENSE
01. Em 25/04/2022 publiquei: "Em Bauru já tivemos três museus públicos em pleno funcionamento e hoje, findo o período mais crítico da pandemia, a imensa maioria dos museus país afora já reabriram suas portas, enquanto aqui, o único em condições, o mais famoso, o Ferroviário, não reabre e hoje apresenta justificativa plausível, o de estar em reforma, parte elétrica e estrutural, com placa neste sentido sendo fixada em sua fachada. Demorou, mas aconteceu e agora, a pergunta que não quer calar: quanto mais tempo permaneceremos sem nenhum museu aberto? Um prazo precisa ser estipulado. Não poderia ocorrer atividades externas, artísticas no seu pátio interno, de reenvolvimento da cidade com seu mais charmoso e importante museu?"
02. Em 26/04/2022: "Para quem achava não mais existir nenhuma banca de jornais aberta na madrugada bauruense, eis que na avenida Comendador, na quadra antes do santuário católico, Altos da Cidade, uma resiste ao tempo e as intempéries de tantas outras que feneceram no caminho. Essa diariamente, também pontualmente abre suas portas às 6h da manhã, se fingindo de morta e driblando todas as previsões dos que apregoam ser este um comércio em declínio: seu proprietário segue remando contra a maré, enfim, resistir é preciso".
03. Em 28/04/2022: "Esquina da Joaquim Silva Martha com Gerson França, lembranças inenarráveis de antanho no Bar Espuma Fria, do saudoso Toninho e hoje, revivendo o passado e bebericando umas geladas numa mesa na beirada da calçada, agora com novo nome, Bar do Valdir, aglutinando botequeiros em busca do último gole antes de adentrar seus lares. Fui um deles no começo da noite de hoje e o fiz relembrando a sapiência do Toninho, por mais de uma década na esquina, hoje ocupada de forma salutar pelo sucessor Valdir. Vida que segue".
04. Em 01/05/2022: "Rua Bernardino de Campos, quadra abaixo da Campos Salles, virando à direita, com casas antigas, primórdios da vila Falcão, reduto de trabalhadores".
05. Em 05/05/2022:"Rua José Carneiro, vila Falcão, possui uma só quadra e faz parede meia com a antiga Oficina da NOB, antes reduto de trabalho da maioria dos que ali residem. Hoje, com o mato tomando conta até dos muros de divisa, acabou por se transformar num incômodo vizinho, desses que a gente, mesmo diante do problema, não tem a quem reclamar e no piso que reveste a rua, não se sabe se é de terra ou de pedrisco, pois asfalto passou longe dali".
06. Em 11/05/2022: "Avenida Nuno de Assis, proximidades rua Araújo Leite e ali defronte loja da Liquigás, a verdadeira face do país hoje: botijão de gás com preço promocional de R$ 100, mas só com pagamento em espécie ou PIX. Pela alta semanal preços dos combustíveis, preços disparando e o presidente se fingindo de morto".
07. Em 12/05/2022: "Nesta casa simples na quadra 13 da rua Araújo Leite, centro velho de Bauru, fluiu por alguns anos um dos bares mais instigantes desta aldeia, o Coisas da Roça, do saudoso engenheiro que virou suco, o falecido Henricão".
08. Em 14/05/2022: "A fachada toda vermelha do andar superior dessa edificação na rua Primeiro de Agosto, centro velho bauruense, abrigou por décadas a Academia Yoshida, do professor Cyborg. Ele cansou, se aposentou, passou o ponto adiante e agora, quem passa pela rua vê lá no alto placa de "Aluga-se". Impossível não passar pela quadra e ainda não sentir a presença de tão ilustre cidadão por ali".
09. Em 16/05/2022: "Faixa na entrada da sede da torcida organizada Sangue Rubro, do hoje já integrante da série AII do Paulistão, algo bem explicado e explicitado: "Proibido camisas de outros times!!! E azul".
10. Em 18/05/2022: "Nos altos da rua Bernardino de Campos, comerciente, provavelmente evangélico neopentecostal, coloca placa defronte seu estabelecimento, determinando o tipo de cliente que prefere atender".
11. Em 23/05/2022: "Sobrado estilo caixote, anos 60/70, na esquina da praça Washington Luis, ruas Araújo Leite e Aparecida, resistindo ao tempo, com poucas janelas abertas, ou seja, praticamente tudo desocupado. Na parte inferior, firma de portas e janelas de alumínio e lembrança de padaria, muitas dé cadastrada atrás".
12. Em 26/05/2022: "Placa proibitiva, bem explícita, em loja de bebidas, altos da avenida Moussa Tobias, entre Vista Alegre e São Geraldo, deixa bem claro: vender bebida sim, se acomodar e querer beber no local, nem pensar".
13. Em 28/05/2022: "Para mim, é o prédio mais lindo de Bauru. Morei nele, sinto orgulho. Foi depois do acidente fatal que envolveu meu pai. ...morávamos no Paraná, meu pai foi montar escritório com seu amado amigo José Bolívar Bretas. Deu ruim. Morreu. Voltamos para Bauru e minha mãe alugou um apê. Nesse prédio, Edifício Sampieri. Todo mundo era triste na minha família. Nesse prédio vi minha mãe chorar muito. Eu não era triste. ...não entendia que meu pai não iria voltar nunca mais. Depois entendi. Mas nesse tempo, a tristeza era doença contagiosa nessa família. Todo mundo ficou triste. Hoje, reparei nessa varanda cheia de vasos coloridos com um monte de planta. Acho quem quem mora aí é feliz. Eu pego fácil o vírus da felicidade. Hoje, só de olhar, eu padeci de amor por essa varanda. Deu bom, sobrevivi....sem sequelas. Vivi Ame...Viviane Mendes", lindo texto e linda foto da artista plástica Viviane Mendes.


PRA FIM DE CONVERSA UM "FORA BOLSONARO" SE CONFIRMANDO
Porém, todo cuidado é pouco, pois muita água ainda vai passar por debaixo dessa ponte.

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