quinta-feira, 9 de junho de 2022

BAURU POR AÍ (204)


ESPERANDO SENTADO - PROCESSANTE PARA SUÉLLEN ROSIM EM COMPASSO DE ESPERA
As justificativas são sempre compreensíveis (sic), enfim, é preciso vencer etapas e para se chegar à votação que levaria a abertura da tal da Processante, muita água ainda precisaria passar por debaixo dessa ponte. Não basta todo o trabalho de investigação e depoimentos bem conclusivos, dando indicativos mais do que evidentes da ocorrência de fatos nebulosos na compra dos tais imóveis, a maioria inservível para a Educação, tudo a toque de caixa pela prefeita e sem consultar ninguém, como se soubesse conclusivamente do que estava comprando. Nada disso importa neste momento, onde nossos bravos edis estão, neste momento, debruçados sobre detalhes intestinos, infindáveis conversações, destas que, definem os prós e contras de levar a prefeita para o incício de uma Processante. No momento, reuniões ocorrem, das mais variadas formas. Numas excluem a participação de alguns, considerados votos vencidos ou atrapalhadores de acordos, noutras, se trancam a portas fechadas e nada de sair a tal da fumacinha branca da chaminé, a tal que deveria deixar a prefeita sob investigação. Essa trama de bastidores é algo que precisa ser bem analisada, entendida, averiguada sob lupa, para se entender dos reais motivos que se leva ou não um político para o cadafalso.

Enfim, o que se passa nestes bastidores são decisivos. Estejamos atentos, pois nem sempre o que foi apurado é levado em consideração na hora da votação, existindo sempre argumentos mais convincentes, levados muito em consideração na hora da votação. Enfim, façam suas apostas, a processante saiu ou não sai? E se sair quanto tempo ainda levará para se encerrar o período de negociação e acordos entre os pares para ser levada à votação em plenário? Jogo de paciência.

AINDA DO CORTE INDISCRIMINADO DE ÁRVORES EM BAURU
Dileto amigo, passando diariamente pela avenida Pedro de Toledo, vai observando as alterações após a ainda inconclusiva repaginação do local, com asfalto e calçadas novas. Nessa última etapa, estão a dar atenção para as praças do local e ontem ele me envia essas três fotos com a legenda: "Você viu, mataram mais essas árvores na Pedro de Toledo?". Passo quase todos os dias por lá, mas ainda não havia reparado. Como sabemos que, a reposta será sempre a mesma, a do progresso e novo replantio, com tudo lindo em trinta anos - como justificativa na praça Portugal -, estamos agora na fase das praças peladas, mas com piso lindo, novinho em folha, mas com pouquíssima sombra.

Que seria isso, a política daquela dona de casa que, diante do amontoado de folhas em suas calçada, não pensa nos benefícios da árvore, lhe trazendo sombra o ano inteiro, querendo logo cortar a fonte de tantas folhas a lhe aumentar o serviço doméstico diário? Árvores padecem nesta cidade.

CASA DOS PIONEIROS SÓ RESSURGE DO PÓ SE ALGUM INTERESSADO SE DISPUSER A GASTAR DO BOLSO R$ 170 MIL REAIS
Passo pela rua Araújo Leite dias atrás e vejo diante da Casa dos Pioneiros, duas senhoras, provavelmente da Prefeitura Municipal de Bauru. O imóvel desapropriado (será que já pagaram o valor para as herdeiras?), depois tombado, o último remanescente dos primórdios desta aldeia, encontra-se seguro não só pelas estacas, mas pela força e resistência de tudo o que já foi ali prometido e vivenciado. São as tais forças ocultas, pois está como se fosse pó empilhado. Ali, qualquer arquiteto só de bater os olhos, diz com cátedra: "Isso não é mais questão de restauro, mas de reconstrução". E assim deverá ser, se um dia algo acontecer antes da derrocada final. Poucos acreditam em algo concreto, eu um destes.
Escrevo isso após ver as duas lá diante do escombros e de ler matéria publicada na edição impressa do Jornal da Cidade, em 27/05/2022, sob o título "Prefeitura abre edital para a adoção da Casa dos Pioneiros - Interessado em fazer o restauro do imóvel deve fazer sua manifestação, em envelope fechado, até 25 de julho deste ano. Eis o link da matéria completa: https://www.jcnet.com.br/.../803118-prefeitura-abre....

Ou seja, a SMC - Secretaria Municipal de Cultura e a Prefeitura Municipal de Bauru, na competência da atual administração desistiram de vez de qualquer obra pública no local. Estes que hoje comandam o país, abdicaram da Cultura, mas como dizem que fazem e acontecem, poderiam ao menos conseguir recursos junto aos tantos órgãos despejando dinheiro ao vento - principalmente junto ao Centrão - e revitalizar o local, que poderia ser transformado num dos pontos turísticos da cidade. Nada disso. Jogaram a toalha e apelam para a sensibilidade de algum incauto ainda interessado em disponibilizar seu dinheiro para uma obra na preservação do patrimônio. Será como buscar uma agulha no palheiro. Na minha modesta opinião, o que a Cultura faz é dizer estar fazendo algo, mas na verdade nada fazendo, pois abre um edital e pede, conclama, ora de joelhos para alguém surgir assim do nada e se disponibilizar a fazer o que já deveria ter sido feito há muito tempo por ela próprio.

O valor indicado para recuperação gira em torno de R$ 170 mil reais, baixo diante de tantas obras farônicas em curso e até poderia gerar interessados, desde que, além da recuperação houvesse um plano concreto e viável para sua utilização, o que certamente ainda não foi pensado. Fica o registro para a única possibilidade de ver a Casa dos Pioneiros ressurgir das cinzas e pós, alguém com grana e disposto a ver algo da história bauruense preservada. Se surgir, que imponha as condições, pois do contrário, banca a obra e depois a renegam ou utilizam para coisa nenhuma.

ARGUMENTO TAMBÉM UTILIZADO POR MIM QUANDO ME PEDEM PARA ESCREVER MENOS DE POLÍTICA - Tirinha de Caio Oliveira, diante de provocação feita para o cantante Chico César e sua precisa e cirúrgica resposta:

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