sexta-feira, 25 de novembro de 2022

COMENTÁRIO QUALQUER (231)


O SINCOMÉRCIO E A LIBERAÇÃO DOS COMERCIÁRIOS PARA JOGOS DA COPA
Todos por aqui possuem ainda a lembrança de como atuou o tal do SinComércio quando da pandemia em Bauru. Foram não só negacionistas, como impuseram a reabertura das lojas, mesmo no auge da pandemia. Capitaneados pelo ser Walace Sampaio, fizeram e desfizeram, com um autoritarismo de doer. Depois, este se calou e continuou seu reinado sem alardes e holofotes. Ontem numa nova ocorrência, algo a ser aqui comentado.

Dia de jogo do Brasil na Copa, existe um entendimento entre as partes, empregador e funcionários, para serem dispensados e todos assistir a partida em suas casas. Pelo que sei, ontem, a maioria dos estabelecimentos fechou as portas com no mínimo um hora antes da partida ter início. Com uma hora e muitos dos comerciários tendo que pegar um ou mais ônibus, já seria algo corrido. Porém, o comércio fechou as portas com meia hora antes do jogo começar. Em muitas, fechou as portas com meia hora e ainda com serviços internos para serem realizados antes de serem dispensados.

Ou seja, o empregador do comércio não demonstra sensibilidade nenhuma. Já estava explícito isso no período da pandemia e agora, tudo reafirmado. Será que vale mesmo a pena sacrificar e ter o comerciário contra sua vontade até momentos antes do jogo começar? E hoje, se fingem de mortos, como se nada tivesse ocorrido. Das falas dos dirigentes do comércio, a preocupação é somente uma, com as perdas com as portas fechadas. Sensibilidade humana ZERADA. Parece bobagem, mas cumprir o acordado, vai além dos gestos de generosidade, algo difícil hoje de ser perpetrado nas cabeças pensantes e atuantes dos donos de negócios. Fica o registro.

O PERTURBADO DE BAURU
Mais uma vergonha pra essa Bauru já judiada de cabo a rabo. Este vídeo demonstra só um bocadinho de como anda a cabeça destes todos energonhando a nação. Já passaram de todos os limites. Eis o vídeo: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/pfbid037YziXATLFFqahF846ELnnmGWGKnpgxkm3aTiycaUHEcJSfp54wMMCmfkvC66z8iol

PAPAI NOEL CHEGA HOJE NO CENTRO, INFELIZMENTE, NÃO MAIS DE MARIA FUMAÇA
A tradição da chegada do Papai Noel, quando da abertura do comércio noturno em Bauru é quebrada pela ineficiência da atual administração municipal, capitaneada pela incomPrefeita Suéllen Rosim. Até alguns anos atrás, esse ato simbólico sempre se deu com o personagem Papai Noel chegando de Maria Fumaça. Ela se posicionava estrategicamente lá junto das Oficinas da NOB e vinha com a comitiva até a Estação da NOB, na praça Machado de Mello, onde era recepcionada pelo bauruense, que de forma festiva o encaminhava para seguir em corte subindo o Calçadão da Batista.

A tradição foi quebrada, pois a Maria Fumaça está desde o início dessa desastrosa administração, mais dilapidada que antes. Ou seja, hoje, permitiram que peças dela fossem roubadas e ela, a composição toda, por medida de segurança, foi retirada da área coberta da Estação e levada para área descoberta, mais próxima do Museu ferroviário e da única vigilância ainda existente no local, mantida pelos remanescentes do DNIT na cidade. Funcionários da Cultura municipal, para não aumentar o prejuízo e pensando em um dia tê-la funcionando novamente, aproveitaram e retiraram da composição o restante de peças vitais para seu funcionamento e as guardaram no interior do museu. Ninguém acredita em nada de novo dentro da administração Suéllen para trazer de volta a composição férrea da Maria Fumaça, daí, melhor se resguardar e assegurar algo para o futuro.

Nos noticiários locais, causa espanto, ninguém da mídia local cobrar ou ao menos relembrar este fato, o da chegada do Papi Noel pelo modal de transporte, o impulsionador do progresso desta cidade, no caso o férreo. Esses esquecimento, faz com que, acreditemos na memória muito curta de quem produz notícia por essas bandas. Seria pouco caso ou de fato, existe também um certo resquício de ressentimento dos que desgostam da ferrovia e, desta forma, fazem de tudo e mais um pouco para não ressaltar nada que porventura eleve o tema ferroviário. Já no meio comerciário, principalmente o patronal, tanto faz, pois o que interessa a estes é só verificar possibilidades de lucros. Falam de tudo neste sentido, desde a tal da black friday a outras promoções. Já, os saudosistas, bauruense natos, estes continuam tendo muita saudade da Maria Fumaça funcionando. Já estou nos preparativos para, desde o início da novíssima administração federal de Lula como presidente, instigar o DNIT, para estudar todas as possibilidades dessa composição voltar a funcionar, mesmo a revelia dos interesses dessa pérfida administração municipal.

OBS.: Nas fotos tiradas por mim, algo de como se dava a recepção popular junto da Estação, sempre lotada e a composição férrea da Maria Fumaça chegando toda pomposa, apitando a todo vapor. Hoje, infelizmente, a Estação continua interditada, sem que nenhuma palha desta administração tenha sido movida no sentido de reparar ou ir sanando os problemas. Na última foto, tenho orgulho de numa das chegadas do Papai Noel até a estação da NOB, ter conseguido introduzir meu pai como passageiro, presenciando como tudo era feito. Hoje, vivemos de saudade nestas plagas, pois na modernidade proposta por Suéllen, a Bauru de ontem é renegada ao esquecimento, quando não lacrando tudo com tijolos, para desta forma, não resolver nada, mas impedindo o acesso e das pessoas continuarem vendo as chagas desta cidade. Eu acredito, tempos melhores virão, nunca com administradores ao estilo atual, fundamentalistas, negacionistas e não se importando na preservação do que ainda nos resta de História.

A ALCATEIA
Presenciamos um processo eleitoral exemplar, no mês que se encerrou: após um período em que os eventuais ajustes de documentação dos eleitores foram realizados com eficiência, e a propaganda eleitoral foi realizada de maneira equânime, as eleições – nos dois turnos – se processaram dentro da lei, com os resultados computados de maneira rápida e cristalina.

Tudo estaria bem, se não fosse a atuação de um grupo expressivo de pessoas que tudo fez – e continua fazendo – para sabotar as eleições e os seus resultados.
O principal baderneiro, Jair Bolsonaro – postulante à reeleição presidencial – começou o achaque, já faz tempo, ao acusar fraudes à aferição de votos por urnas eletrônicas, sem qualquer indício ou evidência a amparar sua denúncia. As coisas pioraram muito a partir de junho deste ano, quando Bolsonaro passa a caluniar os juízes do Tribunal Superior Eleitoral, como parciais.
Como o primeiro turno das eleições ocorreu em clima de absoluta tranquilidade, e a apuração dos votos ocorreu em velocidade extraordinária, com o cômputo feito com imparcialidade e clareza, Bolsonaro – apoiado por sua malta de seguidores – mudou de planos e partiu para o terrorismo.

Nessa nova fase de ataque, as instituições nacionais (já manchadas pelo uso mofino da bandeira nacional e pelo circo montado nas comemorações do bicentenário da Independência) foram vilipendiadas na semana do segundo turno eleitoral. Roberto Jefferson, ex-deputado federal, partidário de Bolsonaro, e em prisão domiciliar, xingou – nas redes sociais – uma juíza do STF. Punido com a ordem de retorno à penitenciária, Jefferson recebe os policiais federais que cumprem a ordem de prisão, com tiros de fuzil e arremesso de granadas, ferindo dois deles. Outra deputada federal, Carla Zambelli, igualmente comparsa de Bolsonaro, entrou em um bar com um revólver em punho, exigindo que um cidadão pedisse desculpas por hipotético xingamento. E ainda se jactou de que iria votar, portando arma no dia seguinte, afrontando norma eleitoral que proíbe este tipo de ato.

O segundo turno transcorreu sob a tensão gerada por setores da Polícia Rodoviária Federal, que interpôs obstáculos a eleitores que se deslocavam para votar. Mas, felizmente, a votação acabou ocorrendo com absoluta serenidade. Os resultados, computados com a eficiência de sempre, mostraram que o candidato Lula da Silva venceu a eleição pela pequena, mas respeitável diferença de 2,1 milhões de votos.
De maneira oblíqua, podemos dizer que Bolsonaro igualmente triunfou, de maneira abjeta: um número não pequeno de pessoas chegou à conclusão de que o resultado eleitoral só é válido se for o que eles desejam. E essa alcateia bloqueou estradas, queimou pneus, atulhou as portarias de estabelecimentos do Exército Brasileiro com o argumento de que estão “protestando” contra os resultados da eleição. Neste “protesto”, impedem o abastecimento das cidades, prejudicam as atividades econômicas, proibem que os cidadãos realizem suas atividades profissionais, rumem para hospitais e clínicas, tenham seus momentos de lazer.

Será necessário obrigar que esse bando, de meninos mimados e de adoradores do fascismo, a respeitar os preceitos mínimos de civilização. Se necessário, usando a força, sempre dentro do limite das leis. Não é possível que essa imaturidade cívica ou – o que é muito pior – esse arreganho antidemocrático fique sem punição.
Texto de NEY VILELA, transcrito por HPA

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