quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (156)


SOMOS DO TIME DOS CLAMANDO PELA REVITALIZAÇÃO DA ESTAÇÃO DA NOB E PRAÇA MACHADO DE MELLO
Li ontem na Tribuna do Leitor, Jornal da Cidade, texto do amigo Carlos Bonora, algo pelo qual venho batendo na tecla faz tempo. Reproduzo sua missiva: "ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA - Lemos neste jornal que a Câmara Municipal está na velha dúvida: reforma do prédio atual ou prédio novo do Legislativo? Se olharmos o arquivo do JC vamos encontrar o verdadeiro destino que teria a Câmara Municipal. Quando da compra da antiga estação ferroviária pela municipalidade, o então prefeito (que não teve competência para concluir a ETE, apesar de nunca ter faltado dinheiro), e o então presidente da Cãmara colocaram como condição da compra a transferência para lá tanto do Legislativo como do Paço Municipal o que, sem dúvida, seria um trabalho para a eternidade, no sentido de revitalizar aquela área. Pois nós sabemos que no momento em que jogaram nossas ferrovias para apodrecer no tempo, aquela praça morreu junto".

É a mais pura verdade. Compraram e desistiram da ideia de revitalizar o lugar. Os vereadores de então - ao atuais não pensam diferente - desistiram de se mudar para lá, mesmo com amplo espaço, um andar inteiro só para eles, ou seja, muito maior espaço que o atual. Depois, a Secretaria de Educação e depois conseguiram a interdição do local, sepultando tudo. Gazzetta ainda tentou algo no final de seu mandato, mas Suéllen engavetou tudo e até lacrou as portas com tijolos. Aquela praça, a geradora, boca de entrada de seu progresso, está fadada ao apodracimento. Alegam das enchentes, mas nada fazem para resolver o problema. A atual alcaide prefere gastar com compras de imóveis, a maioria inútil, mas nada faz pelo local. Eu sou do time dos que, insistem em bater na tecla da viabilidade de revitalização de todo o entorno da praça Machado de Mello. Junto dela a Estação da NOB, com seus andares intocáveis, amplos e clamando por uma OCUPAÇÃO.

TEM QUEM AINDA ACREDITE...
O dinheiro prometido para a realização do Carnaval de Rua em Bauru 2023 ainda é algo a ser materializado, distante e inalcançável, porém a Cultura municipal brinca de fazer a festa, sem ao menos viabilizar o prometido, o mínimo possível. Gostam de brincar com coisa séria. No próximo domingo, 18/12, serão apenas dois meses para o Carnaval e até agora, nenhum escola e bloco bauruense começou a fazer algo pela festa. O motivo é simples, aguardam a grana prometida pela Prefeitura. Tudo foi prometido pela alcaide Suéllen Rosim e depois da promessa, todos em compasso de espera. Sem grana, sem festa. As escolas e vlocos estão todos muito fragilizados após três anos de pandemia e sem desfilar. Precisam e muito deste impulso da Prefeitura, mas ela, através da prefeita que, na verdade é contra a festa e só a realiza pela pressão popular, age nos bastidores para que não aconteça e se acontecer, que seja de forma fraca, sem nenhuma pujança. Inviabilizando o recebimento do dinheiro das escolas até o limite máximo, quase um estrangulamento, talvez o evento nem ocorra.

Por outro lado, tomam atitudes como se tudo estivesse encaminhado e transcorrendo dentro da normalidade, como no anúncio feito pelo JC dias atrás, quando da manchete "Cultura abre inscrições de concurso para a Realeza do Carnaval 2023". Mas como promover um concurso destes se nem ao menos uma primeirap arcela para viabilizar as compras para confecção dos carros alegóricos e fantasias foi ao menos definida? É brincar de fazer Carnaval. A Assessoria de Imprensa da Prefeitura afirma através da matéria do JC: "um edital referente ao Carnaval deve ser publicado pela Secretaria de Cultura nos próximos dias". A matéria é 10/12 e até agora, NADA.

Por outro lado, o mesmo JC, em matéria "O que provoca lentidão para celebrar contratos e convênios com a Prefeitura!", de dias atrás, traça uma espécie de guia para não deixar tudo para em cima da hora ou fazer tudo no atropelo, quando o assunto é requerer alguma grana advinda dos cofres municipais. Não sei se dou risada ou choro. Seria tudo belo, se não fosse também pão bolorento. No caso do Carnaval, a Prefeitura deixou para a última hora a decisão de promover o retorno da festa popular e quando o fez, promessa da alcaide, não respeitou nenhum dos prazos por ela mesma estabelidos na matéria citada. Ou seja, a regra vale para os outros, não para a própria Prefeitura. Qualquer pessoa sensata sabe que, para se realizar o Carnaval deve-se pensar em todos os detalhes com no mínimo um ano de antecedência. Suéllen enbromou a todos até novembro, quando se reuniu com representantes das escolas de samba e blocos carnavalescos. Só aí decidiu por algo, ciente de que, pelos meios legais, com publicação de editais e coisas do genero, tudo seria praticamente inviabilizado. Ou seja, tem gente brincando com coisa séria. Eu particularmente, adoraria queimar a língua e a verba ainda sair, mas mesmo que isso ocorra, com 60 dias para tudo se aprontar, imaginem como vai ser a festa bauruense de 2023. Tem gente apostando no quanto pior melhor e os carnavalescos sabem de quem se trata.

"FIQUEI ABALADÍSSIMA COM A MORTE DO SILVIO SELVA. CHOREI"
Com essa frase a querida Luciana Franzolin, lá do distante Chipre, ilha no Mediterrâneo, entre a Turquia e a Grécia, me escreve dous dias atrás para notificar algo pelo qual só tomou conhecimento agora. O motivo não foi a imensa distância territorial, pois essa a gente até resolve com as conversações diárias aqui pelas redes sociais. Lu ainda está tomando conhecimento de muitas coisas ocorridas porxestes tempos, algumas boas e outras nem tanto. O fato é que, ela tempos atrás teve uma forte convulsão e foi parar em hospitais, permanecendo desacordada aproximadamente um ano. Felizmente acordou e está se recuperando maravilhosamente, namorando muito e curtindo o filhão, meio brasileiro, meio chioriota. Vez ou outra pipocam algo do ocorrido no período do apagão. O falecimento do Silvão foi uma dessas. Foram grandes amigos, são da mesma geração e vivenciaram ricas histórias culturais juntos. O danado faz falta danada por aqui, pois possuidor de verve afiada, não deixava nada passar sem seu pitaco, ou melhor, sua borduada com o taco de beisebol, que folcloricamente dizia manter em sua mochila e sempre pronto para afugentar "coxinhas", hoje fascistas. O taco eu herdei, presente de sua irmã, assim como um belo quadro, pintado por ele, de uma diva do jazz.

Lu, com sua lembrança, me faz relembrar também do Silvão. Esteve junto do bloco do Bauru Sem Tomate é MiXto até quando deu. Um frasista como poucos, tiradas de quem tinha o humor e a ironia na ponta da língua, e da escrita. Briguento, ranheta, sempre curto e grosso, porém sempre presente, destes sem medo de opinar e pir causa do seu modo de ser, de se meter em confusões. Não foi só ele que a querida Lu ainda não tomou conhecimento da partida. Com outros ela também se surpreenderá. Sei de sua felicidade, neste renascimento, de poder, mesmo a distância, ter acompanhado a vitória do Lula e o também renascimento do Brasil. Seguimos em frente, cara Lu, muito feliz por vê-la inteira e bem lúcida diante de tudo o que teremos pela frente. Torcemos muito por ti e agora, por favor, se junte a nós, pois estamos no início da reconstrução deste Brasil que você tanto ama. Você é nossa embaixadora no Chipre e em todo Mediterrâneo.

O CAMINHO DA RECONCILIAÇÃO COM O BRASIL
Que tem muito mais no ar no momento atual brasileiro, além dos aviões de carreira, ninguém mais duvida. Estes últimos acontecimentos de Brasília, com veículos incendiados nas ruas, dia da diplomação de Lula presidente, a ainda ocupação da frente de muitos quartéis Brasil afora, dá o tom do que de fato se passa nas entranhas deste país. Quando vejo alguns sem noção, que votaram em Lula, apostaram suas fichas no projeto que representa, ainda o criticando pela mudança em drops, aos poucos, chego a não entender. Existe um Brasil muito bolsonarista ainda muito atuante e forçando a barra pelo pior. Só o fato desses incendiários de Brasília terem se abrigado em quartéis e instalações públicas federais, de onde sairam para tocar fogo na cidade e depois pra lá voltar, abrigados e protegidos, dá o tom do que o novo Governo está tendo que enfrentar. Tudo bem, a gente sabe que, Lula inaugurará em grande estilo a reconciliação do Brasil com o mundo, justamente onde Bolsonaro tirou o País do jogo global e o relegou à condição de pária e alvo de escárnio internacional. O mundo espera com ansiedade que o Brasil retome agenda palatável e seu protagonismo internacional. Mas antes precisará resolver estes tipos de probleminhas pela frente, as tais pedras no meio do caminho, os fascistas nas ruas e incentivados pelos que deixam o poder. Portanto, quando vejo Lula transformando velhos inimigos em leais adversários, entendo, pois escolhemos eleger Lula para isso mesmo, para nos reconduzir para outro momento. Ele sabe melhor do que ninguém, não será mudando tudo de uma vez o melhor caminho para atingir seus objetivos. Há muito tempo, ao menos desde 2002, Lula compreendeu que a esquerda só ganha eleições se atrair para o seu lado o centro democrático e progressista. O outro lado tenta colonizar o novo governo e este vai sendo construído dentro de negociações possíveis. Seria uma lástima vencer no primeiro e segundo turno e perder no terceiro e quarto turno. Todos nós já sabíamos que o novo governo não poderá ser radicalmente diferente da Arca de Noé que venceu as eleições. Entender isso tudo em jogo e das disputas sendo travadas em Brasília neste momento é também não apostar em perder sem ao menos ter assumido. Infelizmente, é assim que o jogo é jogado nas condições aceitas desde a opção feita de participar do pleito no proposto pela legislação atual em vigor. Continuo acreditando muito em Lula e no que virá pela frente.

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