segunda-feira, 31 de julho de 2023

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (164) e ALGO DA INTERNET (202)


EU NÃO ME RENDO AO AGRO, QUE NÃO É POP, MUITO MENOS A SALVAÇÃO DA LAVOURA*
* Amanhã é aniversário de Bauru, mas eu quero escrever de outra coisa, também sobre a cidade onde vivo e que, como "maria vai com as outras", continua entrando de "gaiato no navio".

Existe muito de propaganda enganosa nisso de endeusar o AGRO como o melhor dos negócios, o que salva este país, ponta de lança de tudo no momento atual. Não caio e nem entro nessa. Na propaganda da TV Globo, o "Agro é Pop", o que é uma falácia, conversa pra boi dormir. Assisti ontem ao Fantástico, justamente na parte onde, numa das matérias, a explicitação de que, quem hoje mais judia da Amazônia são os seus invasores, desmatando tudfo o que vêm pela frente, espalhando bois em lugares onde não deveria estar e pior, na maiorias das vezes, todas as terras irregulares. Uma vergonha, denunciada, mas não anunciada como atitude AGRO. Sou duro com estes, que apregoam serem os que trazem hoje muitos dividendos ao país? Não, não sou. O que escrevo aqui é na verdade, algo para recolocar a questão no seu devido lugar. O país anda comprando "gato por lebre" e em tudo hoje, o anúncio destes como salvadores da Pátria, o que não condiz com a verdade. Estes, na verdade, são detentores de capital, ganham muito, mas não retornam muito em dividendos para o País e sim, para eles próprios. Quer queiram, quer não, hoje o maior percentual de trabalho mal remunerado, condições muitos ruins é dentro deste segmento. Dirtia mesmo que, em alguns caso, sem querer generalizar, o que se vê de trabalho em condições de semi ou mesmo de escravidão é dentro do agronegócio. Extste muitos atuando dentro da lei, mas não tem como negar, muitos atuando fora da lei e ainda a seguir regras estabelecidas como normais e vigorando a partir do desGoverno de Jair Bolsonaro. Isso mesmo, ainda um grande percentual do agronegócio continua sendo bolsonarista. O segmento se beneficiou e muito com o abrandamento da lei, que no caso do agro, passou a ser desrespeitada na cara dura, pois contava com o beneplácito do mandante mór, o então Presidente da República. Foram tempos dantescos, mas hoje, estes precisam entender que tudo mudou.

Até hoje quando vejo caminhonetes com adesivos do AGRO, me bate um arrepio dos pés à cabeça, pois entendo que, estes são os que, ainda defendem as atitudes perpetradas pelos tempos onde Seu jair - com minúscula mesmo - governou o País. Não existe como não afirmar o óbvio: este setor foi muito favorecido, mesmo não dando tanto retorno assim ao País. Inesquecível a lembrança de tantos destes bancando o diabólico festim dos acampamentos defronte os quartéis militares. E com que intenção? Será ainda necessário entrar em detalhes, ou isso já é mais do que compreensível por tudo, todas e todos? Quem se beneficiou com algo naqueles tempos, ou abre os olhos ou estará hoje, na nova situação e momento vivido pelo País, a vivenciar algo fora do lei. Não existe como continuar paparicando quem tentou apunhalar a democracia e também, foram grandes incentivadores da tentativa frustrada de golpe de estado.

Na capa da melhor revista semanal brasileira, a resistente CArta Capital, algo sobre o assunto e discutido de forma muito séria: "A roça venceu - O avanço econômico, político e cultural do agronegócio". Sim, a roça, ou o agro venceu, mas não nos esqueçamos e isso a matéria traz em detalhes: "O agro não poupa ninguém - O setor que mais cresce no País busca exercer sua influência não apenas na política, mas também na cultura e na sociedade". Não me peçam para sair pela aí desfilando com chapelão agro ou mesmo cinturão com aquela fivela encobrindo a barriga. A música proveniente do agro não é de boa qualidade. É massificada na cabeça do povo, daí acaba sendo entronizada como boa, mas na verdade é pobre. Muito mais pobre do que a tradicional música sertaneja. O que se toca hoje nos rodeios e destas de peão é um sertanejo universitário de gosto mais do que duvidoso. Sou chato e impertinente? Não creio. Não falo por mim, mas por quem observou a tranformação toda a ocorrer neste País e, mesmo tendo perdido a parada, como a revista demonstra, não se verga e não entrega os pontos. A revista mostra em dados, o supreendente avanço do agro com 21,6%, este o crescimento do PIB do agro no 1º trimestre de 2023, com 364 bilhões reservados para o Plano Safra e deste montante 77 bilhões para a agricultura familiar (ufa!). Sim, os números surpreendem, mas precisam ser entendidos. O Brasil direcionou muita grana para este segmento em detrimento de outros. Isso não pode mais prosseguir na mesma toada. Lá pertinho de onde tenho meu Mafuá, abriu uma revenda só para as caminhonetes Dodge RAM. A venda destas - absurdo serem utilizadas nas cidades - cresceram 519% neste ano. Aliado a tudo isso, para ressaltar algo a ser combatido, acrescento que a a Bancada do Boi hoje no Congresso Nacional é quem lidera a agenda antiembiental. Isso é bom para o progresso esperado? Evidente que não, pois representa o retrocesso e o atraso. O mundo persegue quem polui, desmata, grila e descumpre leis ambientais, mas por aqui isso ainda é endeusado por parte considerável da mídia massiva, essa comprometida com anúncios e publicidade advindas destes.

Escreveria laudas sobre os desmandos de algo necessitando de controle, mais fiscalização e cobrança de propósitos. E como não poderia deixar de ser, Bauru está muito bem enquadrado dentro do contexto nacional dos que aplaudem de pé o AGRO, sem muita contestação. Vai acontecer aqui na terrinha, dita e vista como "sem limites" um grande evento para endeusar os feitos do segmento. "Agro Sem Limites" e de 4 a 12 de agosto, muito do lado positivo e, com certeza, nada das contradições, da perversidade e dos malefícios do segmento. Seria de bom alvitre a amostragem dos dois lados, o que diz fazer e o que demonstra ao contrário, para desta forma, incautos poderem tirar suas conclusões. Isso não vai ocorrer e Bauru, nos próximos dias, palco de algo sendo construído e mostrando só um dos lados da questão. Que merda é essa de "Bauru será 100% Agro"? Isso é impossível, mesmo que no anúncio publicitário do evento, publicado no Jornal da Cidade este seja o destaque. Na verdade, enxergo ao contrário disso. O capitalismo vai destruir o mundo, vai acabar com tudo. Ele devora tudo o que encontra pela frente, bobeou estão destruindo tudo, distorção declarada e manipuladora. Nunca iremos convencer ao agro e a quem pensa ser ele resolutivo que, na verdade, ele é exatamente o oposto. Na verdade, não só o agro, mas essa conjuntura capitalista tem um lema: quero amealhar e dane-se o resto. O agro não é exatamente isso?

E A ALCAIDE FALOU O QUE PENSA E COMO AGE: "EU NÃO COSTUMO FALAR PARA AS MINORIAS"
Assim sem querer querendo é que as coisas acontecem, as pessoas se abrem e dizem o quer vai lá no fundinho de sua alma, clara demonstração de como agem, são e tocam suas vidas. Com a alcaide, também denominada por mim como IncomPrefeita Suéllen Rosim, algo ocorreu durante a semana e ela, quando confrontada, espanou e pronunciou frase altamente preconceituosa. Na sequência, como é de costume com quem esconde algum malfeito, apagou tudo o que tinha referência ao fato, mas Guardião, o intrépido super-herói destas plagas não perdoa e faz questão, não se de relembrar o feito, como perguntar algo, cujas respostas estão explicitadas na charge deste mês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário