sexta-feira, 8 de setembro de 2023

BEIRA DE ESTRADA (171)


TENTANDO VOLTAR AO NORMAL

TODO DIA, OLHO PELA MINHA JANELA E LÁ NA FRENTE UM PONTO DE ÔNIBUS, SEMPRE COM GENTE, QUALQUER HORA DO DIA. FICO A IMAGINAR AS HISTÓRIAS
Eu tirei muitas fotos dessa cena. Abro a janela da cozinha, por qualquer motivo e lá está diante de mim, o tal ponto de ônibus e nele, inevitavelmente, seja qualquer hora do dia e começo da noite, pessoas sentadas esperando pelo coletivo que as levaram ao serviço ou para casa. Isso tudo me intriga de uma certa forma, tanto que, passei a registrar o movimento, incessante renovação de pessoas. este ponto fica bem na beirada da Praça da Paz, com parada pela Nações Unidas e aqui é o coração da vila Cidade Universitária. Muitos dos que ali vejo são trabalhadores, no vai-e-vem inclemente, saindo de suas casas e indo para seus locais de trabalho. Daqui do alto, enquanto tomo o meu café, vejo o senhor com aquela pesada sacola e sei vale uma boa história. Enfim, qual o seu destino, o que leva naquela embornal? São as pequenas coisas a mover uma cronica, um escrito qualquer. Tudo nasce de pequenos detalhes. Outro dia, meu amigo Sivaldo Camargo me dizia isso, de como Nelson Rodrigues fazia brotar histórias encantadoras de coidsas tão simples. Por que não uma senhora sentada num ponto de ônibus, tendo junto as pernas sacolinhas de mercado, num local, onde eles estão distantes, nãso poderia render algo contundente? Tudo rende. Mas o qwue me move aqui para a janela é mais do que isso. Quando me deparo com estes todos lá no ponto e eu aqui do alto, sinto profundamente a distância existente entre os que estão lá embaixo e os que estão aqui no alto, observando tudo e se propondo a divagar sobre essas questões. O mundo é tão desigual, sempre foi e não serei eu a resolver as grandes questões mundias. Só tento buscar, dentro da sensibilidade ainda existente dentro de mim, algo para continuar me movendo, talvez mesmo, sendo até a mola mestra a me impulsionar. Todos precisamos de motivação para quase tudo. Eu preciso e toda vez que saio à janela, observo lá embaixo a movimerntação, os ônibus chegando e levando os ali a espetrar, esvaziando o ponto, mas logo a seguir, como que num passe de mágiaca, tudo se renovando. Ou seja, isso tudo é um moto contínuo, não tem fim, não tem parada. Posso até abrir a janela amanhã e lá encontrar as mesmas pessoas, mas sei, as suas histórias neste dias serão outras, outras motivações, outras coisas a fervilhar o pensasmento. O mesmo acontece comigo aqui de cima. Tem dias que os olhos com um olhar mais apaixonado, noutro mais instigante, mas todos com a devida paixão de quem, está sempre em busca de algo para preencher o espaço vazio dentro de sua mente.


NADA COMO ENCONTRAR TEMPO PARA COLOCAR LEITURAS EM DIA
Com o corpo ainda molengão, não tive como, baixei ontem no médico. Fui em busca de saber o que tenho. Seria Covid? Enfim, me municiei de minhas revistas, com leitura atrasadas e fui lá pro atendimento das Unimed no Hospital deles perto da rodovia Bauru Jaú. Chego e enquanto aguardo, faço o que mais gosto nessa vida - uma das coisas -, leio desbragamente. Sou o único naquele espasço, mais de 20 pessoas, todas batucando algo em seus celulares, mas só eu com algo de papel nas mão. Prefiro assim. Foi de um contentamento imenso ter conseguido dar vazão à litura reprimida, ou seja, a da semana e até essa sexta, ainda inconclusa, inacabada. Tirei a foto semana passada lá na banca da Ilda das duas que trago para o hospital, minhas companheiras antes e depois do atendimento, as revistas Carta Capital e Piauí. Eu leio e vou grifando tudo, com caneta marca texto. Creio guardar minhas revista por causa disso, pois quando as pego lá na frente, alguns anos depois, gratas recordações dos motivos de ter selecionado justamente aqueles trechos. Impagável isso.

O médico me chama, falo de minhas agruras e inquietações, ele jovem, pede para fazer o exame, aguardar 40 mnutos o resultado e voltar para sua sala. Faço e volto para sala, escolho um cantinho, eu com minha camiseta da seleção brasileira, enfim, hoje tem jogo - contra a Bolívia, eliminatórias da Copa -, com um agravante bem notável, o escudo faz alusão à Lula e nos costados um Lula 13 bem grandão. Sento e leio. Paro só quando sei já se passaram os tais 40 minutos. Consegui terminar a leitura inteira da semanal Carta Capital e estava me deliciando com a Piauí, quando já perto das 16h, outras obrigações pela frente, me levanto e vou para o reservado consultório do médico. Ele me diz ter dado NEGATIVO, ou seja não estou com Covid. Pergunto sobre as dores, o mal estar, pescoço dificilmente virando de lado a outro, tosse com dor e ele me diz pode ser forte gripe. Me receita um antibiótico e outro, dois comprimidos, uso diário, por 5 dias. Saio de lá com as revistas debaixo do braço e vou diretamente fazer o que me resta fazer para dar cabo deste dia e depois, quando a poeira baixar, vejo os tais remédios. De algo me valeu muito a ida lá na Unimed, pois sem esse tempo todo lá sentadinho não conseguiria de jeito nenhum cabo de minhas leituras. Feliz da vida, pois escapei da tal Covid e li algo mais do que proveitoso, saio pimpão e tento agora resolver os probleminhas de sempre, os que me atravancam e embaralham meu dia-a-dia. Muitos destes resolvo, outros empurro escancaradasmente pra frente e assim toco meus dias. Porém, com a leitura não tenho como fazer isso, quando deixo de ler, bocadinho que seja por dia, me sinto mal, calafrios, confesso, algo muito pior do que os sintomas que estou a sentir agora e que, tinha quase certeza, seriam Covid. Não é, mas se nem o médico sabe, eu acho que sobreviverei.

TEM GOLPISTA SE BORRANDO NA SEM LIMITES
"Bom dia, dia.
Depois da matéria no JC, que falou por cima, que financiadores do golpe, de Bauru, estariam recebendo a visita da Polícia, fiquei imaginando o pânico instalado em alguns setores.
Imagine o cara que fez live mostrando doação de picanha, gritando, aqui não tem mortadela.
A senhora que se sentiu rejuvenescida gritando nos jograis pedindo intervenção e golpe militar;
Os que iam hastear bandeira, berrar o hino, clamando pelo assassinato de petistas ;
Os que rezaram em volta de pneu ;
Os que foram pra Brasília de ônibus de excursão e voltaram de avião no dia 08/1
Os que faziam selfie com a polícia se achando intocáveis.
Aqueles que diante da prisão da única pessoa da excursão golpista, (a pobre) já fugiram pro litoral.
Tava quase esquecendo dos que fizeram contatos com os ets.
Esses mesmos que depois que a casa caiu, viajaram correndo, removeram conteúdos ou toda rede social, e depois voltaram como cidadãos caridosos, como estão agora?
Imaginem se o resgate liga a sirene perto de algumas residências nem tão humildes... Se a campainha toca, se o porteiro avisa que tem gente....
Povo da portada 6° CSM tá verde de
medo, amarelo de pavor, e nenhum pouco vermelho de vergonha, por tudo que fizeram.
E se a viatura da PM da um totozinho na sirene ou liga a lanterna, atras do carro de um deles...Será que tremem?
Alguns já se enfiaram em clínicas, outros viajaram às pressas.
Mas tudo em sigilo é segredo de justiça.
A quem interessa o anonimato senão a eles mesmos. Se forem dado nome aos bois (palavra bem propria), haverá um minimo de cobrança de punição...
A venda de passagens, fraldas e tarjas pretas fez a bolsa-bauru subir. Cotação extraída das mesas do Bar dos Brasileiros.
Parece que finalmente as 72 horas estão chegando.
TC 06-9-23", TATIANA CALMON.

O CENTRO DE BAURU TEM JEITO, BASTA QUERER - UM EXEMPLO
Depois de percorrer o centro e se deparar com muitos prédios fechados, muitos imóveis inviabilizados, contribuindo para a degradação social, eis um exemplo a merecer elogios, palmas e incentivo. Na esquina das ruas Primeiro de Agosto e Araújo Leite, este prédio chegou a quase fechar, mas seu proprietário investiu, acreditou nas possibilidades do centro e ver os operários finalizando a obra é motivo de júbilo e comemoração. Viva todos os que, continuam apostando suas fichas no centro da cidade.
Comentários:
- "Este predio pertence ao Clan do Edmundo Tobias (in memoria). Os herdeiros são investidores altamente articulados e multiplicadores dos bens herdados, eles estão de parabéns", Luiz Fernando Alves Souza.
- "Lembro quando eu trabalhava (1980/85) na grande extinta CYTIL, tintas e material de construção, pertencente à família Joaquim (Srs. Ary, Maury e Hélio), tinha um morador e zelador deste prédio..o Sr. Lavico (Olavo), muito amigos dos meus patrões.. e fiel cliente da loja para manutenção desta bela edificação !! Saudades.. Bela obra.. em frente nas outras duas esquinas tinha os amigos Sr. Belmiro Thomazzi (relojoaria) e Sr. Yolando Tayano (bicicletária)..que sentava na calçada a tocar seu acordeón.. e mais pra baixo na mesma calçada..o jurídico do Banco Itaú (prédio então pertencente à família Joaquim)..ao lado do 4o.BPMI, na qual, jogávamos bola na quadra (entre lojas de materiais de construção). Quem não se lembra de CYTIL x Casa das Tintas..ou Copical x Pieroni...ê lembranças !!", Wagner Bola.
- "Nos anos 80, morei nesse predio, em um apê no 2° andar. Era dos donos das Casas Ypiranga Tintas. Os herdeiros presando pelo legado. Parabéns", Ethel Spetic da Selva.
- "Não sou de Bauru gosto muito de ler e saber as histórias ...aprendo e viajo...tentando saber como era Bauru...", Marcia Regina Zamarioli.

RECADO DO HPA (24)
O ocorrido foi de dias atrás, mas só hoje, ao acordar, sendo e coloco no papel.

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