segunda-feira, 30 de outubro de 2023

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (167)


A TESE DO GUARDIÃO: "ELA NOS OFERECE MAIS QUE UM MOTIVO POR DIA"
Pois bem, hoje, segunda, 30/10, a sessão semanal da Câmara dos Vereadores está pegando fogo, brasa pura. Ou melhor, deveria estar, mas vejo quer a maioria dos vereadores, mesmo com tudo o que já se sabe sobre os tais dos dossiês sendo desvendados, parece viverem num outro mundo. Mas como ignorar e juntar as coisas de tudo o que está sendo divulgado a respeito? Guardião, o super-herói bauruense se antecipa e demonstra algo mais do que surreal dos últimos acontecimentos na cidade.

"Se a situação já era trágica, agora está calamitosa. Não dá mais para tapar o sol com a peneira. Eu tenho uma tese e a apresento aqui, pela vivência de quem observa tudo o que acontece por essas plagas. Enquanto vejo a oposição tentando algo para fazer frente a uma provável candidatura de reeleição da atual mandatária, a alcaide Suéllen Rosim, creio eu, a disposição deveria ser outra. Se hoje tentam se juntar para enfrentá-la nas urnas, deveriam todos estar mais atentos a tudo o que vem ocorrendo na cidade e a partir daí, com quase um fato novo, todos escabrosos, a cada dia, se juntar para dar um breque, estancar tudo o quanto antes. Se algo não vier pela via da fiscalização dos vereadores, já deveria ter acionado o Ministério Público. Só mesmo a Justiça para reestabelecer a normalidade nesta cidade. Não existe outro meio e daí, com a união destes todos que hoje se juntam para competir, fica a proposta, por que não se unir para buscar na Justiça, o quanto antes, fiscalizar e esclarecer os fatos? Na sequência, tenho certeza, muitos outros candidatos pipocarão, pois não terão mais a concorrência com a possibilidade da reeleição".

Essa sua fala. Muito coerente. Me atento para o que foi dito por ele, o fato dela, a alcaide oferecer pra oposição um fato novo por dia. O próprio Guardião segue sua toada neste sentido: "Vejam vocês, temos duas CEIs em andamento, porém, delas nada de concreto deve ser definido, pois o relator de uma dessas, já declarou de forma antecipada, nada ter verificado de irregular. A vereadora Chiara Ranieri, escandalizada com o fato, disse que, se isso ocorrer, irá apresentar algo de forma independente, com uma relação de incontáveis irregularidades. Ou seja, elas existem e alguns não querem investigar, mesmo sendo pagos para isso. Não sei se preciso relacionar as tais irregularidades, pois estão bem explicitadas, dia após dia, divulgadas, ou pela imprensa da cidade ou pelos blogs e sites de jornalistas. É verdade, motivos existem, mas existe também uma má vontade de alguns em investigar, os ao menos fiscalizar. São tantos os fatos, mas nenhum deles gerando estupefação na maioria da vereança local. Este também outro fato lamentáve e merecedor de denúncia: o por que dos motivos da maioria dos vereadores se fingirem de mortos, mesmo diante de tanta coisa para ser fiscalizada e tudo sendo ignorado. Não dá mais para denomicar o que se vê como normal, pois vivemos tempos de ampla anormalidade. O que precisa mais acontecer para que algo ocorra no sentido de estancar as barbaridades em curso?". Daí, quando ele observa a areia movediça onde a alcaide está se atolando, depois de tentar se safar de problemas com o Palavra Cantada, dossiês, demolição da sede do Parquinho, compra de prédios inservíveis, situação precarizada das UPAs, troca sem sentido de nomes de vários conselhos municipais, etc, creio ter mais do que razão. Na verdade, muito pertinente sua participação neste final de mês.
OBS.: Guardião é cria da arte e traço de Leandro Gonçález, com pitacos escrevinhativos deste mafuento HPA.

DAS REGRAS DE CONDUTA PARA USO DOS BONDES PARA AS DE QUEM CONTRATA DOSSIÊS CONTRA OPOSITORES*
* Meu 131º artigo para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição circulando pela aí a partir de hoje, agora mesmo:

Machado de Assis escreveu esse arrazoado para ser publicado em capítulos na Gazeta de Notícias, da então Capital Federal, Rio de janeiro, 1883. “Ocorreu-me compor umas certas regras para uso dos que frequentam bondes. O desenvolvimento que tem tido entre nós esse meio de locomoção, essencialmente democrático, exige que ele não seja deixado ao puro capricho dos passageiros. Não posso dar aqui mais do que alguns extratos do meu trabalho; basta saber que tem nada menos de setenta artigos. Vão apenas dez”, escreve o autor antes de começar a ditar as regras básicas de boa conduta. Resumo as dez (link da íntegra: https://blog.bbm.usp.br/.../regra-para-uso-dos-bondes.../).

ART. I - Os encatarroados podem entrar nos bondes com a condição de não tossirem mais de três vezes dentro de uma hora, e no caso de pigarro, quatro.
ART. II - As pernas devem trazer-se de modo que não constranjam os passageiros do mesmo banco.
ART. III - Cada vez que um passageiro abrir o jornal que estiver lendo, terá o cuidado de não roçar as ventas dos vizinhos, nem levar-lhes os chapéus. Também não é bonito encostá-los no passageiro da frente.
ART. IV - É permitido o uso dos quebra-queixos em duas circunstâncias: — a primeira quando não for ninguém no bonde, e a segunda ao descer.
ART. V - Toda a pessoa que sentir necessidade de contar os seus negócios íntimos, sem interesse para ninguém, deve primeiro indagar do passageiro escolhido para uma tal confidência, se ele é assaz cristão e resignado. ART. VI Dos perdigotos
ART. VII - Quando duas pessoas, sentadas a distância, quiserem dizer alguma coisa em voz alta, terão cuidado de não gastar mais de quinze ou vinte palavras, e, em todo caso, sem alusões maliciosas, principalmente se houver senhoras.
ART. VIII - As pessoas que tiverem morrinha, podem participar dos bondes indiretamente: ficando na calçada, e vendo-os passar de um lado para outro. Será melhor que morem em rua por onde eles passem, porque então podem vê-los mesmo da janela.
ART. IX - Quando alguma senhora entrar, o passageiro da ponta deve levantar-se e dar passagem, não só porque é incômodo para ele ficar sentado, apertando as pernas, como porque é uma grande má-criação.
ART. X - Quando o passageiro estiver ao pé de um conhecido, e, ao vir o condutor receber as passagens, notar que o conhecido procura o dinheiro com certa vagareza ou dificuldade, deve imediatamente pagar por ele: é evidente que, se ele quisesse pagar, teria tirado o dinheiro mais depressa.

Bauru voltou a ser notícia negativa nacional na semana passada, quando o cunhado da atual alcaide bauruense, Suéllen Rosim contratou um famoso hacker, o já detido de Araçatuba, para montar dossiês contra opositores, desde jornalistas a vereadores. Ela diz não ter nada a ver com isso, mas ambos moram na mesma residência, ou seja, muito próximos. Daí pensei em repetir o regramento do Machado, atualizando-o para quem tem por hábito contratar dossiês, enfim, é alto o “desenvolvimento que tem tido entre nós” este meio de conduta:
ART. I – Faça, mas faça bem feito, não deixando possibilidades de ser descoberto.
ART. II – Nunca peça para um parente executar o serviço.
ART. III – Não escolha um hacker que já tenha problemas com a Justiça.
ART. IV – Sendo suspeito, se finja de morto e fuja por uns dias. Ao retornar, mude de assunto.
ART. V – Descoberto, alegue que só queria investigar as coisas boas, nunca as malvadezas.
ART. VI – Se chamado a depor, entre pela porta dos fundos – e saia com blusa sob o rosto.
ART. VII – Procure pagar em espécie e com dinheiro de fácil identificação.
ART. VIII – Elimine todas as fotos tiradas ao lado dos suspeito e pulverize essas ações também entre empresários próximos. Todos devem colaborar nas contratações.
ART. IX – Não havendo outro jeito, pense no próximo passo e afirme, “fui motivo de dossiê e agi na mesma moeda. Chumbo trocado não dói”.
ART. X – Leia sobre Gregório Bezerra, o segurança de Getúlio Vargas, aquele que fez o serviço sujo, sem o patrão saber. Ou será que Getúlio sabia de tudo?
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).

MORREU UM DOS GRANDES INCENTIVADORES DE CULTURA DESTE PAÍS
Morre Danilo Santos de Miranda, grande alicerce da cultura paulista, aos 80 anos.
Sociólogo que revolucionou o Sesc SP se tornou figura mais relevante do cenário de São Paulo e era tido como um mecenas
29.out.2023 às 22h31
Por Fernanda Mena
SÃO PAULO
Morreu neste domingo o sociólogo, filósofo e ex-seminarista Danilo Santos de Miranda, aos 80 anos. Ao longo das quatro décadas em que dirigiu o braço paulista do Sesc, ele se tornou a figura mais longeva e relevante da cultura de São Paulo. Visto como uma mistura de mecenas com ministro da Cultura, era prestigiado e reverenciado como tal.
HPA muito sentido, enfim sou cria do SESC e, consequentemente, de Danilo.

COMO POUCOS
Num dia como hoje, há 63 anos, nascia Diego Armando Maradona. Nunca houve nem haverá alguém como ele: Diego, el D10S del Fútbol! ♡

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