quinta-feira, 19 de agosto de 2010

RETRATOS DE BAURU (85)

AMILTON, NOSSO “INDIANA JONES” NA DEFESA DO CERRADO
Amilton Marques Sobreira, 51 anos, um advogado a fugir do modelo habitual. Não espere vê-lo engravatado, com um terno impecável e cheirando a um perfume de marca. Nada disso, pois até foge disso. Com 30 anos de advocacia, passa ao largo do trivial e esse é seu diferencial. Lembro dele começando lá na Rua Vital Brasil, vila Falcão, casa e escritório de madeira, tudo muito simples e hoje, no mesmo estilo e modo de agir. A diferença é que a luta, ou seja, a busca incessante pelo que acha correto acabou se intensificando e hoje, atuando no SOS Cerrado, faz da questão ambiental, a da defesa de nossa vegetação típica uma trincheira de luta. A Associação foi criada sob sua inspiração (e de sua esposa, a historiadora Márcia Nava) e como seu primeiro presidente, encarna uma ação contínua contra posseiros, grileiros, invasores e gente a se aproveitar da questão da terra para aproveitamento próprio (muito barão bauruense não o tolera). Virou para muitos um chato de plantão, pois cutuca, insiste, requer e consegue demonstrar por A + B, que suas propostas são as mais corretas e adequadas, porém, pouco executadas na prática. Rema contra a maré, mas não desiste e vê-lo com seu chapéu a lá “Indiana Jones” é a certeza de estar plena ação. Tem quem não o atenda mais ao telefone, invente desculpas para não ter que recebê-lo e quando o faz, além do chá de cadeira, um desconserto na hora da apresentação das justificativas. Se quiserem um termo para designá-lo, tenho um, abnegado, pois diante de uma aceleração de gente interessada na especulação imobiliária no entorno de Bauru, o grande prejudicado é o cerrado e assim sendo, dr Amilton, continua sua saga. Como forma de distração, encontrou na escrita uma boa forma de fuga, como o feito no livro “Terra, o Planeta Prisão”.

Do livro brochura, edição do autor, "Terra, Planeta Prisão", um trecho, a resumir a idéia central da obra de 36 páginas: "Na verdade, este é o grande mistério, este planeta é uma prisão, usada por outros povos, muito mais adiantados que nós, com grande evolução material, moral e intelectual. Mas, haviam pessoas que distoavam nesses planetas e foram enviadas para este. Na verdade, anteriomente eles mandavam os presos para Marte. Esses desrespeitaram todo o sistema ecológico daquele planeta levando-o a destruição como estão fazendo com o nosso planeta, poluindo os rios, destruindo a camada de ozônio, destruindo a vegetação. Na verdade, a "torre que chegava aos céus" foi um tentativa dos prisioneiros de outros planetas que aqui estavam de construir uma nave espacial para fugirem daqui e tomarem o poder em seus sistemas estelares. Mas suas pretensões foram impedidos". O livro de Amilton deixa a seguinte pergunta no ar: Estaria o mesmo acontecendo com o planeta Terra? Seríamos então, um Planeta prisão e nosso fim o mesmo de Marte?
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OBS.: Amanhã uma denúncia de irregularidades mil no Jardim Europa, obra do nosso Indiana Jones tupiniquim.

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