sábado, 10 de setembro de 2011

RETRATOS DE BAURU (108)

BRANDÃO, POETANDO ESSE NOSSO MUNDINHO
José Carlos Mendes Brandão, 64 anos é um poeta quase bauruense. Nasceu aqui pertinho, em Dois Córregos, mas foi em Bauru, lugar escolhido para continuar tocando sua vida, onde exerceu o magistério por mais tempo, como professor de Português. Aposentado, casado com a também poeta Sônia Brandão, se dá ao luxo de ter sido separado no berçário do cientista político norte-americano Noam Chomsky (leia aqui o que escrevi dele: http://mafuadohpa.blogspot.com/2008/12/umas-frases-26-80-anos-de-noam-chomsky.html ), um a cara e o focinho do outro (a caricatura é do Noam e não do Brandão), sem nunca terem se deparado pessoalmente. Diferem-se na escrita, um dominando o pensar político e o nosso, o pensar poético. Brandão tem sete livros publicados, o primeiro em 1975, “O Emparedado”, depois não parou mais. De memória cito dois, o “O Sangue da Terra” (2010) e “O Silêncio de Deus” (2009). Irrequieto, mesmo mantendo esse jeito caladão, pacato, de poucas palavras ditas (e muitas escritas), tem livros premiados em lugares distintos e distantes. Verve criativa incessante segue produzindo e conquistando espaços como a ida no próximo dia 28/09 para a sede da ABL – Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro onde receberá uma premiação da UBE – União Brasileira de Escritores, pela obra ainda inédita, “Livro dos Bichos” (obrigado pela dica amiga Camila, do BD). Aqui em Bauru é membro da ABL – Academia Bauruense de Letras e o lugar mais aprazível para encontrá-lo é onde bate cartão todos os dias, na loja alternativa do filho, a “Extinção Empório Cultural” (Rua Cussy Jr, 8-17). Ótima oportunidade para desfrutar de sua calorosa afetividade.

4 comentários:

  1. Henrique

    Parabéns pela lembrança.
    Só uma dele, que quando ele bater os olhos vai até achar estranho, mas é de um dos seus últimos livros.

    JUSTIFICATIVA
    Descobri que vou morrer,
    por isso te procurei.

    Curta e grossa.
    Brandão é contemplativo.

    João Carlos

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  2. Temos uma sorte danada de observar o poeta em sua quietude.
    Valeu Henrique!
    Abração
    W.Leite

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  3. HENRIQUE,

    O JC BRANDÃO é meu amigo, companheiro na ABLetras e estudamos na mesma escola estadual de Santos:Instituto de Educação Canadá (onde o infeliz do Zuza foi meu colega).
    Muito bom o texto.
    Abs.
    MURICY

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