ELEIÇÕES DE BAURU E O PERIGO DO RETROCESSO...O Governo do Gazzetta é algo do tipo repetido por um baita amigo, "Sem Palavras". Buscou caminhos distantes dos reais clamores populares e foi se abrigar sob as asas do governador Dória e sua incontestável perversidade. Optar por se filiar recentemente e se lança candidato representando esse momento do tucanato, sempre se fazendo de bonzinho, mas sendo algoz do povo em quase tudo. Ele não é nada bom, mas tem gente muito pior que ele se aproximando de galgar o poder e com a chegada de uma thurma muito ligada a outro segmento perigosíssimo para o país, o bolsonarismo, a constatação futura de que se está ruim, acalmem-se, pois tudo pode piorar. Tudo depende de nosso voto, mas quem não quer mais retrocessos do que já tivemos - vejam o país como caminha na beirada do abismo -, deve se afastar o máximo possível de tudo o que possa ter um mínimo de contato com algo ligado ao Senhor Inominável. Não existe nenhuma possibilidade de avanço social, de representação popular, de atendimento às reivindicações populares com gente no poder com a linhagem de ação bolsonarista. Bauru que já anda pela hora da morte, pode definhar mais e ter ações cada mais atendendo somente aqueles abastados, o percentual dos Donos do Poder, o 1% da população. Por favor, não nos deixemos iludir. Coloquem na mente na hora de votar algo bem simples: se tiver tido ou tem qualquer vinculação com algo bolsonarista, fuja de votar em gente assim, pois são retrógrados, perversos, cruéis e insanos. Se fingem de cordeirinhos, mas só agora, pois são baita lobões.
Não quero nessa postagem fazer apologia a voto em candidaturas específicas, mas de todas somente duas possuem algo voltado para o atendimento das justas reivindicações da população de menor poder aquisitivo, a do PT e do PSOL. Jorge Antonio Soriano Moura e Renata Ribeiro poderiam muito bem estar juntos, com Maria Flor Di Piero e formando um trio compacto, coeso e unindo a cidade em torno de algo em comum, a real possibilidade de transformação desta cidade. Não foi possível num primeiro momento, mas ainda acredito nisso. Tudo o mais circulando por aí, tem ligação mais que umbilical com os interesses dos que se dizem mandões desta aldeia e não moverão uma palha para estar ao lado dos interesses do povo. Enganam o povo, se mostram lindinhos, muito sorrisos, gastam os tubos nas campanhas, mas de solução mesmo, nada para o povão sofrido e tudo para quem banca seus projetos, os de sempre. Queria muito ver essa cidade respirando outros ares. Já tivemos melhores momentos, já votamos em alguém como Gasparini e elegemos Tuga Angerami. Abrir os olhos coletivamente deixando de dar o voto em quem nos apunhala já é um bom começo. Ver a periferia discutindo sobre votos em quem os engana é de uma tristeza de desmontar rocha. Temos um baita trabalhão pela frente para desmontar essas candidaturas enganosas e ludibriadoras. Começo isso aqui neste espaço, o mínimo que posso fazer, pois tenho a mais absoluta certeza, estamos a um passo de, diante do ruim ainda piorarmos. É isso o que queremos para Bauru? Não contemporize com bolsonaristas ou quem o apoiou, jogam contra o povão. Odorico Paraguaçu da ficção é fichinha diante do que vendo sendo armado nos bastidores da aldeia bauruense.
No caso do partido que milito, o PT, chegamos a uma ótima composição, parceria política com a REDE e tendo Maria Flor Di Piero como vice do candidato Jorge Antonio Soriano Moura, algo alvissareiro para a oxigenação do que virá pela frente. Escrevi num outro post que gostaria muito de ter junto a este grupo o PSOL, hoje tendo como candidata Renata Ribeiro, mas revejo o que escrevi. Todo partido tem mais é que lançar candidatos, enfim, estão aí para isso mesmo. Com ela também no páreo, o lançamento de um novo grupo político e assim a consolidação de mais pessoas na discussão. Para o movimento a que pertenço isso é muito importante. Daqui há algum tempo mais um grupo despontando, polemizando, discutindo ideais e isso é sempre positivo. Com mais pessoas como a Renata no páreo, mais grupos nascem e florescem. Claro, gostaria de tê-la junto do PT neste momento, mas não sou sectário a ponto de desmerecer que siga agora postulando seu nome. Se vamos chegar lá, separados ou unidos, isso é outra coisa e foi isso que escrevi no post anterior.
Mas o motivo deste post é outra análise, a das movimentações nos grupos conservadores. Parece que pipocou uma pesquisa na cidade dizendo da dianteira do candidato Raul de Paula sobre os demais e de tudo o que vi de idas e vindas nos prazos se findando, extraio algo bem simples: está ocorrendo uma união de bastidores para facilitar que ele, o Raul leve a eleição no 1º Turno. A chance que o Clodoaldo Gazzetta II tinha residia no Covid, mas pelo visto não foi suficiente. Na movimentação de candidatos indicados por Rodrigo Agostinho, Sandro Bussola, Renato Purini, Rodrigo Mandaliti e Edu Avallone, percebo que seus atos foram dados, numa movimentação no tabuleiro no aguardo dos próximos acontecimentos, até para se juntarem lá na frente e fazerem, eles sim, uma Frente Ampla de direita e tentar levar a eleição mais rápida da história já de bate pronto, vapt-vupt.
Posso estar enganado, mas tudo está sendo feito para fortalecer Raul na Hora H. Até o Clemente Resende que segue sozinho e ainda sem representar perigo para esses outros, pode ser contatado para aderir ao grupo. Na eleição passada Gazzetta teve mais de dez partidos ao seu lado e agora, quatro se não me engano, todos de pouca sustância. A debandada é previsão da nau ter sido abandonada pelo canto da sereia do outro lado. Para esses todos não existe visão romântica do ato de fazer política, não existe ideologia, como onde atuo. O que leva a pessoa a sair e desistir de sair candidato é algo bem distante de ideologias e defesa dos interesses de modificar uma cidade para melhor. Essa eleição vai ser rápida demais, em dois meses, quando nos dermos conta tudo já estará encerrado. Cada passo é milimetricamente pensado e os bastidores devem estar fervilhando.
Encerro essas elucubrações com um historinha conhecida no meio político e aqui recontada por mim ao meu modo e jeito. O sujeito vai lá no Jóquei fazer a sua aposta, colocar seu dinheirinho no cavalo nº 10, que pressente tem chances de vitória. Chegando lá, percebe outra coisa, que o cavalo nº 15 é o que está bufando e tem tudo para ganhar o páreo. O seu, o nº 10 está um tanto sonso, lerdo demais, olhos marejados, expressão abatida e o que estará em jogo é o seu suado dinheirinho. Para este mudar e apostar suas fichas no nº 15 é um pulo. Para mim, os tais deste sórdido jogo estão todos lá no Jóquei neste momento e prontinhos para fazer suas apostas. Os que se encontram fora dessa contenda são praticantes de outro tipo de jogo. Era o que tinha pra dizer de tudo o que ando observando aqui, sempre à distância. Por fim, creio que se isso se consolidar, nesse pleito não vai dar nem para optar se ocorrerá o voto no menos pior no segundo turno. A direita, como sabemos, sabe muito bem mover as peças neste tabuleiro.
ESTOU EM CAMPANHA, JÁ NAS RUAS A DEFENDER UMA CANDIDATURA COLETIVA E MANDATO DE LUTA
Declaro meu voto sem nenhum problema. Voto em quem acredito e sei ser de luta, estar na luta e reconhecidamente sabe o deve fazer um verdadeiro vereador. Meu amigo Claudio Lago representará com a maior dignidade, não só o PT, mas a militância onde esteve envolvido sua vida praticamente toda, desde os tempos quando militava no Banco do Brasil, depois como sindicalista atuante, num período onde fez história nas conquistas da categoria. Tem experiência, sabe se articular, é envolvido com todas as questões sociais desta cidade, não teve nenhum medo de desde o primeiro momento ter colocado sua cara pra bater, contrário aos desmandos do golpe de 2016, o que tirou Dilma do poder, depois estivemos juntos nas ruas em todo o período do itinerário Temer e repudiamos Bolsonaro desde sempre. Combativo, não foge da raia e lá na Câmara, tenho a mais absoluta certeza, teremos alguém a nos representar, a classe trabalhadora e todos os movimentos sociais, a periferia. Seus temas são todos onde possam existir interesses conflitantes com o dos trabalhadores, desde moradia, transporte público, saúde, cultura, previdência, funcionalismo público, emprego e o real progresso desta cidade, não aquele envolvendo os interesses das tais leis de mercado, mas o povo assalariado e aquele hoje trabalhando sem nenhuma assistência, na informalidade. Será um mandato de luta e contando com o apoio de um grupo lhe coordenando as atividades, o Núcleo de Base DNA Pestista. Ao mesmo tempo, estaremos empenhados também na campanha de Jorge Moura e Maria Flor à Prefeitura de Bauru, coligação PT/REDE. Esse meu voto, declarado antecipadamente. Por estes farei campanha e dedicarei meu tempo disponível, demonstrando para tudo, todas e todas que conheço dos bons motivos para seguirmos juntos.
As fotos compartilhadas da página de Wagner Fatore podem não ser recentes, mas expressam muito bem algo do clima que existia até bem pouco tempo na cidade, primeiro quando comerciantes anunciavam aos quatro ventos do maravilhamento de estar apoiando o Senhor Inominável, depois com o passar dos meses, seus negócios definhando e fechando, simplesmente outras faixas defronte seus estabelecimentos.
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ResponderExcluirDino Magnoni - A minha avaliação não é nada otimista! Acho que em Bauru e, em muitos municípios, mas uma vez os partidos de esquerda serão figurantes... Aqui em Bauru a fragmentação vai impedir que algum candidato de esquerda dispute o segundo turno. A direita vai levar as eleições municipais de lavada, inclusive o Gazzeta irá perder, mesmo com a máquina na mão. Ele poderá perder para um candidato que concentre o campo político ainda mais à direita, que nesse momento, odeia Dória. Ou seja, o grande eleitorado "baurulino" vai votar num aliado explícito do miliciano-presidente... Desgraçadamente, monstronaro investe pesado no aparato para a sua reeleição. Se for aprovado o final da reeleição, o que eu duvido, ele investirá na manutenção do "patrimônio eleitoral" dessa extrema-direita neoliberal. A mídia, o grande empresariado, maioria da classe média e as bases religiosas conservadoras, apesar do pandemônio reinante, aplaudem a tropa perfilada e preparam-se para eleger de norte a sul. os quadros "ungidos" pelo "capetão". Em Bauru, o cenário não se diferencia da tragédia nacional.
Henrique Perazzi de Aquino - Dino Magnoni penso muito próximo disso. Daí meu texto. Mesmo unidos teríamos poucas chances. Desunidos, nenhuma.
Dino Magnoni - A esquerda brasileira, sem exceção, está refém da perspectiva eleitoral, em um cenário onde a democracia persiste só no papel. Em cenário assim, era preciso pensar fora da caixa eleitoral e investir numa ampla coalizão para haver alguma chance duradoura de resistência política para preparar o cenário de enfrentamento nacional direto, e com forte base popular!
Henrique Perazzi de Aquino - participando do processo eleitoral vigente, seguindo as normas existentes, prescritas pelos donos do poder, sem o viés revolucionário e ainda desunidos, impossível. Uma vez tendo optado por participar do jogo eleitoral como o sistema prescreve, se faz necessário estar atento em como se joga, pois do contrário nem se marca posição. Essa ampla coalizão seria opção, mas rejeitada por muitos segmentos, daí segue o jogo e a perdição total.
Dino Magnoni
- esquerda eleitoral em um jogo de cartas marcadas sempre a favor da direita!
Henrique Perazzi de Aquino - exato.
Dino Magnoni - Henrique, Somos uma esquerda religiosa, vivemos da fé de construir um "paraíso socialista" Vou morrer sem ver e estarei morto para sempre...
Henrique Perazzi de Aquino - Dino Magnoni no mesmo caminho... E com a conclusão que do jeito que está, nem na praia morreremos...
Dino Magnoni - Henrique, Com monstronaro e sucedâneos, será mais fácil morrer esturricado numa queimada por aí...
Henrique Perazzi de Aquino - E perseguidos pelas ruas...
João Winck - Enquanto não aceitarmos que estamos mirando no alvo errado não teremos chance. Acreditamos no que a direita propõem como modo de vida, ainda que de forma inconveniente. Estamos num período de falta de idoneidade intelectual
Dino Magnoni - Winck Vc quer dizer, a classe média acredita! E como é ela que trabalha na mídia, que produz padres e pastores, também ensina os pobres na escola, é a cabeça torta dela que predomina como disseminadora de opinião pública! Merda pura!
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ResponderExcluirMatheus Versati - Sabemos que a esquerda não ganhará na cidade, nem nos contextos mais otimistas.
A cidade votou massivamente em Bolsonaro, a esquerda não conseguiu desconstruir o pensamento fascista que elegeu ele aqui na cidade, a esquerda se diminuiu seu contato com os trabalhadores aqui em Bauru dês da última eleição, perdemos nossa maior personalidade de esquerda da cidade.
O sentimento Anti Petista na cidade ainda é muito grande, trabalhadores nem conhecem o PSOL direito quem dirá o PSTU...
O melhor que a esquerda pode fazer na briga eleitoral deste ano é usar o espaço na TV para concientizar o máximo possível os trabalhadores e os chamar para próximo de seus núcleos de base.
Henrique Perazzi de Aquino - Matheus Versati sim, isso será feito, mas novamente um chover no molhado. Isso dá um desalento interior muito grande. Esse bolsonarismo ocupando espaços e a maioria inerte.
Matheus Versati - E não adianta só combater o Bolsonarismo, pois a direita sempre tem seus candidatos, precisamos combater as ideias, acima de tudo construir a luta de classe
Henrique Perazzi de Aquino - Matheus Versati sim, trabalhão de longuíssimo prazo e poucos fazendo isso de fato. Você um destes corajosos e abnegados.
Dino Magnoni - AS CRIATURAS SÃO MAIS PERIGOSAS QUE O CRIADOR
O Bolsonarismo é o movimento que melhor encarnou a desconfiança e a vontade disruptiva de superar uma ordem que se esgota a cada dia. E o fez não simplesmente em função de seu espírito reacionário e violento. Mas porque se propôs a entender e se comunicar com os sentimentos das pessoas comuns
https://diplomatique.org.br/com-vocacao-popular-o-bolsonarismo-e-maior-que-bolsonaro/