segunda-feira, 11 de outubro de 2021

COMENDO PELAS BEIRADAS (108)


ENQUETE - ENFIM, QUANTOS ARTISTAS APÓIAM A POLÍTICA CULTURAL DA ATUAL ADMINISTRAÇÃO?
Diante de todos os fatos recentemente ocorridos, com praticamente a Prefeitura Municipal de Bauru através de sua SMC - Secretaria Municipal de Cultura, pelo comunicado de Tatiana Sá, a dirigente da pasta, em Reunião Pública na Câmara dos Vereadores, ter praticamente deixado claro não mais bancará eventos públicos gratuitos de cunho cultural. Diante disso e de tudo o que já deixaram de fazer, com editais emperrados, programação inexistente, locais de portas cerradas, será ainda existir agentes culturais bauruense apoiando a política cultural da atual administração?

Essa a enquete, essa a pergunta que não quer calar, a que incomoda toda a categoria; quem ainda acredita e apóia o que vem sendo feito, ou melhor, o que tem sido deixado por fazer, o prometido e não cumprido?

Seria interessante ter um levantamento da classe artística até para saber o nível de agrado que Suéllen/Tatiana tem conquistado entre os artistas locais. Existirá ainda alguns acreditando, crendo ser possível algo salutar e realmente sendo feito pela Cultura ou tudo já cansou e o descrédito é generalizado?

Essa enquete é uma forma de sondar, medir as expectativas, verificar se o que já foi apresentado é suficiente ou exatamente o contrário?

Com a palavra a classe artística num todo.

Aguardamos o pronunciamento de tudo, todas e todos.

O BRASIL PRIVADA - PUXEMOS LOGO ESSA DESCARGA
O problema do Brasil é que o capiroto é viciado na estratégia da guerra permanente contra as instituições e a sociedade. A população está pagando um preço altíssimo com os erros na coordenação nacional sobre a pandemia, a volta da inflação, os 14 milhões de desempregados, o aumento do número das pessoas na pobreza, a destruição ambiental e o fraco crescimento da economia. Não tem como tapar o sol com a peneira, o Brasil atual, com o Senhor Inominável à frente é hoje o epicentro da extrema-direita internacional e ontem, quando em Santos, não o deixaram entrar no estádio para assistir partida de futebol, pelo motivo de não ter atestado de vacina é a comprovação de como age esse ser do mal. Quando estive na última semana em Sampa, num restaurante da cidade, ao entrar para urinar, eis que me deparo com a melhor reação que poderia ter diante de tudo o que este ser fez, faz e fará para o que ainda nos resta desta nação - ele e João Doria, o governador. Ele é o detrito maior a ser deletado, ejetado, ou seja, puxarmos logo essa descarga. As duas imagens de minha lavra são fortes, impactantes, impregandas de sujeira, mas é algo mais do que necessário para nossos próximos dias, se é que queremos voltar a ter um país palatável.

ENFIM, TUDO MUDOU E PARA PIOR

OS MUITOS "ZÉs" MERECEM TODO RESPEITO E CONSIDERAÇÃO
Ao ler esse texto da considerada Rosana Zani, direto da fria Botucatu, 100 km daque de Bauru, algo para para tudo, pensar no que estamos fazendo de nossas vidas e tentar ao me3nos no que ainda nos resta de tempo por aqui, fazer algo mais paltável. Enfim, os Zés todo merecem e muito e mesmo nós, numa situação diferente, todos padecendo dos males deste tempo, inclusive observando a perda do poder aquisitivo do povo brasileiro, dia após dia. Estamos todos juntos no mesmo barco e quem não está, os tais insensíveis, estes são os dejetos neste mundo:

"Esse é o Zé, eu o conheço desde de minha juventude, ele sempre foi gentil, educado e respeitoso comigo e com as pessoas em geral, ele está doente, tem depressão e é alcoólatra, já usou outras coisas mas há tempos é prisioneiro da pinga, todos os dias ele fica nesta Praça sentado quieto, triste, ele fala a pinga me faz esquecer a dor, a fome, o frio, eu completo acrescentando: a desilusão, o descaso, a indiferença. Eu e a meire tentamos ajudar como conseguimos, um agasalho, um cobertor, uma conversa, mas é doloroso pensar que faça chuva ou frio, de noite e de dia ele está lá, ele tem família, pasmem, não conheço a família dele, ele fala que tem duas filhas, e esposa, ou ex, ele refere como "minha mulher" quando fala da esposa, e tem irmãs e outros parentes de acordo com relatos, eu sei que o alcoolismo é uma doença devastadora, devastou a vida do Zé, devasta muitas vidas muitas famílias, mas não consigo comprender alguém não ter compaixão de um alguém como ele, Doente. Ele se queixa que está com dor de ouvido, tentei convence-lo a ir comigo no PS, mas ele não aceita, ele quer apenas "morrer" ele me diz isso, e me fala: "não se importe com a minha dor, a minha dor é minha, eu preciso caminhar o meu caminho", e eu, infelizmente, não consigo não me importar, ou felizmente, então ao conversar com um rapaz que trabalha numa lanchonete da frente da praça, me ofereci para deixar pago um lanchinho todo dia pra ele ali, mas o moço foi de uma generosidade maior ainda, disse moça fica tranquila eu dou os lanches pra ele todo dia, darei, claro que esse ato me comoveu, e agradeci e saí de lá um pouco mais conformada pois, ao menos a questão da fome por hora estaria sanada, porém ainda ele continua lá no frio, na chuva, e pior, me relatou, que dia desses uma viatura da Guarda Municipal parou lá e o expulsou do local, ele se recusou então o chutaram e com agressividade o colocaram na viatura, levaram ele num bairro muito afastado daqui da Vila dos lavradores, levaram ele lá no Jardim brasil, e o deixaram lá, ele está com os pés sangrando, disse ser da violência que ele sofreu, eu sinceramente não consigo entender um fato desses, esse cara não incomoda ninguém, é doente de alcoolismo, mas só está ali esperando a morte chegar, como pode agentes públicos que deveriam proteger o ser humano fazer isso, eu não tenho provas, apenas relato aqui o dito por ele, com lágrimas nos olhos ele me contou essa possivel ocorrência , não consigo ter paz sabendo que tem tamanha crueldade, não consigo ter paz sabendo que uma pessoa que quando era produtivo servia para família e agora está miserável, é espezinhado dessa forma, ele não é vagabundo pois sempre o vi trabalhando, foi explorado, nunca o registraram, e o vício o levou ao estado atual, como é horrível ver essa situação, uma pessoa nesse estado não precisa ser julgada, chutada, judiada, abandonada, precisa ser acolhido, cuidado, sei que ele não vai durar muito nessa situação, ir embora desse mundo pra ele será um descanso mesmo, descanso do vício, do abandono, da indiferença, do desamor, e eu me pego aqui pensando na minha impotência diante de tudo isso e do quanto eu sinto por fazer parte dessa coletividade de coisas e situações que não vejo como mudar, tempos tristes, Zé, meu amigo Zé, o que você fez com você, o que fizeram e fazem com você, e o que deveríamos fazer, me perdoe Zé. Como você sempre me fala que sou boa eu te falo, não sou Zé, que tristeza", Rosana Zani, Botucatu SP.

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