quarta-feira, 30 de novembro de 2022

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (124)


ENCHENTE NO MAFUÁ
Quadra 1 da rua Gustavo Maciel após enchente de ontem à noite, todos hoje no rescaldo e sem água nas torneiras - por azar, a região hone deve estar no rodízio do corte d'água. Limpeza interrompida e do lixo colocado na rua, o poeta nordestino Fábio Vieira de Alecar tendo que colocar seu próprio livro na rua. Onde está onpoeys? Neste momento no meio da lama. E o livro do poeta, editado a duras penas? Este no monte de lixo, aguardando a boa vontade da Prefeitura para sua retirada. Um lugar esquecido pela cidade. Um curioso passa, vê o estrago e pergunta: "Encheu aí?". Todos se olham, tolerância zero e o cidadão, que não vai ajudar em nada, bate em retirada. Lama e secura nas torneiras, algo nada incomum das imediações do CIPs e Disbauto.

DIA DE TRAMPO E POUCA ESCREVINHAÇÃO - ÁGUA JORROU EM CARÁTER EXCEPCIONAL NA REGIÃO

A primeira enchente deste período de chuvas lá pelos lados do Mafuá (encruzilhada da Gustavo Maciel com Inconfidência e também com rua Aparecida) foi desgastante. Diante de tudo o que precisa ser feito após a água da enchente invadir seus domínios é limpar. Nestas plagas conta-se pouco com o poder público para rersolver os problermas deste tipo e com a casa cheia de barro, não existe outra providência, se não a de arregaçar as mangas da camisa e ir à luta. Ou seja, limpar o estrago e maquiar a casa, preparando-a adequadamente para a próxima chuva, que neste ano, pelo visto, deve se repetir com uma frequência dantesca. Sem ilusões, chego cedo para o trabalho de rescaldo, contrato meu inquilino, seu Laerte - o pau pra toda obra - e juntos começamos, ou melhor tentamos começar.

A novidade é que, justamente neste dia a região estaria sem água nas torneiras. Dentro do rodízio, água somente a partir da meia noite do dia seguinte. Limpar o barro sem água, algo impossível. Começo a dar meus pulos. Ligo para tudo e todos que possam resolver o problema. Quem me atende é o Marcos Souza, vereador e presidente da Câmara. Explico a situação, não a minha, mas a de todos os mortadores da encruzilhada. Ele liga para o DAE e me passa os fones de quem possa fazer alguma coisa. Passo o fone para outros em pior situação que a minha e do que ouço, nada podem fazer. Teria que resolver com a Defesa Civil e aguardar na fila para ter caminhão pipa. "Vai ter um aí nessa rua, mas tenha paciência, muitos problemas na cidade", foi o que ouvi. Insisti e continuei ligando e para minha surpresa, sei lá como, misteriosamente a água chegou por volta das 9h e em bom volume. Pelo que fiquei sabendo, jorrou em caráter excepcional.

Não credito a mim, ao Marcos, a quem mais tenha ligado lá pros departamentos burocráticos bauruenses, mas o fato é que, em caráter excepcional, a água jorrou e assim completei o serviço de limpeza. Acredito que, o conjunto da obra deve ter sensibilizado o cara lá do outro lado e o encarregado de decidir, de apertar o botão vermelho. Decidiu certo e assim, fizemos o serviço. Muito lixo e coisa estragada colocada na calçada e vida que segue, neste momento ouvindo atentamente as informações metereológicas nos dizendo que, a chuva deve continuar e na quinta, deve voltar a ser forte. Tem uma nhaca enterrada aqui neste local e o ex-secretário municipal, Sílvio Rodrigues, sabe de tudo, pois acompanhou tudo, desde o estreitamente da rua e os entubamentos subterrâneos. Enfim, a população ribeirinha sabe muito bem que, solução mesmo é se mudar daqui e nunca mais querer rivalizar com um rio. Não existe solução possível para quem mora tendo como fronteira um rio. Diante de todas as transformações climáticas hoje em curso no mundo, só mesmo batendo asas. E um baita VIVA para quem, agindo dentro do bom senso, possibilitou que a água voltasse a escorrer nas torneiras, mesmo fora do rodízio. Sinta-se devidamente apalpado em seus órgãos genitais...

ELES LÁ E O RESTANTE DO POVO CÁ, LASCADOS E DANADOS
No exato momento em que os vereadores reajustam o salário deles mesmos em 100%, o deles e o do alcaide municipal, mesmo sendo para a próxima administração é injustificável também o aumento de 17 para 21 vereadores. Não os vejo hoje mais labutando pela solução dos problemas da cidade, não existe mais aquele fervor de buscar entender de fato o que se passa com essa cidade, o bom combate, mas no frigir dos ovos, tudo é conchavo, acordos e isso fica bem explícito nas decisões, na hora do voto. Promovem fiscalização de meita pataca, vesgos e ceguetas. Ouço o Juninho, líder da alcaida na Câmara, justificando que, o aumento quantitativo é para atender regiões desassistidas da cidade, como se elas fossem atendidas aumentando o número deles. Simplista demais também justificar 100% de aumento, buscando desdizer do fato de que a grande maioria deles faz da vereança profissão, praticamente sem outra fonte de renda. Tem algo de muito errado nisso tudo, mas não é só isso e o ocorrido é só parte de uma engrenagem construída para beneficiar uns poucos. Cada vez mais fica bem evidente, a existência de um mundo à parte, eles lá e o resto da população aqui, do outro lado, lascada e danada da vida. Segue o jogo.

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