domingo, 12 de março de 2023

RELATOS PORTENHOS / LATINOS (113)


COIMBRA
DIRIGINDO DE PORTO ATÉ COIMBRA
Mal chegando (até agora, tudo azul, as estradas portuguesas são ótimas e o GPS idem), deixando malas no hotel e saindo com Ana Bia Andrade para o reconhecimento dominical da cidade. Atendente do hotel nos indica os primeiros passos e no desvio do que iremos presenciar, a belezura do dia pela frente. Até, estamos batendo asas...

CAMINHANDO, SUBINDO O "QUEBRA COSTAS", CAMINHO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

SUBIMOS A LADEIRA E FOMOS DAR NA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

VIEMOS PRA COIMBRA E FOMOS AO FADO
Este estilo musical é descendente das serenatas. Meloso, cantantes do amor, o som das cordas é apresentado num ambiente intimista. No hotel Oslo, onde estamos hospedados, logo na chegada o cartão chamativo e a vontade atiçada. Fomos passear, percorremos ruas, subimos com denodo a rua do Quebra Costas, interminável escadaria e vimos a Casa Fado ao Centro. O horário da apresentação, 18h, justo quando desceríamos da visita feita na Universidade de Coimbra. Adentramos a casa, sentamos na primeira fila, casa para no máximo 40 pessoas. O fado daqui é difefente do de Lisboa, começou aqui e ainda tem a possibilidade de ter sido criado pelos estudantes brasileiros que vieram aqui estudar no século 19. Uma hipótese, o fato é tudo ter começado aqui, no meio estudantil, daí menos sofrido que o lisboeta. Gostamos demais. Compramos dois CDs. Voltando para o hotel, 21h, paramos um senhor na rua, engravatado e perguntamos sobre a localização do hotel. Ele se oferece para nos acompanhar e assim foi nos contando mais da história do fado. Uma aula andando pelas ruas. Simpatia em pessoa. Hoje não queremos ouvir outra coisa. O fado nos arrebatou e o senhor confirma que, Amália Rodrigues, única que conhecia é a melhor representante do ritmo. Tivemos o prazer de presenciar algo com a cara e identidade de Coimbra. Não podia ser melhor.

E O MELHOR DE COIMBRA É A LINHA DIRETA E RETA PARA RESOLVER AS QUESTÕES


PRA NÃO DIZER QUE NADA ESCREVI DAS DESPREZÍVEIS DE BAURU
[ As miseráveis lá da Unisagrado ]
A questão se sobrepõe a ideia de uma pessoa de 40 anos fazer uma graduação. O que em sí, já é patético, e por isso mesmo não merece nem discussão. Me lembrou algo que escrevi há pouco tempo sobre preconceito etário, mas enfim...
O que impressiona é o que está implícito na fala tão tosca e míope sobre o que é a vida, ou sobre o que fazemos com esse tempo curto que temos. Isso independe de ter 20 ou 60 anos. A pobreza existencial não é uma questão etária. Existem cretinos que passam pela vida e morrem sendo cretinos.
Quanto àquelas meninas, são de uma miséria tão profunda, tanto de visão de mundo, quanto do que é a vida em sí, que nem com aqueles rostinhos bonitos são capazes de fazer a gente não sentir um profundo desprezo. Só levando um tombo muito grande da vida que existe uma possibilidade, ainda que mínima, de amadurecer e virar gente.
por DANILO MENDES

MEU BRASIL: VAMOS AGIR, O MOMENTO É AGORA, NÃO DEIXAR PASSAR: NÃO SE SAI DE UMA ARMADILHA PEDINDO LICENÇA

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