sexta-feira, 23 de agosto de 2024

FRASES (248)


O INACEITÁVEL É TAMBÉM INELEGÍVEL, PERDE PRAZO E QUER CONCORRER MESMO ASSIM
A militância bauruense do PT desde o princípio grita por todos os lugares, meios e condições:algo de muito estranho aconteceu para vingar, primeiro o nome de Clodoaldo Gazzetta e depois, quando este renuncia, o de Ricardo Crepaldi, este um desconhecido de tudo e todos, principalmente do campo de luta e resistência política, onde munca esteve ou militou. Um absurdo, que só pode ser entendido como GOLPE.

Não existe como dourar a pílula. Uma instância do PT de Bauru, comandando pela vereadora Estela Almagro, pela presidente vitalícia do PCdoB, Majô Jandreice e por um recém empossado presidente do PV, cujo nome ninguém ainda decorou, pois até então nunca foi visto em nada referente a este partido. Se uniram, se disseram a própria Federação e instigaram junto ao DE - Diretório Estadual e DN - Diretório Nacional do PT, o partido com maior representatividade na Federação, para impor um nome como pré-candidato, representando o PV. Mas como, se este partido não tinha nada constituído na cidade? Foi dado um jeito e alguém assumiu a direção. Daí, por diante tudo foi possível.
Gazzetta percebeu o enrosco, tardiamente, mas preferiu ficar de fora quando o caldo começou a entornar. Agora, com este nome para representar a federação, um desconhecido, que dizem, foi visto frequentando o acampamento defronte os quartéis na rua Bandeirantes, ou seja, bolsonarista de carteirinha, na verdade o que ocorre é a esfacelamento do PT, o maior partido de esquerda na cidade. Tudo com intenções inconfessáveis, ou seja, dizem por aí, até para facilitar que Suéllen Rosim ganhe logo no primeiro turno e o PT continue fazendo somente um vereador na cidade - adivinha qual?

E agora, mais essa. Impuseram um nome que a militância petista não engole nem com lubrificação banhada a ouro. Impossível, pois como estar nas ruas e fazer campanha com um corpo estranho, destes que até bem pouco tempo repudiava as lutas poplares? Ele caiu de maduro, fruta aprodrecida no próprio pé, sem que tenha feita nada que posso verdadeiramenteser considerado como campanha. Foi a algumas entrevistas no rádio e num debate na TV, mais nada. De rua, nunca iria, pois sabia cmuito bem como seria recebido. Agora essa, o cara se inscreveu fora do prazo, sendo essa uma das condições mínimas para concorrer. Não deu e o cara queimou a largada, pneu furado, carro sem condições de competir.

Sabe quem perde? O PT, só ele e quem deve ser exposto são todos os que bancaram até hoje o fiasco. Um avergonha que não pode ser coletiva, mas tem nome e sobrenome. Não pensem, quem colocou o partido nesta enrascada, ficaram impunes neste momento. Vai ser lindo o cara sendo removido, carcaça já no acostamento da disputa, impraticável em todos os sentidos e o partido na mão, chupando o dedo. Vergonha maior que essa, neste período eleitoral, só mesmo quem articulou essa bazófia eleitoral, envolvendo a Federação e, principalmente o nome e credibilidade do PT. O PT é maior que tudo isso e daremos um jeito de denunciar e evidenciar quem propiciou essa bagunça, algo inconcebível, porém, se repetindo e com os mesmos personagens de eleições passadas. Dá pra fazer política séria com gente deste tipo querendo conduzir as coisas? Fracasso sempre.

Em tempo: Não existe LIMINAR que apague o fiasco ou solucione impasse criado com a escolha totalmente descabida. E mais, depois de mais essa, a militância tem ou tem total razão em contestar a imposição deste nome tirado das catacumbas? Constatem quem está com a razão, quem protesta ou quem ainda tenta convencer com algo totalmente inconcebível.

MEU SEXTO LIVRO LIDO NO MÊS É UM MOSTRANDO A REALIDADE PERIFÉRICA PAULISTANA
Ferréz é escritor, nascido e criado em Capão Redondo, foco de sua contundente escrita, feita sob oestigma de sangue, suor e lágrimas. Ele retrata o que vivencia e com o jeito, a escrita como falado no lugar onde viveu a maior parte de sua vida. Não tem como, quem gosta de ler, começar e não querer acabar, assim de uma só tragada, leitura feita de um só fôlego, sem tréguas. O fiz em dois dias, mas me inquietou a parada, pois sonhei com o que ainda estava por acontecer. São tantas as tragédias, uma atrás de outra, numa sequência avassaladora, onde poucos conseguem escapar. Nas frases que fui anotando, dá para se notar algo , certamente passando desapercebido pelos que moram do outro lado do mundo, como nós. A periferia de Capão Redondo, guardadas as devidas proporções não é muito diferente da vivenciada aqui em Bauru, no Fortunato ou mesmo nas entranhas do Jaraguá, da vila São Paulo ou tantos outros nas "quebradas do mundaréu", como Plinio Marcos denominava acertadamente a periferia mais sofrida. É o retrato dos "mano", das "treta" e o que "moçada/rapaziada" faz para se virar. É miséria, violência, droga e morte. Tudo junto e misturado. Nada como, para entender tudo, inclusive seus códigos, antes de querer dizer algo a respeito de quem vive nestes lugares, conheça algo escrito exatamente por quem ali mora. TEstemunha ocular da história, Ferréz, conseguiu dar o salto. Não vive mais lá, mas Capão redondo nunca o abandonou. Fui vê-lo em Bauru, mais de uma década atrás e depois, o revi num lugar insólito, numa palestra em Buenos Aires, quando o abordei e o lembrei de sua estada em Bauru, no SESC. É o primeiro livro que leio dele. Este foi o seu livro de estrpeia e agora, ando já a procura de outros, pois a respiração fican um tanto suspensa quando entramos, acompanhados por ele, no meio do dia a dia de Capão. Mano brow, na orelha do livro reduz tudo numa frase: "Aqui as histórias de crime não têm romantismo nem heróis".
Em tempo: Essa semana, meio molengão, diabetes em alta, fiquei mais em casa, daí mergulhei mais nas leituras, tirando o atraso. Achei ótimo.

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