OS AZULEJOS
URUGUAIOS EM HOMENAGEM AO DEUS BACO
Peguei um
gosto danado de vinho por causa da Ana Bia. Sempre fui adepto de uma boa e
gelada cevada, não me importando muito com a marca, mas com a procedência.
Assim como a maioria tenho as de minha preferência. Ana me ensinou o básico
sobre vinhos, algo que para mim passava batido. Hoje já sei distinguir alguma coisa,
pouca mas que me faz não beber (sic) gato por lebre. Ela, como boa admiradora de
vinho, descendente de portugueses, nessa viagem para Argentina, demos uma passada muito rápida num final de
semana pelo Uruguai (27 e 28/07), Colônia del Sacramento, pertinho de Buenos Aires, atravessando o rio da Prata com um imenso e caro ferryboat, que lá recebe o
pomposo nome de Boquebus (tem também o Seacet, menos famoso e mais barato). Eu fui
por interesse em conhecer a cultura local, perambular pelo país vizinho e tão cheio
de encantamentos. Ana o foi por única e exclusiva necessidade de fazer uma
rápida pesquisa na arquitetura e azulejaria da pequena cidade, tombada pelo
patrimônio história da humanidade, algo significativo do design local. Material não lhe faltou.
Colônia é muito mais
frio que Buenos Aires. Estive lá pela segunda vez, ano passado e nesse. Em
ambas as vezes um frio de rachar mamona. Nada como beber vinho e em torno de uma
fornalha. Fizemos isso andando muito pela parte histórica e central da
cidade. Registramos belas fotos com muitos azulejos históricos e outro tanto na
frente das residências, principalmente usados na sua numeração e até
como fachadas de lojas. Impossível andar um só quarteirão que fosse sem trombar
com muitos deles e um mais significativo que o outro. Ela trouxe belas fotos,
que irá utilizar em trabalhos seus na universidade e infelizmente, não os posso
divulgar. Uma pena. Mas, como escrevi do bom vinho, tão necessário com o frio,
descobri algo mais e fiz um registro fotográfico ao meu modo e jeito.
Em primeiro
lugar uma clara e evidente constatação. Não tenho motivos para exacerbar nada
contra o modo como o argentino trata os turistas. São o modo lá deles e aprendi
a conviver e a entendê-los. Muitos são bastante generosos, alguns poucos não,
mas nos uruguaios vi uma presteza de atenção em todos. Flui um diálogo de forma
muito mais rápida, gostoso e proveitoso. Pois bem, dito isso, numa loja dessas
de lembrancinhas, um uruguaio atrás de um balcão e numa prateleira uma
infinidade de pequenos azulejos com escritos sobre vinhos (alguns sobre culinária). Confesso, eram todos
muito simples, mas diferentes e difíceis de serem encontrados no Brasil. Caíram
nas minhas graças e após o consentimento do balconista (lá aprendi algo,
deve-se pedir sempre autorização para tirar fotos em lugares fechados), tirei
várias fotos de todos eles.
Meu post de
hoje é sobre eles, os azulejos com frases do peculiar e saudável gosto de se tomar
um bom vinho. Como já confessei, acabei me transformando também num
devorador de vinhos, porém com certa moderação, motivado por uma diabetes a me infernizar e um triglicerídeos alto. Difícil isso de, com o passar dos anos, você
conseguir mudar alguns dos seus hábitos, como esse de trocar gradativamente a
cerveja pelo vinho e descobrir que tanto um como outro devem ser consumidos com
muita (mas muita mesmo) moderação. O corpo desse desalinhado HPA, mesmo querendo, já não consegue
mais acompanhar as estripulias que insisto em querer continuar fazendo. Bem,
voltemos aos azulejos, Ana trouxe alguns e eu, hoje me arrependo, nenhum.
Trouxe as fotos, não tão boas e as exponho aqui e agora.