terça-feira, 30 de setembro de 2014
PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (79)
ESCRITOS ANTERIORES À ELEIÇÃO (01)*
*Sim, vou tentar ir produzindo textos curtos sobre como vejo o processo eleitoral do próximo domingo, 05/10. Esse o primeiro de uma série.
CADÊ A MILITÂNCIA? CADÊ A PARTICIPAÇÃO DOS QUE SEMPRE ESTIVERAM NAS RUAS? Circulando de carro ontem pelo centro de Bauru, descendo a Gustavo Maciel quase cruzamento com a Antonio Alves eis que na esquina uma antiga militante distribuindo corajosamente e sozinha, ela e os seus papéis debaixo do braço, num ato pouco visto nos últimos tempos. A indagação foi inevitável. Cadê os antigos militantes, os que antes não saiam das ruas? Cadê esses todos que antes levantavam bandeiras, rebatendo todos os afrontes que vinham do outro lado? Cadê? Cadê? Majô apareceu e está lá pondo a cara para bater. Não estou me espelhando nela, na figura da ex-vereadora para escrever esse texto, mas para chamar na chincha uma pá de gloriosos, eternos, dignos, bravos militantes, um tanto sumidos das ruas e das lutas (olha eu usando o slogan do Roque!). Por que fizemos (me incluo no rol dos sumidos) isso? Por que deixamos de reagir a tudo o que fizeram com o pensamento e ação esquerdista nesse país? São tantas as perguntas, mas o que chama mesmo a atenção é esse distanciamento. Muitos voltaram para as ruas nesse momento, crucial para definir o próximo pleito, mas outro tanto permanece em casa ou só opinando pelas redes sociais. Isso basta?
Outro dia um militante me disse nas ruas que não entendia como pudemos deixar que alguém como o ex-presidente do STF, o Joaquim Barbosa chegasse a fazer o teve coragem de fazer, sem que não houvesse reação nas ruas. “Por muito menos fizemos muito mais e hoje não conseguimos nem mais rebater e se manifestar dignamente com o rol de bestialidades e atos até contra a própria Justiça. O que está acontecendo? Teríamos colocado pra correr um cara desses anos atrás e nada fizemos”, me perguntou. Será que perdemos o sentido da coisa? Será que não mais existe uma razão para lutarmos por tudo aquilo que nos motivou a vida toda? Não busco culpados, mesmo eles existindo, mas o fato é que nos mobilizamos cada vez menos. Se marcarmos um ato de repúdio coletivo hoje contra qualquer dessas imbecilidades produzidas pelo capitalismo, quantos estariam dispostos a ir para a rua? Quantos, pensem bem? E por que agora, nas vésperas da eleição, alguns saem às ruas e outros não mais?
Abro meu jornal preferido, edição de hoje, o Página 12 argentino e lá uma charge de Daniel Paz, sobre algo que não bate mais no dia a dia do compromisso da militância mundo afora, a TEORIA está um tanto distante da PRÁTICA. Por favor, não confundam a charge com a sigla do PT, pois foi feita na Argentina e diz respeito a esse distanciamento também questionado por mim nesse texto. O PT tem lá suas culpas, mas não é o único (não vamos fazer o mesmo que a revista veja - minúscula mesmo). O fato, lamentável, diga-se de passagem, e ocorrendo por tudo quanto é lugar é o dessa dissonância cada vez maior entre o discurso e o que fazemos de fato no dia a dia. Não dá mais para manter um discurso apregoando algo e o sol ser tapado com a peneira, com a prática indo na direção oposta. Hoje tem militante de esquerda, dentro de partido com nome socialista apoiando Alckmin, por exemplo e mantendo o antigo discurso. Outros fazendo tudo o que antes criticava, como se isso fosse a coisa mais natural desse mundo. É claro que ninguém quer o retrocesso, mas tem algo de errado nisso tudo. Daí uns se omitindo de tirar a bunda da poltrona, outros ainda tentando fazê-lo e outros iludindo a si mesmo ainda se dizendo esquerdistas.
Para os que ainda botam o bloco nas ruas, eis algo para uma boa discussão. Ainda é tempo de sairmos às ruas, dirimirmos arestas, levantando bandeiras coletivas de luta ou fazer isso é pura perda de tempo? "Eu acredito é na rapaziada", e você?
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
MEUS TEXTOS NO BOM DIA BAURU (297)
UMA NO CRAVO, OUTRA NA FERRADURA
A NO CRAVO:
PROGRESSISTA SEMPRE, EIS A SOLUÇÃO (texto nº 297, publicado 27/09/2014 no BOM DIA BAURU, n'O ALFINETE, de Pirajuí na mesma data e hoje, 29/09/2014 no Portal PARTICIPI - UM ADENDO AO TEXTO: Nessa semana de eleição estarei escrevendo muito de como a encaro e a percebo, dessa forma, peço para os que discordem mantenham um mínimo de respeito pela minha concepção de vida. Assim como Tatiana Calmon já havia escrito semanas atrás, faço o mesmo: Não comentarei escritos de outros contrários ao que penso por esses dias e não me venham com desrespeito e maledicências, pois santo do pau oco é o que mais existe vicejando por aí). Vamos ao meu texto semanal:
Fui ouvir o candidato a deputado estadual pelo PT em visita à Bauru, Renato Simões. Sua fala me agrada. Ele faz parte de uma ala petista mantendo os velhos ditames do partido quando de sua criação. São muitos, a ala dos persistentes e resistentes. Insistem em remar dentro do barco petista do que buscar algo novo fora. O que fariam fora? “Para que criar mais um gueto, se ainda existe possibilidade de reverter esse, o grande partido ainda com muita sustentação política e credibilidade junto à população?”, diz. Isso de permanecer e tentar de todos os meios uma depuração é instigante. Acreditam num revival petista.
Nítido e mais do que acentuado o tom progressista do partido nas vésperas da eleição. Quando a viola caminhava para o caco, eis que os próceres do partido se voltam para suas bases, ouvem o clamor advindo e prescrito em seus velhos ditames, apelam aos trabalhadores e aos mais pobres, segmentos majoritários dentro do eleitorado. Nesse momento, esses servem para rejuvenescer o discurso, oxigenar idéias, mudando o tom, deixando-o mais palatável aos ouvidos da imensa maioria da população, em detrimento da permanência perfilado com os interesses da elite financeira e empresarial.
E quando decidem por isso, percebam, os resultados favoráveis afloram. Esse reforço do tom progressista é comum no PT em vésperas de eleição, mas não pode mais ficar só no campo das hipóteses. Precisa ser colocado em prática, diária e contínua, até para sua própria sobrevivência física. O partido chegou a cambalear com a sustentação de um discurso e prática contendo tudo o que criticavam no passado. Simões e quem o recepcionou na cidade, o também candidato Roque Ferreira, esse a federal, apostam nisso e seguem no partido defendendo essa depuração.
Mas o que seria isso? A nítida necessidade desse imenso partido fazer uma espécie de limpeza oxigenante em seus quadros. Está cheio de graúdos com o pé em duas canoas, alguns já apoiando Skaf ao Governo estadual no 1º turno, a redução da maioridade penal, agronegocistas juramentados, abanando o rabo para as empreiteiras e fazendo declaradamente o jogo do adversário. Não acredito ser o caso de perder a eleição para que a reversão ocorra, mas o PT precisa definir de uma vez por todas de que lado está no encaminhamento do que deseja para o país e não mais mijar fora do penico. O tom progressista de hoje não pode esmorecer, pois talvez essa venha a ser sua última oportunidade. O lado de lá uma hora pode se cansar de apostar em quem diz que vai acelerar, mas continua com o pé no freio. Os sinais disso são mais que claros.
A NA FERRADURA:
OUTRO DIA ME PERGUNTARAM ONDE ESTARIA O QUERIDO RICK STONES - ONDE MESMO???
Disse que a última notícia que tinha dele era repassada por seus familiares. Franca recuperação, com gente muito querida de sua família no trato pessoal junto a ele, acompanhamento de perto, tudo pelo seu restabelecimento. Era o que sabia.
Algo mais me chegou às mãos ontem e num folheto promocional.
A BATATARIA ROCKN'N ROSTI - DELIVERY é especialista na cidade em "batatas recheadas, douradas no azeite, crocantes por fora e macias por dentro", como apregoa seu folder. Atende pelo fone 32028288 (não conheço seus donos, viu!).
Fui conferir o cardápio e lá algo sui generis, uma reverência bonita de ser vista a vários monstros sagrados do rock'n rool, principalmente os internacionais dando nome às batatas recheadas. Brasileiros encontrei quatro referências, todas significativas, Renato Russo, Cazuza, Raul Seixas e numa demonstração que os donos da batataria são mesmo bauruenses, lá está o quarto nome: RICK STONES. Esse acepipe, que quero provar é assim constituido: Mussarela, presunto, tomate e orégano. E mais, custa somente R$ 16,90, com entrega em sua própria residência, sendo servido com Coca-Cola.
Pronto para os que insistiam em achar o imortal Rick, eis algo do seu paradeiro. Uma bela homenagem de quem nunca esquece de tão viva pessoa e tanta falta faz nos que amam a irreverência, picardia, ousadia e malemolência musical. Está batatando no momento!!!
domingo, 28 de setembro de 2014
FRASES DE UM LIVRO LIDO (83)
ALGO DO ENCONTRO FERROVIÁRIO – DUAS FEIRAS GRÁTIS E NUMA DELAS MEU REENCONTRO COM PAULO COELHO Esse já é o 6º Encontro Ferroviário Histórico e de Ferromodelismo de Bauru, organizado pela APFFB – Associação de Proteção Ferroviária e de Ferromodelismo de Bauru, com apoio do Museu Ferroviário Regional de Bauru e da Secretaria Municipal de Cultura de Bauru. Faço parte da Associação e fui um dos criadores desse evento, quase uma década atrás e todo ano participo de uma forma ou de outra. Hoje mais como interessado, amante de trens e de ferrovia. Gosto de relatar uma ou outra coisa diferente ocorrendo por lá. Todo ano faço isso, espécie de ritual. Nesse ano, mesmo revendo muitos ex-ferroviários, os ferromodelistas todos, estar naquele ambiente cheio de todas as recordações possíveis (e também as impossíveis), ter levado meu pai para rever seu antigo local de trabalho, ter permanecido a maior parte do tempo ao lado do Chico Cardoso, o artesã ode trens lá do Gaspa, o que mais me chamou a atenção tem pouco a ver com os trilhos, trens e ferrovia, mas acabou acontecendo por lá, na tarde de ontem, sábado, 27/09. Conto o que me emocionou.
Acredito que não fazia parte da programação oficial, mas como havia espaços vazios dentre os locais destinados aos participantes, algo cheio de muita luz, inspiração de quem bota o bloco na rua, acabou ali acontecendo. Duas montagens. Conto em separado. Na primeira uma inusitada FEIRA GRÁTIS DA GRATIDÃO. Algo bem simples e com um slogan de fácil degistação, “Traga o que quiser (ou nada) e Pegue o que quiser (ou nada)”. Numa outra algo assim “Semeie o amor, seja generoso”. E no chão numa espécie de lona estendida no meio da estação um, monte de coisas, desde CDs, roupas, sapatos, bolsas, brinquedos, peças variadas, de tudo um pouco. Permaneceram por ali durante uma parte da tarde e alvoroçaram o lugar. Não me perguntem quem são seus organizadores, pois desorganizado que sou não me ative a isso nos momentos em que fiquei ali degustando de ver gente rodeando tudo, pegando e deixando objetos. Depois descubro que a Isabel Sotero está envolvidíssima com isso tudo e eles possuem página no facebook, essa aqui: https://www.facebook.com/feiragratisdagratidaobauru
Vi mais gente, o Manuel Rubira e sua esposa Ana Maria circulando por ali e acho que também estão metidos em ações desse tipo, pois sei que são subversivos o bastante para distribuírem alegria por todos os lugares por onde andem. Será que o Moitará está por detrás disso? Vi também uma menina fotógrafa, registrando tudo e até me pegando curvado conferindo uns CDs do meu interesse. Escolhi um e trouxe na algibeira. O nome da fotógrafa é Mana Paz (Luz), com seu lindo boné (ela também é linda) e produzindo lindas (tudo lindo) fotos da ferrovia lá no encontro. Fui conferir no seu facebook e vi mais duas faixas, ambas escritas à mão com os dizeres, “Escassez é uma ilusão” e “ Somos todos abundantes”. Fui conferir mais e percebo que essa é a 2ª edição dessa feira. Que bom, queria ter mais notícias das próximas para não só participar, mas divulgar e fazer mais e mais pessoas não só buscarem coisas, como fiz hoje, mas levar outro tanto. Vejam isso do seu face:https://www.facebook.com/pazmana/posts/707242229369811 e essa com 34 fotos de todo o eventohttps://www.facebook.com/pazmana/timeline/story?ut=43&wstart=0&wend=1412146799&hash=-4389661986812183731&pagefilter=3 (essas falam por tudo o mais que sair escrito). Pessoas assim são iluminadas e escrever um bocadinho delas uma obrigação para mim. Efusivas palmas para iniciativas com essas. Eu me derreto todo quando me deparo com algo assim e daí tenho que escrever delas. Quem souber mais do projeto conte para nós.
A segunda iniciativa foi a Banca de Livros (como é o nome mesmo desse projeto?), obra da Cultura Municipal, tendo a frente o Valter Tomaz Ferreira Junior, uma que circula regularmente por variados lugares na cidade, distribuindo os livros que sobram das muitas doações recebidas pelas bibliotecas públicas municipais. Louvo o Valter por continuar tocando esse projeto com a sapiência que lhe é peculiar. Esse servidor quando decide fazer algo, vai lá faz e faz. Vejo essa banca ocorrendo em diversos lugares e no mesmo estilo da Feira Grátis. Onde ela é montada o sujeito pode levar o livro que quiser e tendo para deixar no lugar, tudo bem, se não tiver, leva e tudo bem também. Já os havia visto lá na feira dominical junto do MIS (Estação Cia Paulista), Casa Ponce Paz, Jardim Botânico e em outros lugares. Não pensem que irão encontrar só livros velhos, temas desinteressantes pela frente. Isso até ocorre, mas tem muita coisa boa, muita mesmo. Eu mesmo pesquei um lá para mim, o “Navegação de Cabotagem”, catatau do Jorge Amado, que li anos atrás, mas os cupins devoraram no meu conservado mafuá. Fiquei sem, até ver um exemplar por lá e com a autorização do Valter enfiá-lo no meu embornal.
Valter papeia muito comigo, rodeado de uma pá de gente folheando livros e mais livros e me pergunta assim de bate pronto: “Você já leu Paulo Coelho?”. Disse que sim, tempos atrás, seu primeiro livro, Diário de um Mago, depois mais nada. “Ficou muito comercial, sei que o As Valkirias é um texto bom, mas nos demais insiste nessa coisa bem próxima da auto-ajuda, renegando o que produziu de bom e gosto muito dos tempos do Raul Seixas”. Ele concorda com tudo e me passa um livrinho desses de bolso e me faz ler ali, em pé e sem vaselina um conto bem curto, o LÊNIN DESCE AOS INFERNOS. Quero fugir, mas ele insiste e leio. Sim, já conhecia, mas acho que nem sabia ser dele ou se sabia já havia me esquecido. Trata-se de um bom conto, uma historinha boa não só por envolver Lênin, o comunismo, diabo e afins. Merece ser lida e na internet está aqui para quem quiser ter a mesma reação que tive:http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2007/02/20/lenin-desce-aos-infernos/ Em não mais que cinco minutos a leitura é feita. E daí, Valter me diz: “O cara é ruim, mas se quisesse escreveria coisas boas, não acha?”. Acho e tenho que concordar. Esse eu gostei muito e indico.
E assim relatando algo presenciado na estação encerro meu domingo. Deixem-me descansar... Minha asa avariada (ombro direito dói) e preciso de repouso. Tchau!
sábado, 27 de setembro de 2014
DICAS (127)
A CONSTRUÇÃO DE ALGO PARA IR SENDO FEITO E UM ACIDENTE DE PERCURSO NO MEIO DE TUDO
BARULHEIRA NOTURNICA INEBRIANTE E CONTAGIANTE - SÓ AQUI (escrito em 25/09)
O meu cachorro latiu a noite inteira e quanto mais latia mais o dos vizinhos o acompanhava na ladainha, uma verdadeira sinfonia noturnica. Um barulho diferente vinha da rua e invadia todos os lares aqui. Percebia que luzes iam se acendendo nas casas dos vizinhos. Ao espiar pela janela uma alvissareira notícia, um circo estava chegando no pedaço, cruzamento da rua Gustavo com a Inconfidência, barrancas do ribeirão Bauru, proximidades da Nuno de Assis. Incomenssurável e arrebatador privilégio esse o de ter um circo diante de seu portão. Eu o tenho desde criança, pois num terreno aqui diante dos meus olhos, parques, circos e afins tem aportado por aqui constantemente e com eles todos a alegria instalada. Esse de agora, de médio porte, cheio de gente simpática, querendo fazer amizades com os novos vizinhos, percebo algo de muito bom, um esmero em tudo, além do colorido mais lindo desse mundo. O arco íris é maravilhoso exatamente por causa de suas cores, os circos idem.
É indescritível a sensação de você ir acompanhando o levantar de um circo, primeiro a chegada dos trailers, o posicionamento de cada um, as fachadas frontais sendo postadas, os primeiros cartazes e depois, quase sempre de madrugada as primeiras batidas, as estacas de sustentação do aparato que levará a lona. Daqui há pouco, quando menos se espera, tudo já está no alto, a lona hasteada e o carro com alto falante anunciando a estréia (sexta próxima, amanhã, 26/09). O CIRCO MEDRANO é meu mais novo vizinho e convido a todos para virem conhecê-lo, pois suas portas estarão abertas amanhã. Eu e meu pai já estamos aguados para ver o que prepararam para nós. Até meu cachorro já está mais calmo e fazendo amizades com os cachorros do pessoal do circo. Afinal, o que estariam escondendo por debaixo daquela lona? Vamos descobrir juntos?
GRANDE FESTA DE COSME E DAMIÃO AQUI NO TANGARÁS (Escrito em 26/09) Aqui pelo interior paulista vejo pouca comemoração dessa grandiosa festa, muito tradicional em vários lugares país afora. No Rio de Janeiro é uma verdadeira febre, com aqueles saquinhos de guloseimas sendo disputados a tapa e a gurizada num contentamento de dar gosto. E essas festas são sempre boas, recheadas com algo dessa nossa efervescência religiosa, bem natural do brasileiro. Viva o sincretismo religioso!!! Triste é ver alguns segmentos arcaicos e rudimentares fazendo biquinho e olhando de lado para algo tão cheio de luz. Aqui em Bauru, para não deixar a tradição cair no esquecimento ocorre festança pra lá de movimentada amanhã lá no TEMPLO DE UMBANDA CACIQUE ROMPE MATO, no jardim Tangarás. Tudo começa por volta das 19h. Imagine a beleza que vai ser presenciar novamente o pai de santo Agnaldo Lulinha Silva (se tenho um guia, ele é o meu) vindo na sua direção lhe entregando um saquinho cheio de guloseimas (minha diabetes adora). Para os que não possuem imaginação muito fértil distribuo foto dele já se paramentando para o grande evento de amanhã lá no coração do Tangarás. Eu vou. E tu???
OLHA MAIS UMA MOVIMENTAÇÃO LÁ NA GARE DA MAIS BONITA ESTAÇÃO DO INTERIOR PAULISTA (escrito em 26/09)
Convidamos a todos para participar do 6º Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo de Bauru, que será realizado nos dias 27 e 28 de setembro na Estação Central de Bauru. Horário: 9 às 17 horas. Vamos?????????????????????? Durante os doisdias muita coisa acontecendo na gare da estação e nas instalações do Museu Ferroviário Regional de Bauru. Na principal dela queria muito poder presenciar uma palestra do professor de Hsitória, o João Francisco Tidei de Lima sobre os primórdios de Bauru e algo ainda não muito bem explicado: Os índios dizimados quando da construção da ferrovia. Eu estarei junto do artesão dos trens, o Chico Cardoso, ele expondo suas maravilhas criativas, o maior (não em tamanho) artesão em madeira de Bauru e eu revendendo bottons e falando sobre trilhos, trens, ferrovia e tudo o mais sobre esses assuntos. Como ficar distante disso tudo? Mesmo caindo chuva de canivete lá estarei.
UM PROBLEMINHA DE FORNO – SÍNDROME DO IMPACTO NO OMBRO (esse escrito hoje e me fazendo rever tudo o mais pela frente):
Levei um baita de um escorregão dentro do banheiro aqui de casa ontem à noite. Foi de amargar, desses homéricos tombos, de ficar de pernas para o ar, vapt vupt, sem saber direito nem como se levantar. Entrei todo lépido no banheiro, apressadinho e cantarolando para um banho de final de tarde e quando me dei conta já estava lá cheio de dores. Fui ao médico ontem mas nada fiz, pois hoje fiquei sabendo teriam um ortopedista de plantão das 9 às 17h. Não tomei nada, nem me deixei medicar, nada de antiinflamatório. E o braço ruim, sem conseguir nem levantar. Para dirigir um parto, trocando as marchas só com a mão esquerda. Deito e tento dormir, acordando muito com dores fortes. Hoje cedo, compromisso assumido levo meus bottons férreos lá no Encontro Ferroviário, mas a dor só que aumentava. O artesão Chico Cardoso lá do Gaspa quebrou meu galho e deixei tudo com ele, numa mesa montada ao lado da sua. De lá a Ana me esperava, fomos ao médico, chapa tirada e levei até minha nécessaire, com tudo de banho, pois pela dor não sabia nem se voltaria. Voltei. O gajo disse que a dor é por causa de um tendão lesionado. Receitou um antiinflamatório de 12 em 12h, fazer tudo com o devido cuidado e na segunda buscar um especialista em ombros (os médicos hoje no país não entendem mais nada do geral, só de partes, tudo fracionado).
Querendo estar lá na estação ao lado dos amigos, falar de trens, bater papos, rever pessoas, mas a dor me pegou e continuo meio que de molho. Dou aquela descansada e daqui a pouco, com dor ou sem dor volto lá no Encontro levando o pai para rever um seu sobrinho de Botucatu, Benedito, que vi lá com uma maquete ocupando toda a frente da plataforma. Não queira sentir a dor que sinto. Como dói esse negócio de tendão. Depois dessa, prometo ficar uma semana sem entrar no meu banheiro. Banho, nem pensar (masturbação idem), ou melhor, só se a Ana me esfregar todo (menos o ombro). Veremos se consigo sensibilizar a durona na queda. Tomem cuidado com os seus banheiros, ouço dizer que eles são assassinos. Comprovei isso ontem. Perdi a carreata da Dilma pela manhã lá no Mary Dota, o SindBar ontem a noite, uma noitada de pizza lá na Tradição do Mary Dota, a feijoada da Mocidade Unida lá no bar Camaleão, o show do Levi Ramiro amanhã cedo no SESC, o Sarau Literário lá GREB hoje a noite, a festa de aniversário do Douglas, neto do Truijo lá no Gaspa e até mesmo a Festa de Cosme e Damião do Lulinha lá no Tangarás (esse quero ver se ainda busco forças para ir), além de bater cartão na Feira do Rolo amanhã cedo. Estou sob os cuidados da Dona Onça (gosto muito, viu!).
UM PROBLEMINHA DE FORNO – SÍNDROME DO IMPACTO NO OMBRO (esse escrito hoje e me fazendo rever tudo o mais pela frente):
Levei um baita de um escorregão dentro do banheiro aqui de casa ontem à noite. Foi de amargar, desses homéricos tombos, de ficar de pernas para o ar, vapt vupt, sem saber direito nem como se levantar. Entrei todo lépido no banheiro, apressadinho e cantarolando para um banho de final de tarde e quando me dei conta já estava lá cheio de dores. Fui ao médico ontem mas nada fiz, pois hoje fiquei sabendo teriam um ortopedista de plantão das 9 às 17h. Não tomei nada, nem me deixei medicar, nada de antiinflamatório. E o braço ruim, sem conseguir nem levantar. Para dirigir um parto, trocando as marchas só com a mão esquerda. Deito e tento dormir, acordando muito com dores fortes. Hoje cedo, compromisso assumido levo meus bottons férreos lá no Encontro Ferroviário, mas a dor só que aumentava. O artesão Chico Cardoso lá do Gaspa quebrou meu galho e deixei tudo com ele, numa mesa montada ao lado da sua. De lá a Ana me esperava, fomos ao médico, chapa tirada e levei até minha nécessaire, com tudo de banho, pois pela dor não sabia nem se voltaria. Voltei. O gajo disse que a dor é por causa de um tendão lesionado. Receitou um antiinflamatório de 12 em 12h, fazer tudo com o devido cuidado e na segunda buscar um especialista em ombros (os médicos hoje no país não entendem mais nada do geral, só de partes, tudo fracionado).
Querendo estar lá na estação ao lado dos amigos, falar de trens, bater papos, rever pessoas, mas a dor me pegou e continuo meio que de molho. Dou aquela descansada e daqui a pouco, com dor ou sem dor volto lá no Encontro levando o pai para rever um seu sobrinho de Botucatu, Benedito, que vi lá com uma maquete ocupando toda a frente da plataforma. Não queira sentir a dor que sinto. Como dói esse negócio de tendão. Depois dessa, prometo ficar uma semana sem entrar no meu banheiro. Banho, nem pensar (masturbação idem), ou melhor, só se a Ana me esfregar todo (menos o ombro). Veremos se consigo sensibilizar a durona na queda. Tomem cuidado com os seus banheiros, ouço dizer que eles são assassinos. Comprovei isso ontem. Perdi a carreata da Dilma pela manhã lá no Mary Dota, o SindBar ontem a noite, uma noitada de pizza lá na Tradição do Mary Dota, a feijoada da Mocidade Unida lá no bar Camaleão, o show do Levi Ramiro amanhã cedo no SESC, o Sarau Literário lá GREB hoje a noite, a festa de aniversário do Douglas, neto do Truijo lá no Gaspa e até mesmo a Festa de Cosme e Damião do Lulinha lá no Tangarás (esse quero ver se ainda busco forças para ir), além de bater cartão na Feira do Rolo amanhã cedo. Estou sob os cuidados da Dona Onça (gosto muito, viu!).
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (108)
IMAGINEM DAS POSSIBILIDADES DESSAS CENAS ESTAREM OCORRENDO POR AÍ - SUCUPIRA É LOGO ALI Sempre numa pequena cidade, entre seus 15 a 20 mil habitantes.
Caso 1 – Aquele pequeno comerciante vive do serviço oferecido, não necessita de cargos públicos, resiste e insiste em ser oposição ao poder instituído, mando autoritário, insano, com requintes de crueldade explícita. Por insistir em denunciar os descalabros locais, por não ter se deixado comprar por esses, vive momentos de penúria, pois existe um tipo de DECRETO, desses não publicados, muito menos registrado em papel, mas ordem dada e cumprida por todos: “Qualquer funcionário municipal que for visto adentrando aquele estabelecimento será penalizado”. E assim o opositor vive hoje com seu estabelecimento às moscas.
Caso 2 – Aquele funcionário era crítico da administração e falava horrores de todas as mazelas ali ocorridas. Detalhava as bestialidades, execrava e repudiava o que vinha sendo feito com sua cidade por mandatários ineptos e despreparados. Tinha um carguinho lá bem subalterno, ganhava muito pouco. De um dia para outro, morreu lá um cara possuidor de um cargo de responsa, valor bom no contracheque. Foi-lhe oferecido o cargo, prontamente aceito. De uma hora para outra a situação mudou, hoje o opositor de antes é o maior defensor do antes criticado. Só que o mandatário continua fazendo tudo como dantes.
Caso 3 – O sujeito tinha lá um jornal e todos sabem como é difícil manter um órgão desses em cidade pequena. Resolveu sua situação colocando em cada edição a cara dos donos do poder locais, tudo regiamente pago com anúncios variados e múltiplos. Daí o jornal ia sobrevivendo e a cada edição uma luta sem fim para conseguir encontrar um feito positivo a exaltar a figura tão repugnante do alcaide e seus próximos. Situação inversa o jornal fazia com um prefeito de cidade vizinha. Lá o ex-prefeito estava agora empregado na Prefeitura de cá e quem entrou foi gente da oposição. Mas como o jornal tem seus laços com os de cá, tudo o que o atual de lá faz é duramente criticado em cada edição. Mesma labuta, para em cada nova edição tentar encontrar algo de ruim para escrevinhar sobre o cara que agora ocupa o poder de lá.
Caso 4 – Carnaval passou a ser coisa demoníaca por lá, mesmo a cidade tendo tido no passado bailes e desfiles homéricos, tradição de décadas interrompida pela chegada de gerentes com ideologia religiosa fundamentalista. Isso não pode mais, papai do céu não abençoa, mas festim de cunho gospel, com direito a desfile e carreata sim. Proliferam os rodeios, sertanejos universitários e todos aqueles que vão lá e dizem amém, fazem vistas grossas para as agruras que continuam a ocorrer no hoje imenso curral eleitoral.
Caso 5 – Outro tentou ser oposição, aposentado se viu livre e quis dizer o que pensa, escancarou e deitou falação sobre as irregularidades. Durou pouco seu período libertário. Começou a cutucar a onça com a vara curta, mas de uma hora para outra se viu sendo seguido por carrões cheios de gente mal encarada e mais que isso, parentes próximos, todos de uma forma ou de outra vinculados com benefícios públicos municipais começaram a lhe procurar e lhe dizer algo no pé do ouvido: “Você está nos prejudicando. Se perder minha boquinha será você quem vai pagar o pato”. Resolveu voltar a não enxergar nada. Tudo ficou quieto pro seu lado de uma hora pra outra.
Caso 6 – Sabe o sujeito impertinente, que vendo que a coisa está errada faz a crítica, põe o dedo na ferida, doa a quem doer. Fazia isso de forma seguida e começou a apontar que o rei da cidade estava na verdade nu e não era tudo aquilo que a propaganda demonstrava. Infelizmente ele tinha um problema de saúde e necessitava de remédios contínuos. Ele e muitos outros conseguiam tudo regularmente, sem problemas, bancado pelo serviço público federal e distribuído pelo municipal. Os outros continuaram recebendo os medicamentos tudo nos conformes, mas ele não, a burocracia o pegou e a única forma de voltar a ter tudo normalizado foi calando a boca e fazendo chegar a quem de direito que de agora em diante nada mais sairia de sua boca sobre nada de nada.
Caso 7 – Ficou famosa na cidade a fabricação ou montagem de dossiês sobre os opositores. O cara levantava a voz, não demorava muito e já era distribuído na cidade uma relação de tudo o que o sujeito fez de desabonador em sua vida. Muitos se renderam e tocaram suas vidas calados, amordaçados, com medo do dossiê escapulir da gaveta e circular na praça pública (ou na roda dos taxistas). Um desses mandou uma mensagem da seguinte forma para os produtores de documentos dessa ordem: “Podem investigar a vontade e tudo o que conseguirem divulguem. Não tenho receio de mais nada, podem ter certeza que tudo o que demoraram tanto para conseguir, seria mais fácil terem me perguntado. É TUDO VERDADE, CONFIRMO TUDO”. Difamado continuou sua saga sem se importar com as maledicências, afinal era tudo verdade...
Em tempo: Isto tudo é uma ficção da mente doentia deste escrevinhador que pretende escrever uma espécie de Nova Sucupira, algo parecido, difiícil de ser encontrado nos tempos atuais. Qualquer semelhança que possa existir por aí é mera coincidência. Não busquem comparações, pois elas não existem. Existem?
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
RETRATOS DE BAURU (163)
GENTIL DE FÁTIMA GARRIDO, nasceu no distrito de Tibiriçá, 58 anos, operário sua vida quase inteira, na labuta de fábrica em fábrica como torneiro mecânico, solteiro e morando na distante Pousada da Esperança II, quase divisa com Jacuba. Primeiro trabalhou por anos na famosa Laredo, depois na Mc Corte, onde está até hoje, de segunda a sexta, num trabalho onde o requisito maior é a atenção e peças milimetricamente feitas. Desde os doze anos nutre uma incontida paixão, a de escrever frases com temas versando sobre o amor, a vida a dois e as relações humanas, juntadas em cadernos guardados ao longo do tempo, até o momento quando descobriu que poderia participar de um edital da Cultura bauruense, juntando tudo num livro. Formatou um projeto muito simples e acabou contemplado, tendo seu primeiro livro lançado ontem, o TUDO POR UM OLHAR, reunindo 570 frases, dentre mais de mil pré-selecionadas. Seu contentamento era algo sui generis num ambiente com muitos habituados a ter textos publicados, saber como fazer para ver seus escritos saírem impressos em lugares diversos. Gentil realizou ontem um grande sonho, "primeiro de muitos outros", diz e por meros R$ 15 reais está disponibilizando seu trabalho para interessados em peças de amor. “Prometi a mim mesmo que jamais te perdoaria, hoje sou eu que te peço perdão, porque descobri que eu também errei muito quando estávamos juntos”, uma das frases escolhida a esmo do livro, exemplificando um bocadinho de sua verve.
Obs.: Esse texto sai também no facebook desse mafuento HPA, dentro do projeto Personagens sem Carimbo - O Lado B de Bauru, nº 515.
CINCO LIVROS LANÇADOS DE UMA SÓ BATELADA – É COISA NOSSA
Foi ontem à noite lá pelos lados do Teatro Municipal de Bauru, mais precisamente no seu hall de entrada, o lançamento dessas cinco obras, todas bancadas pelo poder público municipal, num edital ainda de 2010 (toc toc toc), meio cheio de interpelações no seu meio, mas sendo concluído nesse momento (ufa!). Dentre mortos e feridos, mais cinco obras na praça. Fui lá conferir, pois dentre os agraciados haviam vários amigos. Eis os felizardos:
CRÔNICAS E CONTOS – Marcondes Serotini Filho
UM EITO DE CERRADO – Lázaro Carneiro
BRINQUEDO – Aran Carriel
A HORA DO GAVIÃO – José Carlos Mendes Brandão
TUDO POR UM OLHAR – Gentil de Fátima Garrido
Foi muito bom. Conheci o dentista escrevinhador da Barra Bonita, hoje morando e clinicando em Pederneiras, o Marcondes; inesquecível o papo com o Gentil, um torneiro mecânico que escreve versos em cadernos e lançou sua primeira obra, aproveitando para rever os amigos Aran, Brandão pai e o Lazinho Carneiro (o motivo de minha ida por aquelas bandas), o mais considerado de todos, meu irmão de fé e de luta. Lá também muita conversa com o Bongiovanni da TV FIB e da Auri-Verde, o Dangió do Cultura Caipira, o Wander Florêncio do Botequim do Valente, o advogado Arthur Monteiro e o Elson Reis, o secretário de Cultura. O negócio foi longe, papo vinha, papo ia e as horas foram passando, comidinhas e bebidinhas sendo desgustadas e por fim, comprei alguns dos livros, ganhei outros, trazendo na algibeira uma boa quilometragem de novas e edificantes leituras. Hoje estou começando a degustar os primeiros deles, daí não saio de casa por nada nesse mundo.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
ALGO DA INTERNET (90)
COISAS DO HPA SACADAS NOS ÚLTIMOS DIAS DA INTERNET
BEM DIDÁTICO ESSE CURTO FILME, TRÊS MINUTINHOS DE SUA ATENÇÃO:
Ontem os EUA reiniciaram os ataques contra as tais "Forças do Mal" (sic - e eles?), bombardeando com forte aparato bélico redutos onde eles acham estar localizados os focos inimigos, os tais talebãns muçulmanos, os mais perversos seres do planeta. Quer dizer, sempre será assim com eles, violência se rebate com mais e mais violência. E que se dane a população civil, os pobres mortais e inocentes que vão junto com as bombas. Li aqui recentemente uma reflexão de um internauta apregoando um argumento muito usado por eles a favor do belicismo desenfreado norte-americano: "O que seria do resto do mundo se não existisse o poderio norte-americano para se opor aos males do mundo?". Perguntinha tacanha, de quem não enxerga que a maioria dos males hoje repudiados e atacados com bombas de forte poderio são em lugares onde os próprios norte-americanos criaram o ambiente para isso. Veja o caso da Síria, Iraque e Afeganistão, constatem se após a intervenção dos EUA a coisa não piorou e muito na região. Se antes era ruim, agora tornou-se insustentável. Daí entender o processo de como tudo isso foi se formatando, como se deu a verdadeira história desse povo, como o país denominado Estados Unidos da América foi criado e se consolidou é algo primordial para a continuação do debate. Segue aí um resumo da história dos EUA em alguns minutos. Nada como a junção de MICHAEL MOORE e os criadores do SOUTH PARK para produzirem algo tão didático e convincente.
https://www.youtube.com/watch?v=LDn1rXWDAhg
NÃO CONSIGO DEIXAR DE FALAR SEMPRE DE SÓCRATES... UM DE NÓS Quanto mais assisto futebol brasileiro nesses tempos atuais, mais reverencio e sinto saudade de SÓCRATES, meu ícone quando o tema é a bola rolando nos gramados da vida. Dias atrás postei ele como personagem do filme, REBELDES DA BOLA e agora tomo conhecimento de um filme italiano, lançado no canal DOC3 da RAI italiana, pelo cineasta e ator Mimmo Calopresti. O documentário tem 43 minutos e demonstra que, mesmo o craque jogando tão pouco por lá é reverenciado pelos admiradores do futebol mundo afora. Esse original e verdadeiro CHE GUEVARA das quatro linhas, um que comemorava gols de punho fechado e lia Gramschi certa feita anunciou que sua passagem pela Itália tinha como principal interesse não os jogos, treinos e gramados e sim a ida aos museus e as tratorias. Todo em italiano e ainda sem nenhuma previsão de ser traduzido e passar em alguma TV brasileira (com certeza não o veremos nas tevês oligarquicas tradicionais). Uma história emocionante, pelo seu posicionamento firme, convicto, decidido e de liderança. Que falta faz um Sócrates dentro e fora de campo hoje, assim como alguém com tudo o que possui no campo político. Imagine ele comandando a CBF, por exemplo, ou o próprio Corinthians ou Flamengo, dois times pelos quais jogou. Sonho de olhos acordados com o Doutor e esse filme me tirou do sério.
http://www.rai.tv/dl/RaiTV/programmi/media/ContentItem-bf0666a6-22d4-4cf3-81c5-6b0efd3c8811.html
OS CINCO HERÓIS CUBANOS - PARA DIVULGAR... Quando me perguntam dos motivos de continuar gostando muito do que ocorre em Cuba, nem consigo responder direito, tantos são os motivos. Conhecer um pouco da verdadeira história do que por lá ocorre é mais do que necessário a tudo e todos que ficam discutindo e tendo Cuba como pauta de suas discussões. Eis aqui um dos lados da questão, merecendo muito ser vista, entendida e depois discutida, no meu caso, defendida.
Repasso o vídeo da TVT de programa exibido em 11/09/2014 com Fernando Morais, Ivette Martinez (Cônsul de Cuba em SP) e Max Altman sobre os Cinco Cubanos presos injustamente nos EUA. Material recebido do amigo carioca, Pascoal Macariello, tio da Giselle Pertinhes, ambos cariocas mesmo. Muito explicativo e dividido em 3 partes. Muito bom !!!
1 - https://www.youtube.com/watch?v=VJ57mjNaCZo&list=UUmQTY7b5w61WlmBbJ5a8XrQ
2 - https://www.youtube.com/watch?v=Q-cZMFDNb4w&index=68&list=UUmQTY7b5w61WlmBbJ5a8XrQ
3 - https://www.youtube.com/watch?v=lSPHPgu0HT0&list=UUmQTY7b5w61WlmBbJ5a8XrQ&index=69
terça-feira, 23 de setembro de 2014
PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (61)
SAIBAM QUE TEM GENTE QUERENDO ACABAR COM A MÚSICA AO VIVO NA CIDADE
PARTE 1
Esse vídeo faz parte de algo que inicio aqui e agora, uma denúncia de gente querendo acabar com a música ao vivo em Bauru. Depois de um longo período de estagnação, onde muitas casas noturnas (e algumas diurnas) não mais contratavam músicos, eis que um novo boom ocorre na cidade e muitas dessas casas voltam a tocar e contratar músicos. Uma efervecência maravilhosa, espalhando o que de melhor temos pelos quatro cantos da cidade.
Só que tem gente querendo por um fim nisso e a grita vai ser geral. Não podemos deixar isso ocorrer. Uma antiga LEI DO SILÊNCIO, concebida ainda pelo ex-vereador João Parreira de Miranda prescreve que qualquer um e a qualquer hora do dia pode ligar para a SEPLAN - Secretaria do Planejamento e pedir o fim da música nesses estabelecimentos. Daí isso gera um processo e o dono do estabelecimento é notificado ao estilo vapt-vupt e tem curto prazo para por fim à música ou ser lacrado. Pelo que entendemos (eu e toda a galera que entende um bocadinho de legislação), isso é anti-democrático e vai contra o bom senso existente entre pessoas cordiais e convivendo em coletividade. Todo dono de estabelecimento sabe que deve seguir regras, mas nenhuma delas deve ser absurda. Existe algo legislando que nenhuma casa sem acústica e outros itens passe das 22h. Isso é respeitado, outras podem passar disso. Cada caso é um caso. Quem abusa paga por isso, mas quem está promovendo algo em prol do ajuntamento de pessoas em torno da propagação da boa música não deve ser penalizado.
E tem gente que só por uma simples denúncia no meio de um modorrento domingo já quer ir lacrando e fechando estabelecimento onde toque música. Que negócio é esse? Já dizia meus finados musicistas de plantão, "QUEM NÃO GOSTA DE MÚSICA BOM SUJEITO NÃO É, É RUIM DA CABEÇA OU DOENTE DO PÉ". Quando tudo segue regras bem fundamentadas, não existe motivos para ir fechando estabelecimentos assim ao bel prazer. Hoje, segunda, 22/09, 19h ocorre mais uma reunião marcada para os donos de estabelecimentos onde ocorra música ao vivo, para se organizarem e lutar contra a medida arbitrária e castradora. Depois dela, faço a minha GRITARIA por aqui, dia após dia, para ver quem são os que querem acabar com a música, como, dos motivos. Não dá para colocar todo mundo no mesmo balaio. Os donos de bares e restaurantes estão chegando à conclusão de que POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO.
Esse vídeo postado aqui é demonstração de como a música faz um bem mais do que danado para todo ser humano na plena funções de sua coordenação psiquica. Foi um bocadinho do que ocorreu no comecinho da noite lá no MAKALÉ BAR, lá nos altos da Gerson França. Como alguém em sã consciência pode querer acabar com festa tão saborosa. Vamos todos ajudar e dar o seu quinhão para não deixar mais uma aberração ir se consolidando aqui em Bauru. Amanhã após a reunião descrevo o que por lá ocorreu e durante o restante da semana, dia a dia, as repercussões. VAMOS NESSA!!!!
https://www.facebook.com/video.php?v=915960881767255
PARTE 2
Quem leu o primeiro post já sabe do que se trata. Como alguém em sã consciencia pode não gostar de algo assim? Quando a música ao vivo em bares e restaurantes ocorre dentro de padrões propostos com bom senso, generosidade e levando em conta o lazer popular, só mesmos os insanos para agirem contra isso. Em Bauru existe uma legislação arcaica e do tempo dinossáurico pregando que qualquer denúncia contra música em bares e restaurantes, ocorrerendo durante qualquer hora, até ao meio dia, pode fechar o estabelecimento. Os donos de bares e restaurantes, verdadeiros heróis por continuarem tocando e empregando músicos estão sofrendo barbaridade e tentando se organizar numa coletiva união para combater essa bestialidade de uns poucos contra a querência dos que não gostam de ficar dentro de casa e botam o bloco na rua durante o ano todo. Vamos ajudá-los e gritar contra leis ultrapassadas, como a desses que querendo frear a música ao vivo. A continuidade de legislação emburrecedora ajuda a enfeiar essa cidade cada vez mais.
No primeiro post detalhes da organização. Esse mais um vídeo gravado ontem lá no Makalé Bar, por volta das 19h, apresentação de Denise Amaral na linda e afinada voz, Neto Amaral no teclado, Sica na bateria, Halligally no pandeiro e Eduardo Guarnetti Johansen no sopro. Leiam algo do que está sendo feito para lutar contra os disparates de uma arcaica lei, dos tempos de antanho, que precisa ser revista, modificada e atualizada. O engajamento deve ser geral de todos os que apreciam a boa música, sem excessos e acontecendo pela cidade afora.
Dia após dia estarei aqui martelando algo sobre o que está ocorrendo nos bastidores e vendo como será feito essa proposta coletiva para alterar esse estado de coisas. A luta está só começando. VAMOS NESSA?
https://www.facebook.com/video.php?v=915976505099026
PARTE 3 Como já havia escrito ontem em dois textos anteriores, a movimentação está crescendo a cada momento entre donos de bares e restaurantes que tocam música ao vivo e os músicos que trabalham nesses estabelecimentos, tudo para criar meios de alterar a lei vigente sobre MÚSICA AO VIVO E SEUS IMPEDIMENTOS EM BAURU. Ontem participei à convite de Cleusa e Alemão, ambos do grupo musical Kananga do Alemão de uma reunião envolvendo os muitos interessados na revisão da legislação vigente. Primeiramente marcada para o Made in Brazil, na verdade seu local era o GALPÃO PAULISTA, um belo bar tendo como referência os trens e os trilhos (a música ao vivo, claro). Dia de folga na casa, aproximadamente umas 30 pessoas ali estiveram dando prosseguimento a algo iniciado nas semanas anteriores (semana passada cem pessoas ali estiveram). Até um representante do Sindicato dos Comerciantes esteve presente e algo já está mais do que definido, na próxima semana, dia 30/09, no recinto da Câmara de Vereadores uma AUDIÊNCIA PÚBLICA já está definida para discutir o tema.
Providências e encaminhamentos. Reunião de uma Comissão tirada dentre os presentes deve definir hoje os rumos da Audiência Pública junto a grupo de vereadores. Também hoje essa Comissão receberá cópia da lei vigente e a partir daí, com o conhecimento do que diz de fato a lei, o estudo para definir proposta de alteração da mesma, em algo bem fundamentado e definitivo, moderno e aos moldes de várias outras legislações existentes. Após isso, através de um Grupo criado nas redes sociais, a divulgação da data da Audiência e chamada coletiva visando lotar o espaço e ampliar divulgação da proposta coletiva. Buscar também ampliação do apoio político junto ao Executivo e vereadores, facilitando definições em caráter de urgência, minimizando os percalços atuais.
De tudo, uma conclusão de minha lavra. A luta é AUTÊNTICA e se faz necessária. Políticos estarem se integrando a ela, algo natural e bem vindo. O que se faz necessário e urgente é também uma definição e exposição dos reais interesses do grupo criado, deixando bem claro a não existência de interesses pessoais, muito menos privilégios. Daí a necessidade de comparar a legislação vigente com algo mais moderno existente por aí, buscando dentro do bom senso, algo que atenda a todos indistintamente. O próprio grupo criado deve entender que os excessos, aqueles que passarem dos limites deverão ser contidos. Salutar é ver todos buscando algo coletivamente, nada isolado. O resultado deve ser abrangente, envolvendo desde a menor até a maior casa com música ao vivo na cidade e quem sairá ganhando com isso, não será somente os donos das casas, mas também seus funcionários e os músicos, a outra ponta do imbróglio. Que disso tudo possa sair uma espécie de Manual de Funcionamento do setor, regulando com normas rígidas o funcionamento desses ambientes culturais, algo a ser seguido por todos.
E por fim, algo que me deixou perplexo foi tomar conhecimento que, quando da aprovação da legislação atual, cujo mentor foi o ex-vereador João Parreira de Miranda, as igrejas, cujos decibéis competem com as casas com música ao vivo, foram sacadas da fiscalização, a mesma não valendo para elas. Importante também todos os donos desses estabelecimentos estarem atualizados sobre o que diz a legislação atual, para não se deixarem enganar por fiscalizadores e aplicadores da lei, que cientes do desconhecimento coletivo a aplicam ao bel prazer e muitas vezes sem o devido respaldo. Ninguém pode ser exigido de algo que não existe de fato. De ontem para hoje, aqui do meu modesto canto observo algo de muito bom ocorrendo. Primeiro, o Jornal da Cidade através do jornalista Marcelo Ferrazoli faz contato e busca dados para iniciar matéria sobre o assunto, depois muitos donos de casas, como o Jack Pub buscam mais informações de como aderir ao grupo. E na seqüência, conquisto quatro novas amizades (até 14h) facebookianas de pessoas ligadas a essas casas noturnas, todos em busca de trabalharem mais tranqüilas, pelo bem da continuidade da música ao vivo nessa aldeia bauruense.
Amanhã tem mais, pois escreverei sobre os desdobramentos das reuniões com os vereadores e a cada dia um novo vídeo gravado por mim nas muitas casas noturnicas bauruenses. Hoje um grupo de chorões lá no Rubon - Comidinha de Buteco, num domingo na hora do almoço. Acabar com algo desse naípe é para os perversos desses nossos tempos. Lutemos todos juntos contra isso.
https://www.facebook.com/video.php?v=916404605056216
OBS.: Todas as fotos foram tiradas por mim na reunião de ontem no Galpão Paulista.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
MEUS TEXTOS NO BOM DIA BAURU (294, 295 e 296)
O LOBO CUIDANDO DO GALINHEIRO – Publicado como 296º texto para o BOM DIA BAURU e ALFINETE, de PIRAJUÍ Em 20.09.2014 e hoje, 22.09 no Portal PARTICIPI:
Os meandros do capital especulativo e predatório são mesmo de amargar (argh!). O que rola na discussão nessa inusitada campanha presidencial é o fato da candidata Marina Silva ter declarado que o Banco Central, condutor de nossa Economia terá vida autônoma, independente do Governo. Ou seja, se eleita, ela nomeará um Colegiado de Imexíveis (lembram-se do termo?). Como quem financia declaradamente (não seria descaradamente?) sua campanha é uma instituição bancária, os mandarins seriam esses, os novos reis do país.
Daí um gaiato me diz algo assim: “Mas com dona Dilma já não foi assim na época do Henrique Meirelles, ex-manager do capital internacional?”. Minha resposta: Não. Explico. Nunca os bancos ganharam tanto como no período Lula/Dilma, mas mesmo assim esses se mostram inquietos. Ou querem mais (sempre querem mais) ou não sei lá o que é que os desagradam tanto no cenário de festim dos últimos tempos. Quer dizer, o festim dos bancos tendo seus privilégios ocorrerá em ambos os Governos, pois sempre estiveram pra lá de entrelaçados uns com os outros.
Mesmo assim existe uma diferença. Banco é negócio lucrativo para uns poucos, aliás, muito poucos. No poder conquistado pela acumulação do capital fazem o que querem com os demais pobres mortais, todos se esfalfando em busca da sobrevivência financeira nesse mundo sob as bênçãos do “deus dinheiro”. A maioria adere ao jogo, satisfeitos com as migalhas permitidas e acham-se privilegiados. Os donos do dinheiro riem muito desse cenário onde manipulam a tudo e todos como meros marionetes. Quem tem põe, quem não tem, serve-se com o que lhe é reservado. Triste sina.
A diferença, portanto, é uma só. Não vamos sair tão já (nada à vista) desse cruel regime a nos ditar a vida. Numa e noutra opção poucas saídas, mas imagine os banqueiros tendo poder ilimitado, além do concedido hoje, vislumbrando eternização de suas posições e mando como deuses indomáveis e inquestionáveis? Com Dilma, na pressão mudanças ocorrem e com Marina, o Banco Central será propriedade com escritura lavrada, autenticada pela mandatária, reconhecida firma, sem direito a protesto, contestação ou alteração. Se já é ruim, pode piorar. E daí?
A PECHA DO VERMELHO - Publicado como 295º texto para o BOM DIA BAURU e ALFINETE, de PIRAJUÍ Em 13.09.2014 e 15.09 no Portal PARTICIPI:
Existe uma nítida intenção dentre parcela da mídia nativa, pernósticos internetistas facebookianos e os preconceituosos conservadores de sempre em estigmatizar a cor vermelha. Na bola da vez fazem de tudo e mais um pouco para tentar fixar junto a ela a pecha da corrupção. Só mesmo os desconhecedores da história ou os declaradamente mal intencionados poderiam tentar algo nesse sentido.
A cor vermelha sempre esteve atrelada à luta, sangue dos que bravamente resistiram e durante todos os séculos dos séculos (amém) foi vinculada ao povo nas ruas, levantes e revoluções. Possui mais do que história, reconhecido know how, aprovação certificada e mais que isso, seriedade na utilização da cor. O vermelho sempre ao longo da história da humanidade a cor do comunismo e do socialismo.
Semana passada na capa de uma revista semanal (a mais pernóstica delas) a tentativa explícita colorindo a carapinha de um dos algozes do momento (são tantos e de todos os lados e matizes) toda de vermelho. Já haviam feito isso quando do início do dito mensalão e a outro algoz, o daquela ocasião. São tentativas de tentar enfiar na cachola das pessoas a associação do vermelho a algo ruim.
Na verdade o vermelho nunca estará associado aos mesmos interesses dos latifundiários, oligarquia dominante, neoliberalismo, capitalismo predatório, banqueiros, ruralistas e representantes do agro-negócio ou dessas nefastas corporações a dominar o mundo de hoje. Ou seja, diante dessa incessante e implacável luta de classes o vermelho possui um lado, estando sempre ligado umbilicalmente aos contrários a esses e não ocorrerá por causa do interesse e da vontade de uns poucos o seu desbotar.
Esses todos devem mesmo permanecer com o pisca alerta ligado (girando sempre em vermelho) diante do surgimento de alguém empunhando, por exemplo, uma bandeira vermelha diante de si. Mais que o receio e o medo, tudo ampliadíssimo quando diante de verdadeiros e originais vermelhos (não os de araque), lutando para colocar no poder algo oriundo do povo, combatendo a continuidade de minorias exploradoras, essas pensando sempre nos próprios anéis. Alguns se pelam só de pensar, pois sabem que o vermelhista juramentado continua comendo criancinhas assadas por aí!
O CAVALO PARAGUAIO FAZ ÁGUA - Publicado como 294º texto para o BOM DIA BAURU em 10.04.2014, no ALFINETE, de PIRAJUÍ em 06.09.2014 e no Portal PARTICIPI em 08.09.2014:
Toda vez que me falam do termo “cavalo paraguaio” (que não gosto, afinal no Paraguai não são só falsificações), impossível deixar de lembrar de algo bem lá atrás do meu passado. Tinha um colega japonês na Escolinha da Rede, lá pelos meus treze anos e um dia o professor de Educação Física nos levou para uma corrida nas pistas do estádio Alfredo de Castilho, o do Noroeste. A classe toda postada para o início da prova e quando dada a largada o japonês dispara como um raio deixando todos muito para trás. Ficou mais de uma volta na frente de todos. Só que a corrida não era de curta distância e sim, de longa. Após certo tempo todos o ultrapassaram e se não foi o último, deve ter chegado entre esses. A gozação arrastou-se por um bom tempo. Não podíamos vê-lo e o apelido “paraguaio” grudou nele por bom tempo.
Esse novo momento da eleição presidencial me fez lembrar do meu antigo colega de banco escolar. Com a nova situação, Marina Silva disparou na frente e galgou um posto bem lá frente dos demais na corrida presidencial. Li em diversos lugares que a corrida já estava ganha, sendo ela a vitoriosa. Algumas voltas no campo de corrida e eis que o quadro já começa a sofrer normais alterações. Assim como o japonês da corrida não tinha fôlego, nem pulmão suficiente para ir até o fim no mesmo padrão de rendimento, Marina, por tudo o que representa, está perdendo muito do inicial entusiasmo.
No caso do japonês faltou quem o orientasse como deveria ser seu procedimento em disputas de longa distância. Nosso professor na época, o experiente Silvio Minhoto fez isso e nas corridas seguintes o exemplo dado serviu de lição para todos. No caso da Marina, pelo visto, experiência ela já possui, mas não tem intenção nenhuma em mudar de tática. Cientes do lapso na partida e com adicionais informações, impossível continuar optando por correr ao seu lado ou mesmo a tendo como digna representante dos anseios do brasileiro por algo melhor do que já temos.
Ela foi a Ribeirão Preto dia desses e o encontro não foi com o povão, mas com os usineiros. Na noite dessa quinta, repetiu a dose em Caxias do Sul, chegando à noite na cidade e indo a um clube reunir-se com lideranças empresariais e agrícolas. Repete a dose por onde ande. Possui um lado, o de ouvir e atender os clamores da classe oligárquicos. Deixou de lado o povão e isso está lhe valendo uma queda de rendimento, ou seja, os inicialmente mais alegrinhos já a enxergam mais como atraso do que avanço.
Os interesses por detrás dessa candidatura, que de redentora não possui nada, servindo a interesses escancaradamente e fundamentalmente conservadores já são percebidos. O cavalo paraguaio perde fôlego por absoluta falta de seriedade. Daí, o que a “nova política” da candidatura Marina efetivamente propõe é a velha despolitização e deseducação da sociedade. Começa a fazer água por todos os lados.
domingo, 21 de setembro de 2014
COMENTÁRIO QUALQUER (131)
Primeiro leiam isso, GAROTINHO PEDE O DARF DA GLOBO, AO VIVO!, extraído do site TIJOLAÇO, do Brizola Neto:https://www.facebook.com/tijolacooficial/photos/pb.609051955819458.-2207520000.1411303239./759304740794178/?type=1&theater
Depois assistam toda a entrevista e sintam o que é ser devidamente encurralado e saber dar o troco na hora certa, ou seja, o roto falando do esfarrapado: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/eleicoes/2014/noticia/2014/09/rjtv-entrevista-anthony-garotinho-candidato-ao-governo-do-rj.html
Hoje no JC, a crônica semanal de Zarcillo Barbosa fala desses bastiões da imprensa, baseado na infeliz frase dita recentemente pela presidente Dilma Rousseff: “não é função da imprensa fazer investigações, e sim divulgar informações”. Seu texto me agrada, bom, mas faria alguns poucos questionamentos a ele. Essa mesma imprensa que pratica o dito por ele, JORNALISMO INVESTIGATIVO, merece todo esse crédito, mesmo só investigando um dos lados da questão? E o outro (outros tantos)? Por que espezinhar somente a um dos lados? Não estariam querendo encobrir outro lado, talvez pior do que o denunciado? Isso é o que o tal do atuante (sic) Jornalismo Investigativo em vigência deixa de fazer, pois demonstra claramente possuir um lado, e assim, se mostra tão nefasto quanto o que denuncia. Prefiro ler órgãos de imprensa que não privilegiam um lado, nem favorecem um desses quando nos repassa informações. Essa uma raridade cada vez mais difícil de ser encontrada num mundo cada vez mais dominado por grandes corporações, cada uma lutando para derrubar a outra e se consolidar. Fazem de tudo e isso também está bem claro e evidente nas relações da imprensa com o conteúdo de seus textos e das denúncias publicadas. Leiam o texto do Zarcillo:http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=235769
A conclusão disso tudo, quem tira é quem conseguiu chegar até aqui.
DIÁRIO DE CUBA (70)
Essa pequena charge de uma dupla argentina, publicada ainda agorinha no Página 12 argentino, edição de hoje, mostra os dois lados de uma questão latente no nosso dia a dia. Como uns e outros, por exemplo, encaram o Ébola. Enquanto muitos (a maioria, diria) fogem da região contaminada como o diabo da cruz, Cuba, a pequena ilha demonizada e espezinhada diariariamente, diuturnamente por uma malta de difamadores contumazes, eis que uma boa penca de médicos voluntários cubanos (mais de 150 deles) aporta no continente africano e estão exercendo sua profissão sob os maiores riscos, tudo para dar o seu quinhão de contribuição para a solução e diminuição da epidemia.
Enquanto um dos lados da questão, defendido por muitos aqui como os "salvadores da pátria", único caminho a ser trilhado, sempre cegamente e servilmente, espalham guerras e mais guerras, terror mundial, outros tentam espalhar humanismo. O HUMANISMO QUE TANTO NOS FAZ FALTA EM TODAS NOSSAS ATUAIS RELAÇÕES. Daí concluo que o Capitalismo não é nem pouco humano, suas práticas são todas belicistas e desumanizadas, recheadas de muita insensibilidade pelo ser humano, servis a um tal de "deus dinheiro" (esse acima de tudo e de todos), enquanto que no Comunismo/Socialismo, pelo menos no praticado por Cuba, ocorre justamente o contrário. Eu consigo me encantar vendo ações como essa dos médicos cubanos mundo afora, algo inimaginável dentro do capitalismo.
Querem mais, dou outro exemplo. Esse ocorrido em Bauru. Um amigo morador do Gasparini me conta que marcou consulta no Posto de Saúde do bairro e não pode comparecer. Menos de dois dias depois quem estava a bater em seu portão? Nada menos que o próprio médico cubano, o que atende no posto do bairro. Queria saber dos motivos de sua falta, se havia piorado, o que havia ocorrido. Ficou de boca aberta, o convidou a entrar e até sua esposa acabou tendo um diagnostico de outro problema. Como não morrer de amores por algo que até então nunca havia sido possível nos atendimentos médicos nos padrões capitalistas?
Que isso sirva de boa reflexão para todos nós nesse começo de domingo.
OBS.: A charge central é de Daniel Paz & Rudy e as duas tiras de Miguel Rep, ambas gileteadas do diário argentino Página 12, um dos melhores de toda América Latina.
sábado, 20 de setembro de 2014
UM LUGAR POR AÍ (56)
Ontem, sexta, 19/09, estou eu viajando com meu carrinho pelas vicinais (como gosto dessas pequenas estradinhas, bucólicas e com muito verde por tudo quanto é lado), quando o surreal está bem diante dos meus olhos. Imaginem a cena do gajo dentro do seu carro, quando olha para o lado e se depara com um prédio, brotando assim do nada no meio do mato, no meio do verde, só ele ali e o mato do lado. Seria uma miragem? Algo como um oásis ao contrário? Nesse caso não, essa cena sempre me intrigou e toda vez que passo por ali, impossível não pensar no assunto: Que raios faz um baita de um prédio numa cidadezinha dessa? Escrevo de Macatuba, uma que se intitula a Cidade do Patriotismo Brasileiro (sic), com algo em torno de 10 mil habitantes e um prédio no meio disso tudo. Sim, o prédio está ali já faz bem uns dez anos, único ali na paisagem. Para quem vem pela estrada e ainda não avistou a cidade, mas só o prédio, perigoso enfiar o carro no meio do mato, baita o susto que o sujeito leva.
Eu sempre levo e não consigo encaraminholar de como o ser humano tendo uma infinidade de área livre ao seu redor consegue ir residir num caixote. Tudo bem que a paisagem da janela do sujeito é maravilhosa, verde por tudo quanto é lado, mas ele poderia morar lá embaixo e botar seus filhos correndo na grama verde, com cachorros saracotiando em volta da casa e tudo o mais. Não, o que vale mesmo é o exemplo da cidade grande frutuficando por ali. O exemplo não vale só para lá, BARIRI também tem um prédio, somente um, esse até mais velho, já mais de vinte anos. Até a manutenção desses deve ser mais dificultosa. Imagine um elevador quebrado e ligam para a empresa, distante quilômetros dali. Vão ter que se deslocar estrada afora até lá e só para aquele serviço. Tudo mais complicado. O ser humano quer copiar um o outro, ir vendo o que deu certo ali e querendo o mesmo, o benefício estendido para si também, mas nesse caso não vejo assim e a crítica não é feita em si para a Macatuba e seu prédio, mas para uma não necessidade disso. Não devem ser esses os únicos exemplos, outros tantos devem estar espalhados país e mundo afora, mas esse aqui bem pertinho foi quem me fez escrevinhar esse textinho. Nada contra Macatuba, nem Bariri, viu!
Olhem para as fotos tiradas ontem e vamos refletir juntos sobre essas coisas ocorrendo por aqui, ali e se multiplicando diante de nossos olhos. Imagino e tento me colocar no lugar do poeta caipira, Lazaro Carneiro tentando fazer uma poesia sobre aquela construção e nem consigo imaginar que raio de resultado sairia de sua cachola, mas sei que viria algo meio provocativo, bem ao estilo do matuto diante de um geringonça da metrópole enfiada no meio do curral das vacas. E VIVA O PRÉDIO NO MEIO DO MATO!!!