sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

CHARGE ESCOLHIDA À DEDO (214)


TRAÇO
EU ADMIRO DEMAIS QUEM DESENHA SUA CIDADE
Estes artistas do traço produzem algo tão ou mais grandioso do que os cronistas, com parágrafos e parágrafos de boa escrevinhação. Vejo no resultado do que fazem com suas cidades, uma verdadeira crônica viva, minuciosa, em detalhes de algo percebido por eles nas ruas. Por estes dias observo atentamente o que o Leandro Gonçalez, artista com ateliê aqui em Bauru, mais precisamente na rua Bandeirantes, bem detrás do prédio da Câmara de Vereadores. Gonçalez desenha, tem ali seu estúdio, dá aulas e quando chega a noite, desmonta tudo e vive ali no meio daquele monte de tinta. Já se acostumou com o cheiro das tintas e elas devem ser até uma espécie de néctar para embalar seu sono.

O danado todo janeiro bate asas. Junto de sua cara metade, a também amiga Fátima Napolitano, se vão por este mundo e de todas as paradas uma é certa, a deles se instalarem por uns dias em Ourinhos e de lá, ele com sua tela em praça pública, desenha algo de interessante ali nas ruas. E desta forma, ano após ano, o vejo já com telas e mais telas, a maioria feitas em aquarela e nos mais diferentes lugares, desde um mero caderno de notas, como numa rebuscada tela. Tudo é válido e o resultado, sempre surpreendente. Nestes dias em especial, está enfincado lá na sua cidade natal e fazendo o que gosta, desenhando, guacheando tudo o que vê pela frente.

Ele já fez isso aqui em Bauru, num trabalho auspicioso com moradores em situação de rua, os retratando nas mais diversas situações, principalmente pelas praças. Algo, para mim, de valor inestimável. Estes artistas do traço, quando diante de algo nas ruas, sempre um resultado a merecer mais que um estudo de caso. Isso que Gonçalez produz já deveria ter merecido uma exposição lá mesmo em sua ourinhos, num lugar de destaque, provavelmente naquele belo teatro que a municipalidade administra ali há pouco menos de uma quadra da praça principal. Este resultado de anos do artista debruçado sobre sua aldeia é como se uma jóia rara estivesse dilapidada ali, ao vivo e a cores.

Fausto Bergocce, meu dileto amigo de Reginópolis fez um livro inteiro sobre sua terra natal e vez ou outra está por lá, tanto para se recarregar, se reenergizar, como para, com coceiras nas mãos, sentadinho e com o pincel ou canetas nas mãos. Esses não se seguram. O jausense Jozz Jugliani tem um livro feito mais ou menos assim sobre a sua Jahu, dos tempos quando tinha por lá um ateliê. Veio uma enchente e ele perdeu tudo, trabalhos de uma vida inteira, pois papel e água não combinam. Ele porém já tinha publicado seu livro, botando o peixe Jahu para sobrevoar a cidade e lá embaixo, flashes imortalizando lugares. Obra linda, merecedora de premiação. Outro que faz isso sempre é o nosso Gilberto Maringoni, o Beto bauruense, que hoje menos, mas quando senta para desenhar Sampa, com aquele traço detalhista, possuidor de uma sensibilidade a toda prova. Muito disso está retratado em seus livros e cada trabalho uma verdadeira obra de arte.

Tem muitos outros que se especializaram nisso de retratar a vida urbana e seus prédios, monumentos e algo mais de tudo isso em pleno movimento e ebulição. Sempre que acho por aí, livros assim, compro e me delicio. Lembro de um onde o Luís Fernando Veríssimo fez isso com algumas cidades européias, uma delas Paris e junto do desenho, para enriquecer ainda mais o trabalho, uma pequena cronica. Algo para endoidecer gente sã. Tento me lembrar assim de memória de outros e sem consultar minhas estantes e alfarrábios, como amante do traço, reconhecendo a maioria dos que pululam pela aí, só de bater os olhos em seus desenhos, hoje ao ver algo mais da safra do amigo ourinhense, isso tudo me veio a mente e está me fazendo viajar na maionese, ou seja, dar um breque em tudo e passar horas espiando algo que tenho por aqui. Gonçález precisa urgente reunir isso tudo num livro, antes que se disperse por aí, fragamentos espalhados pelos mais diferentes lugares, nunca mais conseguindo se juntar. Vejo isso tudo e, com certeza, viajo junto deles. Encantador o que fazem.

UM LUGAR NO RIO, QUE BATO CARTÃO TODA VEZ QUE POR LÁ APORTO
FOLHA SECA
A Folha Seca nasceu em 1998, dentro do Centro de Artes Hélio Oiticica, no Centro do Rio. Em 2003, migrou para perto, se instalando numa loja na rua do Ouvidor. “[Mas] tem gente que acha que é da época do Machado de Assis”, diverte-se Rodrigo Ferrari, acrescentando que já desistiu de desmentir a lenda urbana de que sua livraria é a mais antiga da cidade. O escritor Alberto Mussa colaborou com a narrativa atemporal: a “livraria do Ferrari” já foi cenário em dois de seus romances: A hipótese humana (2017), que se passa no século 19, e A extraordinária Zona Norte (2024), cuja história acontece em 1974.

É possível que isso se deva ao fato de a Folha Seca estar tão bem inserida numa das partes mais antigas do Rio, parecendo ter ocupado desde sempre o número 37 de uma das ruas mais tradicionais da cidade. Espalha-se pelo térreo e o mezanino de um pequeno edifício “mais do que centenário” e atrai uma clientela fiel a animados lançamentos e rodas de samba.
 Destaca-se, entre outras coisas, por causa da vitrine dedicada a temas caros ao Rio de Janeiro: música, futebol, carnaval, arquitetura, além de livros que tratam de questões que afetam as metrópoles em geral. Tudo isso a fez ser conhecida também por outra frase de efeito, talvez mais realista: a mais carioca das livrarias.

A trajetória que levou até esse ponto começa em meados dos anos 90, quando Ferrari era um estudante de história que trabalhava como vendedor na Dazibao, importante livraria da época. O espaço no Centro Hélio Oiticica havia sido ocupado pelos antigos patrões numa tentativa de expansão. O livreiro já tinha vontade de ter seu próprio negócio, e acabou assumindo a loja em sociedade com Daniela Duarte. Assim surgiu a Folha Seca original, já com esse nome – uma homenagem ao chute com efeito criado nos anos 50 pelo jogador Didi, que fazia a bola cair repentinamente na direção do gol, e ao samba de Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho. No local também já havia uma destacada prateleira dedicada a livros sobre o universo carioca.

Foram seis anos até surgir a oportunidade de alugar a loja na rua do Ouvidor. Apesar de sua importância histórica, a via no quarteirão entre a Primeiro de Março e a rua do Mercado estava bem castigada no período. A Folha Seca e outros empreendimentos acabaram ajudando a revitalizar a área naqueles primeiros anos. Os sambas, antes raros, agora são comuns na região. “Não sou produtor de roda de samba, faço porque gosto, mas saber que essas rodas começaram espontaneamente e viraram movimento cultural da cidade é muito legal”, observa Ferrari, que desde 2009 toca a livraria sozinho.

A Folha Seca também é editora, ainda que não tenha ambição de crescer neste segmento. Em 1995, antes mesmo de criar os dois negócios, Ferrari teve uma experiência editorial ao publicar, com o designer Egeu Laus, a revista Roda de choro. Foram seis edições, que inclusive ajudaram a aproximá-lo de músicos da cena instrumental carioca. Em 1999, já com a livraria, foi convencido por Hermínio Bello de Carvalho a editar um livro de poemas dele, Contradigo, e reeditar uma coletânea de crônicas do autor, Cartas cariocas para Mário de Andrade. Em seguida, o sambista e escritor Nei Lopes quis lançar uma obra inédita, 171, Lapa-Irajá, pela Edições Folha Seca. Hoje, são mais de trinta livros no catálogo.

Os dois autores são visitantes assíduos da livraria, que tem outros frequentadores ilustres (carinhosamente chamados de “folhasequenses”) como o ilustrador e caricaturista Cássio Loredano e o historiador Luiz Antonio Simas. Sem falar nos músicos, como Pedro Amorim e Tiago Prata. Além das rodas de samba e de choro que já tiveram canjas de nomes como Paulinho da Viola e Beth Carvalho, o dono da Folha Seca costuma botar um piano de cauda na rua para celebrar os aniversários da loja, que coincidem com o feriado de São Sebastião, padroeiro da cidade, em 20 de janeiro.

Na comemoração de 26 anos, em 2024, a multidão que se aglomerou para ver tocarem pianistas como Cliff Korman protagonizou uma cena que viralizou na internet: ali do lado, um casamento aconteceria no período da tarde e, em clima de pré-carnaval, os foliões abriram um enorme corredor para a passagem da noiva e seu pai, gritando o nome dela até a entrada da dupla na Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores. Mais um episódio que entrou para a singular história “folhasequense”.
(Helena Aragão visitou a livraria em outubro de 2024)

VELHICE
MUITO TRISTE POR PEPE MUJICA
Durante uma entrevista para um veículo uruguaio Búsqueda, o ex-presidente José “Pepe” Mujica, de 89 anos, revelou que o câncer de esôfago que enfrenta desde 2024, se espalhou por todo o seu corpo.
Mujica relatou que sofre de um tumor no fígado e deixou uma mensagem de despedida.

“O câncer no esôfago está se espalhando em meu fígado. Não consigo impedir isso com nada. Por quê? Porque sou uma pessoa idosa e tenho duas doenças crônicas. Não posso passar por tratamento bioquímico ou cirurgia porque meu corpo não aguenta”, expressou.
Mujica usou a entrevista mais recente para fazer um apelo, “o que eu peço é que me deixem em paz. Não me peçam mais entrevistas nem nada. Meu ciclo acabou. Sinceramente, estou morrendo. E o guerreiro tem direito ao seu descanso”, expressou.

Com informações da @cnnbrasil

PRAGA
NÃO PERCEBERAM, ESTÁ EM CURSO UM COMPLÔ CONTRA A VERDADE DOS FATOS, POIS O QUE VALERÁ É A DELES, A DOS PODEROSOS DE PLANTÃO E DANE-SE O RESTO - ELES QUEREM NOS DOMINAR EM TUDO

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (210)


SEM ANISTIA, PRISÃO PROS GOLPISTAS, HOJE SÃO DOIS ANOS DA FRUSTRADA TENTATIVA DE GOLPE

"AINDA ESTAMOS AQUI"
REFLEXÕES NO DIA DE HOJE, DOIS ANOS DA QUASE DESTRUIÇÃO DE BRASÍLIA E DOS SONHOS DE QUEM LUTA POR UM MUNDO MUITO DIFERENTE DO ATUAL
CHARGE DE MIGUEL PAIVA 

É um dia para se falar dessa tal de DEMOCRACIA. Muitos de meus amigos já não acreditam – e não é de hoje – que essa tal, com este pomposo nome, já não exista faz tempo, se é que existiu um dia. Enfim, numa verdadeira Democracia, com “D” maiúsculo, algo que não poderia deixar de existir é uma igualdade de condições, para tudo e todos. E isso, é até do conhecimento das pedras minerais, não existe e nunca existiu de fato neste País. Se hoje reclamamos em alto e bom som de termos perdido o contato com o povo e outros o fazendo, o conduziram para outros caminhos – dito também como descaminhos -, creio, a culpa é também muito nossa e não só das instituições guarda-chuva, as que deveriam nos defender com unhas e dentes. O fato é que, o fato do país estar hoje de pernas pro ar, ou mesmo de quase prostrado, de pernas abertas e aceitando que lhe façam quase de tudo, sem uma mínima reação razoável, reclamo a todo instante, esperneio e aponto os que creio, tenham culpa no cartório. Mas, porém, contudo, cá estamos e para sairmos dessa será necessário mais que uma ação deliberativa ou institucional. Sem o povão reorganizado e querendo algo neste sentido, o de não mais permitir que o Brasil caminhe a passos largos rumo ao desfiladeiro da ultradireita, tudo será infrutífero.

E daí, diante dessa longa discussão, feita todo dia e quase em todo instante, chegamos ao dia de hoje, dia 8 de janeiro de 2025, dois anos do quebra-quebra em Brasília, um pré-anúncio do que viria depois, com essa última tentativa de golpe, até com planos de assassinatos. Como, felizmente, os golpistas atuais são uns tanto lesos, nada deu certo e o plano foi desvendado, porém, seus mandantes, até a presente data, continuam impunes e aprontando das suas a todo instante. A data de hoje é mais um capítulo triste de nossa história. Lamentável em todos os sentidos, como aquilo tudo foi construído, como pudemos permitir que aquele povo golpista permanecesse tanto tempo diante dos quartéis e planejando acabar com tudo, esperando só o momento certo. 
Felizmente não veio, pela burrice e inconsistência do que queriam. Até quem era contra o novo Governo de Lula, alguns setores militares, sentindo a patuscada onde iriam se meter, sem apoio dos EUA, pularam fora, o que não quer dizer que não sejam golpistas.

O Brasil ainda pulsa dentro desta tal de democracia muito pela ação deste presidente, criticado por muitos de nós, mas que, venhamos e convenhamos, não fosse ele e o que vem fazendo para aturar e construir algo novo, diante de todas as circunstâncias, no mínimo estaríamos enfurnados num desgoverno igual ou até muito pior do vivenciado hoje pela Argentina. Lula é sim um salvador da Pátria. O sapo barbudo nos salvou e estamos diante de um dilema, ele aos 79 anos, faz o que pode, pois sempre deixou bem claro, não atua dentro de uma esquerda como prescrita nos manuais que tanto lemos ao longo da vida. Ele atua por sua intuição, a de defender, como oriundo da classe trabalhadora, agindo pela sua concepção de que, sem a participação popular, nada ocorrerá de salutar. Enxergo isto nele e por causa disto, sempre estarei ao seu lado. Cabeçadas, tropeços, desvios, demora em agir, tudo isso ocorre e sei que, ele quer fazer muito mais, mas não tem respaldo e para governar essa maluquice que é o Brasil hoje, precisa muito jogo de cintura. O velhinho segue altaneiro e esgrimando bem contra esse furação e monte de dragões da maldade que nos rodeiam.

Sim, estarmos todos vivos e podendo escrever e falar sobre estes últimos tempos, podem crer, já é um baita avanço. Tem uma parte considerável deste País que odeia qualquer pessoa que se mostre com ideal de esquerda ou lute por direitos sociais e do trabalhador. Fizeram o povão defender o modo rentista de ganhar dinheiro e também quem defenda o fim das leis trabalhistas. Só mudaremos isso com muito trabalho, principalmente no âmbito educacional, reeducando tudo e todos. Já vimos que, não será somente dando moradia, remédios, SUS decente, bolsas de todos os modos, sem uma educação básica, nada ocorrerá, pois existe o jogo contrário, hoje feito através das redes sociais e nele, uma demonstração de que, a mentira pode vencer quando bem trabalhada.
Eu comemoro hoje em alto e bom som, pois ganhamos tempo. Vamos ter mais dois anos de governo com Lula e depois, se nada fizermos, um verdadeiro deus no acuda. Talvez consigamos ou talvez, somente estamos adiamos a chegada deles, o que nos matarão e nos impedirão de escrever e se manifestar. A luta é feia, árdua, contínua e cheia de percalços. Sem tréguas e esmorecimento. Desunidos, vamos todos pra vala comum. Mas, também, como se aliar e lutar junto com quem faz acordos com a parte contrária. São tantas coisas e em tão poucas linhas não consigo expressar tudo o que sinto. O fato é que, ando apreensivo, louco para agir, fazer algo realmente propositivo, mas ainda não encontrei o caminho de fazê-lo de fato, em algo realmente com cara de transformação absoluta. Continuo à procura e pronto para dar o meu quinhão. Desistir jamais!

A fala do presidente Lula no dia de hoje: https://web.facebook.com/.../pcb.../648172740884737
Na fala, ele enfatizando, "hoje, ainda estamos aqui, ditadura nunca mais, democracia sempre":
https://web.facebook.com/.../pcb.../527783736979100

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

ALGO DA INTERNET (221)


ME SEGURA, SENÃO EU GRITO - QUATRO VOZES BATENDO NA MESMA TECLA
1.) DINHEIRO CHAMA DINHEIRO, DIZIAM TEMPOS ATRÁS, MAS JUNTO, VEM TAMBÉM A FORMA COMPLICADA COMO ELE É CONQUISTADO
"Boa noite, Sr. Henrique!
Tudo bem com o Sr?!
Perdoa-me a abordagem, a essa hora, mas, como acabei de ler o texto que o Sr compartilhou, a respeito do clã Rosim e da dobradinha com o Mandaliti em voos mai$ alto$$$$$, achei que, mais uma vez pudesse fazer um comentário (talvez o Sr. até saiba melhor do que eu!) triste...
O Rodrigo Mandaliti é proprietário de uma grande quantidade de terras na região das Águas Virtuosas e tem interesse em lotear a área, até o Rio Batalha, inclusive! (como acontece na nossa vizinha, Piratininga!)
Uma pessoa bem próxima da minha familia relatou informalmente que na época da campanha o próprio Mandaliti pedia votos para Suelen e Losilla, garantindo que com esses dois, a região receberia várias melhorias que valorizariam aquela região e que inclusive que seria aprovada a permissão para lotear até o Rio Batalha...
Agora, faz muito sentido esse financiamento da campanha dela e a aproximação com a família!
Talvez seja só um desabafo bobo, mas alguém precisa parar essa mulher e logo! Senão o "antes não tinha e agora tem" vai virar o "antes tinha, agora não tem mais" vai sobrar para o nosso guerreiro Rio Batalha, tão abandonado há anos!
Não me manifesto, por causa de todas as perseguições dentro do poder público e, como preciso trabalhar, me revolto internamente para poder preservar o meu emprego!
Talvez o Sr. que tem mais habilidade com as palavras, consiga traduzir meu desabafo/revolta de uma maneira que alcance mais gente e que alguma providência seja tomada...logo!", denúncia recebida.

2.) INAUGURADO POR SUÉLLEN HÁ UM ANO, NÃO FUNCIONA ATÉ HOJE
Daí, quanto tempo vocês acham vai demorar pra terminar obra do Calçadão e a do chafariz novo na praça Rui Barbosa? A grama está linda com essa chuvarada e, pelo visto, vai virar a obra definitiva. Bauru sendo ludibriada e os vereadores no esquema 17 x 4.
"BAURU E SUAS RARAS PARTICULARIDADES, INAUGURADO RESTAURANTE NO ZOOLÓGICO EM 07/03//24, COM DIREITO A PLACA/ FAIXA, FESTA COM QUITUTES...MAAAAS, ADIVINHA ?
ATÉ ONTEM NÃO FUNCIONOU KKKK, E NÃO É PEGADINHA, É O QUE COSTUMAM FALAR DE "ENGANA TROUXAS", FAÇAM O "S", VEM AÍ 0S 4 BILHÕES PARA PAGAR EM 30 ANOS, CLARO, COM GENEROSOS ADITIVOS SEMESTRAIS DE 25% 1 BILHÃO...ISSO QUE É BONDADE DA BOA.
FELIZ ANO NOVO BAURU, ENFIARAM NOSSA CIDADE NO .. !!!", 
Rafael Santana de Lima.

3.) REFLEXÃO DO PROF. XAIDES E O PAPEL DO CLÃ ROSIN EM BAURU
Bauru não pode ser fundo de quintal de nenhum grupo familiar.
Num país de história de famílias de coronéis, que dominaram, e ainda dominam, em grande parte a política de muitos Municípios, Estados e até o Governo Federal, como os Sarneis, Barbalhos, Renans, Bolsonaros, etc, é compreensivo que seja inspirador para outros "clâs", ávidos pelo poder político, que tente dominar os espaços enfraquecidos de políticas democráticas e distributiva de benefícios. Mas inadmissível que a sociedade aceite de bom grado.
Isso está ocorrendo hoje em Bauru SP, onde uma família, a dos "Rosins", aliada da extrema direita bolsonarista, que chegou de fora, ascendeu ao poder no vácuo da fraqueza de projetos de gestões de sucessivos governos em tese de centro, dois ambientalistas. Governos aqueles que não democratizaram como podiam os espaços possíveis de distribuição dos benefícios da cidade, e geraram enormes frustrações sociais, econômicas e ambientais ( vide a falta do tratamento de esgotos) e assim, abriram espaço para a ocupação de um grupo de direita radical, privatista, contra os servidores, parceira do mercado especulativo urbano, demagógica com projetos de migalhas para a periferia tão carente.
Essa ascenção, foi possível também por uma maioria de vereadores, que com raras exceçôes no tempo, tem alimentado este modelo, pendurados que ficam em trocas de favores de "tapa buracos" do executivo em suas bases eleitorais, mas que não levantaram as vozes por uma transformação profunda no modelo de segregação imposta pela dominação aliada ao mercado imobiliário especulativo. Não legislaram a favor de interesses da maioria sociedade. Ficaram presos em manter interesses de grupos de poder.
Tema central, como a falta de debates e portanto, o atraso da discussão do planejamento urbano e regulamentação democrática do Estatuto da Cidade, não encontraram aliados, nem na direita especulativa e oportunista, o que já se esperava, nem no campo de uma esquerda hoje mais panfletária que propositiva, que perdeu oportunidades nos espaços ocupados de poder que tiveram em.governos anteriores para fazer este debate, seja na habitação, no planejamento urbano, e inclusive na hegemonia da discussão e domínio da política de "assistencialismo", este agora que acaba de ser empossado pela matriarca do clâ "Rosin", alicerçado pelas atuações solidárias das igrejas. O que afinal ajuda a perpetuar um modelo apenas mantedor da desigualde e não da transformação
Nessa esteira de troca de domínios políticos em Bauru, de grupos locais de poder de centro direita, de influência familiar inclusive, que dominaram a cidade nas ultimas décadas, o clâ Rosin, inicialmente exógeno, que criou tentáculos e suporte na vereança, o que transparece de forma cabal é o continuísmo e o atraso de uma discussão e ações, no campo da governança democrática e participativa e na necessidade de formas de distribuição dos benefícios da cidade.
Nesses quesitos é corresponsável para esse domínio e excessos de poder, a fraqueza de atuação dos órgãos de controle como do ministério público, especialmente falo aqui, especialista que sou, do urbanismo e da habitação, mas não só, que no geral não agem "de ofício", e parecem proteger estas formas de dominação e atuação política, mesmo tendo um texto constitucional que tem grandes avanços, como no caso do Estatuto da Cidade, relegado ao esquecimento e só lembrado quando os cidadãos o buscam para se defenderem de excessos explícitos.
Para o caso de nomeações de parentes para administração pública, como da matriarca do Clâ Rosin, para a Secretaria de Assistência Social, na minha opinião, o nepotismo deve ser observado também, pela existência explícita de que a cidade possui inegavelmente pessoas mais capacitadas para esta área na governança de políticas públicas efetivas e não apenas no assistencialismo demagógico.
Prof. Xaides é Urbanista, e Dr. Em Planejamento Urbano e atual presidente do PDT de Bauru.

4.) VIROSE LITORAL PAULISTA TEM TUDO A VER COM PRIVATIZAÇÃO SABESP, PORTANTO, DIGITAIS DO TARCÍSIO
"Privatização da SABESP apresenta os primeiros resultados.
Surto de virose no litoral Paulista, começando pelo Guarujá, não é resultado do acaso e sim da política privatiza do governador Tarcísio de Freitas.
Sabesp privatizada a preço de merda (para fazer justiça ao que ela está entregando aos banhistas), desde o primeiro dia de nova direção, tem adotado as seguintes medidas:
a) Corte de funcionários (apenas com demissão voluntária estão prevendo corte de mil funcionários especializados);
b) Diminuição de equipes em periodo de plantão;
c) Aprofundamento da Terceirização (no mesmo modelo da ENEL) com pessoal desqualificado e altíssima rotatividade;
d) desestimulo funcional;
e) Corte de investimentos em manutenção.
Assim, elevam os lucros e dividendos e entregam virose para sociedade.
O mais incrível é que boa parte dessas pessoas ora prejudicadas votaram no governador das milícias.
Enfim, agora são milhares de paulistas sofrendo com a diarreia, na melhor das hipóteses, havendo muitas internações e até mortes, além do prejuízo para o comércio.
Na foto, mancha de esgoto em plena praia cercada por banhistas, mas parece que tem gente que acha que divertir-se ao lado do esgoto é coisa boa, tanto que votam em políticos saídos do esgoto, como é o caso do governador de São Paulo e comparsas",
CÉLIO TURINO.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

UM LUGAR POR AÍ (199)


A HISTÓRIA DA VIRADA DE MESA, LOGO NA PARTIDA, OCORRIDA EM AGUDOS – OCTAVIANI’s PERDEM TAMBÉM MAIORIA NA CÂMARA DE VEREADORES
Tem histórias que precisam ficar registradas com maior número de detalhes possível, até para que a percepção do que de fato ocorreu fique mais transparente. Em Agudos, não é de hoje que a coisa é um tanto complicada politicamente. Até este HPA, um dia já foi processado pela família Octaviani, tendo ganho a ação. A dinastia da família prosseguiu e algum tempo depois, perderam eleição para prefeito, quando Altair Francisco da Silva governou a cidade (2017/2020), porém, processado, teve seu mandato cassado por ter contratado uma consultoria sem licitação. Isso sempre existiu e sempre existirá na política, o fato de quem não possui maioria, ser perseguido e quiçá, por um deslize qualquer, mesmo mínimo, lhe tiram do ar. Depois do Altair, a família Octaviani voltou ao poder. Áureo sempre como vereador e como Carlão, teve os direitos políticos cassados, sobrinhos foram eleitos.

E assim a vida correu em Agudos, com essa família atuando de forma a comandar os destinos da cidade. Não contavam com a chegada de alguém oriundo de Bauru, Rafael Lima Fernandes, demissionário como Chefe de Gabinete de Suéllen Rosin em Bauru, tudo para concorrer ao cargo de prefeito nesta última eleição e assim, ampliar o leque e os braços do poder de outro grupo conservador. Na verdade, ambos são conservadores, ligação umbilical com o segmento neopentecostal, porém, grupos distintos, famílias Octaviani e Rosin. Briga com disputa acirrada e por fim, o Octaviani da vez perde e Rafael ganha.

Algo incomodava os Octaviani desde o princípio, pois sabiam não estar tratando com alguém de formação simples como o Altair. Com Rafael tudo seria que ser feito de forma diferente. Do dia da eleição até o da posse, ocorrida em 01/01/2025, muita água rolou por debaixo dessa ponte. Dos 13 vereadores eleitos, a disputa para composição da Chapa 1, representando a agora oposição, encabeçada pelo grupo dos Octaviani’s e a Chapa 2, pela situação, na defesa do prefeito eleito.

Paralelo a isso tem a história de vida de um servidor de reconhecida competência, trabalhador de serviço pesado e pela popularidade adquirida, os Octaviani’s investiram nele, Lango Moreno. Conseguiu com apoio destes ser eleito vereador pelo MDB e para composição da Mesa da Câmara, era o candidato a vice-presidente da Chapa 1. Nos bastidores foi-lhe oferecido pelo prefeito eleito, Rafael, que votando na chapa 2, lhe seria dado uma Secretaria Municipal, provavelmente a de Obras. Lango balançou, procurou um dos Octaviani’s para se consultar e intenso trabalho foi feito para dissuadi-lo da ideia. Chegou o dia da posse, Rafael como prefeito e logo depois a eleição da Mesa Câmara. Tudo trancorrida normalmente até chegar a vez dele votar. Pois não é que, Lango anuncia que “pela democracia” estava votando na Chapa 2.

O bafafá estava armado. Foi difícil conter os ânimos, porém, a votação estava sacramentada, 7 x 6 para a Chapa 2. Ou seja, a maioria que a oposição supostamente contava estava desmontada. O grupo dos Octaviani’s perdeu o primeiro páreo e a partir daí, muitas outras histórias. Ameaças ocorreram descaradamente contra Lango, mas ele se manteve firme. Não assumiu a Obras, mas está no staff como secretário do novo Governo, pasta de Serviços Urbanos e Mobilidade. Nome bonito, ele fora da Câmara, pois um ex-colega, Xixo Danelon PL, até já havia feito ameaça em alto e bom som: “Você não vai ter vida fácil aqui comigo na Câmara”. Pelo que se sabe, quem assume no lugar de Xixo é favorável a Rafael, ou seja, o placar de 7 x 6 deve prosseguir ou até aumentar, pois segundo se ouve, continua intensa a movimentação nos bastidores das negociações de início de mandato.

Quem assumiu a Obras em Agudos foi o arquiteto Leandro Joaquim, que até então, atuou em várias secretárias e até na presidência do DAE em Bauru, administração da muito amiga de Rafael, Suéllen Rosin. Algo nítido, a consolidação de um forte grupo, ampliando sua participação regional e, por outro lado, se bobear, o enfraquecimento de outro grupo, o da família Octaviani. Nada impede que, até venham a se unir logo mais, mas deu para perceber o quanto Rafael chega chegando, bem diferente de como atuou o ex-prefeito Altair, que também não foi esquecido e está desde agora com cargo na Secretária de Saúde, sua especialidade.

A presidência da Câmara estará a cargo de Joster Melo, do Republicanos e como se sabe, a família Rosin, possui grande influência nos bastidores de mando deste partido, daí, algo facilitado para Rafael e sendo dificultado para a oposição. O quadro é este. De tudo, a única certeza existente na política é a de que, tudo pode acontecer, assim de uma hora para outra e o que até então estava consolidado, pode ruir como um castelo de cartas, num vapt-vupt. Nem o empenhado, combinado, praticamente sacramentado, com a pessoa fazendo parte da composição de uma chapa, o voto contrário pode ocorrer, tudo dependendo da hábil movimentação de bastidores. Foi o que ocorreu.

Neste jogo de xadrez não existe mocinho e bandido. Todos se conhecem muito bem e atuam no mesmo lado político. Em todos os nomes citados, nenhum de esquerda, todos do quadrante de Direita e dos desentendimentos existentes, algo também normal, o fato de que, quando a disputa é por poder e ambos não se acertam, não ocorre um acordo de cavalheiros, um vai ser alijado. E foi. Rafael começa vitorioso, mas sabe, não pode cantar de galo, como se o campeonato já estivesse no papo. Lembremos do Botafogo do ano passado, quando chegou a ter mais de 20 pontos na frente do segundo lugar e perdeu o campeonato. Isso, para mim é briga, não de cachorro grande, mas de algo muito triste sendo consolidado de forma fragorosa por todo o interior paulista, o da chegada de grupos de direita, quiçá de ultradireita ao poder. Sem organização consistente, o povo assiste, não de camarote, mas de mãos praticamente atadas. O fato é que, se o circo pegou fogo logo no dia da estreia, imagina o que virá pela frente.

Vejam essas duas matérias feitas por duas emissoras de TV, a Record e a Tem no dia da confusão:

1.) TV Record, Alexandre Colim sobre o entrevero quando da eleição da presidência da Câmara: https://www.youtube.com/watch?v=dGTQzp3-3VQ 

2.) TV Tem Globo, matéria bem detalhada, texto e imagem: https://g1.globo.com/.../votacao-da-mesa-diretora-e...

OBS final: E a pergunta que não quer calar e não sei a resposta. Existe hoje dentre os 13 vereadores eleitos, alguém que pode ser considerado esquerda e pensa diferente dos dois grupos em disputa pelo poder? Ao menos um.

domingo, 5 de janeiro de 2025

FRASE DE LIVRO LIDO (211)


NO PRIMEIRO LIVRO LIDO NO MÊS A INDIGNAÇÃO DE COMO A POLÍTICA É PRATICADA, INCLUSIVE AQUI EM BAURU
Clique em cima e foto se amplia.
Este livro, deixado para mim ler pela minha irmã antes dela vijar, me cai como uma luva para os últimos acontecimentos do meio político. Quando vejo o ministro Flávio Dino investindo sózinho contra o poderoso presidente da Câmara dos Deputados, praticamente fazendo ele o serviço que o Governo federal deveria, mas não consegue fazer, que é barrar de uma vez por todas com a barbaridade das Emendas Parlamentares sem lastro, as frases aqui colhidas parece terem sido escritas exclusivamente para este tema. Depois, me volto para Bauru, primeiro num nepotismo, algo sempre inexplicável, repugnante, mesmo tendo lastro em decisões anteriores do STF e depois, numa Câmara de vereadores, os tais 17 x 4, que nada farão para fiscalizar nenhum ato da atual administração, pois tudo está devidamente dominado. Um favorecimento numa licitação, gente próxima da administração ganha, o valor é majorado e até agora, nada de movimentação exigindo anulação do contrato. Depois, as secretarias com maior orçamento nas mãos de duas pessoas de fora, algo onde as coincidências ocorrem da forma mais sem sentido. Este o jeito de fazer política repudiado pro RUBEM ALVES, que o faz sentir nojo da política e diz muito do seu desânimo, que também é o meu. Lendo, frase por frase, sinto o mesmo que ele e sei que, para revreter tudo isso, só mesmo vindo tudo abaixo. Não existe medida paliativa. Sem dar fim a isto tudo, nunca reverteremos definivamente este modo nefasto de fazer política. A revolta que muitos sentem precisa ser convertida em ações concretas, de conscientização e organização. Do contrário, cada vez mais tomaremos no toba.

A GENTE TENTA, MAS TEM AS FORÇAS CONTRÁRIAS...
A gente tenta realizar tanta coisa e em cada uma delas, os obstáculos são grandes, mas nem por causa disso desistimos. Dias atrás uma amiga me postou essa foto minha, eu lá dando entrevista pra TV Prevê, junto da Rose Barrenha, falando sobre a continuidade do projeto literário, do caixote colocado lá no terminal rodoviário e dos livros sendo distribuídos para quem por lá pegue um ônibus. Estamos e continuamos empolgados, mas sabíamos, adversidades viriam e nada como enfrentar o danado do problema de frente, pelejando para dribrá-lo ou transpor os tais dos obstáculos. Pois bem, a cada postagem, tem aparecido mais gente querendo doar livros. Ontem mesmo fui buscar duas caixas com a Marcelle, que tem um lindo projeto, o Livros do Bem, revendendo os que ganha, tudo em prol da causa animal. Hoje pela manhã, o Carioca, lá da banca de livros da Feira do Rolo, me doou outra caixa cheia de livros. Dois sebos estão agendados, só passar buscar. Muitas pessoas, querendo doar e tudo sendo combinado.

Isso o lado bom, agora vem um probleminha de percurso, que tem que ser informado, até para a gente ver coletivamente como poderemos solucionar ele, sem gerar um problema maior. O terminal rodoviário, como se sabe, hoje tem um público permanente vivendo no seu entorno, constituído de moradores em situação de rua e junto destes, uns mais problematizados socialmente, os ditos e vistos como "nóias". Não gosto do termo e nem sei como poderia melhor denominá-los, mas é destes que quero descrever algo. 
Os livros estão sendo colocados lá regularmente e desaparecem logo a seguir num passe de mágica. Passei por lá ontem e hoje, pouco antes do almoço. Para fazer um teste, até sem a Rose saber, deixei alguns livros e voltei a seguir, umas duas horas depois e tudo vazio. Hoje o mesmo. Conversei com muita gente por lá e da boca destes, a mesma versão dos fatos: foram os "nóias". Estes, segundo ouço, pegam não para ler, mas para fazer um dinheiro e assim tocarem suas vidas. Não sei como abordá-los a contento, sem gerar um problema maior. Não quero e não iremos, nem eu, nem a Rose promover uma devassa destes, pois não é esse o intuíto. Não é propiciando algo para uns e criando um problema novo com outros. Penso em tentar algo pelo diálogo, mas não creio ser adequado fazê-lo sem orientação. O pessoal que compra livros na cidade estão avisados, que vindo das mãos destes, receberão orientação para devolvê-los de onde foram retirados.

O projeto tem que continuar, insistindo a gente vai vergando estes, conversando, confabulando, entendendo, ouvindo o que eles tem para nos contar, sugerindo outras opções para eles levantarem a tal da graninha, mas posto aqui este texto, mais buscando um pouco de luz. Para tudo existe uma solução e a buscada por mim e pela Rose não passa por nenhum tipo de violência. Enfim, distribuir livros é algo tão edificante que, teremos que ir driblando essas e outras adversidades. Gostaríamos de ouvir opiniões para nos orientar nos próximos passos. Vamos conversar a respeito?

GENTE, TEM REUNIÃO DO TOMATE NA TERÇA, 19H - HORA DE COLOCAR O BLOCO NA RUA
Esperamos a eleição passar e com a consolidação da desgraceira se abatendo sobre Bauru, eis que o bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é MiXto está de volta e reunindo forças para esgrimar contra as deventuras desta terra totalmente Sem Limites. Como já é do conhecimento de tudo, todas e todos, assunto não falta para engrossar o caldo dos que protestam contra tudo o que de mal foi se ocorrendo em Bauru duante 2024. Pois bem, na próxima terça, dia 07/01, às 19h, em lugar ainda sendo decidido, estaremos nos reunindo para juntops decidirmos os próximos passos. Quem é tomateiro já está convocado. Vamos confabulando por aqui e assim que tivermos o local fechado, lacrado e sacramentado, será devidamente informado. Atrasados, mas como gostamos de repetir: "A gente faz festa, mas tá puto da vida". Vamos?

MILLÔR, INCORRIGÍVEL FRASISTA
“Se você acha que está maluco é porque não está. Mas, se você acha que todo mundo está maluco, então está.”

Millôr Fernandes (1923-2012) foi um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Conquistou notoriedade por suas colunas de humor gráfico em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do Brasil.
“Natação e Automobilismo: Tenho absoluta incapacidade de admirar um homem apenas porque ele é melhor do que o outro um centésimo de segundo.”
“O pior não é morrer. Pior é não poder espantar as moscas.”
“Inúmeros artistas contemporâneos não são artistas e, olhando bem, nem são contemporâneos.”
“A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.”
“Gastronomia é comer admirando as estrelas.”
“As pessoas que falam demais, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.”
“Com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado.”
“Viva o Brasil onde o ano inteiro é primeiro de abril.”
“Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.”
“Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem”
“Dizem que quando o Criador criou o homem, os animais todos em volta não caíram na gargalhada apenas por uma questão de respeito.”
“Na poça da rua o vira-lata lambe a lua”
“Certas coisas só são amargas se a gente as engole.”
“Criança é esse ser infeliz que os pais põem para dormir quando ainda está cheio de animação e arrancam da cama quando ainda está estremunhado de sono. “
“Esnobar é exigir café fervendo e deixar esfriar.”
“Olha, entre um pingo e outro a chuva não molha.”
“Chato...Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.”
“A ocasião em que a inteligência do homem mais cresce, sua bondade alcança limites insuspeitados e seu carácter uma pureza inimaginável é nas primeiras 24 horas depois da sua morte.”
“É porque ninguém gosta de trabalhar que o mundo progride.”

O QUE SE FAZ NUM DOMINGO SEM JOGO DE FUTEBOL NA TV? SENTO E LEIO UM LIVRO
Foi no estilo vapt-vupt, comecei cedo, antes de descer pra feira, interrompi para bater perna, depois almoçar. Quando retomei, fui até o fim. Uma aventura com algo mais de um dos pioneiros do correio-aéreo mundial. Fiquei imaginando o que se passava com estes ousados pilotos em épocas, onde a segurança era pouca e a ousadia imensa, tanto que, acabou desaparecendo numa dessas viagens.

QUEM É A TV GLOBO E QUEM FAZ A DEFESA DE JORNALISTAS, QUANDO CRIMINALMENTE ATACADOS

sábado, 4 de janeiro de 2025

CENA BAURUENSE (260)


QUE TAL PEGAR LEVE HOJE? SÓ HOJE E REMEMORANDO AS "CENAS BAURUENSES"
01. Publiquei em 01/12/2024: 
Até tempos atrás, os muros da antiga USC, hoje Unisagrado, a "universidade das Irmãs", davam prum desfiladeiro, cujo fim era a rodovia Marechal Rondon, hoje, num trecho muito bem utilizado, as encostas foram transformadas numa vicinal para quem não precisa adentrar o fluxo da rodovia e saindo da avenida Duque de Caxias, chega passando por ela nas Nações Unidas, altura do inconcebível tótem da Havan. Encurtaram-se os caminhos, nuns quase - ou mais - 500 metros de muro.

02. Publiquei em 02/12/2024: Nos altos da rua Rubens Arruda, mais exatamente sua quadra 15, uma casa com portas praticamente dando pra rua, calçada com grama e flores, me faz voltar ao passado, quando muitas das residências - vejo muitas delas espalhadas pela região - eram simplesmente, belas, simples, modestas, sem a glamourização dada aos Altos da Cidade nos dias hoje.

03. Publiquei em 03/12/2024: A chuva caiu - e continua caindo - inclemente, vários dias e hoje, no meio do aguaceiro, praça Washington Luiz, junto da igreja Aparecida, ele caminhava calmamente pela calçada, indiferente e ao lado uma barraca, no meio do lodaçal. Passo com o carro, vidros todos bem fechados e ao lado de fora, a situação oposta.

04. Publiquei em 10/12/2024: Numa esquina lá nos altos da rua Rubens Arruda - bota altos nisso -, no que antes era considerado Altos da Cidade, um bar modesto conseguiu se manter aberto, enfrentando as intempéries do tempo, como a proporcionada pelo avanço do dito progresso, que substitui casas antigas, por modernosas, mudando todo o aspecto do lugar. Neste bar, point de encontro de velhos boêmios e saudosistas, muitos antigos moradores das cercanias, o tempo não passava e até música ao vivo proporcionava. Nada mudou no aspecto físico e hoje, ao ver suas portas abaixadas, nem sei se fechou, ficando a saudade, também pelas inscrições de outro tipo de ocupação urbana. Comi muita linguiça frita em tacho de óleo quente, cervejando por ali em tempos idos.

05. Publiquei em 12/12/2024: Num dos CEJAs - Centro de Ensino de Jovens e Adultos -, próximo da Hípica, no muro frontal a justa homenagem ao patrono da Educação brasileira, Paulo Freire.

06. Publiquei em 16/12/2024: Na sequência da avenida comendador José da Silva Martha, uma cancela, passagem de trens, hoje pouco utilizada e motivo de solicitação de sua retirada e assim, pistas sem interrupções, porém, estes que não entendem o que significa e significou os trens para a história de Bauru, deveriam ao menos se informar e ver que, estes chegaram muito antes de tudo o que se vê no entorno da foto e deve, num futuro não tão distante, voltar a ter a importância do passado, pois o trem um dia voltará a ser, inevitavelmente, o meio de transporte mais viável para todo tipo de locomoção térrea humana.

07. Publiquei em 17/12/2024: Eu gosto de bares e hoje reverencio um gravitando mais pra restaurante que pra botequim, mas um lugar muito aprazível dentro do universo de possibilidades para se ruar em Bauru. A foto é deles mesmos, divulgada pelo Bar da Rosa, linda pelo alcançado no enquadramento proposto e como fui por ela arrebatado, a passo adiante.

08. Publiquei em 18/12/2024: Este o portão dos fundos, rua detrás do estádio Alfredo de Castilho, vila Pacífico, casa do centenário Esporte Clube Noroeste e onde, íamos décadas atrás observar a chegada e saída dos ônibus com os times que jogariam contra nós. O grosso cadeado era aberto e por ali adentrava a delegação visitante, bem ao lado do alto muro, com sustentação reforçada por trilhos da linha férrea, onde muitos tentavam galgar para assistir as contendas sem pagar ingresso. Nem sei se hoje, as delegações ainda adentram por ali e se tudo continuará como dantes, mas ao passar por ali, passa sempre um filme em minha cabeça.

09. Publiquei em 21/12/2024: Na rua dos Abateiros, paralela ao Sambódromo, no Geisel, criativamente alguém disponibilizou sua coleção de CDs, fixando-os numa árvore na calçada, assim florescendo, com a devida pompa e brilho, uma com espírito natalino.

10. Publiquei em 22/12/2024: Diante desta bicicleta, utilizada até bem pouco tempo pelos funcionários dos Correios, os carteiros, para entregas de casa em casa, ali na Feira do Rolo, uma só certeza, a de como o Governo Federal é ruim em comunicação de seus feitos. Não sei, nem me informei se estava em exposição ou a venda, mas sei que, por decisão acertada, todas foram substituídas por elétricas, ou seja, os carteiros do Brasil inteiro estão agora, pedalando menos e entregando as correspondências de porta em porta e com muito menos esforço físico. Exemplares como essas aqui são, de agora em diante, coisas do passado. O Correios deu um passo adiante e todos precisam tomar conhecimento disto, ou seja, divulgar melhor seus feitos e conquistas.

11. Publiquei em 24/12/2024: A cena é chocante é com graus de perversidade, tudo às vésperas do Natal. Debaixo do viaduto das Nações, sob a avenida Duque de Caxias, existia um local, cercado, ocupado por certo tempo por entidades, depois por moradores em situação de rua. Por ali, ocorreu estranho assassinato e tudo é levado abaixo, com os quem dele se beneficiavam, colocados ainda mais à rua. E para onde foram? Atravessaram a avenida e agora, ainda debaixo do viaduto, sem a proteção do antigo gradil, ocupam espaço defronte a sede do Narcóticos Anônimos, beirando a rua, continuam sua saga de busca por um abrigo sob suas cabeças. A situação é imensamente mais constrangedora que a anterior, ou seja, tudo foi piorado após a intervenção do "pessoal" da Prefeitura Municipal e na noite do Natal, chamas eram vistas no local, numa preparação de provável ceia. Eis como, de algo ruim, tudo pode se transformar em algo ainda pior.

12. Publiquei em 27/12/2024: Cada um expressa os seus lampejos de Boas Festas, espalhados cidade afora, de formas variadas e múltiplas. Aqui uma delas, através do grafite na esquina da rua José Ranieri, quase esquina com a Duque de Caxias.

13. Publiquei em 31/12/2024: Thiago Artioli Azevedo descobre circulando pela cidade, nem bem passando o Natal, o fim trágico dado ao Papai Noel, numa firma de guindastes e máquinas pesadas. Foi-se o que era doce...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

ALFINETADA (249)


NA REFORMA SECRETARIADO DE SUÉLLEN, SUA MÃE NA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E PASMEM, DOIS DESCONHECIDOS NAS COM MAIOR ORÇAMENTO, EDUCAÇÃO E SAÚDE - SERIAM GENTE DO KASSAB?

Pela escolha da mamãe para dirigir as entidades sociais e assistenciais, tudo a reclamar e como mais nada de fiscalização passa pela Câmara dos Vereadores - por lá vigora o regime 17 x 4 -, creio eu, tarefa para o MP - Ministério Público barrar e solicitar algo dentro de uma postura sem favorecimentos pessoais. Simples assim. Justiça nela, nada mais. Nepotismo é algo inconcebível. Isso de possuir jurisprudência pode ser legal, mas respondam com sinceridade: é ético?

De todas nove alterações, algo a salientar, destacar e apontar o dedo. Leiam isso: "Câmara de Bauru aprova orçamento de R$ 2,3 bi para 2025, 26/11/2024. A Câmara de Bauru aprovou nesta segunda-feira (25) o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que institui para a Prefeitura Municipal um orçamento de R$ 2.365.352.165,00 ao exercício de 2025. (...) Acabou aprovado sem discussões. A Secretaria de Educação terá o maior orçamento entre as pastas, com R$ 450 milhões à disposição no ano que vem. Na sequência vem Saúde, com R$ 427 milhões. Ambas as pastas possuem orçamentos mínimos previstos na Constituição. No caso da Educação são 25% sobre a receita corrente líquida do orçamento; no da Saúde, 15% nos mesmos moldes".

Pois bem, estes dois primos ricos, SAÚDE e EDUCAÇÃO, hoje as JÓIAS DA COROA, ambos serão comandados desde agora, dia 03/01/2025 por duas pessoas de fora, chegando na cidade neste exato momento. Na Educação, WALTER VICIONI e na Saúde, MARCIO CIDADE GOMES. Nada deve gerar nenhum tipo de surpresa na Bauru administrada pela jornalista neopentecostal Suéllen Rosim. Até ontem, a Saúde foi comandada por uma pessoa indicada pelo sr Kassab, espécie de consultor político da alcaide. Agora, ainda nenhuma informação neste sentido. Seria, no mínimo de bom alvitre uma razoável e convincente explicação para estes dois nomes, algo dos motivos das escolhas e da rara coincidência, deles chegarem, ao mesmo tempo, exatamente para cuidar dos cofres recheados com mais recursos financeiros. Só isso, por enquanto.

MAIS ALGUÉM ESCREVE A RESPEITO:
Arte e texto de Fernando Redondo
Família Rosim e o Nepotismo à Brasileira: Uma Lei a Ser Esquecida
A política bauruense vive tempos de inovação familiar. A prefeita Suéllen Rosim (PSD), com sua habilidade de transformar desafios em oportunidades pessoais, está empenhada em criar um alinhamento político que atenda, principalmente, aqueles que trabalharam em sua campanha e os partidos e vereadores que não foram eleitos. Esse esforço de “acomodação estratégica” mira diretamente nas eleições de 2026, onde a família Rosim já lançou sua próxima protagonista: a pastora Lúcia Rosim, mãe da prefeita, que almeja uma cadeira no Legislativo estadual.

Mas o que realmente causa alvoroço é a possível indicação da pastora Lúcia Rosim à Secretaria de Assistência Social. Pela legislação municipal, essa nomeação seria ajustada como nepotismo. Contudo, com uma Câmara submissa ao Executivo, a lei tende a ser conscientemente esquecida. Basta uma maioria comprometida para que o projeto passe sem grandes dificuldades, mostrando que, em Bauru, a legalidade é maleável quando se trata de interesses políticos.

Na administração da prefeita Suéllen Rosim, a política parece ter encontrado uma nova função: servir como extensão dos laços familiares. A indicação da pastora Lúcia Rosim, mãe da prefeita, para a Secretaria de Assistência Social é um movimento que vai muito além das atribuições administrativas. Trata-se de uma estratégia política cuidadosamente planejada para transformar a figura da matriarca em um trampolim eleitoral para 2026, quando a família Rosim pretende ampliar sua presença no cenário político estadual.

Embora a justificativa oficial para a nomeação de Lúcia Rosim seja a sua suposta experiência e “vocação” para a função, a realidade é outra. A indicação é um gesto calculado para dar à mãe da prefeita visibilidade, influência e um papel ativo na administração pública, tudo isso enquanto se constrói sua imagem como uma política de liderança em ascensão. Em vez de apenas nomear um cargo técnico, Lúcia será posicionada como candidata natural ao Legislativo estadual, com o apoio irrestrito da máquina administrativa de Bauru.
Fernando Redondo - Bauru SP

CORONELATO EM CURSO

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

RETRATOS DE BAURU (298)


AINDA SOBRE A POSSE ONTEM DOS VEREADORES E ALCAIDE, DESCOBRI TUDO, FOI UM VELÓRIO, COM ENTERRO E TUDO
Não pode ser outra coisa. Deve ter sido de caso pensado, pois nada nesta vida ocorre assim por acaso. Chego na Câmara ontem e antes de fixar meu cartaz dando luz à denúncia do que teremos pela frente nos próximos quatro anos, o tal do 17 x 4, me deparo com algo lá em cima da mesa da direção da Casa. Tudo estava devidamente preparado e as flores ali postadas, diziam mais do que as palavras sendo repetidas ao leo pelos microfones da casa. Pela forma como foram dispostas, estavam todos velando um corpo ainda insepulto, deitado na horizontal e colocado num caixão, encoberto pelas flores, sob a mesa.

Explicações até poderão dar para essa antecipada preparação e depois, logo a seguir, consumação, pois o ocorrido foi de fato um VELÓRIO. Até pelo número excessivo de presentes, não existe outra alternativa. O que estavámos todos fazendo ali naquele fina ldo primeiro dia do ano era velar o que ainda restava de vida pública sadia dentro da Casa de Leis bauruense. Com as duas votações ocorrida e em ambas, sendo sacramentado 15 x 6 e 16 x 5, algo muito próximo do vaticinado por mim, o tal do 17 x 4. Sem tirar nem por, nestes próximos anos, com algo diferente dessa votação estando já decretado como impossível de se realizar, nada mais resta a fazer do que, sepultar o cadáver e tocar a vida. Muitos a farão como se nada estivesse a acontecer e ainda terão a audácia de levar e tentar debater projetos por lá, mas isso, como já se viu e se sabe, tudo infrutífero, pois o tal do ROLO COMPRESSOR está sacramentado e já passou por cima de toda e qualquer possibilidade de algo ocorrer de forma diferente do projetado, decidido, sacramentado e oficializado lá nas hostes do Palácio das Cerejeiras. Depois, entre eles, democraticamente (sic), elegeram quem irá dirigir a parte burocrática do cemitério nos próximos dois anos.

O enterro como se sabe, foi finalizado ontem mesmo, quase 21h30,quando as luzes foram todas apagadas e desta forma, creio eu, será puro regramento ordinário e pueril querer promover algum tipo de discussão salutar de projeto por lá, quando se sabe que, as decisões não ocorrerão desta forma e jeito. Nem deu tempo do cadáver cheirar mal e já foi devidamente insinerado. Participar de algo com tentativa de se alcançar resultados fora do script, mero fogo de cena e jogo de bola pra torcida. Como os torcedores não são bobos nem nada, a partida está definitivamente encerrada, a bola furada, o árbitro detido para verigações e o cadável já em seu jazigo. Não existe mais nada a ser feito por lá. Fala-se agora em reformar salas, ampliar espaços, enfim mais gente, porém, nada disso se faz necessário. Sugiro que fiquem todos em casa e tudo o mais, seja resolvido via virtual, evitando a perda de tempo.

O KYN JR CONTINUA SUA SAGA EM BUSCA DE UMA VAGA PARA MAIS UM TEMPO DE VIDA
Quem sou eu para querer julgar a atitude de alguém como meu amigo Kyn Jr, ainda mais depois de tantas provações pelas quais passou nos últimos tempos? Flor que se cheire, nem ele, nem eu, nem a maioria dos mortais. Cada qual com seus problemas e como se safa para ir resolvendo-os. O que vejo o Kyn fazendo hoje é tentar ganhar uma sobrevida, para continuar sendo o Kyn a ssim, prolongar a estadia neste mundo. Só quem sabe o que é subir e descer a pé do Santa Edwirges sentido cidade, ida e volta, conseguer imaginar e reconhecer algo nisto tudo. Euenxergo muito além. Ele passou por poucas e boas. Quado perdeu a filha, ela seu esteio, alicerce e travesseiro quando precisava dar um breque em tudo, ficar quietinho num canto. Perdeu isso e precisou ser forte, reagir e continuar botando o bloco na rua. Abrigou um amigo, deixado em seu portão, e já em condições precárias, abriu as protas a este e assim seguiram até conseguir um canto para ele no Lar Vicentino. Foram tempos de muita labuta e cada dia se transformou num roteiro destes indescritíveis, que muitos nem acreditam ser possíveis de serem vivenciados. Depois veio os tumores e as cirurgias, onde o vi em vários momentos saindo lá do Estadual e caminhando pela Nações, a pé, até sua casa. Isso foi um algo mais que o afetou e mexeu demais da conta com sua consistência física e psicológia. Teve mais, pois numa casa abrigando cachorros, que um dia foi de um parente, que se foi do país deixando-os aos seus cuidados. Na sequência, o filho acabou vindo morar com ele e juntos tocam até hoje o barco, cada qual lutando e muito para que o raiar de um novo dia consiga ser melhor do vivenciado hoje. Sua luta parece não ter fim. Ele emagreceu demais, se alimenta mal e por fim, foi assaltado em cima do viaduto da Treze de Maio, dias atrás, quando retornava pra casa, sempre a pé. Perdeu o contato que tinha com o resto do mundo. Conseguiu um outro celular, doado por amiga, mas ele não funciona e sua labuta continua. Eu não me canso de escrever dele, pois o acompanho há algumas décadas e mesmo quando erra feio, não tenho mais como chamar sua atenção, pois ele já suplantou o estágio da normalidade. Ele está vivendo nas nuvens e desta forma, qualquer tipo de cobrança nem mais é assimilado. O danado no último domingo, quando tirei sua foto, após amiga me ligar e perguntar por ele. Tirei para lhe enviar e ele, lindão, reagindo ao seu modo e jeito. Ele fala a todo instante em reagir, começar de novo, algo que pode fazer, uma chance, uma oportunidade, um bico ali, uma coisinha acolá e assim segue sua sina. Eu torço muito e sei que, ele ainda vai conseguir dar a volta por cima. Não tem como a gente querer esmorecer e deixá-lo sózinho neste momento. Eu não consigo. Agora mesmo, sem celular, ligo para o de seu filho, vou até lá em sua casa, procuro saber faço o que posso. Kinzão é de luta, aroiera, dessas que verga, mas não quebra. Quando me perguntam dele, como agora, muitas pessoas, escrevo isso, que nem sei se pode ser considerado uma resposta, mas é o que posso dizer. Ele continua pela aí, aprontando das suas, resistindo como consegue e lutando muito para continuar sendo o KYN JR. A cada reencontro ouço histórias que dariam mais que um filme. Comparo o que passa com as vivencidasa pelo escritor norte-americano Charles Bukowski e sei, se colocadas no papel, dariam um roteiro que muitos diriam ser de ficção, mas na verdade é de alguém enfrentando deus e o diabo, tudo ao mesmo tempo. Esse danado é mais forte do que se imagina.