sexta-feira, 20 de setembro de 2024


QUANDO DOIS DINOSSAUROS SE ENCONTRAM
Sempre me dei muito bem com este tipo de dinossauros. Não posso afirmar categoricamente estar essa espécie em extinção, pois vejo muitos iguais a ele ainda circulando pela aí e aprontando das suas. Estes aqui, militância comprovada de algumas décadas, estão nas ruas e lutas desde que me conheço por gente. Pode ver pra crer, fazer o teste São Tomé e com certeza a resposta será a mesma, gente de responsa, lutadores das causas sociais e com firme posicionamento de uma vida. São destes que, a partir do momento quando optaram por ingressar nessa atividade, a envolvê-los dos pés à cabeça, dela não mais sairão. Está escrito na fisionomia, está certificado em seus currículos, a opção pela defesa intransigente dos trabalhadores, onde estes estiverem.

Na tarde desta quinta, 19/09, sem que fosse preciso marcar, ambos se encontraram por acaso num local de panfletagem, defronte a unidade da Paschoalotto das Nações Unidas, ali ao lado de onde um dia foi a Embratel. E quando Claudio Lago, digno representante do PT e Paulinho Pereira, digno representante do PSTU, ambos a dignificar a esquerda bauruense e brasileira se encontraram, não ocorreu choque algum e só e tão somente uma confraternização no meio da rua. Pararam tudo por alguns instantes e trocaram figurinhas, ou seja, colocaram as conversas em dia.

Gente como estes dois são o que existe de mais valoroso hoje na continuidade da luta empreendida nas entrenhas deste país, pois são destes poucos que nunca mudaram de lado, não fazem acordo com a parte contrária e sempre estão em algo mais do digno, algo sempre sem decepção. Não existe manifestação nesta cidade, na defesa de algo onde seja necessário a presença, onde com alguém como eles, o ato se fortalece, pois bem, tenham todos a certeza, lá estarão, Lago e Paulinho. Poderia citar outros tantos, porém, o motivo dessa escrevinhação foi o reencontro na beirada de uma calçada, destes e o lugar não poderia ser outro, uma panfletagem política, na defesa do que sempre estiveram envolvidos. Gente assim, como estes dois são a cara da resistência política ideológica nesta cidade. E tenho dito. Orgulho incomensurável de ser amigo de ambos e não só acompanhá-los, mas seguir os mesmos passos.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (191)


TRÉGUA NA CAMPANHA

SERIA POSSÍVEL UM FILHO DESCONHECIDO DE CARLOS MARIGHELLA RESIDIR EM BAURU?
Essa história eu ouço não é de hoje. Não de um destes supostos filhos residir em Bauru, mas de existirem de fato. Lembro de uma remota conversa, travada com Antonio Pedroso Filho, muito antes dele falecer e era sobre isso. "Você sabe que por estar residindo em Bauru um suposto filho de Carlos Mrighella?", me perguntou. Conversamos a respeito e ele me disse, quando conheceu a pessoa, ficou atônito e sua reação foi ligar para o Carlos, filho legítimo do mais famoso guerrilheiro brasileiro, se não me engano residindo em Salvador BA e lhe questionou sobre um irmão. Lembro vagamente de sua resposta. Algo como, "dizem existir por aí vários filhos de meu pai, mas nenhum foi devidamente comprovado". Nunca mais falei com o Pedroso a respeito deste assunto.

Hoje, lá no comitê de campanha do Claudio Lago vereador, este estava conversando com um senhor e quando me vê adentrar o lugar, me chama, me apresenta e me diz: "Isso é contigo. Não sei mensurar a veracidade disso". Foi então que conversei longamente com Almir Sol de França, 66 anos e tomei conhecimento de sua história. Ele também não tem certeza de ser filho ou não de Marighella, mas acredita nisso. Diz ter nascido em São Paulo e ter tomado conhecimento pelos seus pais de criação dessa história. Tem remotas lembranças de sua infância paulistana e de três vezes ter sido procurado por militares da Aeronáutica, que lhe mostravam cadernos com fotos, pedindo para ver se conhecia alguns deles. Eram tempos duros, ditadura militar e depois disso, o tempo passou e ele acabou vindo morar em Bauru.

De Bauru, Almir Sol trabalhou por longo tempo como radialista em várias emissoras de rádio na cidade, duas delas, a Jovem Auri-Verde e depois, a 94 FM, quando lembra de jingles marcantes, criação de sua verve e conhecidos até hoje. Tem inúmeras boas recordações destes tempos, algo pelo qual sente saudade, pois hoje, longe dos microfones, tenta sobreviver fazendo vários bicos e recebendo uma salário do LOAS, um benefício sócioassistencial pago a pessoas idosas ou com alguma incapacidade. Sua vida mudou muito e isso, que traz consigo desde sua juventude e ainda, para ele, sem explicação, me diz, necessitar resolver de uma vez por todas, ou seja, é ou não filho de Carlos Marighella.

De seus contatos em Bauru, diz ter conversado por aqui com muita gente e três delas lhe deixaram mais do que esperanças. São elas, Antonio Pedroso Junior, Darcy Rodrigues e Milton Dotta. Infelizmente os três já faleceram e toda conversa já realizada não existe mais como ser resgatada. A única pairando no ar é essa minha com Pedroso e aqui já citada. Almir conta que quando esteve com Darcy, lhe contando querer descobrir isso do seu passado, chegou nele e começando uma conversação lhe disse: "Queria lhe dizer que, talvez eu possa ser filho de Marighella". Diz ele, Darcy ficou atônito e lhe respondeu: "Você me surpreende. Olhando para ti, vejo mais semelhanças em ti com o velho Marighella, do que o filho conhecido, o Carlos".

Tudo são histórias e hipóteses. Ele, Almir, vive uma situação atual onde não possui condições de viajar ou mesmo, de tentar iniciar uma pesquisa reveladora, onde possa se certificar ou não da veradcidade do que ouviu uma vida inteira, sem ter certeza de nada. Enfim, como ir ter com o provável irmão, o Carlinhos, sem recursos para tanto. Nem pesquisar pelo google ou outros meios possui disponibilidade ou mesmo, alguma habilidade. Ele me diz ter muita vontade de ir a fundo, pois o tempo atualmente passa muito rápido e o amanhã já pode ser tarde. Fico de lhe ajudar no que posso e isso faço neste momento, escrevendo tudo como tomei conhecimento no dia de hoje e tentando fazer com que o texto chegue em quem possa dar alguma contribuição mais decisiva, puxando algum fio desta meada. Almir diz querer fazer o tal teste de DNA, para saber se tudo é mera ficção ou pode se constituir numa realidade, essa com certeza, virando sua vida de pernas para o ar.

O relato e pela forma como me foi contada, chamou muito minha atenção. Confesso, como escrevi, já havia tomado conhecimento de algo e hoje, me vejo diante do motivo dos rumores. Daí, ser ou não verdade, isso precisa ser devidamente apurado, com muito cuidado. Pelo que senti, Almir não conta essa história por contar e não a inventou. Ele realmente acredita ser possível, daí a conta para alguns e busca ajuda. O tema me interessou de bate pronto, de imediato e tento filtrá-la com o devido cuidado. Torço para que a ajuda ou mesmo, surjam evidências ou sinalizações que possam levar a uma elucidação do que lhe acabrunha a vida. Pelo que senti, Almir sente um peso dentro de si, algo como uma interrogação em sua vida, essa sem resposta. Tudo merece investigação, até o fato de como seu sua criação, pais adotivos e de como se deu essa adoção e tudo o mais daí por diante. Ou seja, uma vida a ser escarafunchada, virada do avesso em busca de respostas. Está dado o pontapé inicial.

ALGUNS COMENTÁRIOS POSTERIORES AO MEU POST:
1.) "O Pedroso me disse alguma coisa sobre isso também. Uma forma rápida e barata de dar início a essa investigação seria a de ambos, Almir e Carlinhos, fazerem um desses testes de DNA de ancestralidade, que podem apontar o parentesco", jornalista Antonio Lázaro de Almeida Prado Junior.

2.) "Nossa, tem semelhança. O irmão se chama Carlos Augusto Marighella. Entrar em contato com vereadora por Salvador Maria Marighella , neta do Marighella . Acho que assumiu a presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte)", advogada Maria Cristina Zanin Sant'Anna. 

3.) "Tem a neta do Mariguella que mora e trabalha em Brasília Maria mariguella talvez seja uma fonte para começar está pesquisa", militante da esquerda pederneirense Maurício dos Passos.

4.) "O Chinelo me falou isso também. Vou por essa história no Insta do Wagner Moura. Tem que fazer isso enquanto esse senhor vive", escritora marginal Amanda Helena.

5.) "Conheci o Almir Sol de França no Bom Prato de Bauru, uns 10 anos atrás. Ele me contou a mesma história. Lembro de ter tentado pesquisar alguma coisa a respeito, mas sem chegar a nenhuma conclusão", jornalista Jornal Dois, Lucas Mendes.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

COMENDO PELAS BEIRADAS (151)


PORQUE A INSISTÊNCIA EM FAZER POLÍTICA
Escolhi lutar. Não o faço sózinho, isolado, mas em grupo. Meu grupo, o que participo, está situado dentro do PT, o partido onde milito, tenho os,amigos (as) mais próximos e vejo neles, estampado na face de cada um deles, a busca pela mudança social. Não somos quietos, calados, contidos. Fazemos e acontecemos no Núcleo de Base DNA Petista. Nossas decisões não são individuais. Nada petsonalista. Quando decidimos em colocar o nome de Claudio Lago como nosso indicado para nos representar e fizemos a defesa dele como o melhor para a necessidade de candidatura própria, tudo passou pelo crivo de todos. O PT encampou a tese, depois desviada deste rumo pelo golpe, também traição impetrada em nome da tal Federação. Lutamos , divergimos do autoritarismo, pois bem nítido a trama urdida por poucos. Perdemos de cabeça erguida e cientes de que, empreendemos o bom combate. Este bom combate move a mim e todos do DNA, também boa parte do partido onde milito. Nossas causas são explícitas, não fazemos acordo com a parte contrária. Isso não é ser turrão e sim, ter princípios e deles não se afastar. Milito desta forma e jeito. Repudio veementemente a ultradireita, consequentemente o bolsonarismo, pérfidos em tudo que fazem. Buscamos o óbvio ululante, a justiça social, eliminação das injustiças e um outro mundo possível. Estou na lida e luta, envolvido nessa luta, dela não saio e isso tudo me move.

NÃO TENHO MEDO DE DRAMATIZAR O QUE ACONTECE COMIGO
Sou um privilegiado, pois sobrevivo bem neste mundo. E se assim consigo fazê-lo, deveria, assim o entendimento como muitos observam a situação dos que não penam desmedidamente com agruras diárias para sua sobrevivência, se calar e fingir que nada acontece. Um boçal me abordou dias atrás para falar algumas palavrinhas pra mim, exatamente sobre isso. "Por que fica perdendo tempo com isso tudo, quando poderia flanar e ficar divagando, aproveitando a vida? Não fique se expondo tanto, pois não vai resolver os problemas deste mundo. Deixe a coisa rolar, pois sempre foi assim e sempre assim será", me disse, mais ou menos com essas palavras. Então, a coisa deve ser assim, se tenho algum, devo me mudar de mala e cuia para o outro lado, me calar e não defender os mais necessitados. Nunca faria isso. Eu não tenho uma situação assim tão privilegiada, só vivencio um momento, bocadinho melhor do que a maioria dos que labutam neste país. E minha luta, a de uma vida inteira foi e sempre será para, não só a ampliação, mas para que tudo, todas e todos tenham sua situação mudada, que não diminua, mas se estabeleça como regra e norma, uma distribuição justa e equitativa de riqueza, onde não mais a injustiça predomine. Se isso tem o nome de comunismo, socialismo, igualdade social ou qualquer outro nome, é onde estarei envolvido, lutando com todas minhas armas, principalmente a da escrita. E se posso continuar esgrimando ao meu modo e jeito, pelo jeito, incomodo alguns, pois do contrário não viriam a mim se dirigir, me pedindo para se calar e escrever de assuntos outros. Eu tenho um lado e onde estiver, sempre assim me mostrarei, na defesa do que acredito ser o correto, o justo. Fui assim criado e como tudo está aí, vergonhasamente predominando, tenho ainda muito o que lutar e me posicionar.


ESCRITOS APÓS VER E REVER A MESMA SITUAÇÃO SE REPETINDO DIANTE DE MEUS OLHOS
Circulando pela feira dominicial, semanas atrás, algo não me sai da memória. Um senhor em andrajos, circulava pela feira, subia e descia, tentando vender algo seu, oferecendo para tudo e todos. Na expressão nítida ali naquelas idas e vindas, algo bem nítido, o de alguém sair pras ruas e tentar vender tudo o que tem e exatamente por um único motivo, o de continuar sobrevivendo. Não sei se conseguiu seu intento, pois o perdi de vista. Sei que, mesmo que o tenha feito, no dia seguinte, o mesmo talvez não se repita, pois existirá a repetição de ter que ter algum para sobreviver e talvez não tenha mais o que vender e assim conseguir algum. Não existe cena mais degradante que presenciar cenas como essa. Só mesmo a insensibilidade não nota isso na expressão para com seu semelhante. Pessoas iguais a essa se repetem rotineiramente pelas ruas das cidades mundo afora, principalmente nas que comungam o mundo capitalista, pois não existe como entregar o prometido e daí, as diferenças são sempre muito evidentes, latentes, aberrações demonstradas aos olhos de todos como fratura mais que expostas. Passaram-se mais algumas semanas e revejo a mesma pessoa, na mesma feira e com outra vestimenta, mas com o mesmo olhar faminto, pois mais do que perceptível, as mesmas latentes necessidades. O mundo onde vivo, nítido e transparente, dá voltas, como uma espécie de moto contínuo e tudo continua como dantes. Basta sair pras ruas para ver a repetição diária das mesmas coisas denunciadas anteriormente. E enquanto isso, continuamos a discutir coisas menores. Minha cara, onde não consigo esconder a angústia sentida, perceptível, pois minha degradação física também se dá por não enxergar possibilidades de reverter situações como as que me deparo pelas ruas.

EU SOU
Eu não ando direito.
Sempre ando torto.
Aquele que anda direito
conhece um único caminho.
Eu não sou o que pareço.
mas o que minha alma sonha
E se eu cair nos poços,
É por estar olhando estrelas.
Eu sou o escravo mais livre!
Escravo do que eu amo!
Liberdade e justiça
sabem bem de quem estou falando.
Não quero saber do seu dinheiro.
Eu prefiro minha independência...
sim por ter um chapéu
Temos que alugar a cabeça.
Nem o ouro do seu bolso,
nem a seda do seu lenço,
Nem a tua prata, nem as tuas latas.
são o caminho do céu...
Você tem muito peso
para poder levantar voo.
Eu sou - Facundo Cabral

terça-feira, 17 de setembro de 2024

MEMÓRIA ORAL (310)


O JEITO CLARICE DE ENCARAR ESTE MUNDO

ESSAS MULHERES MARAVILHOSAS - ESCREVO DE DUAS, KAREN ROMANO E AUDREN RUTH CARDOSO
Por estes dias, confesso aqui, envolvido dos pés à cabeça com a campanha do amigo Claudio Lago, caminhando para se tornar vereador em Bauru, quase tudo o que escrevinho por aqui tem alguma relação com a campanha. E hoje, diante de mais um dia intenso, recheado de bons contatos, conversas que se sucedem e convergem divinalmente, em dois momentos vibrei além da conta. São duas mais do que especiais, Karen Romano e Audren Ruth Cardoso.
Começo escrevendo da Karen. Creio que a conheci dos tempos quando atuei como Diretor do Patrimônio Cultural na SMC - Secretaria Municipal de Cultura, idos do último mandato de Tuga Angerami, nosso último grande prefeito. Numa apresentação no Museu Ferroviário, uma fala de Darcy Rodrigues sobre Lamarca e ela atenta, absorta no que ouvia. E aquela menina, então ainda tímida se apresentou e interessada no que falávamos, foi se aproximando e desde então, só a vi crescer. Confesso que, a primeira impressão quando se apresentou foi de espanto, pois era evangélica e estes já se mostravam muito conservadores - menos que neste momento, ou seja pioraram.

Fui aprendendo a conhecê-la e tempos depois ouço belas histórias dela, frequentando a igreja do então, ainda vereador Luiz Carlos Vale, ali onde um dia foi o Clube dos Bancários. Ele sempre foi conservador, um pastor ao estilo dos televisivos estilo Malafaia e Marcos Feliciano. Ela o enfrentava maravilhosamente, ou seja, num ambiente dito e visto como contrário ao que pensa, ousava se postar contrária ao que pregava o pastor. Nunca se emedrontou disso, aliás, nunca abandonou suas convicções de pertencer a esquerda. São os tais embates que se gravados, seriam hoje fonte de estudo e obejto de admiração.

Reencontro Karen, ela vem em busca de material de campanha do Lago e conversamos, ou seja, colocamos as conversas em dia. Ela me conta não mais pertencer a igreja do Vale, ou seja, não deu mais. Se bandeou para outra, mais amena, menos impositiva. Mais feliz, mais liberta, diz que na Verbo da Vida, da Vila das Flores, continua a mesma, dizendo o que pensa e debatendo muito. Pelo que ouço ela dizendo, com a força de como coloca em prática o que sente, me diz estar sempre a plantar uma sementinha por onde ande.

Eu tinha certeza, ela estaria envolvidíssima nessa campanha do Lago, pois nos a companhando a tanto tempo, sei, acredita na nossa luta, que é também a sua luta. Assim como tenho gratas recordações dela, tempos de antanho, o mesmo sentimento sinto por Audren Ruth, bai ta amiga e uma cantante marcante dentro de todas as grandes vozes bauruenses. A lembrança mais remota dela também tenho dos idos quando estava no governo Tuga - muita saudade. Ela era da Assessoria de Imprensa da administração e nos auxiliava demais com seus releases, quand oestávamos a divulgar o que ocorria, os eventos todos, os enviando para a mídia local. Tempos depois foi deslocada para a Assessoria da SMC, a Cultura local.

Daí, a proximidade só aumentou, pois paralelo às suas atividades profissionais, ela exercia outra, tão ou mais bela que a primeira, a de cantante na noite bauruense. Tenho lembranças inenarráveis dela em vários locais da cidade e num evento, muito marcante para mim, o musical Opinião, revivido por Sivaldo Camargo, com gente nossa. Nessa versão, relembro dela cantando uma canção do Chico Anisio, das compridas e com uma interpretação, que se grava foi, foi um dos pontos altos de sua performance musical. Tocou com todos os nossos grandes instrumentistas, sendo uma das vozes mais requisitadas.

Sofreu um acidente, um derrame e acabou se aposentando, sendo também obrigada a não mais fazer o que mais gostava, cantar. Audren nunca perdeu a esperança de ser, fazer e acontecer. Está hoje mais viva que nunca, graças a intensa fisioterapia e ao auxílio de uma mão santa, um anjo caído deo céu, sua cuidadora, sete anos junto dela e seu braço mais forte. As reencontro sempre que posso e em cada, trocamos mais que fortes abraços, pois tudo em Audren é mais que vivo, intenso e marcante. Seu sorriso é mais que uma fortaleza. Neste período todo, sempre que posso estou ao seu lado e levo para eventos variados.

Ela é minha amiga e me acompanha pela aí em algo onde coincidimos e concordamos, como neste momento, tudo culminando com o voto que dará em Claudio Lago. Vou visitá-la, conversamos, uma prosa sempre alvissareira, dessas que a pessoa adentra sua casa, mas não sabe mais que hora de lá sai, pois agora, que está recuperando sua voza na plenitude, fala de tudo e com uma forma tão intensa e gostosa, que é fácil se esquecer das horas. Essas minhas duas amigas se completam uma com a outra, pois a conergência maior é algo inerente a linda de conduta e de pensamento, bem latente em ambas. Escsrevo delas com a maior naturalidade, pois se as reencontro num momento onde o motivo é político, ao vê-las até esqueço do motivo que me levou até ambas e viajo no tempo e no espaço. Como é bom ter e manter amizades do quilate dessas duas. Sou um felizardo.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

DIÁRIO DE CUBA (248)


O DAS BACIAS
Os reais personagens bauruenses, dignos demais da conta, são como este cidadão, que dia após dia, há muito tempo, sai pela aí, empurrando bacias de plástico e as oferecendo de porta em porta, bar em bar, faça chuva ou sol, indo até tarde da noite. Quando abordado, se sente lisongeado, puxa conversa, fala de si, conta causos e conclui: "Eu só quero ser feliz, vender todas as bacias num dia e ter forças pra começar tudo no dia seguinte". É dos mais conhecidos das ruas bauruenses.

Comentários:
"Olha eleeeee que legal, outro dia estávamos indo fazer entrega nos predinhos passamos por ele na Rua São Sebastião estava um calor mortal dava dó ele empurrando o carrinho quase sem forças, falei sobre comprar as bacias a amiga topou demos a volta no quarteirão vários carros, paramos e compramos todas as bacias ele ficou muito feliz, entregamos todas na comunidade as mães amaram", Maria Inês Faneco.

"Ele anda muitooooo sai daqui do Vânia Maria e vejo ele lá no jd América com as bacias qdo da certo eu compro dele", Karen Romano.

"O dono da Plasutyl, começou assim.....", Josué Franco.

"Realmente ele é uma simpatia e muito conversador. Não quer amolar ninguém. O sinto com muita timidez ao se aproximar das pessoas. Ele chega cheio de vergonha e quando recebe uma negativa, fica sem jeito e até pede desculpas por ter se aproximado e tomado tempo da pessoa. Eu me identifiquei com ele, quando o vi agindo assim, numa roda onde me encontrava. Naquele dia, quando todos os rejeitaram, abaixei a cabeça envergonhado e mesmo não precisando, fui atrás dele e disse estar precisando exatamente de uma como a que vendia. Ele abriu um baita sorriso e conversamos algo em torno de uns quinze minutos. Foi uma cena inesquecível para mim", Roberto dos Santos.

EU E ROSE BARRENHA RENOVANDO ESTOQUE DE LIVROS GRÁTIS NO TERMINAL RODOVIÁRIO
Se o pessoal da Cultura Municipal não cumpre o prometido, eu e Rose Barrenha estaremos uma vez por semana deixando novo estoque de livros na casinha, até então abandonada e agora, OCUPADA por nós dois. 
Na tarefa de espalhar livros por aí, hoje segunda semana de abastecimento. Tem muita coisa mais que boa por lá. E se puder, leve uns e deixe outros no lugar. Projeto Ciranda de Livros - Ler Mais, apoio da Casa da Frida e todos seus instrumentalizadores, doadores de livros para ações como essa. Participe...

Comentário: "Oi Henrique! Parabéns pela iniciativa! Só esclarecendo...esse projeto literário, apesar de ter parceria da Prefeitura não é da Sec. de Cultura, era do Mairton, que infelizmente faleceu. Retomamos o ano passado o projeto mas por falta de doações e tempo, ele acabou ficando esporádico. Fico feliz que tenha abraçado a causa", Priscila Medeiros, assessoria da Emdurb.

domingo, 15 de setembro de 2024

DIA TODO DENTRO DO ÚLTIMO NA BIENAL DO LIVRO EM SAMPA

Relatos da saga

sábado, 14 de setembro de 2024

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (194)


PERSONAGENS DESTA CIDADE
No sábado, passo boa parte da manhã fazendo campanha para Claudio Lago, disputando vaga pra vereança em Bauru. Como sempre, dia produtivo, manhã com renovadas esperanças. Toda minha movimentação se deu na chamada Esquina da Resistência. Junto a nós do PT, estavam companheiros (as) do PSOL e do PCO. Além do trabalho de cada um junto aos transeuntes, muitos reencontros e dentre estes destaco o ocorrido com o professor Silvio Durante, militante do PSOL.

Num certo momento se achega junto a nós, um senhor caracterizado com famoso personagem das HQs. Este resolveu incorporá-lo a si, pois diante de tantos comentários dizendo da semelhança, acabou até sendo conhecido pela alcunha do próprio. Fomos ali apresentados, trocamos breves palavras e quando este se afastou, Silvio me interpelou; "Que personagem, hem?". Concordei, lhe devolvendo outra indagação: "Silvio, você não acha que muitos outros, como nós dois mesmos já não nos transformamos também em PERSONAGENS no cenário bauruense?".

Foi o suficiente para iniciarmos prolongada prosopopéia, cheia de boas nuances. Enfim, como somos vistos, eu e ele, tantos outros dentro do dia-a-dia bauruense? Talvez sejamos tipos também exóticos ou até algo mais. O fato é que, dificilmente passamos batidos, diante de um cenário onde o trivial, o normal seja fazê-lo com vestes e gestos aparentando a maior normalidade possível. Será aparentamos algo assim ou somos vistos, aos olhos da maioria com algo mais a nos diferenciar?

Entendo que, tanto eu, como o próprio Durante não passamos incólumes pelo crivo popular. Ele passou a se utilizar tempos,atrás de um vistoso e chamativo chapelão, fivelas avantajadas no cinto das calças e uma rodante e ambulante caixa de som, fazendo dela uso em locais, variados e múltiplos Bauru afora. Impossível não receber olhares diferenciados de uns tantos. Sim, ele é também um dos tantos PERSONAGENS, típicos e até exóticos das ruas bauruenses.

Eu não fujo à regra, estabelecida e defendida, neste momento, por mim, nestas desabrochantes linhas. Outro dia, alguém que, até então, nunca havia reparado, me para na rua, puxa conversa e me diz algo, só mesmo oriundo de quem me observa há um certo tempo: "O senhor gosta muito de alpargatas, não? É que o vejo calçando somente este tipo de calçado". Concordei, enfim, até por causa delas e de tantas coisas, incluídas em nossas indumentárias, mesmo nos gestos, somos observados, vistos e registrados no imaginário popular. Daí, quando perguntei ao amigo Durante, tinha a já quase absoluta certeza de já estarmos incorporados no rol de tantos personagens da Terra do Sanduíche.

Eu mesmo, identifico assim de bate pronto, sem muito esforço de memória, uma pá de altaneiros e representativos PERSONAGENS, destes fugindo do trivial e se mostrando aos olhos atentos da cidade como seres diferenciados. Não vejo nisso nada negativo. Sei que, muitos até podem exagerar no quesito Apresentação em Público, chamando mesmo a atenção, mas outro tanto o fazem naturalmente. Mas, o que vem a ser isso de agir naturalmente, numa sociedade onde passar desapercebido pode ser confundido com viver como manada. Assim sendo, nada como ter algo junto da gente, mesmo que de forma discreta, sem fazer alarde ou mesmo intencional, mas chamando a atenção.

E digo, assim ser e agir pode ser também uma forma, mesmo que velada, de auto-defesa e de ser, estar, marcar posição, não se deixar cair no esquecimento. Enfim, passar uma vida inteira sem ser reconhecido deve ser muito triste. Isso tudo aqui é algo muito mais grandioso do que os quinze minutos de fama, algo imortalizado pelo norteamericano Andy Wharol. Portanto, ser considerado ou incluído como PERSONAGEM BAURUENSE, deveria ser motivo de grande orgulho. Sejamos ou não, estamos todos aí, bastando a saída pras ruas, sujeitos ao crivo popular. Enfim, foi muito bom refletir um pouco sobre isso, tudo após Durante ter me chamado atenção ao tema.

A RÁPIDA MUDANÇA DA PAISAGEM URBANA
A paisagem urbana da cidade muda intantâneamente quando demoramos para voltar a passar pelo mesmo lugar por um certo tempo. Agora mesmo na avenida Nuno de Assis, tendo ao fundo os trilhos urbanos e quase debaixo do viaduto da Treze de Maio, onde antes barracões, resquícios ferroviários, uma quadra poliesportiva e antes um ferro- velho, com cobertura metálica, só seus pilares, com tudo o mais abaixo, aguardando nova paginação.

Neste caso específico recebo duas respostas, aqui publicadas:

"Bato palmas para esse empresário, que decidiu investir numa área degradada ao construir quadras de areia e de futebol society, inclusive, já está toda iluminada.E a menos de 300 metros dali, na Praça da Bíblia, a prefeitura instalou três postes de iluminação e até agora, NADA de iluminar o local, que continua num breu total!", Orlando André Gasparini.

Respondo a ele, concordando com tudo. Sim, vejo a revitalização do ambiente totalmente deteriorado existente até então e boto fé que, com o incentivo recebido pelo empresário, algo por lá consiga ser revertido. Sou saudosista na questão dos antigos barracões férreos, porém, acompanhei a deterioração dos mesmos, hoje 50% já no chão. Não sei se existe um projeto diante da derrubada de alguns e a manutenção de outros. Uma oficina mecânica continua funcionando por lá e outras quando deixaram o imóvel, tudo veio abaixo. Tomara não tenha sido uma medida de limpar a área executada, posta em prática pela insanidade dessa administração, que tudo fecha e bota abaixo, como se viu com algumas edificações na praça Machado de Melo e outros locais. Do empreendimento esportivo, só alegria.

"Uma bela casa que tinha aí foi a primeira a ser demolida. Era essa, fotografei algumas vezes. Minha tia Guiomar morou nela...", Tatiana Calmon.

Respondo a ela, dando mais informações sobre o que sei do local: "Morei ali perto uma vida inteira e via quando a a estrutura para um futuro posto de combustível foi erguida, com alguém imaginando ser possível ali um comércio, pelo fluxo do novo viaduto. O tal do viaduto nunca foi totalmente concluído e paralisado por décadas, fez com que o posto nunca fosse aberto e a casa citada por ti, linda no meio de um belo jardim fosse também se deteriorando com o passar do tempo. Muito triste. Acompanhava com tristeza sua deterioração. Lembro da família quer ali morou e não sabia ser sua tia. Deve ter se mudado por total inviabilidade de residor diante de tantos problermas urbanos crônicos ao redor. Por último, ali se instalou um ferro-velho, que ajudou a dar cabo do local. A casa deixou de ser habitada, passando a ser depósito do lugar. Fui lá algumas vezes e com muita tristeza olhava para tudo o que um dia foi pensado e no que se transformou. A não conclusão do viaduto dentro do prazo estipulado foi um dos grandes responsáveis pelo local ter se deteriorado ainda mais, pois sabemos, a proximidade da via férrea, com seu abandono, também abriga inúmeros problemas sociais. juntou tudo e agora, o terra arrasada. Também não sei se existe projeto algum para lá ou foi simplesmente a remoção do ferro-velho e passar a máquina no terreno. Hoje resta os pilares do que um dia foi um sonho para quem o levantou, com a intenção de ali estabelecer um posto de combustível. Sonhos desfeitos e se alguns refeitos, ainda não tomei conhecimento. Ao lado, com a praça esportiva particular, algo sendo feito e neste local da casa, por enquanto só um terrão.
Essa se foi definitivamente, colocada abaixo recentemente, mas já muito deteriorada.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

ALGO DA INTERNET (217)


SEM TIRAR NEM POR, INCÊNDIOS TEM TUDO A VER COM O AGRO
Insensibilidade é com esses mesmos.

Que estamos rodeados de criminosos e gente inescrupulosa, por todos os lados e meio, disso, acredito eu, não existe mais nenhuma dúvida.

O mundo piorou muito. Se não piorou e sempre foi assim, pelo menos, tínhamos a impressão de que, era menos pior do que hoje.

Talvez até por não termos tanto conhecimento como hoje temos, algo imediato, feito numa espécie de vapt-vupt, aconteceu virou manchete. E tudos tomam conhecimento de tudo instantaneamente, assim como, a perversidade de apoderou do modus perandi à sua disposição e tomando a dianteira, dele se apropriou e na frente dos que procuram fazer as coisas dentro de certos padrões, investiram em mentalizar as pessoas para o seu formato de como devem ser as coisas.

Isso é simplista? Não sei. Creio que não. Na verdade perdemos a guerra - e feio - para os perveros e os insanos. Estes dominam muito mais do que nós este meio de comunicação imediata chegando até nós pelo celular. e como quem ganhou a guerra foram os insanos, como este bestial e criminoso intrernacional, muito mais que um pirata de tempos de antanho, Elon Musk, por mais que se tente mostrar o quanto existe de insanidade num ato como o de querer botar fogo - lieralmente - neste país, parece já existir algo entronizado dentro da mente dos cidadãos e a demonstrar que quem bota fogo não é assim tão ruim e ruim mesmo é quem ainda quer tomar decisões e ações contra os incendiários.

Hoje tudo atenta contra as liberdade individuais e assim sendo, o fogo se propaga. 

Se existe alguém mais do que interessado em ver o país pegando fogo, estes já estão mais do que identificados. Vi muitos serem presos, estes denunciando que forma pagos por cidadãos endinheirados, mas nada vi até o presente momento a demonstrar quem são de fato essas pessoas, o que representam, qual a sua linha de pensamento, ideológica e quais os motivos de terem pagos outros para colocar fogo por aí. 

O que está ainda oculto por detrás da insanidade em curso é a perdição total da mentalidade humana. Essa já está irremediavelmente perdida. Não vejo como retroceder e voltarmos a ser o que já tentamos ser um dia. Ocorreu uma investida vitoriosa sobre a mente de percela significativa dos brasileiros, quiçá dos habitantes deste planeta. Até porque, a maior parte da rede maior de informação deste planeta está nas mãos de pessoas inescrupulosas e só pensando no seu interesse. Fazem horrores para continuar na crista da onda. Induzir o povão a fazer besteiras é o trivial, pois se lixam para estes. 
Ver o circo pegando fogo é algo, pelo que se vê, trivial, diante deles conseguirem vergar a condução do planeta para seguir cegamente o que decidiram impor.

Não creio ser assim tão difícil chegar aos meliantes por detrás deste desmedido fogaréu. Evidente que, muito se deve ao tempo seco, porém, tem outra combustão, a da mão humana incrementando isso tudo e aqui no Brasil ela tem nome e sobrenome. Não vejo como a ultradireita não esteja atuando pro detrás disso tudo, apostando no quanto pior melhor, até para dominarem mais rapidamente a situação e tomarem conta de tudo. 

Para mim, o Agro nunca foi Pop. Na verdade, cruel e insano. Puexemos logo o fio desta meada, enquanto ainda nos resta algo sem ter sido queimado.

Amanhã, com tudo em cinzas, será impossível, mesmo encontrando os culpados, reverter a situação na natureza, mesmo ela se regenerando depois de um certo tempo. Viver está cada vez mais díficil e complicado neste planeta desvairado. Não podemos ser bonzinhos com quem apunhala nossos sonhos, inclusive ateando fogo em tudo.

QUEM É A MAIOR CORTADORA DE ÁRVORES DESTA CIDADE? PRAÇAS BAURUENSES PELADAS, LONGE DE DEFENDER MEIO AMBIENTE...

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

CHARGE ESCOLHIDA À DEDO (210)


RECONHECIMENTO
Estava hoje pela manhã no Comitê do candidato vereador Claudio Lago, tudo possibilitado pela militância petista constituida no Núcleo de Base DNA Petista, quando adentra um senhor com um crachá no peito, de uma empresa famosa no centro bauruense.
Ele me explica trabalhar ali no centro já por quatro meses, exercendo suas funções normalmente, recebendo o combinado, porém algo o incomodando. Desde o princípio, tinha certeza seria registrado, porém, desde então, toda vez que comentava sobre isso com seus superiores, lhe diziam estar vendo. O tempo passou e lá se vão quatro meses.

E daí, chega no ponto de ter adentrado um local com a logo do PT na fachada, com o intuíto de saber o que poderia fazer e qual a melhor maneira de se garantir, ou seja, sobre documentação guardada por ele para futura ação na Justiça, caso saia da empresa sem ter sido registrado.

Demos a ele a melhor informação possível, porém, o que me motiva a escrever foi o fato dele ter procurado o PT para se informar, o lugar considerado por ele, como qualificado, que lhe dá garantias de defesa de seus interesses. Dou a isso o nome de CREDIBILIDADE. Ou seja, está encravado no imaginário popular, algo mais do que bom a envolver o PT. Saiu de lá nos certificando que, ele e os seus já haviam de decidido, votarão todos no 13000 para vereador, Claudio Lago na cabeça.

COMPARAÇÃO
Tudo está publicado na edição impressa de hoje do Jornal da Cidade. São duas matérias distintas, mas que se unem e se convergem no meu comentário final.

Matéria 1 - "Festa da Macadâmia tem início em Dois Córregos". Cito a seguir como se dará a programação artística, os shows contratados para os dias da festa: "Hoje, a dupla Zezé de Camargo e Luciano fará show às 20h30. Na sexta, 13, sobem ao palco o Grupo Vou pro Samba, 20h30 e a Banda Raça Negra, às 22h30. A festa segue no sábado, 14, às 15h com show da Galinha Pintadinha. À noite, Silverado Counntry Club se apresenta às 20h30 e às 22h, o show será com os Titãs. No domingo, a programação começa às 15h, com o Concurso Gastronômico: Receitas com Macadâmia. O show de encerramento será com a dupla Clayton e Romário, às 20h30".

Matéria 2 - "Expo Bauru anuncia show de Alok, além de Maira e Maraisa" - Da programação musical do evento, eis o publicado: "Alok e a deupla sertaneja Maiara e Maraisasubirão ao palco da Expo Bauru 2024, que será realizada nos dias 19 a 24 de novembro, no Recinto Mello de Moraes, em Bauru. A primeira atração será o renomado DJ, que irá se apresentar na abertura da festa, véspera do feriado da Consciência Negra. (...) A edição deste ano da Expo Bauru irá comemorar os 50 anos do evento e a grade completa da programação dos shows está sendo divulgada aos poucos pela organização".

COMENTÁRIO DESTE HPA - Dois Córregos prima pelo eclético, com algo cá e lá, não privilegiando um só segmento musical, como se certifica com os nomes dos escolhidos para seus shows. Já Bauru, os programadores da Expo, quiçá, também da SMC - Secretaria Municipal de Cultura para seus eventos maiores, como aniversário de Bauru e outros, prima só e tão somente por um só segmento musical. Daí, a única conclusão que se pode tirar de tudo isso é somente uma: em Dois Córregos a cabeça dos organizadores é mais arejada do que as de Bauru. Alguma dúvida? 

AÇÃO EVANGÉLICA NUMA CIDADE PEQUENA, DOZE ANOS ATRÁS, HOJE E MUITO PREOCUPANTE, COMO DEVERÁ SER O AMANHÃ
Cai nas minhas mãos a resenha de um livro com temática das mais interessantes e instigantes, "O vento que arrasa", da argentina Selva Amada, 51 anos. Ela conta uma das tantas histórias do lugar onde cresceu e foi criada, Villa Elisa, pequena cidade de Entre Rios. O interesse se dá por ela retratar crimes e abusos ocorridos nesta pequena localidade, aspectos da Argentina que em 2012, eram apenas tendências que se insinuavam no horizonte e hoje, passados apenas 12 anos estão mais que consolidados. Uma abordagem interessante, até por traçar como algumas coisas que, até então se iniciavam, tomaram corpo e hoje, dominam o cenário. Como isso se deu e se consolidou? Como foi permitido essa aceitação, hoje muito mais complicado se desvencilhar de algo com muito mais corpo e força.

Algo me chamou a atenção no ontem e no hoje de qualquer cidade, tanto lá na Argentina, como aqui no Brasil e em tantos outros lugares: "Longe das luzes da metrópole, o campo de um calor escaldante já estava tomado pela presença de várias igrejas evangélicas. Aquilo, à época, me chamou muito a atenção, mas não cheguei a pensar em quais consequências teria. Agora entendo que foi um trabalho realizado metodicamente por vários anos. Hoje, vemos como os evangélicos cresceram no cenário religioso argentino, e temos templos enormes aqui mesmo em Buenos Aires." País historicamente católico, a Argentina os tem visto crescerem entre os fiéis. Hoje, os que se declaram católicos são 62,9% da população ante 15,3% que se dizem evangélicos.

Saliento o comentário dela para o avanço deste segmento religioso em seu país: "É uma mudança cultural importante, e só fui me dar conta de modo claro quando estávamos lutando pela Lei do Aborto (aprovada pelo Congresso argentina em 2020, depois de vários obstáculos e tropeços). Nós imaginávamos que íamos sofrer muito mais pressão da Igreja Católica, mas os mais combativos contra os direitos da mulher foram, na verdade, os evangélicos. E me lembrei de como eu primeiro os percebi, nas viagens ao Chaco".

O seu livro não retrata somente a temática religiosa e sim, a vida em cenários desolados, tido às vezes como fora do mapa nos debates sociais e políticos. Leio isso e me ponho a refletir sobre algo muito parecido ocorrido no Brasil. Eles foram chegando devagarinho, se instalando e hoje, já ditam algumas regras e vergam avanços anteriormente e duramente conquistados, tudo para dar vazão a conecpção de vida segundo os ditames da sua religião. E isso foi tomando corpo, ano após ano, conquistando espaços, se infiltrando, difundindo o medo e desconstruindo conquistas. Ou seja, o que filtro é algo único, sem tirar nem por: deixando, o segmento evangélico vai transformar nossos países num reduto de sua linha de pensamento, conservadora, retrógrada e preocupante, pois difunde os escritos na bíblia segundo uma concepção de Idade Média, diria mesmo, da Pedra. Em daqui há mais doze anos, talvez estejamos, com certeza, muito mais encralacrados do que hoje.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

UM LUGAR POR AÍ (181)


IMPERDOÁVEL - INQUALIFICÁVEL - INCONTORNÁVEL
Andando pelas ruas de Bauru a pergunta que mais me fazem é: "Mas como vocês deixaram o PT ter um candidato destes? Como isso é possível, isso não é PT? Me explique o que venha a ser isso?

Sim, mais do que justificável e entendível, enfim, o PT Bauru sofreu um golpe, mais que uma rasteira e tudo patrocinado por gente que se diz de esquerda e diz também defender os interesses populares. Pura balela, pois todos os envolvidos no que hoje está em curso e numa eleição, sem ninguém com a cara petista na disputa.

Em primeiro lugar deixo claro para tudo, todas e todos: o PT em Bauru sofreu um golpe e ele tem nome e sobrenome, Estela Almagro, Majô Jandreice, Claudinho da Construção Civil e Luciano Assis. Tudo faz parte de uma engrenagem conspirando desde o princípio para barrar a intenção do PT de alavancar mais votos que em eleições passadas e não permitir que um candidato próprio participasse da contenda. Esses aqui citados, poderiam ter agido diferente, mas não fizeram, primeiro por não terem vontade neste sentido. Eles precisam se explicar dos motivos pelos quais optaram por apostar suas fichas num candidato do PV, primeiro Gazzetta e depois, quando este abdicou da disputa, novamente insistiram com um nome do PV, tirado do fundo de uma cartola mais do que inexplicável. Daí, desponta alguém pior, mais desconhecido e com declaradas aproximações, linha de pensamento e ação de algo bem distante do que representa a do PT.

E agora, quando o Crepaldi, o abençoado por este grupo golpista, se torna inelegível, sem possibilidade mais de recursos, novamente se calam e tocam a campanha como se nada tivesse ocorrido. Evidente, os votos dados a Crepaldi, poucos, todos sabem não serão computados. E continuam em campanha, com uma liminar sem sentido, por que? Eles que se expliquem, ou seja, quem pariu matheus que o embale. O cara é um fiasco em todos os sentiddos e se hoje, o Pt está encralacrado nessa situação catastrófica, isso se deve a ação direta de algumas pessoas, os tais golpistas, os que propiciaram isso. 

Outra pergunta que me fazem regularmente: "Mais isso tudo não favorece a Suéllen, para que ela leve a eleição no 1º Turno com mais facilidade?. Ou seja, o povo não é bobo e percebe tudo. Daí é só juntar ou pauzinhos. Mas tem um PT resistindo, tentando com todas as forças vencer estes. Eu, particularmente, estou envolvido numa campanha com essas características, tendo Claudio Lago como candidato a vereador - seria ele o nome como candidato a prefeito, preterido pela trama urdida e aqui já dissecada.

UM VEREADOR MAIS QUE NECESSÁRIO EM PEDERNEIRAS, MAURÍCIO PASSOS
Este barbudo senhor, cujo boné com a estrela cubana, quase não lhe sai da cabeça, indumentária grudada em seu cocorutcho é pederneirense. Mauricio Passos, seu nome. Na primeira administração de Ivana Camarinha em Pederneiras foi provedor da Santa Casa de Misericórdia daquela cidade, quando além do belo trabalho desenvolvido, ficou com algo encucado e ainda não conseguindo colocar em prática, o de conseguir produzir um livro contando a história de como as irmãs católicas alemãs, no início do século passado vieram pro Brasil e deixaram enfincado no coração de Pederneiras uma experiência mais do que edificante.

Ele pensa Pederneiras quase a todo momento e neste momento, é um daqueles candidatos naquela cidade, dos mais improváveis, mas dos mais necessários. Ivana sofreu demais da conta nessa sua segunda administração e mesmo não tendo nada a ser ressaltado que a desmereça, possui uma oposição cruel e fora da casinha, a impedindo de fazer mais pela cidade, tudo por causa desse mal da atualidade, a irracionalidade bolsonarista, dos que enxergam tudo pelo viés do tacanho conservadorismo. A cidade padece disso e, neste momento, sendo eleito, Maurício além de oxigenar a atuação dos veradores na cidade, será uma espécie de fiel da balança e poderá ser o voto que a fará avançar mais na propositura de avanços sociais.

Ele faz uma modesta campanha, corre pelas beiradas e vai pouco a pouco, num trabalho de formiguinha, ocupando espaços e conquistando adeptos e gente proposta a lhe dar o voto de confiança, fazendo com que conquiste a missão de produzir proposituras edificantes. Mauricio Dos Passos tem propostas concretas para contribuir na consolidação do que já é uma realidade hoje, a de que Ivana precisa ser reeleita. Ele não será um mero vereador, desses que aprova ou reprova tudo, mas um fiscalizador dentro da acepção da palavra, justo e preciso.

Com sua vivência dentro de Pederneiras, é dessas pessoas que não fica esbravejando pelas esquinas, não vocifera improbidades desnecessárias, mas calado, contido, enxerga tudo e sabe onde reside os reais problemas de sua cidade. Sua contribuição será sempre propositiva e como bom petista, sabe também como ajudar uma boa administração a ir em busca de valores para viabilizar bons projetos, enfim, estamos dentro de uma administração petista no Governo Federal.
Eu aqui confesso, sou amigo dele, trocamos muitas confidências, principalmente sobre como nossas cidades hoje poderiam melhorar, ter seus olhos mais voltados para as questões sociais. Ele sabe fazer política, estar nela não é prejudicar sua cidade, só para atender interesses mesquinhos e pessoais. Participa aqui em Bauru, junto comigo de uma bela experiência, a do Núcleo de Base DNA Petista. Sua formação política petista o qualifica como uma pessoa pensando e agindo coletivamente. Ele tem muito a oferecer pra Pederneiras e este é o momento, quando sua cidade não possui nenhum vereador com essa qualificação.

Ele está chegando para preencher este vácuo e a cidade não pode perder essa oportunidade. Não existirá arrependimento com sua eleição, pois o danado está preparado e vai saber, não só dignificar, como fazer história tendo um mandato pela frente. É ver para crer. Escrevo isso tudo, para que a essa ideia se multiplique e se torne realidade.

UM LUGAR CHEIO DE HISTÓRIAS EM PEDERNEIRAS
Na saída do espetáculo no Teatro Municipal, no último domingo lá em Pederneiras, Maurício Passos me faz parar o carro quase defronte a estação de trem, toda iluminada, numa praça muito bem cuidada e preservada. Ele não queria me mostrar a estação e sim, do outro lado da rua, a antiga sede regional do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários da Cia Paulista. Eu já conhecia o local e tempos atrás, tive o prazer de adentrá-lo quando ainda aberto ao público. Tudo definhou com a privatização da ferrovia no país e não precisou de muito tempo para tudo fechar, enfim, sem renovação, não havia mais sentido do mesmo funcionar, sem sindicalizados. O mesmo problema acontece com a unidade bauruense, essa ainda funcionando, mas cada vez com menos sindicalizados, ali na rua Antonio Alves. Meu pai foi sindicalizado por este sindicato e o frequentei com certa regularidade durante todo o seu tempo de vida, o acompanhando ou indo em busca de informações sobre sua trajetória ferroviária.

Maurício me diz algo mais do imóvel de Pederneiras. O local pertencia ao sindicato e hoje, não soube me dizer se foi vendido ou não, mas encontra-se alugado e ali residindo uma família, porém, tudo sendo mantido como dantes. Pelo menos isso, o prédio mesmo se transformando em residência não perdeu nenhuma de suas características e segue altaneiro, ali defronte a estação, intacto e resistindo ao tempo. São dessas construções a dignificar a vida e a história de uma cidade. Sei que, muitas outras unidades iguais a essa se sustentavam ao longo da malha ferrociária a Cia Paulista, ligando São Paulo até Panorama e hoje, o que terá sido feito de tantas delas. Tomara tenham sido preservadas, como a de Pederneiras. Enfim, quantos ferroviários, dentre os aposentados ainda encontram-se vivos e cheios de boas histórias em suas mentes. Eu adoraria poder recontá-las e ir em busca deles todos.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

FRASE DE LIVRO LIDO (205)


A HISTÓRIA E O DESTINO DE EXEMPLAR DETERMINADO LIVRO

"A desintegração da Morte" é obra do imortal escritor lençoense Origenes Lessa, que fez com que fosse dado nome a hoje Cidade do Livro e também para uma das melhores bibliotecas do interior brasileiro. Besteira ficar repetindo da importância de Lessa para nossa literatura e para cidade de Lençóis Paulista, pois isto já é do amplo conhecimento popular.

Neste último domingo retorno a Lençóis e deixo aos cuidados do maior e mais expressivo agente cultural local, Nilceu Bernardo um raro exemplar do citado livro, para seja incorporado ao acervo de raridades da biblioteca. Conto da trajetória do exemplar até chegar neste destino.

Tudo começa com meu sogro, seu Zé Pereira, procurador da Ptrefeitura do Rio de Janeiro, advogado com escritório até falecer na avenida Rio Branco, centro da Cidade Maravilhosa e um acumulador de livros - como este HPA. Sua casa era constituída de livros por todos os lugares, até no banheiro. Juntava raridades e quando dee sua morte, herdamos aquelas preciosidades todas. Muita coisa nos desfizemos, outras estão conosco até hoje e este livro, acabou ficando, creio eu, por ter encontrado na primeira página uma dedicatória do próprio autor.

Nunca o li, mesmo já tendo lido vários do Lessa. Na dedicatória para o amigo Luiz Augusto de Medeiros, Lessa renega a edição do livro, pois diz ter encontrado muitos erros, principalmente de revisão e que não o leria novamente. Como a transcrição foi feita com uma caneta com tinta fraca, meu sogro, transcreveu todo o escrito, deixando junto da primeira página num papel, com sua letra miúda, inigualável para mim e sua filha, Ana Bia. Ficou guardado por anos nos meio dos meus.

Há cerca de um ano atrás, comentei com o Nilceu que traria o livro e o doaria para a biblioteca de Lençóis. Vim vários vezes para a cidade e acabei não o fazendo. Neste domingo, lembrei, reli o bilhete e Ana preferiu ficar com o original, enfim, continha a letra de seu pai. Deixei o livro com alguém da Cultura local, que entregaria a quem de destino, fazendo-o chegar até a biblioteca.

Tenho vários livros com dedicatórias do próprio autor. Estão espalhados no meio dos meus tantos. Este, pelo que representa para o acervo do autor e a relação de sua cidade com o livro em si, a certeza deque, o melhor lugar seria deixá-lo junto aos "raros", como me disse Nilceu. E assim, foi feito.


VELHINHO PERDIDO COM AS ARAUCÁRIAS CURITIBANAS
A foto não é recente. A recebo hoje dos arquivos do bauruense, radicado há décadas em Curitiba, meu dileto amigo Kizahy Baracat Neto. Foi tirada por ele de uma das três ou quatro vezes que lá estive quando Lula esteve preso injustamente na Polícia Federal. Ele sempre me abriga em sua casa e de lá, saímos para intermináveis andanças por caminhos descritos e muitos impossíveis de serem relatados na cidade que aprendi a gostar, muito antes do advento Sergio Moro e Lava Jato. Ia para lá, semana seim, semana não, vendendo minhas chnacelas e passando a semana toda por lá, conheci cada cantinho. Os cantos mais insólitos são sempre os melhores. Mil recuerdos. Nesta foto, trajando a indumentária vermelha, estava protestando contra a prisão de Lula e me juntando a gente do Brasil inteiro, que por lá aportavam pelo mesmo motivo. Agradeço sempre pela hospitalidade de Kizahy e por em muitas visitas se dispor a circular comigo, conversações que não terminam nunca. Agora mesmo, me diz do período quando estará por lá e me instiga a ir visitá-los, ele e a esposa, agora morando sós, pois os filhos se bandearam mundo afora e o casarão está com quartos vazios. Prometi ir preenchê-los pelos menos por alguns dias e matar saudade de tudo o que já vivi por ali. Receber este tipo de foto, vinda de alguém por quem já entabulei contatos imediatos do terceiro, quarto e quinto grau é mais que emocionante. Por trás de cada foto dessas, baita história, a minha história, a minha vivência, onde já estive, atuei e continuo atuando, me metendo a pisar e viver. Posto ela até para se mostrar um bocadinho, pois sempre que posso, circulo pela aí, boto a mochila nas costas - hoje, muito menos do que deveria - e gasto sola de sapatos. Viver é preciso, mas sempre rodeado de gente do bem, destes como meu dileto amigo, que nos levam para descaminhos divinais. Que seria de mim ir pra Curitiba e seguir em trilhas turísticas, as que todos vão? Conhecer um lugar é desbravar tudo o mais, bem longe das trilhas turísticas. Kizahy me desencaminha...