quarta-feira, 26 de novembro de 2025

DOCUMENTOSDO FUNDO DO BAÚ (212)


LANÇAMENTO LIVRO IACANGA CIDADE CENTENÁRIA 1925 – 2025*
* Eu e Roberto Pallu no palco principal da cidade, entregando a finalização dos trabalhos realizados através do PNAB, lei federal Aldir Blanc, numa marcante festa/evento. O textão virá a seguir, neste mesmo espaço. Gratificante constatar, tudo deu muito certo e o dinheiro público foi muito bem empregado. Dever cumprido. Minha fala quando do evento de lançamento do livro, no Teatro Municipal de Iacanga:

Foi com grande prazer que participei do edital do PNAB – Plano Nacional Aldir Blanc -, lei federal para incentivo a Cultura. Através dela, algo como o que Iacanga presencia hoje, um livro, que dificilmente seria possível sem alguém que o garantisse. O Ministério da Cultura presta um grande serviço, principalmente para pequenas e médias cidades, dando o empurrão necessário para plena realização de algo que veio para ficar. Este livro, uma dessas joias raras.

Eu, na qualidade de forasteiro, confesso aqui, diante de todos que, não sou um simples cidadão de outra cidade que aqui botou os olhos. Este amor vem de longe, primeiro por Quilombo, trazido pelos meus pais, depois quando descobri Águas Claras e depois suas praia que, na comparação com tantas outras, as administrações souberam dignificar e hoje, uma das mais belas do interior paulista. Alguns anos atrás procurei a então representante da Cultura local, Sueli de Oliveira Camargo Amorim e junto de uma pessoa que, hoje a homenageio, pois foi quem me incentivou a procura-la. Ele foi vereador na cidade e hoje não está mais entre nós, o Muchacho. O pontapé inicial para este livro foi dado ali, depois os anos se passaram e quando os editais federais foram abertos, me inscrevi. Falei com a Sueli, conheci o professor e diretor de escola municipal, o parceiro Cleinton Basílio e juntos, num auxílio primordial, pois sem eles o projeto não seria levado adiante.

Por fim, a proposta foi tão bem apresentada e ganhei o edital. Que baita trabalho. Eu já conhecia algo presenteado a mim pela Sueli e tomo conhecimento de outras obras e escritos históricos sobre Iacanga. Me debrucei sobre eles, convidei participar comigo, o publicitário e homem da Comunicação Roberto Pallu. Eu não queria fazer somente um livro, pensava também num documentário. Eu, historiador e Pallu homem de comunicação e expert em áudio visual.

O passo seguinte foi a leitura do que já havia sido publicado. Em resumo, cinco obras tive como fonte para, através delas, juntando tudo, poder conseguir chegar num resultado satisfatório. Cito todas:

- o livro “O município de Iacanga 1850 – 1963”, do memorialista Joaquim Caldas de Souza. Levei este livro, impresso como uma revista, grampo no meio;

- a monografia de graduação “Educação Ambiental na praça Evaristo de Macedo”, do Fernando Augusto Tambelini, texto de 2004, com observações históricas muito relevantes;

- a dissertação de mestrado da professora Rosemeire Palhares, “Formação Educacional em Iacanga – Saga e Letramento no sertão paulista nas páginas da Tribuna Liberal – 1910-1964. O trabalho é de 2016, joia rara, com detalhes muito úteis;

- o livro “Iacanga resumo de sua História – adm. 1960/63 e 1989/92”, do pesquisador Eduardo Garcia dos Santos, nos apresentando as entranhas de vários momentos da cidade e por fim

- os textos publicados no saudoso jornal “A Tribuna Liberal”, com artigos e textos assinados nos mais diferentes momentos, desde 1932 em diante. Que belo jornal, importantes registros de Humberto Basso.

Tivemos outros, com mais ou menos importância. Todos citados na referência do livro e peças chave no contexto geral. Mais que tudo, com o auxílio imprescindível de duas pessoas, ambas funcionários públicos municipais, Sueli e Cleiton. O arquivo de fotos dessa Prefeitura, disponibilizados pela Sueli é algo mais do que uma preciosidade. E depois o conhecimento e interesse do Cleiton, em intermináveis conversas e ideias. Na junção disso tudo, das leituras, conversas, palpites, indicações e conversas outras com populares nas ruas e em entrevistas, conseguimos finalizar o texto final.

E assim a cria foi parida e hoje aqui é lançada. O livro está aí, mais um a contar algo da história desta cidade. Nenhum obra é definitiva. Tudo é parte de uma grande obra. Esperamos ter contribuído para a melhor compreensão dessa rica história. Torço para, muito em breve, outros textos surjam e desvendem mais detalhes tudo o que representa essa cidade. Creio ter conseguido cumprir a missão a mim conferida. Que este “IACANGA CIDADE CENTENÁRIA”, se junte aos demais já existentes e conquiste lugar de relevância dentro dos tantos dispostos a pesquisar e revelar essa história. Obrigado a tudo, todas e todos.



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