quarta-feira, 12 de março de 2025

BEIRA DE ESTRADA (191)


DE ALGUMA COISA ESTÁ SERVINDO O TÍTULO PARA O CAPIROTO
Não consigo mensurar e nem quantificar o quanto de prejuízo para as hostes dos fascitas isso de ter sido aprovado o título de Cidadão Bauruense para o fascistão de plantão brasileiro, o quase preso e já inelegível Jair Bolsonaro. Que tudo foi um desastre para a imagem da cidade, disso já não existe dúvidas. a repercussão negativa segue por caminhos sem controle. O assunto foi noticiário em muitos jornais e noticiários de rádio e TV, país afora. Um amigo meu voltando ontem de Sampa me disse: "Não sabia onde enfiar a cara diante de umas três pessoas que, me sabendo ser de Bauru, vieram me tirar o sarro e questionar, como é que pode uma coisa dessas". Pois é, na Bauru fascista pode isso e muito mais. Pioramos e isso, o tal dos 17 x 4 na Câmara de hoje é só o reflexo de algo se cristalizando com o advento da chegada da famiglia Suéllen ao poder municipal. Com eles, o entulho mais autoritário e reacionário, não só do fascismo, mas da representação do que de pior temos hoje no país, o retrocesso provocado pela ação intempestiva dos adeptos do "mito".

Um conhecido aqui das hostes internéticas, que há muito não tinha contato, me envia essas três montagens e diz ter visto outras, todas bem representativas do momento atual vivenciado pela cidade e de como ela está sendo vista país afora. Sim, o Mussolini defronte a Câmara não é algo feito por acaso, pois representa e muito bem algo que está em curso lá dentro, sem perspectivas de alteração. Minha mana Helena Aquino questionou um dos vereadores que votou favorável ao título pro indefensável, falou horrores pra ele e teve como resposta, algo que não surpreende e demonstra como tudo é decidido por lá: "Sabe como é, Helena, eu não tinha como votar diferente. Queria fazê-lo, mas sou do PL e este fechou questão. Teria problemas se votasse diferente do que foi decidido". No fascismo é assim. Não é mais permitido para a pessoa pensar diferente do que decide a cúpula. Se pedirem para estes se jogarem no abismo, creio que o farão, pois estão dominados e obscecados pelo que uma liderança lhes impõe. Este é a Bauru política de hoje e parte considerável do Brasil.

Dos males que vem para o bem, não custa continuar espezinhando todos estes que votaram favoráveis a vergonhosa aberração, pois quanto mais pessoas cobrarem destes, mais sentirão na pele. De outro conhecido, posta como comentário numa de minhas últimas postagens algo be melucidadtivo para demonstrar como se dá essa relação do vereador eleito e o trato com a coisa pública, o relacionamento com os demais e sua linha de pensamento e ação: "Henrique vc sabe o quanto vale um mandato de vereador, vc sabe que ficam até doentes por esse mandato vendem até a alma para o demônio escondido atrás da bíblia ou da imagem do santo (modo de falar) eu sei, pq acompanhei alguns vereadores, só alguns. Kkk . Inclusive acompanhei um na cadeia e a dor maior dele não era a falta da família dos filhos ou da esposa, mas sim do gabinete dele do poder que o mandato dava a ele e hj se encontra morto politicamente e esperando a vontade de Deus. Então isso tudo pode terminar muito pior que imaginamos, fico pensando aki , eles lá são filhos do mito deles Caim e Abel era filhos de Adão e no final vc já sabe no que aconteceu. Ou o mito deles entre em cena ou vai virar merda e o JN estará falando de Bauru". As ideias de Mussolini estão cada vez mais se espalhando e tomando corpo dentro da conjuntura e composição atual de nossos eleitos. Enfim, quem se salva de fato dentre os tais 21? Você colocaria a mão no fogo por algum deles? Eu já antecipo minha resposta. Eu não.

ARTISTAS DE RUA NA PRAÇA DE MONTMARTRE, PARIS
Eu e Ana Bia subimos até lá no alto de Montmartre. Pra quem sabe, aquilo é no alto de um morro e se não fosse a ajuda de um elevador, tudo muito penoso. A vista de Paris lá do alto é um deslumbre. Não é só isso, descendo um pouco mais, lugar abarrotado de turistas, numa praça, bares e restaurantes ladeando tudo, no meio de tudo, os artistas de rua tomaram conta do lugar e se oferecem para fazer caricaturas e mesmo pinturas com quem paga o combinado. Tem artista que traça a carapuça do cliente em até dez minutos. Sentei em frente e fiquei por bom tempo observando o que faziam, como faziam e como sou vidrado em tudo o que seja arte oriunda de algo rueiro, estava mais que encantado. O tempo passou e juntei fotos de quase todos. Pelo menos os que estiveram na minha mira. Um deles veio até nós e ofereceu seus serviços. Achei caro, 60 euros. Não pechinchei, fiquei sem trazer o trabalho de um deles, mas trago sua foto, aqui registrada dentre tantos outros. O fervo lá na praça é intenso, destes ininterruptos, o que causa alguma revolta nos moradores do lugar. Vi duas faixas destes se posicionando contrários, creio eu, não a presença dos artistas, mas ao descontrole. O burburinho é intenso. Para o turista, uma beleza, para o morador, nem tanto. Estes, os moradores, precisam levar em consideração que, querer morar num lugar daqueles, quando já está mais do que institucionalizado, local point de artistas variados e todos os turistas girando em torno deles. Se querem um lugar silencioso, não vão ter outro jeito, terão que procurar outro lugar para morar. Eu, no pouco tempo que ali passei, fiquei a observar os gestos, o trato com os pincéis, o jeito como olhava para o retratado e os transpunham para o papel. Tinha até um meninão no meio dos mais velhos. Fiz o registro e aqui posto em separado, pois isso, este local e estes artistas fazem parte de um dos locais mais visitados na Cidade Luz. Estive lá e o que mais gostei foi ficar observando os artistas dos pincéis.



DONA MARIA - RECOMENDO
Dona Maria é essa persistente comerciante, com seu pequeno restaurante ali na rua Araújo Leite, defronte o supermercado Pão de Açucar, sendo, fazendo e acontecendo. Passou, como todos, poucas e boas quando da pandemia, de mais de 120 refeições dia, caiu seu movimento para umas 15, porém se safou produzindo tortas. O filho a queria aposentada, ela o fez entender que ali e de portas abertas residia a grande motivação para continuar viva. Hoje, sorriso aberto, vê o movimento se normalizando e até alguns donos de restaurantes famosos no entorno, passam regularmente por ali, até para saborear seu tempero mais que caseiro. A encontro também sempre no mesmo mercado, onde compra as carnes, todas separadas segundo sua solicitação. "Não compro de nenhum distribuidora, pois vem muita coisa ruim junto. Eu mesmo escolho as carnes que aqui sirvo", confessa um dos seus segredos. No meu caso, quando bate saudade de uma boa comida verdadeiramente caseira e com preço honesto, baixo na Dona Maria e volto sempre satisfeito.

terça-feira, 11 de março de 2025

MÚSICA (245)


SABE A EXPRESSÃO "TEM GATO NESSA TUBA", POIS BEM, CABE COMO UMA LUVA PARA A SITUAÇÃO CRIADA PELA CÂMARA MUNICIPAL DE BAURU
Primeiro, colocaram em exercício durante a votação da concessão do Título de Cidadão Bauruense, quando 21 vereadores, demonstraram nos 17 x 4, como se concretizará os resultados em tudo que vier a ser levado para decisão dos eleitos. Essa a maioria, que deve até aumentar, dos que estão do lado da atual alcaide, Suéllen Rosin. Deram o título para o quase presidiário, um que nunca fez nada por Bauru, nem aqui pisou. Demonstração de burrice política, explícitada e só confirmada: estamos de mal a pior. Depois, o cara que fez a propositura, Eduardo Borgo, cai na armadilha e revida com fala perniciosa, totalmente descabida, grosseira e doentia, para quem se opunha ao feito por ele conduzido. Deixou provas gravadas de seu ato. Foi pedida sua cassação e isso, que deveria ter sido votado naquela sessão ordinária, a 6ª do ano, segunda, 10/03, por um motivo ainda desconhecido, pois o alegado é pífio, tudo foi adiado para o dia seguinte, terça, 11/03. Vem a terça, novo pedido de cassação de vereador, agora para o presidente da Câmara, Marcos de Souza, pela forma como conduziu o imbróglio no dia da votação. Este no exercício de sua função de presidente e ainda não tendo resolvido como seria o desfecho do caso anterior, o da cassação do Borgo, se aproveita e joga tudo para a frente, ou seja, novo adiamento.

O que isso tudo sugere aos leigos, como este que vos escreve: que acordos ainda não foram feitos, concretizados e a solução encontrada pelos tais que decidirão, ainda está em andamento. Ou seja, ainda não chegaram a um acordo entre as partes. E o que seria este acordo? Hipótese 1: Borgo capitularia, se mostraria mais ameno com Suéllen e teria preservado seu mandato. Hipótese 2: Sem acordo, como poderia se dar a votação que encralacraria sua vida política. Que tudo está nas mãos da alcaide, disso não existe a menor dúvida. A demora talvez se dê por ainda estarem em acordos de bastidores. Da decisão, pelo sim pelo não, Borgo perde. Primeiro por querer continuar de mostrando servil ao já inelegível e quase preso/condenado, depois por, quando se diz tão esperto, cair na armadilha, verdadeira arapuca montada. Caiu como um pato. A sensação pelos adiamentos é só uma: tem gato nessa tuba.

Marcos Souza deixou de ser um vereador propositivo faz tempo. Se transformou em porta voz da alcaide e isso o afasta de qualquer razoabilidade interpretativa. Até votou contra o título de Cidadão, mas isso é café pequeno diante de todas suas falas em defesa da alcaide e da atual administração. O conjunto da obra é péssimo pro seu lado. Evidente que o pedido de sua cassação será arquivado, mas e o do Borgo? A alcaide pode agora, impor aos seus subordinados que, se aproveitando da situação, mesmo tendo paparicado o inelegível, o venerado por ambos, mas como este se mostra divergente e ainda fora de seu grupo, esbravejando contrário a seus atos, eis o momento para colocá-lo pra correr. Borgo sabe disso tudo melhor que ninguém e a demora na decisão se deve a algum provável acordo sendo tramado, traçado e do qual a cidade tomará conhecimento nos próximos dias, tão logo a sessão de segunda, depois de terça e agora já não se sabe mais de quando, será retomada e tudo escancarado para a cidade.

O tocador de tuba tenta espantar o gato dentro dela, mas ainda sem sucesso, pois pelo visto, acordos ainda não foram definitivamente selados entre as partes conflitantes. Enfim, eles todos que são bolsonaristas e suellistas que se entendam. Só observamos aqui do lado de fora, constatando algo bem evidente nisto tudo: a coisa é mesmo medonha e Bauru não merece passar por tudo isso, com tanta coisa necessitando de urgente decisões, porém, o jogo é um que, mais dia menos dia, terminará como vaticinei dias atrás e sem necessidade de nenhuma bola de cristal, pois as evidências são enormes: tudo ainda vai terminar num plantão policial. Gravem isso e me cobrem lá na frente.
OBS.: A arte aqui exposta junto desta publicação foi gileteada de publicação do amigo Fernando Redondo, que tem escrito com sapiência sobre este intrincado momento da vida política bauruense.

e a canção caindo como uma luva para o escrito acima
"A GENTE GOSTA DOS DOIDOS, DOS MALUCOS, DOS BOBOS, DOS EXCÊNTRICOS, PIRADOS, ESTRANHOS, DESLIGADOS, LOUCOS, ENFURECIDOS, MAS A GENTE NÃO GOSTA DOS IDIOTAS"
Trouxe como mimo da longa viagem européia dois CDs. Meio que escolhidos a dedo, numa banca com promocionais e neste paródias divinais, com um som dançante e pensante. O grupo francês se chama DROLÊ DE SIRE e das 15 canções do álbum "Onoma Topées", selo L'utre Distribution, 2005, escolhi a algazarra em "NOTRE BICOQUE" (Nossa Casinha). São seis músicos, em apresentações ao estilo teatral e com letras descoladas, resvalando para o lado político/social, com pitadas de muita ironia. Um estilo que gosto, daí o motivo da escolha.
Eis o link deles tocando e cantando: https://www.youtube.com/watch?v=OTuvVrKw8UA

Nossa Casinha - Notre bicoque
A gente gosta dos doidos, dos malucos, dos bobos - On aime bien les tordus les barjots les jobards
A gente gosta dos excêntricos, dos pirados, dos estranhos - On aime les farfelus les fêlés les bizarres
A gente gosta dos desligados que perderam a razão - On aime les disjonctés qu'ont perdu la raison
Dos loucos, dos enfurecidos, mas a gente não gosta dos idiotas - Les fous les enragés mais on n'aime pas les cons
Se você é um vagabundo, um pobretão, um poeta - Si t'es un voyou un pouilleux un poète
Se você dá uma titubeada na cabeça - Si tu boîtes un peu de la tête
Um descalço que não vai a lugar nenhum - Un va-nu-pieds qui va nulle part
Com o coração perdido nas trilhas da memória - Le coeur perdu dans les ornières de sa mémoire
Um cabelo na sopa dos poderosos - Un cheveu dans la soupe des puissants
Um grão de areia nos pensamentos dos certinhos - Un grain de sable dans les pensées des bien pensants
Se você se desgasta batendo pregos com martelos - Si tu t'uses à planter des clous dans les marteaux
E cavando seu buraco com palavras - Et à creuser ton trou avec des mots
Se você é um grito, se você é uma canção - Si t'es un cri si t'es un chant
Se você se embriaga com vento - Si tu te saoûles avec du vent
Se ao invés de ser sensato - Si plutôt qu'être raisonnable
Você prefere vender sua alma pro Diabo - Tu préfères vendre ton âme au Diable
Se você é doido, se você é maluco - Si t'es toqué si t'es fada
Se você tem pensamentos fora da lei - Si t'as des pensées hors-la-loi
Se você não abaixa a calça - Si tu ne baisses pas ton froc
Se você é doido, se você é maluco - Si t'es toqué si t'es fada
Bem-vindo na nossa casinha - Bienvenue dans notre bicoque
A gente gosta dos doidos, dos malucos, dos bobos - On aime bien les tordus les barjots les jobards
A gente gosta dos excêntricos, dos pirados, dos estranhos - On aime les farfelus les fêlés les bizarres
A gente gosta dos desligados que perderam a razão - On aime les disjonctés qu'ont perdu la raison
Dos loucos, dos enfurecidos, mas a gente não gosta dos idiotas - Les fous les enragés mais on n'aime pas les cons
Se você tem nos olhos essas perguntas que te consomem - Si t'as dans les yeux ces questions qui affament
Se sua alma dá uma balançada - Si ça boîte un peu dans ton âme
Entre o acaso e o céu - Entre le hasard et le ciel
Uma funda acesa no fundo das suas pupilas - Une fronde allumée au fond de tes prunelles
Seu olhar que bagunça a Lua - Ton regard d'ébouriffeur de Lune
Como uma esperança de não morrer por nada - Comme un espoir de ne pas crever pour des prunes
Se você se desgasta plantando seu riso no infinito - Si tu t'uses à planter ton rire dans l'infini
E semeando o sol da confusão - Et à semer le soleil de la zizanie
Se você é um grito, se você é uma canção - Si t'es un cri si t'es un chant
Se você se embriaga com vento - Si tu te saoûles avec du vent
Se ao invés de ser sensato - Si plutôt qu'être raisonnable
Você prefere vender sua alma pro Diabo - Tu préfères vendre ton âme au Diable
Se você é doido, se você é maluco - Si t'es toqué si t'es fada
Se você tem pensamentos fora da lei - Si t'as des pensées hors-la-loi
Se você não abaixa a calça - Si tu ne baisses pas ton froc
Se você é doido, se você é maluco - Si t'es toqué si t'es fada
Bem-vindo na nossa casinha - Bienvenue dans notre bicoque
A gente gosta dos doidos, dos malucos, dos bobos - On aime bien les tordus les barjots les jobards
A gente gosta dos excêntricos, dos pirados, dos estranhos - On aime les farfelus les fêlés les bizarres
A gente gosta dos desligados que perderam a razão - On aime les disjonctés qu'ont perdu la raison
Dos loucos, dos enfurecidos, mas a gente não gosta dos idiotas - Les fous les enragés mais on n'aime pas les cons

segunda-feira, 10 de março de 2025

BAURU POR AÍ (237)


NA SEQUÊNCIA DOS FATOS

TERIA EDUARDO BORGO CAÍDO NA ARMADILHA DE SUÉLLEN ROSIN
Eduardo Borgo é um político que por muito tempo procurou um filão para se fazer politicamente. Encontrou quando deu de cara com a política que, num certo momento da vida nacional, estava vindo à tona, a do político Jair Bolsonaro. Ele, Borgo, já havia tentado atuar nas hostes da Prefeitura Municipal, chegando a galgar postos importantes dentro da Emdurb. Bateu de frente com o então prefeito, Clodoaldo Gazzetta, exatamente pelo mesmo motivo que o encralacra hoje, o de ser boquirroto. Saiu da Emdurb chutado pra fora - queria mais luz que o prefeito de então -, esperneou, mas passado um tempo, estava novamente no ostracismo e isso, para ele, se tratava de seu fim político. Com o advento Bolsonaro, pegou carona e voltou a ter alguma luz sob sua pessoa. Resumidamente essa sua história. 

Eduardo Borgo é advogado. Diz ter atuação há décadas. Ninguém sabe, ninguém viu. Particularmente o conheci na Escola de Samba Coroa Imperial, quando até puxador de samba enredo foi. Um grilo falante. Gostava das rodas de boa prosa, principalmente as de balcões de bar - também gosto de frequentar estes lugares. Ali se tornou mais popular. No mais, comenta-se muito da atuação política de seu pai, um senhor com ligação umbilical com a luta dos trabalhadores e com atuação no campo da esquerda. Borgo desde cedo trilhou outros caminhos. 

Tudo desemboca no que está acontecendo hoje e ele, com seu jeito icônico e boquirroto, tudo fazendo parte de um script previamente pensado, grita em alto e bom som contra a  alcaide Suéllen Rosin, porém, por outro lado morre de amores por tudo o que seu Jair, o Bolsonaro produz. Não que ele desconheça toda a perversão do que representa Bolsonaro. Pelo contrário, ele sabe muito bem onde está metido. Não é bobo nem nada. Usufrui e segue o jogo. Diante de tudo, ainda um pouco incompreensível para a turba do lado de fora do jogo político - a qual me encontro -, isso dele bater tanto em Suéllen e morrer de amores pelo Bolsonaro, uma vez que ambos são da mesma linhagem, postura e fisiologia. Pois agora, talverz seja exatamente isso o que irá lhe destruir politicamente.

O tal, dentro do personagem criado e mantido por ele, se aproveitando do momento vivido pela política local, reapresenta isso do título de Cidadão Baurense para o seu "mito", o quase preso e já inelegível. Ele, que conhece bem como está hoje a composição política da Câmara - os tais dos 17 x 4 que cravei desde a eleição -, sabe que, se a proposta foi no passado rejeitada, hoje, momento pior que antes, passaria fácil. Foi o que aconteceu. Sempre será assim, com um voto a menos, outro mais, o placar será cravado, sempre neste patamar. Daí, Borgo, que se diz tão espeto, parece ter caído na própria armadilha. Quando da votação, falou o que não devia. Fez gestos impróprios e descabidos, grosseriro como sempre foi, boquirroto como sempre foi, porém, não se sabe até em que ponto, se for verdade que ainda é opositor da alcaide, ela agora tem a faca e o queijo na mão para defenestrá-lo como vereador. O que ele produziu na sessão de aprovação do tal título para Bolsonaro é mais que sério, porém, tudo passaria sem punição, diante de uma maioria constituída a favor dos pensamentos autoritários e tacanhos de Bolsonaro. Borgo sabe que, estão em busca de um motivo para sua cassação. O motivo chegou e o momento, se quiserem é exatamente este.

Com a representação feita e apresentada durante a última sessão da Câmara, motivando até o adiamento da mesma, algo que deve ocorrer nesta terça, 11/03, ele agora diante de um dilema de vida ou morte. A alcaide possui pleno domínio sobre tudo dentro da Câmara, os tais 17 x 4, portanto faz o que quer lá dentro. Borgo sabe disso melhor que ninguém. Ele aprovou seu título para o futuro presidiário, talvez foragido da Justiça e com a reação frente a populares que o espezinhavam, cometeu o ato falho. Se o pedido de sua cassação de fato ocorrer, estará nas mãos da alcaide decidir se ele vai ou não ser cassado. Mesmo ambos sendo bolsonaristas, ele tendo feito o afago ao mentor de ambos, pelo fato dele se insdispor contra a administração suellista diariamente, está neste momento no colo dela, pois a arapuca está armada. Não ocorrendo um acordo entre as partes, eis o Xeque Mate já sacramentado. 

Lembro bem de como esperneou quando caiu lá no cargo que lhe arrumaram dentro da Emdurb e hoje, o vejo boquirrotamente - como gostei desta denominação - numa situação bem parecida. Depende dela para continuar vereando e flanando na vida política. Nem quero pensar no que pode estar ocorrendo nos bastidores e corredores da vida política bauruense neste exato momento.

AINDA O CARNAVAL
ALGO CONTADO A MIM POR CLAUDIA LUCCIOLA E REFLEXÕES CARNAVALESCAS
Quando ainda viajando, não me lembro mais em que lugar estava, envergando no peito uma vistosa camisa vermelho e branca, comemorando os 30 anos do bloco carnavalesco carioca "Imprensa que eu Gamo", sabendo que sua saída este ano foi a última de sua existência, depois de 30 anos de rua, pergunto a ela, entendida dessas questões de blocos de rua carioca: "Cláudia, por favor, diga alguma coisa, este é realmente o último ano deste bloco? Ele está acabando? Você desfilou mais uma vez nele? Aqui onde me encontro não tem Carnaval, pelo menos não vi nada até agora. Desfilo por aqui com essa do Imprensa e com a do bloco fundado por mim, o bauruense Tomate. Por aqui, quando tiro o casaco e mostro ao mundo a irreverência carioca, cores pouco vistas em vestimentas em tempos frios, preferindo cores opacas, causo algum rubor em faces. Um beijo, Cláudia, conte alguma coisa deste último ano aí pra nós".

Ele demora três dias e me responde, num ainda intervalo entre a saída de um bloco e outro: "Oi, Henrique! Como vão de viagem? Tudo bem? Qdo vc me mandou msg na 2a feira eu tava saindo pra tocar no Virtual. Era 2a de Carnaval! De fato, vários blocos desse formato de caminhão de som, bateria e um samba vencedor estão acabando. Mais de 100 mil reais a brincadeira! Depois, as pessoas envelhecem, ficam cansadas... Garotada curte outro formato. Não tem ninguém pra assumir o comando. Escravos da Mauá já enrolou o pavilhão.  Bloco de Segunda encerrou ano passado. Esse ano, Imprensa que eu Gamo e Meu Bem, Volto Já. Ano que vem, Suvaco de Cristo. Só permanece o Simpatia é Quase Amor (pq a garotada assumiu). Ah e o Carmelitas e o Barbas!".

E mais não me disse, mas entendi tudo. O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é MiXto passa por problemas similares. Discutimos há anos sobre a renovação e como atrair novos foliões. Rodamos em círculos e mesmo querendo muito, confirmado com o que se viu na descida da Batista deste ano, uma só certezas: existe um público para o Tomate, o Imprensa, o Simpatia, Carmelitas e tantos outros, todos contestadores, provocadores e carnavalescos na sua essência. Dificuldade sempre será o nosso nome, mas resistir, lutar contra as adversidades e colocar o bloco na rua, sempre mais que uma vitória. Olhar para trás e ver como se deu a saída anual, como ela foi possibilitada é algo para incentivar e não deixar a peteca cair, nem a chama se apagar. Aqwui, no caso bauruense, se faz muito necessário a continuidade do Tomate, pois é único no que faz, unindo a festa carnavalesca com a necessártia crítica social. Ninguém mais faz isso nas ruas bauruenses e o custo, diferente do Rio, não cherga a algo tão alto. Viajei neste ano, o bloco saiu e isso prova, ninguém é insubstituível. O que se faz necessário agora é sentar todos numa mesa e sensatamente colocar as cartas, dizer o que pensa, ouvir o outro e encontrar saídas, pois o Tomate não pode terminar. Foram 13 anos e outros tantos virão pela frente. Vida longa ao Tomate, ao Carnaval e aos blocos de rua!

domingo, 9 de março de 2025

RELATOS PORTENHOS / LATINOS (143)


ALGO MAIS DISSO TUDO
Eu estou com 64 anos, prestes a completar 65. Faltam apenas três meses. Neste ano, além de tudo, estarei me aposentando. Sim, eu ainda não consegui me aposentar. O culpado foi eu mesmo. Deixei criar um buraco no meio da minha contribuição e quando me dei conta e voltei a pagar, era tarde, mudou a legislação e só conseguiria fazê-lo aos 65. Tenho até tempo de contribuição, comecei trabalhar muito cedo. Meu primeiro registro em carteira foi aos 13 anos, na fábrica dos Shayeb, a Cintos América e Meias Terra Branca. Eles ainda estavam na Joaquim da Silva Martha, os velhos comandavam o negócio. Eu não parei mais e pelo que me entendo, continuo aí, não só aprontando das minhas, mas tentando me mostrar útil e botando muito a cara para bater.

Eu não me mostro e estou enfurnado na luta neste país por motivo outro que não seja o de, com alguma mudança, a coisa melhorar para a maioria do povo brasileiro. Eu fui tentando ao longo do tempo ser, fazer e acontecer. Hoje, olhando pra trás, não me arrependo de muita coisa que fiz. Claro, fiz cagadas, pisei em ovos, mas também acertei bastante e nunca me posicionei ao lado dos destratores deste país. Olho para traz e isso me traz orgulho. Eu quero mais coisas para o todo, o coletivo, a massa ocupando seus espaços, sendo melhor valorizada e conquistando coisas. Dessa luta, me tacham de comunista, socialista ou qualquer outra coisa. Eu, num certo período de minha vida, após ter teado cursar Tecnologia da antiga FEB, depois Direito na ITE, resolvi cursar História, época da USC e lá me encontrei comigo mesmo. Fiz parte de uma turma de gente, a maioria como eu, desbravadores deste mundão pelo seu lado social. Assim como lutei e luto, vejo muitos destes ainda na lida e com posicionamentos muito iguais aos que tive ao longo da vida. Somos, na verdade, parte de um time que clama e coloca o bloco na rua em busca de mudanças estruturais. 

Eu, hoje olhando para trás e depois de consequir, conquistar uma viagem de sonho, 22 dias percorrendo lugares, a maioria nunca antes pisados. Sei que, diante de tudo o que vejo acontecendo à minha volta, sou um privilegiado. Daí, quando eu me mostro por aqui por inteiro, fazendo questão de postar os lugares onde consegui pisar, não faço para me mostrar. Sim, acabo me mostrando, mas a vida hoje é isso, uma exposição de como somos, fazemos e acontecemos. Escrevo isso tudo, numa mistureira meio sem pé nem cabeça, mas é isso mesmo. A vida é esse encaixe, essa conquista, somatória de proposituras, muitas dando certo, outras erradas e quando a coisa dá certo, por que não deveria dizer isso ao mundo? Eu digo, porém, tenha certeza, continuo e muito com os pés nos chão. Fiz e faço de minha vida não essa realização pessoal aqui exposta em minhas publicações e escritos. Tem também um lado de luta e nele, podem perceber, está declarado o lado onde me encontro. Eu viajo, escrevo, escrevo muito, ainda trabalho, ao meu modo e jeito, porém, mesmo sendo um privilegiado, nunca me verão tendo algum tipo de posicionamento em detrimento da luta, na qual estou enfronhado desde muito jovem. 

Essa luta da vida é assim mesmo. Acertos e erros, mas o bonito é deitar, colocar a cabeça no travesseiro e constatar não ter feito nada pra prejudicar ninguém, não ter sacaneado com o semelhante e continuar lutando. Na luta você conquista muitos amigos, que pensam e agem como você, mas encontram outros tantos, lutando também, por outros caminhos. Acho que quem acompanha bem de perto como se dá a vida humana, pelo sequencial promovido por cada um ao longo de sua existência, dá para perceber o quanto a pessoa agiu certo, errado, pisou no tomate e cometeu barbaridades. Eu me orgulho pela forma como escolhi. Não foi fácil chegar até aqui. Chegou, hoje carrego comigo uma diabetes, essa me moldando prum lado ruim, degenerativo e não tenho conseguido me livrar dela. Ela deve encurtar bocadinho minha existência. Nem sei quanto me resta de vida, ninguém sabe, nem eu nem o Elon Musk. Pelo menos isso. De minha parte, minhas conquistas me tornaram um ser feliz, realizado. Ainda consigo fazer muita coisa que quero, sem me humilhar para conseguí-las. Isto é mais que um grande feito. As barreiras neste mundo são imensas e para transpô-las, não existe um roteiro. No meu caso as coisas foram acontecendo, tive muita sorte em alguns momentos, conheci as pessoas certas e cá estou, ainda me considerando livre, leve e solto.

Quero me contemplar muito mais daqui por diante. Reverenciar o que já conquistei e continuar lutando contra as desigualdades, todas elas. Eu sei que não irei mudar o mundo, mas se fizer a minha parte, estarei de bem comigo mesmo e posso ajudar de alguma forma. Milito na esquerda, sou petista, ateu, plebeu, fariseu e tento, ao meu modo e jeito, tocar a vida adiante, dando o meu quinhão, me expondo para isso, sem medo de ser feliz. Agora mesmo, quando 24 horas atrás estava na Europa, agora já de volta pra minha aldeia, o lugar onde nasci, cresci e vivi a maior parte de minha vida, acordo no meio da noite, sem o compromisso e obrigação de ter que acordar na manhã da segunda, pegar no pesado e ralar pra sustentar a própria sobrevivência. Tenho o suficiente para continuar tocando a vida em frente e isso me basta. Eu só quero da vida isso de poder continuar indo pela aí, ainda com gás para construir algo mais, pois vejo que meu ciclo ainda não se encerrou. Portanto, continuarão me vendo na lida e luta. Isso fez e faz parte de minha atribulada vida. Eu gosto de mais da conta de ruar, sair pela aí, vento no rosto, vendo as coisas acontecerem como elas se dão e ir tentando mostrar e incluir gravetos que podem pegar fogo. A vida é uma luta, mas é também isso de conseguir desfrutar de algo e fazer o que se gosta. 

Conquistei meu Mafuá, um espaço só meu, onde guardoi minhas preciosidades e ali, meio que apartado do mundo, sento, reflito, escrevo e viajo no tempo e no espaço. Ali é minha capsula do tempo. Quando estou lá no meu cantinho, no meio das coisas que gosto é meio que estar em transe, sair de um mundo e adentrar outro. Outro privilégio, conquisitado com a herança deixado por meus pais a mim. Vendi o lugar que tanto amei e fui criado, a casa na beira do rio, após não aguentar mais as enchentes e hoje, num outro lugar, menor, porém com a mesma concepção. No outro conseguia reunir mais gente, neste fico mais sózinho, eu e minhas coisas. Ainda jogo na loteria e se ganhar uma considerável grana, compro um imóvel grandão e irei promover congraçamentos coletivos. Meu modo de não me aquietar. No momento, o sono está voltando, encerro meu escrito e vou dormir mais um pouco. Depois, quando o dia raiar, vou começar a desfazer do conteúdo das malas da viagem. Irei dar destino para tudo o que trouxe. Pequenas preciosidades e assim, dia após dia, estarei por aqui, enchendo o saco de muitos, cutucando outros e vivendo intensamente. Eu sempre vivi intensamente e não será agiora, quando a aposentadoria me bate à porta, que mudarei tudo, colocando uma cadeira na beirada da calçada onde moro e ali, sentado, ver tudo acontecer e só olhandoi, sem participar do furdunço. Furdunceiro que se preza não aquieta nunca o facho.
OBS.: Nas fotos, algumas minhas na última viagem, sózinho, sem a Ana Bia, minha companheira de trajetória e de vida. Depois escrevo também dela e da loucura de uma vida a dois. 

sábado, 8 de março de 2025

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (157)


COMEÇANDO VIAGEM DE VOLTA AO BRASIL, CARREGANDO NAS COSTAS, COM MUITO LOUVOR, O ORGULHO DO FILME COM FERNANDA
Foto supóstamente de Arnaldo Baptista, ex dos Mutantes, tirada em Sampa.

VOLTANDO PRA CASA E LENDO NA VIAGEM
Chegou o dia de voltar pra casa. A saga iniciada por Ana Bia e este HPA teve início num sábado 15/2 e hoje, também um sábado, 08/3 chega ao fim. Histórias incontáveis. Muito mais do que aqui tentei retratar. Algo único em nossas vidas. A ideia de conhecer um pouco mais do Leste Europeu partir da Ana, logo incorporada por mim. Ana possui o dom da viagem bem planejada e eu, sigo na sua vibe, ou seja, junto algo aqui e ali, assim formando este casal que, tenta ano após ano, sair pela aí em algo único. Sim, sabemos pertencer a um núcleo de privilegiados e só por causa disto, fazemos tudo sem pompa, mas fazendo questão de registrar, de fincar uma raiz naquilo feito. São realizações de uma vida inteira e concretizadas após muito planejamento. 

Passamos nesta longa viagem por seis países diferentes. Tudo teve início em Amsterdam, na Holanda e lá contando com a participação da amiga Márcia Nuriah e de seu marido. Ela em especial nos deu uma atenção e informações preciosas, dessas que um turista normal nunca teria condições de ter em tão poucos dias. De lá seguimos ainda de avião para Praga, na República Theca. A partir daí, iniciamos um outro trajeto, este feito de trem, conhecendo mais a fundo alguns dos ramais férreos europeus. A próxima parada foi Viena, na Áustria. Também de trem seguimos para Bratislava, a menor cidade onde estivemos, na Eslovênia, algo inimaginável até então. Na última viagem de trem, um para Budapeste, capital da Hungria e por fim, voltando a viajar de avião, encerrando o tour, Paris, na França. 

Com muitas fotos e pouco texto, tentei descrever a emoçãosentida e nosso roteiro, privilegiando conhecer algo dos lugares onde estivemos. Não somos turistas de consumo e sim de gadstar sola de sapato e ouvidos. Ouvimos muito, conversamos muito e tentamos sair dos lugares com algo mais acrescentado em nossas vidas. Creio ter conseguido atingir o objetivo. Tudo foi vivido intensamente e da melhor forma possível. No retorno, chegamos só com objetos considerados "quiquilharias" de viagem, apetrechos de cada lugar, algo marcante, além de, no meu caso, muito papel. Mesmo não lendo nada na língua do que reuni, são para mim as verdadeiras preciosidades desta viagem. Meus tesouros, que agora, pouco a pouco, irei garimpando sua tradução e melhor entendimento. Cada pedacinho do que trouxemos estará incrustrado no acervo que já possuo no meu Mafuá, hoje todo sendo recondicionado e ainda na fase de reorganização, com o novo espaço, saindo lá das barrancas do rio Bauru, onde perdia muita coisa, devido alagamentos e tudo sendo acondicionado dentro de uma quitinete.

Na viagem de volta, passa aquele filme diante de nós dois. Nosso retorno começou na madrugada deste sábado, 8/3, quando acordamos 5h da manhã, três malas já prontas e fechadas, dentro do peso permitido pelo vôo e uma para ser fechada na última hora, com nossas necessidades básicas. Saímos do hotel por volta das 6h da manhã, uma hora até o aeroporto Charles de Gaulle e depois os trâmites normais de embarque pela Air France. Eu sempre me embaralho um pouco nestes momentos relativos a embarque. Tudo resolvido e a espera junto ao guichê de embarque. No horário francês de 10h30, quatro horas mais no fuso brasileiro embarcamos. Daí por diante, até pela noite passada ontem, quando na despedida feita com um jantar a nós oferecido pela amiga de infância de Ana, a carioca e experiente agente de viagens Elaine e seu marido Christtophe, tivemos o prazer de experimentar o tal do "Raclette", com queijo derretido e muitos frios - algo parecido com o fundue, porém com pitada francesa - estávamos cansados e ansiosos.

Não tenho como ainda conseguir reunir tanta coisa acumulada dentro da cachola por estes dias. Foi, pela primeira vez, depois de 13 anos de existência do bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é Mixto, que estive longe de alguma participação para sua descida no sábado de Carnaval. Doeu muito, mas como não tinha como adiar a viegem e sabe-se, em tudo nesta vida, nada pode ser considerado definitivo e imutável. Acompanhei à distância e vibrei coim uma descida vitopriosa, como todas as demais. Meu Carnaval este ano foi concebida e realizado dentro de outra metodologia e realização. Acompanhei, como tudo o mais recebido de informações da vida brasileira, à distância. Ganhamos um Oscar com o "Ainda Estou Aqui", Bolsonaro ainda não foi preso, o Noroeste permanece na 1ª divisão do futebol paulista, o papa continua resistindo num hospital, Milei ainda não foi destituído na Argentina, Trump no poder se mostra perverso, arrogante e voraz com tudo à sua volta, seguindo de perto pela insanidade dos bolsonaristas brasileiros. Mesmo longe, não tinha como deixar de escrever algo sobre o título de Cidadão Bauruense para o capiroto, quase preso e inelegível. São as tais aberrações produzidas em série pela Bauru "endireitada" (sic). E por fim, o Corinthians perde de 3 x 0 para um time equatoriano e se complica na Libertadores. 

A viagem de volta é longa e o tratamento dado aos que nela viajam é digno. Gostei muito. Dormi parte da viagem e outra li. Foram dois livros findos durante o vôo. O primeiro havia começado numa viagem entre Budapeste e Paris, o "De vagões e vagabundos - Memórias do Sumundo", coletânea de textos do norte-americano Jack London. Inimigo ferrenho do capitalismo, Jack London odiava a ganância que impulsionava o desenvolvimento da América. Sua infância sacrificada, a adolescência rebelde e a experiência na prisão deram-lhe profundas convições solialistas", escreve o historiador Ricardo Bueno no prefácio. Enfim, ele mesmo define sua vida em uma frase: "Fui sempre implacavelmente explorado. Até que escolhi o meu lado". O segundo livro lido na viagem foi "O Pavão Desiludido", memórias do jornalista capixaba, que li muito pelas páginas do Jornal do Brasil, Carlinhos de Oliveira. Este livro eu comprei em Paris, numa livraria brasileira no coração da Cidade Luz. Sua história da infância, desde suas primeiras recordações, até quando deixou Vitória ES, aos 16 anos é descrita sem dó e piedade. "Eu ia ser um grande artista, ia ser o maior escritor brasileiro, mas infelizmente não tenho berço... Sou cruza de assassino com carrasco... Ora, ora...", se define quase no final do livro. Ele vai até sua chegada ao Rio, quando passa fome, porém resiste, pois nem pensar em recuar, voltar. Duas boas leituras.

Ana se deliciou com dois filmes, um francês cheguei a espiar e outro, o do Máscara com a cantante Lady Gaga. Frequentei por três vezes o banheiro, pois a incontinência insiste em me persguir e antes da produção de algum estrago, melhor ir remediando, levantando e após o fechamento da viagem, a conclusão mais dentro das estatísticas somadas nestes 22 dias em circulação é de que o lugar maisa visitado não foram  os museus e sim, os sanitários. Os conheci de fato, desde os mais simples aos mais rebuscados. Gostaria de ter escrito até um arrazoado sobre o tema, pois ganhei experiência nos tais "toaletes" europeus. Em quase todos, estão localizado em porões, andares de baixo, havendo necessidade de subir e descer escadas. O fiz com maestria. Enfim, são tantos os temas pelos quais gostaria de ter escrito mais e dedicado mais de meinha escrita, mas em viagem, ainda mais como realizada, confesso, é muito difícil conseguir parar para fazê-lo. o que existe para ser feito é tão intenso e sequencial que, parar para escrever é uma perda de tempo, praticamente sem conseguir reposição na sequência. Precisei optar e os escritos sairam prejudicados, porém, tentei publicar quase tudo o que fotografei. Elas, as fotos, estão aí a registrar como se deu essa nossa viagem.

A chegada em Sampa ocorre por volta das 18h deste sábado e depois, um baita amigo estava à nossa espera, com nosso carro, na saída do aeroporto, nos trazendo de volta pela rodovia Castelo Branco - ouço que pode mudar de nome para Eunice Paiva. Paramos uma só vez e o gasto realizado é sempre alto nos postos nas rodovias brasileiras. Ana não me permitia fazer a conversão e conta do gasto que íamos realizado, pois disse não teria prazer na viagem. Assim o fiz, mas de algo tenho a certeza, mesmo com o preço convertido e sempre carto para mim, o gasto em lá chega perto ou se equipara com o cobrado pelos postos na Castelo. Diria mesmo, aviltantes, verdadeiro assalto a mão armada. Chegamos em casa por volta da meia noite e após sonecas no avião e no carro, mais o fuso horário ainda dentro da gente, desmontamos as malas e deitar mesmo, pegando no sono só por volta das 4h da manhã deste domingo. Histórias eu tenho tantas pela frente e as contarei dentro do possível. Em produzi um álbum pessoal de figurinhas, colando tudo o que via pela frente, até para manter tudo vivo na memória, que já demonstra falhas. O faço até para não me esquecer de nada. O trabalho recomeça na segunda e no domingo "morgo", tentando redirecionar o corpo, fazendo-o entender que voltamos pra casa.

PENSANDO JUNTO COM JACK LONDON, IN "DE VAGÕES E VAGABUNDOS - MEMÓRIAS DO SUBMUNDO" - SERÁ QUE ISSO É O COMUNISMO QUE TANTO REPUDIAM?
Creio, não precisarei escrever nada mais do que o aqui colocado entre aspas, retirado dester livrinho devorado na viagem de retorno ao Brasil:

"Eu olhava para a filha do dono da fábrica de enlatados, em sua carruagem, e sabia que eram meus músculos que ajudavam a empurrar aquela carruagem sobre seus pneus de brorracha. Eu via o filho do industrial indo para a escola e sabia que era minha força que ajudava, em parte, a pagar o vinho e as boas amizades que desfrutava. (...) Os dois homens que eu tinha substituído estavam recebendo quarenta dólares por mês cada um; eu fazia o trabalho dos dois por trinta dólares. (...) Para conseguir abrigo e comida os homens vendem coisas. O comerciante vende seus sapatos, o político vende seu humanismo e o representante do povo, com exceções, é claro, vende sua credibilidade; enquanto quase todos vendem sua honra. As mulheres também, nas ruas ou na sagrada relação do casamento, estão prontas a vender seus corpos. Todas as coisas são mercadorias, todas as pessoas compradas ou vendidas. A primeira coisa que o trabalhador tinha para vender era a força física. A honra do operariado não tinha preço no mercado. O operariado tinha músculos e somente músculos para vender. (...) Quando um comerciante vende seus sapatos, continuamente repõe o estoque. Não há como repor o estoque de energia do trabalhador. Quanto mais ele vende sua força, menos sobra para ele. A força física é sua única mercadoria, e a cada dia o estoque diminui. No fim, se não morrer antes, ele vendeu tudo e fechou as portas. Está arruinado fisicamente e nada lhe restou senão descer aos porões da sociedade e morrer miseravelmente. (...) Se eu não podia morar no andar de luxo da sociedade, podia ao menos, tentar o sótão. Assim, resolvi não vender mais meus músculos e me tornar um vendedor de cérebro. (...) Podia especialmente citar professores que conheci, homens que vivem de acordo com o decadente ideal universitário, a perseguição sem paixão da inteligência sem paixão. (...) Em hotéis, clubes, casas e vagões de luxo, converseu com capitães de indústria e me espantou como eram pouco viajados nos domínio do intelecto. Por outro lado, descobri que sua inteligência para negócios era excepcionalmente desenvolvida. Descobri também que sua moralidade quando há negócios envolvidos, nada vale. (...) Algum dia, quanto tivermos poucas mãos e alavancas a mais para trabalhar, vamos derrubá-lo, com toda sua vida em putrefação e sua morte insepulta, seu egoísmo mostruoso e seu materialismo estúpido. Então vamos limpar os porões e construir uma nova moradia para a espécie humana, onde não haverá andar de luxo, na qual todos os quartos serão claros e arejados, e onde o ar para respirar será limpo, nobre e vivo. (...) E no fim de tudo, minha fé está na classe trabalhadora. Como tem dito um francês: 'A escada do tempo está sempre ecoando, com um tamanco subindo e uma bota polida descendo'".

Se atentem para o fato deste texto ter sido escrito em Newton Iowa, EUA, novembro de 1905. Agora me digam com toda sinceridade: o que de fato mudou se a exploração continua a mesma, ou até mesmo pior?

CERTEZAS CAINDO POR TERRA
No caso brasileiro, diante do desmedido avanço do conservadorismo, neopentecostalismo e bolsonarismo retrogrado, vide a perseguição ocorrida a foliões no hoje atrasado e governado por dementes, Rio Grande do Sul, creio que até nossa maior festa popular corra muitos riscos.
HPA, já pisando em solo brasileiro, São Paulo SP, sábado, 08 de março de 2025.

sexta-feira, 7 de março de 2025

MEMÓRIA ORAL (316)


MICHEL, 39 ANOS COM UMA LIVRARIA PORTUGUESA E BRASILEIRA, PRÓXIMO DO PANTHEON PARISIENSE
Eu, que não falo francês, entendo pouco, sinto falta de falar e ler algo dentro de algo inteligível para quem, durante a vida inteira, o fez quase que exclusivamente em protuguês. Aqwui por Paris, o padecimento é grande e as opções culturais estão a nos rodear. Em cada esquina uma e mais convidativa que outra. Perdição sem fim. Quando, rodando pelas ruas e conduzido pelas mãos de Angelica Adverse, que morou em Paris por alguns anos, sou levado para um oásis brasileiro no coração da cidade, quase caio das pernas. Confesso, foi difícil me tirar dali, mesmo com tudo o mais que a cidade me proporciona em cada virada de esquina.
Lá conheci Michel Chandeigne, francês e proprietário da Librairie Portugaise & Brésilense, localizada na rue des Fossés Siant-Jaques, na Place de l'Estrapade, há exatos 39 anos e ali tornando-se um dos pontos de encontro de brasileiros - principalmente os interessados em literatura, pois sabemos, muitos pra cá aportam e não lêem nem bula de remédio, quanto mais livros. o lugar é mais do que aprazível, pois além dos livros brasileiros e protugueses em francês, muita coisa na nossaa língua, edições antigas brasileiras.

Numa banca de promoção, três euros cada, separo três, Samuel Wainer, Carlinhos Oliveira e o jornalista Pena Branca. O do Wainer tenho, assim como o da editora Codreci, a do Pasquim, com o livro Barra Pesada e assim sendo, seguindo orientação de de dona Ana Bia, "leve somente um, olha o peso das malas", fico com o "O Pavão Desiludido", de um jornalista que adorava ler nos bons tempos do Jornal do Brasil, quando o comprava na banca lá na estação ferroviária, praça Machado de Mello. Como trouxe três livros para ler na viagem, todos fininhos e termino o último entre hoje e amanhã, o do Carlinhos reservo para a viagem de volta.

Mas não é disso que quero exatamente escrever e sim, do maravilhamento de quando longe de casa, ainda mais noi estrangeirto, se deparar com um "oásis", como disse ao sr Michel, como denominava sua livraria. Perguntei a ele se vendia bem e sua resposta: "Sim. Já deu mais, tempos quando Jorge Amado, Graciliano e mesmo Oswald de Andrade vendiam mais. Insisto, pois isso me move. Falo pouco de português, mas entendo todos que por aqui aportam. E discuto sobre os temas e autores, enfim, eles convivem todos comigo já há quase quarenta anos. Isso tudo é minha vida".

Sim, é isso mesmo. Rodopiei pelos corredores e tirei foto de muitos os títulos ali expostos. Viajei na maionese, como costuma-se dizer entre os que se lambuzam de contentamento diante de um prato de guloseimas, dessas irrestíveis. Livros, para mim, são objetos de adoração e de acumulação. Meu mafuá que o diga. Vivo no meio deles e se sofresse de rinite, ou problema pulmonar, estaria já debaixo de sete palmos, pois a devoção me faz permanecer magnetizado com estes, velhos, novos ou até carcomidos perlo tempo. Seu Michel que o dia, pois sua livraria cheira deste néctar. Eu até comentei com ele algo perceptível em sua livraria, com tantos livros de velhas edições brasileiras e todos com aspecto de novo, algo difícil de ser encontrado nos sebos brasileiros.

Então, foi assim, como adentrei, fui sacado de continuar vascuilhando e, consequentemente, gastando por lá. Fui retirado meio que a fórceps de lá e levado de volta para a rua. Arrastado sem dé e piedade, passo adiante a dica, pois talvez até existam outras com o mesmo teor na cosmopolita Paris, porém, a deste senhor, que já foi várias vezes ao Brasil, "no passado", como me diz, é diferenciada. Lá, além dos livros, cartazes e outras referências, como a do filme "Ainda Estou Aqui", que já passou em Paris - seu Michel não foi assistir e espera ele voltar em cartaz -, com algo fixado no vidro da porta de entrada, como uma espécie de cartão de visitas ou chamarisco para o brasileiro adentrar o lugar. Ser brasileiro, estar longe de casa e não ser tocado por algo assim é estar "ruim da cabeça ou doente do pé", como dizia a velha canção.
Deixo a dica. Passando por Paris e longe de casa por um certo período, não deixe de vir conhecer essa livraria e bater um papo com seu Michel, alguém pelo qual, só por ter despertado nele o interesse de passar adiante algo do Brasil - e também de Portugal -, de nossa língua, merecedor de todos os elogios e paparicos. Fui voltei e se passar por perto, hoje, sexta, 07/03, um dia antes da despedida, adentro e levo mais alguma coisa. Para livros sempre sobrará espaços em minha mala.



em Bauru não se fala em outra coisa
COMENTÁRIOS APÓS PUBLICAÇÃO DA INCONCEBÍVEL APROVAÇÃO DE TÍTULO DE CIDADÃO PARA O GOLPISTA E INEPTO JAIR BOLSONARO
1.) "O golpe continua. Esses 17 são cúmplices. Bolsonaro não tem saída jurídica. Volta-se desesperadamente para uma saída política baixa, muito baixa. Até seu filho foi pedir sanções econômicas nos EUA contra o país. É o avesso do patriotismo. É a negação do nacionalismo. É hipocrisia pura!", Alberto Pereira.
2.) "Cada um se identifica com o que lhe assemelha: canalhas se identificam com canalhas... Fácil de entender", Benedito Falcão.
3.) "Anotem os nomes dos idiotas que votaram a favor . O que o inelegível fez para Bauru ? Uma creche ? Um hospital? Um pronto atendimento? Uma rua asfaltada? Muito pelo contrário só contribuiu com sua ignorância pra várias mortes na pandemia. Um sr arregão que quando do golpe mal sucedido estava nos EUA enquanto nossos vereadores borgo e cia estava em frente ao quartel. Vergonha", Roger Martins.
4.) "O título de Cidadão Bauruense vai ser entregue na P1 ou P2?", Walter Pissuto.
5.) "Bauru derretendo e a câmara brincando de dar título de cidadão bauruense....enquanto isso a prefeita vai casando e loteando bauru", Eduardo Nicolas.
6.) "Do Borgo nenhuma novidade. Mas até certos vereadores que se diziam progressistas, uma decepção total. Perfeitos bolsominios de carteirinha", Roberto Peres.
7.) "Mamando o falo do brochável, 17 chupetinhas", Amanda Helena.
8.) "Câmara lixo. A cidade com uma péssima prefeita, sem água, sem saúde, sem estação de tratamento de água. A cidade entrega as traças e esses 17 cretinos apoiando um GENOCIDA, GOLPISTA, LADRÃO DE JOIAS, EXPULSO DO EXERCITO, MAU CARÁTER, Lamentável", Paulo Bataiolla.
9.) "Bauru comprovou sua vocação golpista, mostrando seu conluio com gente desonesta e fascista como o bolsonaro!! Quem anda com fascista ??? É o que mesmo ???", Fernando Rafael Alves Pereira.
10.) "O autor dessa aberração diz fazer oposição à prefeita, porém é farinha do mesmo saco!! Vejam o caos em que a cidade se encontra, escândalo atrás de escândalo na saúde, educação... falta d'água e ele inventa um negócio desse para fazer cortina de fumaça para ela. O autor da aberração justifica ela afirmando que o homenageado enviou recursos para Bauru, porém é incapaz de apontar onde a Prefeitura utilizou os mesmos. Onde será que foi utilizado?", Paulo Eduardo Villaça Zogheib.
11.) "Prefeita,cadê os Remédios da Farmácia Popular,fui buscar um remédio para um Amigo,que está em falta à 15 dias,e o Funcionário só respondeu: vai reclamar para essa senhorita que Administra a Cidade. É o FIMMMMMM",José Osvaldo Marques.
12.) "O mais vergonhoso e ver o vereador que vote está presente nessa vergonhosa atitude, lamentável meu voto nunca mais", Marisa Tonetti Jacques.
13.) "Sem palavras depois de tudo que foi revelado sobre esse monstro, Bauru faz isso. Que nojo gente. Estou indignada ", Paula Medina.
14.) "A partir de agora vou dizer que sou de Uru, e não de Bauru - cidade fracassada, sem limites para o atraso", Ronaldo Gifalli.

quinta-feira, 6 de março de 2025


TELHADOS

A FOTO MAIS FAMOSA DE PARIS É A DE SEUS TELHADOS
Paris é toda um deslumbre. Ela nos convida a não sair de suas ruas. A tentação é grande e mesmo com o corpo cansado, existe todo um magnetismo te arrebatando para não sair das ruas. Quem dele se deixa levar totalmente, vive enfronhado neste emaranhado, tipo um eterno labirinto, destes que, dificilmente se consegue reencontrar o caminho da saída. Os momumentos por aqui são muitos, os lugares a serem percorrido são de igual teor, tudo envolvente, cativante e de encher os olhos. Porém, sem tirar nem por, a imagem que mais representa Paris é a de seus telhados. Nesta foto, a que tenho da janela do meu quarto de hotel. Paria é assim, visto da maioria de suas janelas. É isso que se vê através de suas janelas. Olho para fora da minha e me lembro de uma história lida tempos atrás, numa crônica em CartaCapital, relatando a vida de uma brasileira, vivendo num cubículo de três metros, tudo entulhado em caixas, mal podendo se mover e uma janela, seu contato com o mundo externo. Por ela, a imagem dos telhados de Paris. A vida nem sempre é tranquila numa metrópole e as aparências enganam muito. A fachada sempre é bela, porém, o seu lado oculto revela algo do que realmente se dá nos bastidores desta e de tantas outras cidades. Fico aqui parado e pensativo diante de uma destas milhares de janelas, todas dando para outros telhados, todos num tom opaco, escuro e se analisarmos friamente, algo assustador. Na imensa maioria das janelas parisienses nã ose observa o brilho das ruas desta cidade, dita e vista como Luz. O que se observa é outra coisa e nem sempre também ruim. Enfim, tudo é motivo para boa reflexão. Tem uma letra de música brasileira feita dentro deste tema. Creio que pelo Alceu Valença e retrata muito bem isso tudo que me passa neste momento pela cabeça. Enfim, reflexões de quem acorda e se põe a olhar janela afora, vendo diante de si aquele mar de telhados. Quantos outros não o fazem, pensando em algo parecido. Telhados, nele vejo gatos, pombos e pisadas humanas, marcas de quem pode também se aproximar de mim através das tais janelas. Melhor eu ir logo pras ruas, deixar de enxergar o mundo por essa visão aqui do alto e pisar logo esse convidativo solo parisiense. A rua me espera e as janelas me verão novamente somente à noite, quando voltar pro meu cantinho aqui no alto de um hotel perdido na imensidão da cidade grande.

RUANDO POR PARIS, QUINTA DE SOL PELA MANHÃ - DA PLACE MONGE, RUE MOUFFETARD, PANTHÉON, LIBRARIE GILBERT'S JOSEPH ATÉ A TORRE EIFFEL

EXPOSIÇÃO "SAGA DAS GRANDES LOJAS DE MAGAZINES", COMO TUDO COMEÇOU...

MUSEU E EXPOSIÇÃO PICASSO DE PARIS

O CENTRO CULTURAL POMPIDOU DE PARIS VAI FECHAR, VOLTAMOS NOS SEUS ÚLTIMOS DIAS ABERTO
Dizem que, a reforma vai durar cinco anos. Um lindo espaço cultural na capital cultural e mais cosmopolita do planeta.

e a Bauru que não se cansa de nos fazer passar vergonha
Borgo, autor da bestialidade ao futuro  detento.

VERGONHA MAIOR PRA BAURU NÃO EXISTE, EIS O PLACAR JÁ PRESCRITO POR MIM, 17 X4
"SESSÃO TENSA - Câmara aprova título de Cidadão Bauruense a Jair Bolsonaro, por André Fleury Moraes.
A Câmara de Bauru aprovou nesta quinta-feira (6), por 17 votos a 4, um projeto do vereador Eduardo Borgo (Novo) que concede o título de Cidadão Bauruense ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
Além do autor, foram favoráveis à proposta os vereadores Júnior Rodrigues (PSD), Pastor Bira (Podemos), Márcio Teixeira (PL), Marcelo Afonso (PSD), Mané Losila (MDB), Júlio César (PP), José Roberto Segalla (União Brasil), Cabo Helinho (PL), Edson Miguel (Republicanos), Emerson Construtor (Podemos), Júnior Lokadora (Podemos), Dario Dudario (PSD), Arnaldinho Ribeiro (Agir), Beto Móveis (Republicanos), Sandro Bussola (MDB) e André Maldonado (PSD). Votaram contra, por sua vez, Natalino da Pousada (PDT), Miltinho Sardin (PSD), Markinho Souza (MDB), Estela Almagro (PT).
Com a galeria lotada por manifestantes – a maioria dos quais contrários à concessão da honraria –, a votação do texto acabou por nacionalizar a discussão política no ambiente legislativo municipal".

As repercussões dessa bestialidade publico junto ao meu texto de amanhã.