quinta-feira, 31 de março de 2022

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (153)


MINISTRO NEOPENTECOSTAL CAIU, MAS EM BAURU PAI DA PREFEITA NEOPENTECOSTAL VISITA ATÉ ESCOLA ANTES DE SUA AQUISIÇÃO PELA PREFEITURA E NÃO COMPARECE EM DEPOIMENTO NA CEI
O mês de março termina hoje e pode ser considerado em homenagem aos PASTORES, pois foram por demais comentados neste fatídico e perigoso momento do desGoverno do Seu Jair, o Senhor Inominável. O ministro fundamentalista da Educação não aguentou a pressão após toda verba do seu ministério, antes de ser repassada para a ponta, no caso as escolas e alunos, tem que passar pelas mãos de pastores, evangélicos neopentecostais. Um escândalo, aliás, só mais um, dentre tantos se repetindo seguidamente nestes tempos onde essa forma perigosa de governar o País está no comando da nação. E para não fugir da bestialidade em curso, Bauru, como sempre, não pode ficar de fora. Quem explica isso tudo em detalhes é o intrépido Guardião, o Super-Herói bauruense:

"Bauru é mesmo do balacobaco, não passa de envergonhar a todos, com sua conturbada participação neste banquete dos insanos que é o momento bolsonarista. Muitos sairam daqui, ou ao menos passaram pela cidade, como Marcos Pontes, André Mendonça, a senhora do CAPES e esse pérfido agora ex-ministro da Educação. Pior não poderiam ser. A imensa maioria deles com laços indissolúveis com o fundamentalismo religioso em curso, o evangélico neopentecostal. O escândalo da vez, o das verbas foi tão gritante que, tiveram que exonerar o bestial, mesmo ele tendo somente cumprido ordens do capiorto presidente".

Ele faz essa introdução para adentrar o campo do jogo do lado bauruense, algo mais da participação do momento, a do mês de março no envolvimento de pastores com a coisa pública: "Bauru, como sempre, envolvida até o talo em tudo. O ministro caiu, mas por aqui, a alcaide Suéllen fez comprinhas ainda não devidamente explicadas para aquisições de última hora de edificações para Educação. Agora é descoberto que, seu pai, pastor evangélico neopentecostal foi um dos visitadores neste locais antes da Prefeitura bater o martelo e dar o aval para a compra. Algo inexplicável, pois o único vínculo que possui com o serviço público é o fato de ser pai da alcaide. O gajo é convocado para dar explicações na CEI - Comissão Especial de Inquérito -, não dá bola, não comparece e não justifica. Finge não ser com ele e justamente neste mês onde os pastores deveriam estar em BAIXA, na retranca, ainda mais depois do ocorrido em Brasília. Por aqui, ainda o nosso pastor pai parece navegar em mar tranquilo".

Mas o que Guardião queria com esse escrito? Ele mesmo explica para dar um norte para sua tese: "A princípio, é mais do que sabido, não se deve misturar religião com política. Bolsonaro o faz para se manter no poder, daí se aliou e faz benesses a todos que o dão sustentação. Uma vergonha. Ainda não se sabe, mas a prefeita de Bauru é aliada deste, faz tudo seguindo a linha fundamentalista e usa sua família para tudo, inclusive nas decisões pólíticas. Quiçá seja só para consultas, mas como se percebe, quando seu pai vai até um local com interesse de compra, algo incontornável está em questão. Seria isso a ponta de um iceberg? Quem deve de fato responder a isso são os vereadores, pagos para fiscalizar e hoje promovendo uma CEI, devendando a existência de um algo mais nas tais compras de fina lde ano. O fato que não passa desapercebido é a participação do pai evangélico neopentecostal, justamente quando o escândalo envolvendo estes toma conta do Brasil. Não existe como não ocorrer ligações entre tudo o que está em curso no País com essa insólita Bauru. O fato é um só, as verbas da Educação não podem passar pelo crivo de gente como os pastores evangélicos neopentecostais e muito menos compras de edificações terem também o crivo de um destes. O Brasil e junto dele Bauru está mesmo de pernas para o ar", conclui.

OBS.: Guardião é obra do traço do artista Leandro Gonçalez, com pitacos escrevinhativos deste mafuento HPA.

algo descoberto pisando no solo baiano
EU DESCOBRI DOS MOTIVOS DE PIERRE VERGER SE APAIXONAR PELA BAHIA E DAQUI NÃO MAIS QUERER SAIR
Eu ficaria dias inteiros perambulando pelas ruas desta cidade só registrando movimentar deste povo. Eu me encanto em cada vida de esquina e se me deixar, fotógrafo tudo.Tudo me encanta me fascina e me arrebata. Quando me disseram que o mercado São Joaquim era perigoso e tinha ladrão, tive a mais absoluta certeza, era lá onde deveria estar. Em tempo, não presenciei nenhuma cena de roubo ou algo parecido. Lá ou entre populares, vi sim, gente lutando bravamente pela sobrevivência, sem tempo pra pensar em mais nada. Pudesse e tivesse tempo, condições, permaneceria ali, contando um a um o que cada um traz dentro de si, o que o trouxe até ali. Só de i.aginar, me vejo diante de algo inesgotável, de alto valor registrativo. Não vim aqui para isso e diante de tantos lugares, idas e vindas, fico só na vontade. Desejoso, como sempre. Saio por aqui quase sem nada nos bolsos, flano e me deixo levar. Escafafunchar vielas pra mim é mais arrebatador do que me dourar nas praias locais. Até agora pisei os pés numa só e no mais gastei sola de sapato. Tomei uma cerveja a mais e depuseram da cevada fecundar meu cerebelo, creio ter descoberto dos motivos do fotógrafo Pierre Verger ter descoberto essa cidade, fotografado tudo e não mais querer sair daqui. São os laços mais do que envol entes e dos quais não faço força nenhuma pra me desvencilhar-se.

E PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE 31 DE MARÇO, DATA DO GOLPE MILITAR

quarta-feira, 30 de março de 2022

DIÁRIO DE CUBA (219)


VIAJO, MAS BAURU NÃO SAI DE MIM
COMPRAS DE ÚLTIMA HORA NA EDUCAÇÃO: A PRÁTICA NÃO É DE HOJE
O fato do momento, gerando uma CEI - Comissão Especial de Inquérito é sobre as comprinhas de final de ano da atual alcaide a IncomPrefeita Suéllen Rosim foram as comprinhas de última hora e final de ano, feitas à revelia de consultas prévias e gerando especulações do péssimo uso do dinheiro público, inclusive com várias delas superfaturadas. Chiara Ranieri, vereadora e empresária disse na cara da prefeita quando de seu depoimento, já ter subsídios para pedir uma Processante e não ficar de lenga lenga com algo mais amenos. Até agora, vejo que tudo ficou por isso mesmo. Segue o processo de investigação e depoimentos, onde os depoentes faltam sem justificativa plausível. Algo em total desrespeito à tentativa de vereadores desvendarem o tema a contento.

Nessa semana, o jornalista nelson Gonçalves bota água na fervura e em texto, aqui compartilhado, afirma com razão, não ser de hoje as tais comprinhas de última hora na Secretariaq de Educação. Cita textualmente o ocorrido no governo de Clodoaldo Gazzetta, antecessor de Suéllen, quando algo do mesmo quilate ocorreu. Mostra provas de que as compras feitas não atingiram o objetivo, que era de devolver escolas funcionando para a cidade. A maioria paralisadas e sem recuperação à vista. Ou seja, a prática não é de hoje.

Constatato isso e sem retoques, pois se as tais compras são feitas nos últimos dias e sob ameaça de que, se os gastos não ocorrerem, o dinheiro teria que ser devolvido, no mínimo, a constatação é óbvia: gasta-se para não devolver. Isso uma coisa. Gazzetta tenta se justificar e está no pleno direito de fazê-lo. O que vejo de diferença em ambas as situações é que, no caso dele, compra feita nos mesmos moldes, a compra passou incólume pelos órgãos investigativos e no caso atual, a atual prefeita, ocorreu um algo mais, uma suspeita de superfaturamento, algo sendo investigado. Ambas compras merecem perícia, verificando real necessidade, mas no caso atual, um agravante de grande monta, uma suspeita sendo averiguada, investiga e conferida. A diferença reside exatamente neste ponto.
Em tempo: Adoro algo como o que leio, reportagem à fundo feita pelo jornalista Nelson Gonçalves, do site Contraponto. Jornalismo de fato e de direito é feito dessa forma e jeito, com investigação e uma apresentação onde não existe muita coisa a ser contestada. Quantos hoje ainda perdem hoje tempo (sic) para produzir algo a exigir - além do tempo - disposição e condições? Nelson nos apresenta um texto primoroso, louvável jornalisticamente.

Eis o link do texto do jornalista NG: https://www.facebook.com/contrapontodigital/videos/777620543215708/. 

VIAJO E AQUI BOCADINHO DE ONDE PISO
1.) GUIDA, PROTETORA E CUIDADORA LOJINHA DE JORGE NA CASA DO RIO VERMELHO
Eu sou conversador por natureza. Onde círculo, o que mais gosto de fazer é conhecer pessoas e ouvir suas histórias. Na Casa de Jorge Amado e Zélia Gattai, a morada do casal no bairro boêmio do Rio Vermelho, conheci muitas pessoas conversadeiras. Todos funcionários circulam com uniforme com traço de Carybé, o que me motivou a oferecer minhas vestes pelas deles. Ninguém aceitou, mas rendeu conversas pra dedéu. Me interessei pelas estampas das roupas de Jorge. É o que quero para mim daqui por diante. Vou comprar chitas coloridas e estampadas pela aí, levando tudo para dona Fátima, ex-Cardoso, costureira de quatro costados e assim "jorgearei" no restante dos meus dias.

Além destes, conheci dona Guida, a faz tudo na lojinha da entrada - ou saída sei lá - do museu/casa. A simpatia em pessoa, cativou este velho bardo logo de cara. Primo do neto de Jorge, está há nove anos cuidando da loja. Explica tudo nos detalhes. Como estávamos encantados com tudo, foi detalhista a extremos. O que mais conversamos foi sobre as estampas coloridas das camisas de Jorge. Bati o olho e logo descobri: ele mandava fazer todas. Não existia algo assim para comprar em sua época. Ele trazia panos do mundo inteiro e alguém fazia as camisas para ele. Guida diz que ele foi até criticado, taxado como diferente. Eu acrescentei: Jorge era excêntrico. Ela adorou o termo. Contou todo o processo. Ouvi aquilo tudo e registrei, armazenando como pude nos meus já quase lotados arquivos cerebrais.

A lojinha tem nome, "Boutique de Gabriela", assim encontrada no Facebook e ali gratas recordações do casal. Podia não ter comprado nada e só de estar ali ouvindo as histórias de Guida, já teria ganho o dia. Muita gente que por ali passou, tinham algo pra contar. A atenta senhora atrás do balcão captava tudo e me revela algo diferenciado do lugar. Ana já estava na rua, pitando e proseando com o segurança na calçada. Eu lá dentro, prolongando a conversa e Guida desfiando um rosário de interessantes histórias. Como deixá-las pela metade? Fiquei até não mais poder e já tento reagendar retorno, enfim vale mais uma boa prosa do que uma tarde de sol a pino. Sobre as coloridas camisas de Jorge, em breve novidades alvissareiras. A cabeça rumina ideias do arco da velha. Veremos...

2.) TERREIRO CASA BRANCA DO ENGENHO VELHO
Conhecer e entender o sincretismo religioso baiano por quem tem realmente história pra contar.

3.) VISITAS - FUNDAÇÃO CULTURAL PIERRE VERGER
O fotógrafo francês Pierre Verger tinha Casa na comunidade Engenho Velho de Brotas. Fomos rever seu habitat, seis anos depois da primeira visita. Sem palavras para expressar o que vejo nas fotos de Verger.

4.) MUSEU CASA DE BENIN, PELOURINHO
Chovia no Pelourinho, a intenção se materializa mais rapidamente, projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi, peças importantes de origem africana, relação ministerial importante dos tempos de Gil ministro da Cultura. Questões de ancestralidade cultura e na porta de entrada do Pelourinho.

5.) TERREIRO DO GANTOIS, CASA MÃE MENININHA/CARMEN
Lugar sagrado, no alto do bairro Federação, ao lado Campus Exatas da UFBA, onde reinou Mãe Menininha e hoje Mãe Carmen, 94 anos, em plena atividade. Casa de Oxum, com muito trabalho comunitário. Entramos, conversamos, local em recesso, mas recebendo quem circula com boas energias.

terça-feira, 29 de março de 2022

RELATOS PORTENHOS / LATINOS (101)


TRÊS HISTÓRIAS CONSTRUÍDAS BEM LONGE DE CASA
1.) NA ILHA, UBALDO É CONHECIDO POR TODOS, MAS QUEM MESMO LEU SEUS LIVROS?
"Em terra de cego quem tem um olho é rei", apregoa o ditado popular. Em Itaparica, no caso da veneração ao escritor João Ubaldo Ribeiro, baiano de nascimento e itaparicano por adoção, cai como uma luva. Ele morou por algumas décadas num casarão na praça principal da ilha, totalmente integrado com a população local, enfim, ia bebericar no bar da esquina e colocava seus cotovelos em variados bares da região. Seu vozeirão era conhecido por todos, assim como sua generosidade. Um boa praça, que ficou muito mais conhecido por todos após sua morte. Morou os últimos anos de sua vida, no Rio de Janeiro, num apartamento no Leblon. Capitulou e deixou a vida de pé de chinelos da ilha, para educar melhor os filhos e estar mais próximos de outros que o veneravam, leitores e afins. Na ilha, era conhecido, mas poucos foram os que o leram de fato. Constato isso e conto algo na percepção que tive ontem circulando e ouvindo as pessoas sobre o famoso escritor.

O guia que comigo andarilhou por Itaparica sabe tudo do Ubaldo, ou melhor, sabe tudo o que existe na ilha em sua homenagem. Leva todos para estes lugares, mas não consegue citar nada do que o gajo escreveu. Isto não é privilégio, ou falta de atenção. Na verdade, não vi ninguém lendo na ilha e a biblioteca municipal, com nome do ex-governador Juracy Magalhães está fechada, em reformas e cheia de tapumes, inclusive com fotos de Ubaldo. Romarinho, o guia, fez uma tour pelos caminhos ubaldianos e adorei a atenção. Ele falava muito do autor e quando diante de um mural no centro, atrás do busto na praça, seus livros num grafite. Percebi que não conhecia nenhum e deixei pra lá. Não era minha intenção constrangê-lo, mas desfrutar do passeio.

Foi assim por todos os lugares por onde passei, todos sabiam algo do Ubaldo, mas nada de livros lidos. Queria conhecer a Casa de Cultura do lugar, mas estava fechada, segunda, sol quente sob moleiras e pouca gente em lugares fechados. O pessoal da ilha é mais que atencioso. Trata bem o turista, mas estão em outra vibe, ou seja, seguem a vida como podem e não possuem muito tempo para leituras e algo além do que lhes interessa. Eles todos consideram o escritor um dele, filho ilustre, mas pedir citações de suas obras, já é pedir muito. Ubaldo é por lá uma espécie de rei sem trono, venerado à distância, sem aproximações. Eu também não fui até lá para ir atrás de leituras dele, pois a ilha é grande e sugere muitas coisas inusitadas. Sacar algo de Ubaldo é somente uma delas. Li algo de sua obra, desde Sargento Getúlio, o que mais gosto, depois "Viva o Povo Brasileiro", também grandiosa obra para entender este povo, tão simples, generoso, singelo e perdido em sonhos, sem sacar dos males feitos contra seus costados. Na ilha acontece exatamente isso. Eles falam de quase tudo com turistas, mas quando tento introduzir o tema "política", ficam na defensiva, mudam de assunto ou se calam. Não omitem opiniões conclusivas, talvez por depender de turistas e como cada um pensa de um jeito, decidiram por livre espontânea pressão manterem-se calados. Ubaldo entenderia perfeitamente isso tudo e estaria ao lados dos seus.

OBS.: As fotos do casarão aqui publicadas são a da moradia do Ubaldo quando lai residiu e hoje encontra-se fechada, pouco visitada pelos filhos e parentes. No outro lado da praça, uns canhões voltados para o interior da ilha e brinco com o guia, Romário, dos motivos de todos direcionados para a casa do escritor. Ele, demonstrando sua sapiência, me diz: "Isso é de bem antes, dos tempo dos holandeses, que por aqui estiveram e o posicionamento é por mero acaso. Todo mundo quer bem o escritor por aqui, inclusive os canhões".


2.) CHILENO CLAUDIO DAS CAMISETAS E DOS MOTIVOS DE NÃO MAIS QUERER SAIR DE ITAPARICA
Cláudio saiu do Chile duas décadas atrás, pois a ditadura de Pinochet está pela hora da morte. Perambulou pelo Brasil, fazendo de tudo um pouco, mas como Desenhista Gráfico, tentava algo dentro do seu setor. Quando se deu conta estava em Salvador e logo mais na ilha de Itaparica. Descobriu o filão a transformar sua vida, a impresão de camisetas próprias com motivos da ilha, vendidas exclusivamente para turistas. Tudo feito artesanalmente por ele mesmo, fugindo do padrão convencional, com repetição de estampas e tecidos mal adequados para o cropo, principalmente ao calor do local.

O Chile continua logo ali e hoje, respirando ares imensamente mais democráticos, nem mesmo isso tudo o faz pensar um dia em voltar para sua terra de forma definitiva. Conseguiu o algo mais na ilha, ou seja, a união do útil com o agradável. A ideia das camisetas foi se ampliando, hoje ele fazendo todas as etapas, desde a criação da arte, sua impressão de forma unificada, uma a uma numa operação que, na sequência, está as vendas nas ruas. Seu local preferido é o restaurante Manguezal, quando turistas chegam de lanchas e lotam o local no horário do almoço. Num acordo com os proprietário, sua banca está localizada ao lado e ele pode circular oferecendo suas camisetas entre as mesas.

Na retaguarda, a baiana Diva fica na banca enquanto ele circula pela hora e meia que os turistas permanecem no restaurante. Eles voam e se desdobram. Um alicerçado no outro, ou melhor, Cláudio já teve muitas oportunidades de voltar para o seu Chile, mas não pensa na ideia. "Quando chega a hora, algo me faz perder a hora, a passagem ou o voo e fico", diz. Na verdade ele quer ficar é os motivos são dois, primeiro a baiana, sua companheira de todas as horas, Diva e depois a ilha, seus habitantes e o modo de vida que lá conseguiu empreender. Diz ter sido abençoado e não pensa em outra vida, muito menos local para aportar. No que faz, possui seu ritmo próprio, só dele, onde cada etapa é feita pelo casal, sempre ao modo e jeito deles.

Mesmo na correria do almoço no dia de ontem, quando sua banca estava concorrida, ia me dizendo da alegria de viver no lugar. Contou algo da história de seu país e da alegria de viver num lugar banhado de sol o ano inteiro, na maioria das vezes gente sem maldade no coração e ele tendo encontrado seu modal perfeito. Dentre todos os abordados por mim na ilha, vi estampada a felicidade na cara deste e numa intensidade de dar gosto. Diva, ao seu lado, sorri e concorda. Vivem felizes no lugar.

3.) COMO VIR A SALVADOR E NÃO VISITAR A MORADA DE JORGE AMADO E ZÉLIA GATTAI?
Eu acho que li todos os livros do Jorge Amado. Se não li todos, falta um ou outro, mas nem sei qual. Peguei gosto logo cedo e não parei mais. Ele retratava as coisas do povo, as relaç~eos entre estes e muitos de seus escritos foram também descrições de homens de luta. Sua escrita era fácil e fui me envolvendo. Tenho passagens de muitos deles de memória e vez ou outra volto a alguns deles, releio tudo e a admiração aumenta. Alguns dizem que a escrita de Jorge é simplista, mas acho bem diferente disso. Ele escreveu numa linguagem acessível, onde nunca tive dificuldade de entendimento e soube muito diferenciar quem era o perverso e quem lutava contra as adversidades, dificuldades e poderosos. Por fim descobri também Zélia e com ela escritos em forma de memória, contando as suas histórias. Não sei qual dos dois escreveu mais sovre essa casa no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Uma casa acolhedora, grande, com uma baita jardim e quintal cheio de frutas. Sonhei com essa casa e suas possibilidades, recebendo gente do mundo inteiro. Até Fidel Castro passou por lá.

Hoje fui conhecer a tal casa dos meus sonhos. Quando cheguei no quarteirão, assuntei tudo com os olhos, medi de longe e fui tentando juntar o que havia lido do lugar com o que estava ali diante dos meus olhos. Dentro da casa, hoje uma espécie de museu/memorial, viajei por todos seus cômodos e em cada uma emoçã odiferente. Na mesa da sala, onde ele escrevia e recebia os amigos do mundo todo, sua máquina de escrever e alguns papéis com rascunhos de próprio punho. A cozinha onde fervia comidas típicas e cheias de tempero, emoção até na forma como servia seus convidados. Uma piscina com a cara de um baiano arretado. E na entrada da casa um Exu, bem cuidado até hoje, com comidinhas trocadas semanlmente. Entendi de cara a questão de suas camisas coloridas, expostas em cabides, uma com estampa mais diversificada que a outra, panos do mundo todos. Ele deve ter sido considerado exótico na vestimenta e todas elas ele mandou fazer, pois não se encontrava nenhuma delas pela aí, nem naquele e nem hoje em dia. Jorge se vestia de forma alegre, para mim, arrebatadora. Eu sonhei ao percorrer seus caminhos diários. É uma sensação estranha essa de você ler muito sobre um lugar e depois ir conhecê-lo pessoalmente. Eu sei que a maioria de suas histórias foram escritas dali, de dentro daquela casa. Volto de lá em estado de graça. Adoro e adorarei por todo o sempre tudo o que Jorge Amado me proporcionou. Sua leitura foi de imensa importância em minha trajetória de vida. Ela me ajudou demais da conta a me moldar no que sou hoje.

BRASIL, ZIL, ZIL, ZIL
Este ser hoje defenestrado, conseguiu se manter como ministro da Educação pelo maior tempo no desGoverno do capiroto Senhor Inominável. Foi paparicado por onde passou, inclusive por bauruenses, endeusando outros do mesmo quilate, como o bauruense Marcos Pontes da Ciência e Tecnologia. 

São todos da mesma linhagem bolsonarista, pensando e agindo da mesma forma e jeito. São estes os responsáveis por afundarem o país, tornando-o essa massa degringada a caminho do precipício. Todos escolhidos pelo desajustado presidente, esse que desdém das leis, afronta a legalidade, menospreza a Justiça e prega a declarada violência contra adversários. Todos sabemos, as substituições são para pior. Saiu o general da Petrobrás e chega o declarado privacionista. Na Educação é só aguardar. 

Todos ao lado do miliciano presidente são iguais a ele

segunda-feira, 28 de março de 2022

CARTAS (238)


ALGO DE BAURU
Enquanto só em Bauru, sem espiar com os próprios olhos outras realidades, falamos dos buracos, mas sem muita ênfase. Já quando visitamos outras cidades, a triste constatação de que os buracos que imaginávamos serem muitos, na verdade é uma imensidão bauruense, mantida pela inapetência e inoperância administrativa, como neste ladeando a avenida Nuno de Assis. Triste tomar conhecimento de que, mais um de igual teor já está tomando conta de outro ponto da margem do rio Bauru. Na juntificativa por não dar início aos trabalhos de recuperação, dizem esperar pelos procedimentos de rotina, os tais a serem seguidos e demorados, enuanto isso, o tal do buracão não liga para a burrocracia (sic) e segue aumentando a cada dia. Se tivessem começado desde quando ocorreu, os gastos seria X, mas como ainda nem começaram, só cobriram com um plástico preto, quando o fizerem, os gatos serão Y. E olha que a Prefeitura possui equipe competente para sanar esses e tudo o mais que vemos acontecendo pela cidade. Falta organização é critérios, algo que o desGoverno atual já mostrou sua eficiência, nada fazendo e nada realizando, só quando instigado e colocando contra a parede. Já demontram a que vieram...

ALGO DE SALVADOR - HISTÓRIAS DA BAHIA
01.) FEIRA DE SÃO JOAQUIM, CRENDICES, RUAS E FERRY BOAT...
Começando semana e o cheiro das ruas nos chama. Começamos por uma feira das mais populares de Salvador BA, a de São Joaquim, beira do cais e junto de algo parecido com o Ceará, distribuidores de frutas, legumes e verduras. Na chegada, assustamos com um guarda municipal sobre o lugar e ele, primeiro nós olha de cima embaixo, pergunta se éramos do lugar. Com a resposta negativa diz: "Gente, aqui tem ladrão. Eu não sei se de onde a senhora vem tem, mas aqui tem. Tome cuidado".

O cheiro proveniente da feira era imantado, nos atraia e preferimos correr os riscos. Muito povo, gente mais simples, povão na sua essência, pequenas barracas e gente, muita gente. Mergulhamos de cabeça no lugar. Não tivemos arrependimento de nenhuma espécie. As recomendações são válidas, mas a nossa tendência ainda é ver pra crer e ainda crer nestes lugares e quem neles gravita. Demos sorte, a feira é imensa e entramos pela viela só com comércio de produtos artigos de candomble e religiosidade mais que baianas. Nos perdemos e nos achamos. Saímos revitalizados e eu com mais algumas histórias, coletadas ali no fragor dos acontecimentos.

Às dez da manhã em ponto pegamos o ferry boat para Ilha de Itaparica, sentamos no último andar, descobrimos que ali vendem cervejinha gelada e assim começamos a semana. Eu já penso em voltar na feira. A troca fácil pelas praias. Já ganhamos o dia, mas ainda tem mais.

02.) ROMARINHO É O GUIA BOA PRAÇA DE ITAPARICA
O ferry boat chegou na famosa ilha e somos abordados por uma enxurrada de guias e interessados em nos levar para todos os cantos possíveis e inimagináveis. Rejeitamos todos e por fim, sozinhos no terminal Bom Despacho, Ana escolhe um canto isolado para fumar. Eis que surge assim do nada um sujeito muito do estranho, chega todo oferecido, mas educado. Foi tão simpático na abordagem, não resistimos demos trela e puxamos conversa. Quando percebemos ela já estava devidamente acertado como nosso guia na rápida estadia.

Romarinho, como todos o conhecem, 48 anos, a maioria como guia para gente como nós, os tantos turistas chegando pelo terminal. Saca de sua desgastada mochilinha um folheto já bastante manuseado e nós e placa tudo: onde estamos e os melhores caminhos. Nos deixamos levar, pois o danado inspira confiança. Nativo, queimado pelo sol, Romarinho goza da confiança de todos. Paparicado por todos, descobrimos assim do nada que nosso anjo da guarda havia caído do céu. Como todo cabra besta, desconfiando até da sombra, a princípio achei-o seu jeito muito bom demais pra ser verdade. Sua autenticidade me versou. O matuto é o tipo que acreditamos não mais existir, porém estávamos diante dele. Ser raro, porém ainda encontrado pelos cafundós deste país.

Roteiro feito, esteve a frente de tudo, desde quando o conhecemos até quando nos embarcou numa lancha no caminho de volta pra Salvador. Achou exatamente o terreiro que Ana queria conhecer, no alto de um morro, depois nos guiou contando tudo da vida do escritor João Ubaldo Ribeiro, dos tempos quando lá morou, mesmo não tendo lido um só livro do escritor. Por fim, nos guiou para um restaurante beira mar passando por umas quebradas nunca imaginadas. Romário não possui carro e bola tudo se utilizando de táxis, carros de aluguel, caronas, amigos e afins. Uma aventura e tanto, a qual indicamos de olhos fechados. Enfim, conhecer Itaparica e não ter o prazer de ser abordado pela sorte, escolhido pelo Romarinho não é a mesma coisa. A sorte está do nosso lado e já pensamos em voltar pra lá, só por causa dele. Foi paixão a primeira vista.

03.) QUANDO SE QUER, SE ACHA: A BUSCA PELO ILÊ ILÊQUIOBÉ
Na ilha de Itaparica existem alguns famosos terreiros de Camdomblé e Umbanda, enfim, a terra possui história neste quesito, com muitos templos e adeptos. Todos os guias ao recepcionar gente interessada em conhecer estes locais, sabem de cor ir até os locais. Hoje foi o nosso dia, meu e de Ana Bia, ela estudiosa destes temas, tendo sua dissertação de mestrado ter sido besada neste tema: "Encruzilhada de Símbolos - Um Olhar sobre os Objetos Sagrados do Candomblé". Surgindo oportunidades de rever algo, pisar nesses solos sagrados, não podem ser desperdiçados. Hoje estivemos diante de um dia assim e quando pisamos juntos, pela primeira vez o solo da ilha de itaparica, tínhamos como primeira missão, muito além de qualquer empreendimento tur´sitico, visitar o terreiro do Mestre Didi, um dos pineiros de terreiros de Ogum, não só de Itaparica, mas de toda Bahia e Brasil. Um lugar não só sagrado, mas com muita história. Enfim, Itaparica é considerada Terra de Ogum e sigo os passos para chegar no histórico lugar.

Quem nos leva até lá é o guia Romarinho. A princípio nos disse de outros, mas como conhece os locais, mas pouco do lá difundido, ao tentar nos encaminhar para outros, "mais movimentados", como nos disse, recebeu dela a resposta precisa: "Romário, por favor, eu quero ir neste, o do Mestre Didi, que sei fica na praia de Amoreiras, o primeiro do Mestre Didi na ilha, ou pelo menos o mais tradicional. Não demereço ninguém, mas por tudo o que li, estudei, é neste que quero ir". A chegada não foi fácil, pois havia chovido no dia de ontem e a ladeira de Amoreiras é recheada de estradas de terra, esburacadas e empoçadas. O motorista que nos leva, disse na ida: "Só mesmo um carro como o meu, valente, chega lá em problemas". Chegamos. O carro foi até certo ponto e depois seguimos a pé, entre vielas e becos. Nada tão íngreme, enfim, um reduto de trabalhadores, cultural populatr em efervescência.

Nada acontece por acaso, ainda mais neste quesito. Quando estávamnos chegando, o babalorixá da casa Ilê Ilêoquiobé estava de saída e ao nos ver chegando, voltou e nos levou até o terreiro. Somos todos convidados a adentrar a casa. Ele permite fotos e conta algo da história do lugar, hoje comandada por ele. Foi uma visita muito rápida, somente para conhecer, pisar naquele lugar, estreitar conhecimentos e estabelecer laços. O encontro entre a pesquisadora e quem pratica a religião foi simbólica, algo permeado daquilo a envolver um objeto de estudo e a concretude de estar na prática diante da realidade dos fatos. Nada além disso.

Ilê é seu Nivaldo, 82 anos, todos vividos ali na ilha e hoje, por causa de sua posição, convidado a viajar, conhecer outras experiências e passar as suas. Conta de viagens, uma recente a Belém PA e outra para São Paulo. Um senhor muit osimpático, que ganha a pessoa quando abre a boca e expõe seu sorriso, expontâneo, franco e cheio de boas energias. Quando estávamos saindo, ciente de que escreveria algo dele - ele concordou que o fizesse, mesmo ciente ser leigo do assunto -, disse que nos viu chegar, estava lá embaixo do morro e subiu, pois foi avisado que iríamos visitá-lo. Desce na despedida conosco até sua casa, uns cem metros de ladeira abaixo e da porta de sua casa nos acena sorrindo, como que feliz por ter recebido em seus lugar sagrado gente respeitando e entendendo o que faz. Pergunto sobre o que ocorre país afora, com algumas perseguições sofridas pelas religiões de origem afro e negra, mas ele me diz que em Itaparica isso não acontece. "Todos aqui nos respeitam, desde moradores, polícia, autoridades e visitantes. Fazemos parte da história daqui, todos nos conhecem e não tem motivos para ser diferente", me diz. Itaparica é mesmo uma ilha, ainda de muita tranquilidade.


ALGO DA FALCATRUA NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Essa união maligna foi possível e real ente se firmou, se estabeleceu no desGoverno do capiroto e miliciano presidente. 

Nunca antes na história do Brasil algo assim ocorria, sem que providências fossem imediatamente tomadas. Este, como é sabido, é genocidas fundamentalista, negacionista e dos mais perigosos. O tal do Estado Laico não mais existe. 

Imagine o caos com o Ministério da Educação tendo toda sua verba retalhado nas mãos destes e com autorização expressa do Presidente, como já divulgado? 

Esse pessoal todo tinha que ser não só afastado imediatamente, mas encarcerado, pois representam perigo para a nação.

domingo, 27 de março de 2022

CENA BAURUENSE (224)


RELEMBRANDO AS CENAS PUBLICADAS DESDE O COMEÇO DE MARÇO
01. Em 02/03/2022 publiquei: "Cartaz como esse é bem comum em terrenos destas plagas. Este está na travessa Célia, acima da Duque, entre Azarias e Virgílio demonstrando o quanto ainda são descartados lixos em lugares indevidos".

02. Em 05/03/2022 publiquei: "Fachadas diferentes, coloridas, fugindo do trivial me chamam não só a atenção, como me despertam a curiosidade. Passei algumas vezes pela rua capitão Gomes Duarte, quadra 9 e lá essa fachada, como se fosse uma montagem de um jogo infantil. Eu fiquei só na foto, mas sempre nessas ocasiões fico também com vontade de saber dos motivos que levaram seu proprietário a algo tão sui generis".

03. Em 06/03/2022 publiquei: "Ao fundo a antiga Madeireira/ Serraria Duque, amplo barracão todo de madeira, construção de mais de 60 anos, hoje ocupada por outra empresa, na avenida Rodrigues Alves, logo depois viaduto passando por cima da rodovia Marechal Rondon".

04. Em 09/03/2022 publiquei: "Quem, como eu, passa quase diariamente pela quadra três da avenida Duque de Caxias, na boca de entrada do viaduto levando para as vilas Falcão e Independência, se depara com este único bar no quarteirão. Muito simples, uma única porta e denotando não ter lá muita clientela, mas algo me chama a atenção: a quantidade de cadeados em sua única porta, seis no total. Se seu proprietário assim age, deve ter lá seus motivos, enfim, desta forma tenta assegurar que não dilapidem seu pequeno patrimônio. Eu certamente me enrolaria ao reabri-lo diariamente, na simples localização das acertadas chaves para cada buraco".

05. Em 11/03/2022 publiquei: "Fila para agradecer ao Bolsonaro o preço da gasolina", com essa irônica leganda o professor Marcos Chagas publica foto de inusitada fila num dos tantos postos de combustíveis ontem, após mais um aumento de preços, desta feita quase batendo na casa do litro a R$ 10 reais, no que foi seguido por outro comentário na mesma linha: "Eu fui ontem agradecer o Guedes no supermercado". Algo ainda não entendido é como, nos tempos do governo de Dilma Rousseff, por muito menos era vistos protestos de toda ordem e hoje, estes se apresentam calados, contido, quietos e de cabeça baixa?".

06. Em 13/03/2022 publiquei: "Circulando pelo coração do jardim Bela Vista, impossível não botar reparo no seu Edvaldo, aparentando algo perto dos setenta anos e criando seu ganha pão, quando montou em sua motoneta, toda adesivada e oferecendo seus serviços profissionais. Causa emoção ver a criatividade e resistência deste povo fazendo de tudo e mais um pouco, para ir conseguindo driblar as adversidades".

07. Em 14/03/2022 publiquei: "Nos exatos quatro anos do brutal e ainda não explicado assassinato de Marielle Franco, em Bauru algumas paredes registram o fato e não o deixam cair no esquecimento, como o gravado na entrada das salas 50, campus da Unesp. Marielle vive e continuamos exigindo apuração para executores e seus mentores".

08. Em 18/03/2022 publiquei: "Amarrado justamente na placa de Proibido Estacionar, a charrete - essa pode -, segue estacionada na rua Alziro Zarur, no Geisel, enquanto seu condutor se abastece no Sobral, ali ao lado".

09. Em 19/03/2022 publiquei: "Na rotatória do Geisel, junto ao Hospital Estadual, anúncios variados e de custos bem distintos. Na parte superior os de outdoors, refinados acabamentos e na parte inferior, os feitos à mão e sugerindo serviços de pequeno porte, com grafias ao estilo "tipografia vernacular". Tem para todos os gostos".

10. Em 21/03/2022 publiquei: ""Quem vê cara não vê coração", pois assim se dá com quem sobe pela rua Saint Martin, quadras acima da Rodrigues Alves, algumas abaixo da Duque deCaxias, numa modesta fachada de casa, para quem sobe o seu lado direito e nem imagina o que existe no seu conteúdo: um dos melhores estúdios de som de toda região, com aparelhagem pronta para gravar sons inimagináveis. E da rua, nem um simples sinal, um barulhinho sequer, indicando o que de fato ocorre nas entranhas de tão recatada fachada".

11. Em 23/03/2022 publiquei: "O elefante da rodovia Bauru/Arealva era por demais conhecido de todos. Estava plantado (sic) na entrada de conhecida boate rural e por ali permaneceu até ter seu paradeiro desconhecido. Adereço de carnavais de antanho, chegaram a creditar no seu fim. O danado renasceu das cinzas e hoje está todo pimpão fincado na entrada de uma chácara na vicinal que leva da rodovia até o aeroporto Moussa Tobias. De costas para a entrada, como apregoa as regras para se ter sorte, sua saga continua persistindo, símbolo de uma resistência a lhe multiplicar a existência".

12. Em 24/03/2022 publiquei: "O entendimento de "boca desdentada" se dá em todas as ruas de calçamento com paralelepípedos da cidade, pois em caso de necessidade de substituição, ao invés da troca, tacam asfalto no lugar. O aspecto é este da foto, aqui na rua Eduardo Coutinho, vila Cardia. Muito triste, a Prefeitura ter desativado sua equipe de entendidos no quesito. O resultado é esse visual de horror".

13. Em 25/03/2022 publiquei: "Quando ouço dizer que, na capital paulista aumentou muito a quantidade de moradores em situação de rua, respondo que a situação é do país num todo. Aqui um destes, exemplo de quem não encontra outra alternativa de moradia. Tudo agravado com desGoverno anti-social destes tempos bolsonaristas".

sábado, 26 de março de 2022

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (115)


BATENDO ASAS...
Tem momentos em que, bate aquela canseira e tudo só se resolve com estrada, poeira, vento na cara, gastança de sola de sapato. Eu e Ana Bia estamos batendo asas e deste sábado, 26/3 até dia 11/04 estaremos pela aí, sem lenço e sem documento. Desta forma, meus escritos que são até de certa regulares, numerados, não vão ter no período a sequência e a peridicidade de sempre. Entendam, estamos nos recarregando e se tudo der certo, a gente vai enviando notícias. Até mais ver...

ESTRADA
Estamos nela, perdidos pela aí. A primeira parada foi em Salvador BA. A diferença é sentida logo na chegada, impactados por tudo o que representa ganhar o mundo, conhecer pessoas, ouvir histórias de vida. Eu e Ana Bia teríamos mil histórias nossas, mas essas interessam só para nós. Vou postar aqui nos próximos dias o algo a mais encontrado. Sou um ajuntador de pequenos casos, escrevinhador das pequenas coisas, seguidor do lema do historiador carioca Luiz Antônio Simas, "historiador das insignificâncias".
Das trombadas pelas ruas o que irei postar aqui nos dias pela frente não versará sobre esses dois viajantes e suas andanças, mas a história dos outros. Nem sei se encontrarei tempo para escrevinhações de grande monta, mas como são elas que me movem, algumas sairão por aqui. Todas com cheiro de povo e das ruas. Nas primeiras andanças na capital baiana, já deu para sentir que o "capiroto" não tem chance nenhuma por aqui e isso muito me alegra. Escrevo isso nem sei como, pois tudo neste momento me seduz e conduz para as ruas. Por todo lugar onde vamos, pedem o passaporte vacina, comprovante de todas as doses tomadas. Aqui esse negócio de impor não obrigatoriedade da apresentação não cola. Não apresentando o passaporte vacina, o sujeito terá que comer pizza na calçada, fora dos estabelecimentos, como fez Seu Jair, excluído em Nova York. Vamos que vamos.

ELAS FAZEM E ACONTECEM, MAS ATRÁS DAS GRADES
Quando um "negócio" é comandado pro mulheres, elas o tocam com uma sapiência a ser ressaltada. Vivenciei algo aqui hoje, quando eu Ana perambulamos aquei pelas beiradas do Rio Vermelho, o bairro boêmio de Salvador BA. Aqui tem música em cada esquina e para todos os gostos e genêros.
Estamos ainda um tanto perdidos, mas procurando pelas brechas o algo mais, ou seja, se encontrar sem se deixar levar. No pequeno hotel onde estamos hospedados, quando dizemos da intenção de trazer um algo mais para o frigobar, a moça da recpção nos indica um pequeno "mercadinho", como ela mesmo diz. Traça um roteiro e lá vamos nós. No local, três mulheres atuando e um homem sentado lá no fundo observando tudo. Elas se movimentam para lá e para cá, resolvem tudo e batem nas onze, ou seja, todas coringas. Uma delas me vendo deslumbrado com o que vejo nas ruas, me alerta: "Você não é daqui, né? Cuidado viu, fique com pisca alerta sempre ligado, viu! Aí do lado de fora tem de tudo e eles te sacam...". Saquei e Ana ria, pois me vê sempre com o flanco aberto. Olho para elas, as três atrás das grades, num começo de noite, que sei, vai longe, atentas e atuantes. Da dica recebida, já ficamos amigos e desde já, estabelecemos uma parceria pelo tempo em que estaremos por aqqui. Serão nossas fornecedoras de tudo o que precisarmos. Só faltou sairem de seus postos e sairem atrás de nós, como anjos protetores. Estamos nos garantindo por aqui e já começamos bem, com essas da foto, atrás de grades, protegidas e atentas, nossas guias por essas bandas. Garantidos desde já, começamos a garimpagem com elas no nosso encalço. Somos mesmo srtudos por ir trombando com gente deste quilate pela frente.

VALDEMÁRIO É GUARDIÃO DE MALAS PERDIDAS
Tive o prazer de conhecer seu Valdemário hoje em Salvador, pelas vias tortuosas desta vida. Eu e Ana antecipamos um voo e chegamos mais cedo na cidade. Quando achávamos que tudo estaria perfeito, eis que descobrimos nossas malas ficaram para trás e atreladas ao primeiro voo. Chegamos com a roupa do corpo e com a promessa de que, elas seriam entregues no hotel. Fomos desfrutar das ruas, porém preocupados. Começo da noite, ligam da recepção e lá seu Valdemário, da Coopertáxi. Explica sua função, a de recuperador de malas antes perdidas e por ele devolvidas, entregues pessoalmente, num serviço prestado pela Azul. Faz isso há um bom tempo e do que faz, aprendeu a repetir para os antes desesperado, algo construído por ele: "A gente vem ao mundo despido. Hoje estamos vestidos e não podemos mais ficar despidos, ainda mais numa viagem. As malas estão novamente em suas mãos". A partir daí, ele e eu no saguão do hotel começamos a prolongar a conversa. Ele me conta variadas histórias e lugares onde vai entregando as tais malas antes perdidas. "Tenho um sexto sentido, até para encontrar as pessoas. Quando o endereço não bate, não desisto e vasculho nas redondezas até encontrar a pessoa, pois sei o desespero em que se encontram". Cada um tem histórias vividas no seu ofício, dessas que juntadas dariam um livro. Ele tem muitas e todas com final feliz. Este é mais um dos que, sem querer trombamos por aqui e é como se fossemos amigos de longa data. Histórias como essa se repetem e tornam qualquer viagem mais arrebatadora. Eu não viajo só para conhecer lugares, mas também sempre querendo ter a possibilidade de boas trombadas como essa.

sexta-feira, 25 de março de 2022

FRASE DE LIVRO LIDO (175)


SERAFIM PONTE GRANDE E O PINTO CALÇUDO REFLETEM A VAZIA BURGUESIA BRASILEIRA
Livros abundam minha mesa de trabalho, um sofá ao lado e estantes, abarrotadas de preciosidades que, sei, será impossível dar cabo no tempo que me resta de vida por este mundo. Continuo tentando e devorando tudo o que encontro pela frente. Essa a forma de conseguir ir passando o tempo sem padecimentos de grande monta. Ah, que seria de mim sem a leitura, diária e contínua. Por onde vou carrego junto de mim um livro, revista ou algo para ler, pois me sinto inquieto com as mãos abanando numa simples fila de banco ou engarrafamento de trânsito. Dos tantos por aqui, cito hoje um deles, “Serafim Ponte Grande”, cria do modernista Oswald de Andrade.

Tudo tem um motivo e neste momento, quando o livro me cai nas mãos, ele se encaixa como uma luva para algo que queria escrever sobre o papel da burguesia brasileira e dos que gravitam no entorno dela, paparicando-a e fazendo em seu nome o serviço sujo. O obra de Oswald foi escrita ainda nos anos de euforia. Não só do modernismo, como das fortunas sendo construídas em torno do café (os anos 20). Ele é bem satírico, como devemos mesmo tratar estes que fazem e acontecem nessas plagas, possuem o poder nas mãos e agem de forma cruel e insana, tudo para beneficiar seus interesses e que se dane o resto. O autor sabia viver no seio de modelos artísticos ultrapassados e uma mentalidade mais que provinciana, algo que, mesmo com o passar de tantas décadas, continuam imperando. Ou seja, a burguesia brasileira continua agindo da mesma forma e jeito, vide o golpe que deram na insipiente democracia brasileira em 2016, quando defenestraram Dilma Rousseff da forma mais doentia possível.

“O personagem central que dá nome ao livro, é batizado com nome bíblico, Serafim – denominação plural de anjos de seis asas, divindades do amor, que na hierarquia sacra são os mais próximos do poder supremo. Mas serafim Ponte Grande nada tem de anjo. O leitor identifica muitas máscaras: aventureiro, debochado, volúvel, conquistador, espertalhão, oportunista, revoltoso. (...) O herói forma dupla com seu fiel escudeiro, secretário/amigo, que leva o nome sugestivo de Pinto Calçudo”, leio na orelha da obra. A melhor classificação para o escrito quem dá é o próprio Oswald, quando o qualifica como “necrológio da burguesia” e com uma emenda das mais instigantes: “epitáfio do que fui”. O que ele quer atingir, consegue com louvor, um soco no estômago e muito bem dado no comportamento retrógrado da sociedade.

Hoje, março de 2022, quando leio quando e como era a vida dos tais com poder de mando, os endinheirados da época, vejo que pouca coisa mudou. Estes, os de antanho, como os de agora são todos personagens de uma máquina grotesca. Eis algumas frases colhidas da obra:
- “Seja como for. Voltar para trás é que é impossível. O meu relógio anda sempre para a frente. A história também.”
- “O fato é que minha vida está ficando um romance de Dostoievski”.
- “Os paulistas vão e voltam, bonecos cheios de sangue. Mas a revolução é uma porrada mestra nesta cidade do dinheiro a prêmio. São Paulo ficou nobre, com todas as virtudes das cidades bombardeadas”.
- “A cidade é um mapa estratégico, fechada num canudo de luar”.
- “O Largo da Sé começou a ficar diferente por causa das Companhias Mútuas e das casas de Bombons que são umas verdadeiras roubalheiras mas que em compensação aí construíram os primeiros arranha-céus que nem chegam à metade dos últimos arranha-céus que não chegarão decerto à metade dos futuros arranha-céus. (…) Quando um estrangeiro saudoso regressa à pátria e procura o Largo da Sé, encontra no lugar a Praça da Sé. Mas é a mesma coisa”.
- “-Não há nenhum Santo Sepulcro…
-Como?
-Nunca houve.
-E Cristo?
-Quem?
O outro esclareceu:
-Cristo nasceu na Bahia”.

HOTEL BEKASSIN FECHOU E DEIXA SAUDADE – BOAS HISTÓRIAS ALI OCORRERAM
Meu amigo Sivaldo Camargo me contava outro dia uma dessas tantas histórias envolvendo o que já representou para Bauru o Hotel Bekassin, ali na Duque de Caxias, logo depois do viaduto da Nações Unidas. Esse hotel, todo térreo foi o must na cidade tempos atrás, um dos pontos onde circulavam desde artistas famosos, times de futebol e a nata da hospedaria por essas bandas. Na história do Sivaldo, contava com riqueza de detalhes envolvia o cantante Gilberto Gil e sua banda, num dos shows e turnê dele pelo interior, creio que lá pelos anos 90. Não me lembro o álbum, mas ele foi convidado para tomar café com o Gil e conta detalhes daqueles dias, inesquecíveis para ele, com direito a ganhar uma camiseta com a estampa da trunê. Eu ouvia aquilo e ficava imaginando o que representou aquele hotel para a cidade. Tempos atrás, outro amigo, o Daniel, hoje em Sampa, contou da vez em que no mesmo hotel foi se encontrar com nada menos que o jogador Sócrates, sim ele mesmo, o craque da Democracia Corintiana. Não me lembro se foi num jogo do Corinthians ou outro evento onde o “doutor” esteve presente. Em ambos, o Bekassin era o escolhido, o preferido.

Infelizmente isso é passado e hoje, o hotel está fechado e quem olha pela porta de vidro na entrada, ainda vê lá dentro os móveis, todos empilhados e juntando poeira. O fechamento se deu a pouco tempo, logo após a saída da última turma de hospedes, o da empresa chinesa Brastell, com funcionários contratados para levantar a imensa fábrica em Lençóis Paulista. A maioria dos hotéis do centro hospedaram estes operários e passam pelo mesmo problema. Com o término das obras e a ida deles, a destruição do patrimônio e seus donos sem condições de arcar com as despesas de recuperação. O Bekassin não é o único fechado e mesmo alguns que ainda resistem, padecem em situação calamitosa. O que mais chama a atenção é que o Bekassim teve um diferencial, pois foi considerado top na cidade. Histórias como as que aqui revividas estão na boca de muitos. Tenho lembrança de fãs na calçada aguardando a saída de seus ídolos para shows na cidade. Muito do que ocorrida de grandioso convergia para aquele lugar.

É triste ver o hotel fechado e com as lembranças sendo revividas, bate saudade. O que teria acontecido para o fechamento do hotel? Seria definitivo? Uma das vizinhas do local, morando na rua lateral, praticamente parede meia com o quintal, onde estava situado a piscina do hotel, a atriz Dulce Lagreca, 80 anos, conta da degradação pela qual o hotel vinha apresentando já há algum tempo. Quando algo assim ocorre, sobra para os vizinhos. Dona Dulce é muito boa praça e segura a onda de criticar o hotel, mas possui histórias dos descaminhos presenciados. Estive no local semana passada, fotografei o que pude e ao dobrar a esquina, vidros já quebrados, pois quando algum imóvel é percebido como fechado, inevitável no Brasil, começa um processo de sondagem e destruição. Proliferam hoje na cidade modelos mais modernos de hotel, pertencentes a grupos poderosos e do ramo, tendo aqui filiais e os locais, com único ponto funcionando ficam em situação complicada. É o mesmo dos pequenos mercadinhos diante dos grandões, pois até nas compras não possui o poder de barganha para comprar melhor e daí perde competitividade.

Não sei mais o que dizer do Bekassin. Outros poderão me atualizar mais, inclusive sobre seus donos. Minha motivação para ir lá e dar uma espiada no que estava acontecendo veio do amigo jornalista, Fernando Beagá, por muito tempo o Canhota 10. Ele passou por lá e me instigou, numa provocação aceita e hoje aqui o resultado: “Você já viu a situação atual do hotel Bekassin? Está fechado? O que teria acontecido?”. Fica o registro e com as fotos, que surjam as histórias, pois mesmo que o hotel não reabra, pois tudo nessa vida são ciclos, inclusive nossas vidas, tudo é finito, enfim, reavivar o que ali ocorreu no passado é algo para não só movimentar a memória, mas contar histórias de tempos outros, onde o foco dos acontecimentos teve aquele hotel como um dos seus points.

O MINISTRO E A PREFEITA EVANGÉLICOS NEOPENTECOSTAIS...*
* Meu 56º texto para o DEBATE, semanário de Santa Cruz do Rio Pardo, edição nas bancas amanhã cedo:

A Educação – ou a falta dela – é o assunto do momento. É mais do que sabido que misturar política com religião é combustão na certa, confusão e prevaricação. Neste desGoverno de descalabros do Seu Jair tudo é um assombro. De pavor em pavor, quando se acha que o divulgado de hoje é o máximo do descalabro, eis que o dia amanhece e um algo, ainda mais danoso e dantesco. De algo, já existe certeza, a de que todos os lá encastelados dentro das esferas governamentais bolsonarista possuem algum desvio de conduta. Não existe um só ministro impoluto e sem máculas. Todos, sem nenhuma distinção, só estão lá por causa dos desajustes, ou seja, este é um declarado governo de desajustados. 

No fato dessa semana, o Ministro da Educação, o fundamentalista Milton Ribeiro se vê envolvido em duas situações onde o melhor seria botar todos no olho da rua. Não dá para passar a mão na cabeça de quem se mete em falcatruas. Primeiro o ministro se vê envolvido em denúncias onde fica explícito o favorecimento dele, quando privilegia pastores, como ele na distribuição de verba educacional. Um jogo sórdido de interesses e corrupção. O ministro foi pego com a boca na botija e não teve como se esquivar, o tráfico de influências é a mola mestra de sua pasta. Aos amigos tudo, aos inimigos a lei, ou pior que isso, abandonados no deserto sem água e sem nenhum oásis à vista.

O ministro é evangélico neopentecostal e na pasta dirigida por ele, um conselho de pastores decide o destino do dinheiro que ali circula. Ali, pelo visto não se discute quesitos educacionais e sim, favorecimento para apaniguados e todos do mesmo credo religioso. Isso por si só é para derrubar a todos, mas teve mais. Foi descoberto um pastor, desse rol dos que decidem o destino das verbas educacionais, recebendo em barras de ouro para viabilizar uma verba pública. O toma lá dá cá que pior poderia existir dentro do poder público. O que foi descoberto parece ser o fio da meada para se chegar a algo a revelar como são os procedimentos de todos os ministérios e dos que estão ladeando o presidente. 

Quem não se lembra da denúncia na CPI, do deputado e do seu irmão, este funcionário graduado da Saúde, quando escracharam o esquema de compra de vacinas superfaturas. O próprio presidente disse textualmente não poder fazer nada, pois aquilo era esquema do Ricardo Chaves. Agora é esquema de quem? Do ministro ou do presidente? De um ou de outro, não falta ocorrer mais nada para a derrubada deste bando de carniceiros do dinheiro público. Aqui em Bauru, a prefeita, também evangélica neopentecostal, resolve assim como não quer nada fazer comprinhas de final de ano, gastando os tubos na compra de edificações escolares. Tudo só e tão somente pela sua cabeça, num aprofundamento da crise sem precedentes na história da cidade de Bauru.

Qual a liga existente entre o religioso deste segmento e alguma falcatrua? Não dá para generalizar, mas observando assim à distância, uma só certeza, os caras estão tirando o atraso e cientes de que tudo pode acabar em breve, aprontam uma atrás de outra. O ocorrência bauruense é investigada por uma CEI – Comissão Especial de Inquérito, onde já descobriram que até o pai da prefeita, pastor evangélico neopentecostal, que não tem nenhum cargo público na administração, participou de reuniões e decisões das edificações a serem compradas com o dinheiro da Educação. Deu para entender o envolvimento existente e pulsante dessas ocorrências? Onde existe religiosos neopentecostais e política, algo deveria ser praxe: lacra e joga cal. A sequência de fatos justifica os cuidados.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e memorialista (www.mafuadohpa.blogspot.com).