quinta-feira, 3 de março de 2022

INTERVENÇÃO DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (152)


PRÊMIO DESATENÇÃO 2022 DO TOMATE E ALGO MAIS DOS ELEITOS - COM ESTES A FOLIA NÃO ACABA NUNCA
O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é MiXto todo ano bota pra quebrar, presencialmente ou como nos dois últimos, de forma virtual, mas não deixando a peteca cair. Todo ano um dos algo a mais da descida do bloco no Calçadão da Batista é a escolha do Prêmio Desatenção, quando de forma democrática são eleitos os que, na opinião dos votantes pisaram no tomate com a cidade, com as questões cruciais deste momento, enfim, não corresponderam às expectativas. Para tecer umas palavrinhas sobre o enredo deste ano, a seguir transcrição da fala de Tatiana Calmon para edição do Jornal Cidade, com matéria sobre o bloco, 26/02/2022:

“Com tudo que vem ocorrendo, e sabendo da importância das medidas de segurança, o Tomate irá desfilar todas as máscaras em 2022. As máscaras que protegem e as máscaras que são usadas para esconder a realidade. As velhas e novas raposas da política, mascaradas de ovelhas. As máscaras que cegaram as autoridades, que fingiram não ver os transportes lotados, as igrejas bombando com shows de louvor à negação. As máscaras anticiência combatendo a vacina e defendendo a cloroquina. Os mascarados assaltantes dos cofres públicos que seguem impunes, protegidos pela máscara da injustiça. As máscaras de olhos, as máscaras de bocas... Mascarados por todos os lados. Muitos com o nariz de fora, outros com elas no queixo”.

Diante disso, Guardião, o super-herói bauruense, outro que acompanha de forma minuciosa como alguns dos tais defensores dessas plagas se comportam, analisa a convite deste blogueiro a votação ocorrida no Bar do Genaro, no Esquenta do Tomate, das mais confiáveis e auditáveis. O resultado final foi: primeiro lugar para a prefeita Suéllen Rosim, o segundo para o vereador Eduardo Borgo e o terceiro para o presidente da Emdurb Luiz Carlos Valle. Vejam sua fala: “Esse pessoal do Tomate não erra uma. Acertaram na mosca, três escolhas bem justificáveis e correspondendo a todas expectativas do momento. A prefeita, após esse ano de mandato, creio deveria ser hours concurs, pois metendo os pés pelas mãos, tanto fez para merecer o troféu, que já o leva assim na primeira empreitada sua no campo político. No final do ano, quando faz comprinhas de última hora, sem consultar ninguém, valores vultuosos e não entendidos por ninguém, deixa evidente o mérito e também aufere ter seu mandato já inscrito numa CEI, onde é investigada. Fez de tudo ao contrário da cartilha de um bom administrador, renegou a vacina, bailou com o véio da Havan e se comunica com Bauru através de um blog pessoal. Não existe muito mais o que falar, pois o que mais cresce na cidade é o descontentamento com o desacerto pela sua eleição”.

Já do segundo lugar, o vereador Eduardo Borgo, Guardião não mede palavras para dizer do acerto da escolha: “Ele gosta de dizer que não é, mas seus atos comprovam o contrário, enfim, um negacionista de mão mais que cheia. Gosta de dizer ser favorável à vacina, mas defende com unhas e dentes o tratamento precoce com medicamentos já comprovadamente considerados inúteis e incentiva as pessoas a ficarem com um pé atrás com as vacinas, sendo elas as que salvaram a humanidade de algo muito pior. Conseguiu com suas falas e ideias ter as sessões da Câmara de Vereadores e até programa da Jovem Pan suspensas, sanção imposta pelo Youtube. Isso só tem ocorrido para quem desdiz de forma contundente das vacinas e continua apregoando pela aí algo favorável aos defensores de inutilidades para o tratamento da covid. Por ser vereador, formador de opinião, pelas punições já recebidas, faz jus ao prêmio com muito louvor. Quando dos pronunciamentos, se enrola numa bandeira do Brasil, em algo grotesco e cujo simbologia só demonstra o lugar onde se encontra, a extrema-direita brasileira, com posições cada vez mais perigosas, de puro confronto com quem defende a legalidade. Um bolsonarista de mão cheia, aproveitando-se do momento para tentar galgar espaço e conquistar ser mais conhecido. Deve cair no ostracismo tão logo seu mentor também o caia. Agressor constante dos servidores públicos, em especial os professores. Pelo conjunto da obra, digo que, se o troféu lhe fosse entregue, estaria em boas mãos”.
Estes os agracidos em 2021.

O terceiro lugar quem descreve o homenageado é Tatiana Calmon, com a picardia que lhe é peculiar: “Luiz Carlos da Costa (Não) Valle, foi votado e agraciado em virtude de, mesmo após longos anos distante da vida pública, recebeu de presente por seu apoio ao segundo turno na prefeita, a presidência da Emdurb. De lá pra cá a situação da autarquia só piorou, estando a beira da falência. Nunca a coleta de lixo foi tão ruim na cidade. Além disso, declarou- se ungido por deus por não ter morrido de covid, e que essa foi a forma que o “senhor” escolheu para separar o joio do trigo. Aliás, o desrespeito com as vítimas da covid foi fato preponderante em sua votação. Foi bastante lembrado por ter feito piada com as cruzes representando as mil mortes em nossa cidade. Bolsonarista, negacionista e neopentecostal de opiniões retrógradas, mais do que conservadoras. Só pelo estrago ainda em curso na Emdurb a premiação é merecida”.

Guardião pede ajuda para o mafuento HPA e este informa algo dos bastidores do reconhecido e da rigorosa premiação, toda auditável: "Muitos todos os anos nos pedem para votar em nomes como Alexandre Pittolli, Reinaldo Cafeo ou Walace Sampaio, mas estes não merecem nem votação, pois são considerados pelos tomateiros como hours concurs. Concorrendo a premição perderia a graça, pois se tornaria repetitiva e enfadonha. Daí lhes outorgamos o Desatenção Vitalício".

PEQUENO DESABAFO NA RETOMADA DOS TRABALHOS
A gente percebe os sinais internos do corpo, quando depois de quase 62 anos de labuta ele começa a fraquejar avisando faltar pouco tempo de uso na máquina sob nossa administração. Tenta-se de tudo, inclusive recauchutagem, mas de pouca prática, pois as peças de reposição só permitem um curto prolongamento da estadia ou da vigência da peças originais. Diante disso tudo, quero mais é tirar o atraso e ser mais ácido do que fui até agora. Fui e sou um promessão, mas quando o calo aperta, a gente se toca. As dores só aumentam, estes os sinais mais do que evidentes: se não fizer já, não farei mais. Qual o seu legado? De que falarão de você? Só te lembrarão pelo fato da devassidão? Vale a pena tentar algo mais. Eu tento, sempre tentei, mas agora, quando adentro a prorrogação e a partida ainda não foi totalmente definida - ainda existe uma pequena chance -, eu tento uma reviravolta. Tudo bem, que ao meu modo e jeito e assim sendo, nem sempre o resultado é dos mais satisfatórios, mas escrevam aí e percebam, eu tenho tentado e continuarei a fazê-lo. Trinquei o espelho aqui de casa, pois só de olhar para ele nos últimos tempos, não resistiu e antes que o HPA se vá de uma vez por todas, deixa-me insistir numas coisinhas. Na lida e luta.

OBS.: As duas fotos são de autoria de Tatiana Calmon e não foram por mim autorizadas, muito menos permitidas, mas ela o fez mesmo assim e as publico, pois demontram o algo mais que tentei escrevinhando essas poucas linhas. "O tempo passa, o tempo voa...".

O CONFRONTO NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
Leio e sei de cor todos os confrontos épicos da historiografia brasileira, mas tenho que reconhecer, o jornalista Mino Carta tem razão quando afirma: "É da cultura brasileira evitar o confronto a todo custo". Isso daria assunto para discussão de horas por aqui e não é este o caso, pois estou envolvido da cabeça aos pés neste momento no FORA BOLSONARO, algo me movendo desde que acordo até quando fecho os olhos no final do dia. Pode até ser que o País mereça esse Seu jair, mas, de todo modo, é certo ser ele o auge de uma tragédia anunciada. O sonho carrega-se de uma tonalidade de filme de terror e alguém soletra que a prioridade é nos livrarmos dele. O faço, mas não resignado e também ciente de que, a luta se estenderá muito depois dele, pois as raízes do que deixamos vicejar perdurarão ainda por muito tempo. Mas sei também que, para tudo existe um começo e hoje ele se dá com o povo brasileiro puxando a descarga e enviando para os quintos dos infernos o capiroto e, se possível, todos os seus juntos. Não dá mais, o Brasil retroagiu demais da conta com ELE, o soberano do pesadelo, consequência inevitável do delírio geral. Eu adoraria não respeitar o calendário eleitoral e fazê-lo já, indo pras ruas e com toda pressão possível, exigir que suma já, mas as coisas são lentas neste País e assim, espero chegar vivo até as eleições e dar minha contribuição para o fim deste ciclo, ou melhor, o começo do fim deste ciclo. Sigo na luta.

A GUERRA

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