quinta-feira, 29 de maio de 2025

FRASES (257)


AH, COMO GOSTO DE LUIZ FERNANDO VERISSIMO, O LEIO DESDE SEMPRE...
Luis Fernando Verissimo não escreve mais, as palavras escapam, e não toca mais sax, diz a sua mulher Lúcia
ARTIGO | Eugênio Bortolon
Ela conta a rotina do grande cronista e escritor, que completa 89 anos este ano
Luis Fernando Verissimo está com 88 anos e tem uma rotina interessante e bem doméstica. Ocupa quase todo o seu tempo sem sair da casa que herdou do pai, Erico Verissimo, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, sempre acompanhado pelos olhos vigilantes, carinhosos e sorridentes da sua mulher, a carioca Lúcia Helena Massa, com quem está casado desde 1963. Foi de tudo na vida das comunicações, mas ironicamente com suas maiores características – o silêncio, a timidez e as poucas palavras que ousava proferir. Era lacônico.
“Nunca fui muito íntimo de mim mesmo, nunca examinei o que eu fiz, o que eu deixo de fazer”, disse quando completou 80 anos. Lúcia, hoje, é a sua voz, a sua razão de fazer a sua vida andar com calma e amor e, com saúde, com as dificuldades habituais e naturais das sequelas que enfrenta da doença de Parkinson e do AVC, que sofreu em 2021, e que o obrigou a ficar vários dias internado em hospital da Capital, além do marcapasso colocado em 2012 e da lombalgia que o impede de ser ágil. Mas ele sempre foi calmo e tranquilo até para caminhar, desde que o conheço há quase 50 anos.
Leia na íntegra em #BdFRS.
.https://www.brasildefato.com.br/.../luis-fernando.../

ENQUANTO ERAM SÓ OS LIVROS IA BEM, MAS QUANDO PASSOU A ADQUIRIR BENS, DAÍ DANOU TUDO
Enquanto eu não tinha mais do que uma cama e alguns livros, eu era livre — e feliz.
Mas bastou adquirir nove galinhas e um galo para minha alma ser corrompida. A propriedade me deformou. Tornou-me cruel.
Para cada nova galinha que comprava, amarrava-a por dois dias a uma árvore. Era meu método brutal de apagar da memória frágil do animal qualquer vestígio de afeto pelo antigo lar.
Remendei cercas, levantei barreiras, erigi muros não apenas contra as raposas — de quatro ou de duas patas — mas contra a própria ideia de vizinhança.
Tracei uma linha entre mim e o outro. Uma linha invisível, mas carregada de veneno.
Dividi o mundo: de um lado, eu — proprietário. Do outro, os que podiam me roubar. Inventei o crime. E com ele, nasceu em mim o medo.
Passei a lançar sobre o mundo um olhar hostil. O vizinho, antes indiferente, tornou-se ameaça.
Seu galo — mais velho, mais viril — pulou a cerca e roubou minhas galinhas. Atirei pedras. Reivindiquei os ovos.
Ele me odiou. Eu retribuí. Seus olhos agora espreitam a cerca como os meus: cheios de desconfiança.
Suas galinhas cruzaram a fronteira e devoraram o milho dos meus. Enfurecido, matei uma. Ele não aceitou dinheiro.
Retirou o cadáver como se fosse um mártir. Exibiu-o aos amigos. E o que era um desentendimento virou lenda: eu, o brutal.
Aumentei as cercas. Redobrei a vigilância.
O vizinho tem um cão. Eu, em breve, terei um revólver.
Onde está a paz de antes? Onde está aquele homem que lia, sonhava e dormia em silêncio?
A propriedade me envenenou.
Já não sou apenas um ser humano.
Sou um dono.
E o mal tomou conta de mim.

LIVROS SALVAM VIDAS E DÃO ESPERANÇA PARA SONHOS E REALIDADE
“Dormia numa estação de comboios... e acabei por abrir uma biblioteca para os sem-abrigo. ”
O meu nome é Andrés Solano e, por quase dois anos, a minha casa foi um banco de madeira na estação central de Buenos Aires.
Não cheguei lá por causa das drogas, nem do álcool. Aconteceu porque a vida se desmoronou: perdi o emprego, depois a casa e depois... orgulho.
Todas as noites eu cobria-me com um casaco alheio e tentava manter a dignidade no meio do barulho, do frio e da indiferença.
A única coisa que me manteve são foi um livro antigo que encontrei num contentor. Era um romance empenado, sem capa. Mas eu lia-o como se fosse oxigênio.
Quando o terminei, li outro. E outro.
Comecei a trocar livros com outras pessoas em situação de rua.
Uma noite, um deles disse-me:
— Nunca tinha terminado um livro. Obrigado, meu.
Aí eu soube que, mesmo entre ruínas, havia algo que eu ainda podia dar: conhecimento.
Não tinha casa, mas tinha um propósito.
Com a ajuda de um voluntário, fundamos uma pequena biblioteca móvel num carrinho de supermercado.
Livros doados, protegidos com plástico, emprestados a pessoas que não tinham endereço, mas tinham histórias para contar.
Moviamo-nos de estação em estação, compartilhando palavras com os esquecidos.
Hoje, a Biblioteca Invisível tem três sedes fixas e centenas de livros em circulação.
Mas, mais importante, devolveu nome, voz e esperança àqueles que o sistema apagou.
Não tem grandes títulos.
Só o orgulho de ter despertado a alma daqueles que só dormiam para esquecer.
“Dormia entre comboios... e aprendi que, às vezes, uma página pode ser o primeiro tijolo de uma nova vida. ”
via Livro Azul II
art: I.A

UM DELEGADO CONTRA A REVISTA PIAUÍ, AINDA O CASO DO HACKER, SUPOSTAMENTER TAMBÉM CONTRATADO PELA PREFEITA BAURUENSE, SUÉLLEN ROSIN
COMO UM AGENTE DA LEI ABUSA DO PODER POLICIAL PARA CERCEAR O TRABALHO DA IMPRENSA
"A polícia tem direito de investigar, mas agentes públicos não podem se valer de acessos privilegiados para promover intimidações e perseguições"
- Katia Brembatti, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)
Leia: https://piaui.co/43G46TV

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