quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

AMIGOS DO PEITO (132)


REENCONTROS POUCO ANTES DO NATAL, GERANDO CINCO ESCREVINHAÇÕES
Andarilhos como eu podem ter muitos pela aí, destes com gosto de andarilhar e ir se reencontrando com gente. Num dia antes do Natal vesti minha camisa de malandro, herdada de minha sogra Darcy, da qual gosto muito, gola canoa, das minhas preferidas e com ela, me sentido mais bonachão, escapuli de casa e fui esbarrando num aqui, outro acolá. Tirei até algumas fotos, aqui expostas, como carne seca ao sol. FaleI destes cinco:

Eu e CARLÃO GRANDINI – Ele é meu tio, gente que gosto demais da conta. Foi o esposo de minha tia, irmã gêmea de minha mãe Eni, ela Edi. Moraram numa inesquecível casa, a primeira na vila lá junto do IBC. Meu tio sempre foi boêmio, contumaz dançarino e assim como eu, gosta de escapulir. Jogou baralho até não mais perder e depois aquietou o facho, porém sem nunca parar de dar uns passos nos bailes do Luso. Aposentou e o vejo cada vez menos. Tem três filhos, dois bolsonaristas e sei, o bicho pega nas conversações, pois ele não se verga. Estava entrando no Banco do Brasil da praça Rui Barbosa e ele saindo. Foi um baita abraço e ele, me pedindo para não esmorecer, pois os FDPs ainda não foram todos presos. Ele gosta de assistir pela TV as sessões da Câmara dos Deputados e do Senado. Assisti e depois, como todos que o fazem, fica muito puto da vida. Hoje, ele continua dirigindo seu carro, mesmo já tendo alcançado a marca dos 90 anos, porém, continua altivo e soberano. É desses que, ninguém verga fácil. Defende Lula com unhas e dentes, pois sabe o que teríamos não fosse ele ter voltado. Não se conforma com estes hoje propondo matar adversários. Conversaríamos horas, pois temos muita coisa em comum. Meu tio soube ser gauche na vida, mesmo que isso tenha lhe trazido alguma dor de cabeça ao longo da vida. Porém, de algo tenho certeza, ele não se arrepende de nada. Adoro reencontrá-lo, continua todo pimpão, cuidando da sua Zo, sobrando tempo para assuntar sobre como anda este País e até para vez ou outra matar saudade das andanças pela Batista e adjacências.

Eu e SUCA MIRANDA – Eu a conheci como servidora da Unesp e logo depois, quando aportei num Festival de Música Sertaneja, realizado na praça principal de Reginópolis, descubro ser ela cantante como poucas. Ela e seu marido formavam uma dupla, digo divinal, pois cantava só sertanejo raiz. Ela, com um chapelão de caipora na cabeça e com aquele baita sorriso no rosto é pra se apaixonar mesmo. Seu marido que o diga. Ela grandona, ouço dizer, encantou a Unesp inteira e depois da aposentadoria, não aquietou o facho. Faz da cantoria seu modo de prolongar a passagem por este mundo. Só de olhar, sei que a danada vai viver muito, pois fazendo algo que gosta, não tem hora para ir embora. Ela estava lá dentro da agência do Banco do Brasil, resolvendo pessoalmente alguma coisinha, dessas que a gente tem que ir presencialmente. Ela me viu, a mim e ao Zé de Pederneiras, outro servidor da Unesp, se achegou e a prosa foi até quase o horário do banco fechar. Ela fala sorrindo, o que é uma maravilha, pois não se esconde, nem tem como, abriu a boca, a gente já tem a plena certeza de estar diante de baita mulherão e dessas sabendo se impor, dominar a cena, ser, fazer e acontecer. Quando a interpelamos do que anda aprontando, sorriu e disse ter cantado em dois lugares nos últimos dias, o que nos causou baita inveja, pois nem cantamos, nem dançamos, quando muito saímos de casa. Suca preenche os espaços por onde circule.

EU e o ZÉ ROBERTO REGINATO – Ele é de Pederneiras e não sai de Bauru. Aqui se aposentou, atuando lá no Laboratório de Fotografia, campus da Unesp Bauru, onde além se der um renomado técnico, entendido dessa hoje quase esquecida técnica de revelação de filmes fotográficos, quando se aposentou, montou na área de sua casa uma oficina de marcenaria. Coisa linda, outro dia fui lá e fiquei encantado, ele deixa o carro na rua, mas não deixa suas madeiras dormir ao relento. Minucioso, hoje mora ele e o filho, esse estudando engenharia e cada um ajudando o outro nessa peripécia que a convivência humana. Tenho duas fotos dele na sala de casa, uma tirada quando de uma passagem por aqui do escritor e jornalista Fernando Moraes, creio que de quando foi secretário de governos estaduais. A generosidade em pessoa. Estava aguardando o atendimento no banco, quando sou tocado nas costas. Reconheci sua voz de bate pronto e ficamos a parlar, chegando minha vez e a dele, ambos adiando o atendimento. Tudo piora quando a Suca chega junto, daí só mesmo o segurança para avisar que o banco iria fechar. Eles começaram a relembrar feitos e fatos dos tempos quando ambos atuaram lá na Unesp, cada qual em setores distantes, mas na qualidade de servidores públicos, estavam sempre se encontrando, na luta e lida diária, algo sempre cheio de muitas rememorações. Melhor que tudo, o ali acontecido não teve nada marcado antecipadamente, pois aconteceu por acaso e quando isso se sucede, lembranças são afloradas e presenciei diálogos memoráveis. Duas grandes figuras humanas.

Eu e o PADRE MATHEUS BRITO – Eu o conheci quando dividia as atenções lá na famosa igreja da dissidência, a Humanidade Livre. Ele e padre Beto fizeram e aconteceram, depois quando algo começou a se dissipar, cada qual alçou vôo próprio e assim, vida que segue. Hoje, minha irmã Helena, que gosta muito dele e de sua fala, me diz estar atuando na O Povo do Caminho, fazendo algo na contramão de tantas outras, sejam católicas ou evangélicas, na contramão da ressignificação religiosa e, mais que tudo, emancipando o povo para sua libertação. Acredito pouco em religiões, mas muito em alguns religiosos, como frei Beto, frei Boff, padre Lancelotti e na pregação deste Matheus. Cruzo com ele, mais barbudo que dantes e chego pelas costas, sem que me veja e o provoco: “Tem padre parecendo cada vez menos com o padrão de padre”. Rimos juntos e interceptamos um dos corredores do supermercado Tauste, ali da Rio Branco. Papo bom é prolongado até não mais poder, mas como o dia era de últimas comprinhas antes do convescote do feriado natalino, tínhamos pouco tempo. Ficamos de nos ver mais, sem marcar nada de concreto, porém, Matheus é papo reto, psicanalista e padre, convicto que, algo transformador pode ocorrer também pela via religiosa. Eu busco outro caminho, ele é feliz e está, como eu, atrás de outro mundo possível, cada qual fazendo o que pode nesta busca. Sempre bom prosear com ele e, pasmem, falamos de tudo, quase nada de religião.

Eu e ANA BIA ANDRADE – Ela, como até as pedras do reino mineral sabem é mina cara metade. Desde que aqui aportou, creio eu, uns 15 anos atrás, estamos juntos e pelo que imagino, assim continuaremos ad eternum, ou até quando forças existir para nos conduzir adiante. Sou um reclamão, mas reconheço, ela gosta muito de mim, eu dela, tocamos nosso barco, enfrentamos tempestades e tsunamis, mas inabaláveis, continuamos de mãos dadas. Eu, não bobeio, sei ser ela muito forte, força advinda também de sua crença e profissionalismo, quando comigo cruzou, bati os olhos, rodeei, assuntei e me certifiquei, sem pestanejar, estava diante de alguém que iria comigo atravessar esse Rubicão. Ela é a força que me leva adiante, me incentiva e também, me freia muito, pois assim não fosse, já teria dado com a cabeça na parede inúmeras vezes. Gostoso ter alguém assim. Viajo com ela e só falo o português, ela não, poliglota, abre portas e caminhos. Nos completamos, cada qual com sua especialidade dentro da vida. Neste Natal, optamos por não sair de casa. Aqui permanecemos, isolados de tudo, nós e nosso bacalhau, que ela diz não ter ficado a contento, mas o comeu mesmo assim. A gente se curte ao nosso modo e jeito. Uma ajuda mútua, necessária e desta forma, achei que ela teria dificuldades para se entrosar nesta insólita Bauru. A levei para os mais diferentes cantos, conheceu mundos e fundos e hoje, vez ou outra, me surpreende, pois está a conhecer mais gente que eu. Se safou, deu seus pulos e se instalou de vez como mais que bauruense. Eu sou o Henrique da Ana Bia e ela a Ana Bia do Henrique. Somos um casal imperfeito, porém, cheios e acertos, muita coisa em comum. Isso nos faz tocar juntos o barco da vida.

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (198)


AOS AMIGOS TUDO, AO RESTANTE, VIDA DURA, EIS O QUE SUGERE ÓTIMA MATÉRIA DO JC*
* Estava pronto para publicação de algo mais ameno na véspera do Natal, porém, uma bomba explode no colo da alcaide bauruense, a incomPrefeita Suéllen Rosim. Deixo as amenidades para amanhã...

O repórter do JC, Daniel Fleury Moraes esteve por vários dias devastando amplo material, gerando uma contundente matéria na véspera do Natal, saindo a mesma publicada na edição de 24/12, a "OSC que realoca moradores do Europa é ligada a comissionada - Coordenadora de políticas às mulheres da Prefeitura também já foi diretora da única outra entidade contratada para realizar o serviço". Ela não deixa margens e nem dúvidas de evidentes irregularidades ocorridas quando da contratação, atráves de edital, de empresa/entidade que irá coordenar a realocação das famílias desalojadas no Jardim Europa. A história é complicada de entender, mas no final uma só certeza, quem foi dela beneficiado possui laços muito próximos com a atual administração municipal, a da alcaide Suéllen Rosim, assim, no mínimo, o contrato deve ser desfeito pela Justiça, passando por novo processo licitatório. O impossível de ocorrer é a sua continuidade, com todas as irregularidades evidenciadas e demonstradas na reportagem do jornal.

Duas entidades foram selecionadas pelo chamamento público, a Aelesab e o Instituto Elas, em algo que inicialmente teria o valor final repassado de R$ 2,1 milhões anuais, porém, a pedido de Suéllen, o valor passou para R$ 6,3 milhões ano, sendo ganhadora empresas com gente muito próxima do staff dela. Isso por si só gerava suspeitas e foi o que o JC, por intermédio do André foi atrás, desvendando algo mais dessa proximidade. Repercutindo a matéria em sua página no Facebook, André escreve: "Governo tenta contratar sem chamamento público uma entidade fundada por uma comissionada. Não consegue, promove às pressas um procedimento nesse sentido e vence justamente aquela cotada para assumir o serviço desde o início. O JC chegou a ser expulso da sede da instituição durante a apuração".

Isso aqui é mais que uma bomba natalina, é um verdadeiro míssel, que com o decorrer de apurações poderá se transformar num petardo de inontornáveis situações, dependendo de como a Justiça o recepcionar e das providências seguintes. Lendo a matéria em todos os seus detalhes, tudo é estranho, a alteração do valor, com uma majoração inexplicável, depois um empenho para direcionar para as empresas com ligação umbilical com a atual administração. O caso não é grave, é gravíssimo. Houve insistência para que, certa empresa fosse a ganhadora. E foi com valor majorado.

Parabéns efusivos para a coragem do intrépido repórter, que deve ter sofrido muita pressão, para não publicar a matéria, mas indo até o fim, numa clara demonstração da existência de imprensa liberta das amarras e entranhas do poder público. Isso tudo pode propiciar algo maior, pois a partir daí, puxando este fio da meada, desvendar mais do que já foi revelado ou simplesmente, quando sem evidências, tudo ser encerrado. O caso é grave e não deve passar batido, nem esquecido, muito menos arquivado. Se faz necessário uma apuração detalhada, pois para a solução de um imbróglio com moradores do Jardim Europa, pelo visto, foi criado uma situação insustentável dos trabalhos ocorrerem dentro do previsto na licitação.

A coisa fedeu e agora, o Judiciário deve tomar as providências e apurar tudo. Aqui, a expressão "tem gato nessa tuba", pode ou não ter consequências, tudo dependendo de como tudo vier a ser apurado e esclarecido. Por enquanto, mais um escândalo e este propiciando um Natal nada confortável para algumas pessoas. O JC merece todos os elogios pela publicação de tão minuciosa apuração, já bem avançada e elucidativa. Isso sim é jornalismo.
A cena é chocante é com graus de perversidade, tudo às vésperas do Natal. Debaixo do viaduto das Nações, sob a avenida Duque de Caxias, existia um local, cercado, ocupado por certo tempo por entidades, depois por moradores em situação de rua. Por ali, ocorreu estranho assassinato e tudo é levado abaixo, com os quem dele se beneficiavam, colocados ainda mais à rua. E para onde foram? Atravessaram a avenida e agora, ainda debaixo do viaduto, sem a proteção do antigo gradil, ocupam espaço defronte a sede do Narcóticos Anônimos, beirando a rua, continuam sua saga de busca por um abrigo sob suas cabeças. A situação é imensamente mais constrangedora que a anterior, ou seja, tudo foi piorado após a intervenção do "pessoal" da Prefeitura Municipal e na noite do Natal, chamas eram vistas no local, numa preparação de provável ceia. Eis como, de algo ruim, tudo pode se transformar em algo ainda pior.

outra coisa, porém, ação de gente da mesma administração e alcaide, Suéllen Rosim
A CEIA DEBAIXO DO VIADUTO
A cena é chocante é com graus de perversidade, tudo às vésperas do Natal. Debaixo do viaduto das Nações, sob a avenida Duque de Caxias, existia um local, cercado, ocupado por certo tempo por entidades, depois por moradores em situação de rua. 

Por ali, ocorreu estranho assassinato e tudo é levado abaixo, com os quem dele se beneficiavam, colocados ainda mais à rua. E para onde foram? Atravessaram a avenida e agora, ainda debaixo do viaduto, sem a proteção do antigo gradil, ocupam espaço defronte a sede do Narcóticos Anônimos, beirando a rua, continuam sua saga de busca por um abrigo sob suas cabeças. 

A situação é imensamente mais constrangedora que a anterior, ou seja, tudo foi piorado após a intervenção do "pessoal" da Prefeitura Municipal e na noite do Natal, chamas eram vistas no local, numa preparação de provável ceia. Eis como, de algo ruim, tudo pode se transformar em algo ainda pior.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

RELATOS PORTENHOS / LATINOS (139)


FLÁVIO DINO SUSPENDE EMENDAS DE BRASÍLIA E AQUI EM BAURU, QUEM O FARÁ COM O TAL ORÇAMENTO IMPOSITIVO, DINHEIRAMA NAS MÃOS DOS VEREADORES
A notícia boa do dia, algo como um belo PRESENTE DE NATAL para todo o povo brasileiro foi a decisão – mais uma – do ministro do STF, Flávio Dino, mais uma vez batendo de frente com o veículo desgovernado que é hoje a atuação do presidente da Câmara dos Deputados, o insano Artur Lira. Lira é o rei da praga das Emendas do orçamento, que hoje infestam a Câmara e quando espalhadas nas mãos dos deputados, tem-se mostrado a maior fonte de corrupção no momento atual brasileiro.

Algo que, qualquer pessoa sensata combate e quer ver seu fim. Só mesmo, gente danando com as contas públicas brasileiras e envolvido com a corrupção ainda é defensor dos deputados fazerem uso como querem de valores tão altos e sem nenhum controle. Dino já havia freado esse ônibus sem freios e hoje, volta à carga com mais uma freada brusca nas intenções do Lira, quando suspense o pagamento de R$ 4 bilhões em emendas e pede que a Polícia Federal investigue a fundo o que de fato ocorre na distribuição dessa dinheirama.

Isso, como escrevi e repito é mais que um belo PRESENTE DE NATAL, talvez o melhor que poderíamos receber. Lutar desbragadamente contra o avanço do que foi iniciado dos desgovernos de Temer e Bolsonaro, quando os deputados passaram a controlar – sem nenhum controle – valores incomensuráveis de dinheiro, numa alta voltagem de corrupção é o lado mais nefasto deste Brasil, ainda com reflexos de difícil reparação. Escrevo isso hoje muito contente, mesmo continuando apreensivo, pois ciente de que nada ainda está definitivamente resolvido. Lira e os seus continuam na ativa e representando maioria nas votações, ou seja, o problema persiste.

E quando penso neste problemão ainda a resolver, me volto para algo em curso aqui em Bauru e que, guardadas as devidas proporções, deve gerar a mesma preocupação com a forma como é utilizado o dinheiro público. Foi aprovado algo dentro deste mesmo padrão Lira de fazer e tocar política, com muita dinheirama sendo repassado aos vereadores brasileiros, logo sendo aderido pelos bauruenses e estes distribuindo ao bel prazer, segundo as suas conveniências. Ou seja, mais do que um PERIGO À VISTA. São as tais EMENDAS INDIVIDUAIS, com valores em Bauru acima de R$ 1.500 milhão para cada um, com metade destinado obrigatoriamente para a área de Saúde e o restante para quem o vereador quiser.

Pelo que sei, assim como lá na Câmara dos Deputados, dificilmente teremos uma volta atrás, pois a matéria foi aprovada pela Casa de Leis bauruense, derivando a norma Emenda à Lei Orgânica nº 83, de 13/02/2023. A partir de então, os vereadores bauruenses podem apresentar emendas individuais no limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) do município do ano anterior, que produzirão efeitos a partir da execução orçamentária do exercício seguinte.

“O valor total das emendas individuais no limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) do município de 2023 será de R$ 18.585.142,63, sendo que a área saúde municipal poderá receber o mínimo de R$ 9.292.571,32, ou seja, 50% do montante total. A criação de emendas individuais possibilita ao Poder Legislativo participar das decisões referentes à alocação de recursos, fornecendo-lhe mais autonomia e promovendo maior equilíbrio entre os Poderes, sendo inegável o caráter fundamental que o circunda”, diz o texto distribuído pela Câmara dos Vereadores, querendo convencer a cidade de que, isso será benéfico e não temerário, constituindo-se numa espécie de BOMBA RELÓGIO.
TUDO LINDO, NÃO FOSSE TRÁGICO.

Mas por que a preocupação deste escriba? Simples. Diante do que se vê em curso em Brasília, o que ocorre em Bauru poderá se tornar algo similar, preocupante, pois desde essa aprovação, aqueles que deveria fiscalizar o Executivo e tudo o mais, inclusive todos os gastos públicos, agora possuem em suas mãos uma quantia elevada de dinheiro, em algo inédito e perigoso. Primeiro, porque não se sabe quem irá fiscalizá-los de fato. Depois, com toda certeza, não é essa a função do vereador. Muito já foi dito sobre da facilidade deles no quesito reeleição depois desse derrame de grana distribuídos, sendo que, de todos os que concorreram neste último pleito, somente um não se reelegeu, Guilherme Berriel. Todos os demais foram reeleitos.

Em Brasília quem está salvando a nação é o STF, mais precisamente, neste caso em especial, o ministro Flávio Dino e aqui, até o presente momento não vi nenhuma PRESTAÇÃO DE CONTAS dos gastos iniciais dos nossos vereadores. E a pergunta que não quer calar: quem estará à frente de verificar como foram feitos os gastos.? Com certeza, isso ocorrerá através do Judiciário. Enfim, perceberam a enroscada onde um elevado montante de dinheiro está circulando meio que solto, sem lastro e controle? Sinto que, ainda estamos sem alguém como o ministro FLÁVIO DINO, para ir brecando avanços desmedidos. Por mim, isso deveria ter um imediato fim, pois distribuir dinheiro não é finalidade de vereador.

poesia portenha em forma de denúncia para encerrar o dia
QUE OS OLHOS DOS SEUS MORTOS NÃO TE DEIXEM DESCANSAR NUNCA EM PAZ!!!
- O avô não pôde comprar losartan, é caríssimo...
ELE DEU UMA PARADA.
- A criança não come está desidratada...
ELE DEU UMA PARADA.
-Maria não recebeu insulina e também não conseguiu comprá-la...
ELA DEU UMA PARADA.
Nahuel de 3 anos é eletrodependente. Cortaram-lhe a energia...
ELE DEU UMA PARADA.
-José trabalhava como pedreiro, tinha pressão alta mas os comprimidos são caros...
ELE DEU UMA PARADA.
-Pedro é diabético, tiraram-lhe os remédios... Comendo ou medicando...
ELE DEU UMA PARADA.
-Vovó Rosa vinha andando com sua bengala, e não recebeu sua medicação para o coração... Não foi suficiente, Carvedilol está muito caro...
ELA DEU UMA PARADA.
- Daniel tem HIV e não toma mais a medicação...
ELE DEU UMA PARADA.
-Sandra tem 25 anos, mas também tem câncer e não fez quimioterapia... MORREU.!!!",
de um ouvinte da rádio 750 AM argentina, programa La Mañana, de Victor Hugo Morales, sobre a atual situação de quem precisa dos serviços públicos naquele país.

domingo, 22 de dezembro de 2024

DICAS (252)


O QUE LHE ACONTECERIA SE VOCÊ, SIMPLES CIDADÃO, CORTASSE UMA CENTENÁRIA ÁRVORE E SEM PLAUSÍVEL JUSTIFICATIVA? COM SUÉLLEN ROSIM, PELO VISTO, PODE TUDO
Todos conhecem "n" histórias de bauruense que, tentaram cortar árvores e em seu lugar, a substituição por outras, porém a burocracia os impedem, além de multa alta, o que não considero algo ruim. O que precisa prevalecer é uma regra que vale para tudo e todos, indistintamente. Isso, pelo visto, parece não existir me Bauru, onde o poder público, na responsabilidade da atual alcaide, denominada por mim como IncomPrefeita Suéllen Rosim, essa pode tudo. Até hoje não engoli a derrubada de três lindas e altas árvores lá na praça na esquina debaixo da USP, na Octávio Pinheiro Brisola. Foi algo sem explicação e no lugar, um coqueirinho, que demorará décadas para obter a envergadura das três espécimes derrubadas. Sempre existirá uma justificativa e a encontrada foi a de sempre, o terreno estava oco e nada podia ser feito. Ou seja, o melhor mesmo é não fazer nada pela árvore e daí, sua derrubada.

Isso, pelo que se ouve e se sabe, repete-se como mantra cidade afora. Bauru, diante de tantas outras cidades da região, pena pela pouca quantidade de árvores em sua área urbana. E as mais velhas, que necessitariam de todo carinho e atenção, essas no primeiro probleminha, alguém vai lá e da noite para o dia, ela simplesmente desaparece. o caso mais recente e chocando moradores e populares é uma na quadra da rua Rio Branco, junto à antiga Estação da Cia Paulista e do Museu Histórico, que um dia foi fechado e sabe-se deus quando será novamente aberto. Essa árvore fazia sombra em metade do quarteirão e estava postada bem defronte o espaço hoje inabitado do museu, lugar cheio de placas de uma reforma que nunca termina, tanto que, existe colado nas mesmas, remendos, tapando prazos e valores, que já foram substituídos dezenas de vezes e a obra não anda.

A obra não anda, mas a árvore foi decepada, segundo moradores e frequentadores da dominical Feira do Rolo, pois estaria tapando a visão do pátio, hoje cheio de muito material ,que um dia seria utilizado na talreforma, mas também se perderam por se encontarem ali abandonados. Pela grossura do tronco ainda não arrancado da calçada, percebe-se o tamanho do crime, obra que deveria merecer punição severa para os envolvidos. E olha que, na mesma calçada, essa é a segunda árvore decepada pelo poder público, o mesmo que exige muito do cidadão quando deseja trocar uma árvore em sua calçada, mas age criminosamente quando despararecem com uma, como a do exemplo mais recente aqui sendo citado.

Para este tipo de atitude não existe justificativa. Ouço de moradores do local que, a CPFL veio tempos atrás e podou a árvore, retirando os galhos mais próximos da fiação elétrica e tudo continuava como dantes, sua sombra beneficiando todos nas redondezas. Agora, dias atrás, assim do nada, uma equipe da Prefeitura esteve por lá e simplesmente cortou, carregou e sumiu com os vestígios, sendo seus troncos levados para lugar incerto e não sabido. É de um descaramento nunca presenciado, isso de limpar o local, possibiulitando uma melhor visão para o pátio de um museu, que por mais aditivos que lhe sejam despejados, a obra não anda, emperrada pela incompetência dessa e da administração anterior.

Isso é a cada do descalabro predominante nessa área hoje em Bauru. Algo dessa magnitude precisa, no mínimo, ter convocada uma reunião com os moradores, onde seriam dadas todas as explicações e intenções. Nada disso ocorreu e agora, lá está o tronco, todo brotando pequenos galhos, de uma árvore, que só por causa disso, uma prova mais do que evidente de que, estava saudável. Se estivesse condenada, não estariam brotando tantos galhos ao redor do tronco restante. Pelo que se viu de outros atos de igual teor, pouco adianta reclamar e exigir reparação ou explicações. Elas não acontecem e desta forma e jeito, segue o jogo da destruição do pouco que nos resta de área verde na área urbana bauruense.

Este pode ser considerado o retrato mais triste para o que teremos pela frente, a chegada do Natal e do Ano Novo. Uma cidade que não defende adequadamente o pouco que possui de área verde e deixa tudo ir desaparecendo criminosamente, como neste caso, merece mesmo ter uma administração claudicante, omissa e sendo chancelada como DESTRUIDORA DA NATUREZA. E assim, asfalta-se tudo e cada vez menos verde em nossas ruas. Este nosso cartão de visitas, algo pelo qual Bauru já é reconhecida. Não existe notícia mais triste que essa para anunciar a chegada do segundo mandato de Suéllen, simplesmente, derrubadora de árvores.

AS BICICLETAS DOS CORREIOS SÃO AGORA TODAS MOTORIZADAS
Diante desta bicicleta, utilizada até bem pouco tempo pelos funcionários dos Correios, os carteiros, para entregas de casa em casa, ali na Feira do Rolo, uma só certeza, a de como o Governo Federal é ruim em comunicação de seus feitos. 

Não sei, nem me informei se estava em exposição ou a venda, mas sei que, por decisão acertada, todas foram substituídas por elétricas, ou seja, os carteiros do Brasil inteiro estão agora, pedalando menos e entregando as correspondências de porta em porta e com muito menos esforço físico.

Exemplares como essas aqui são, de agora em diante, coisas do passado. O Correios deu um passo adiante e todos precisam tomar conhecimento disto, ou seja, divulgar melhor seus feitos e conquistas.

OBS da importância de frequentar a feira dominical da Gustavo Maciel e, consequentemente a Feira do Rolo: Foi circulando por elas que tomei conhecimento dessas duas histórias. Ou seja, para mim, feirar e botar o bloco na rua é algo de um importância mais que alvissareira.

sábado, 21 de dezembro de 2024

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (179)


ASSUNTINHOS DE FINAL DE ANO

NATAL
Não existe como querer ser feliz num dia como este, diante de tanta iniquidade comendo solta mundo afora. A felicidade isolada é algo impossíVel e só alcançada pelos muito insensíveis.
E NÃO É?

GLEISE HOFFMANN, PRESIDENTE DO PT, NÃO DIZ NENHUMA GRANDE NOVIDADE, MAS É LINDO VÊ-LA DIZENDO DA LUTA DO GOVERNO LULA PARA CONSERTAR ESTE PAÍS
Que lapada espetacular e histórica da Gleisi Hoffmann nos deputados Bolsonaristas. Desmentiu com argumentos e de forma precisa todas as mentiras da extrema-direita. ASSISTA ATÉ O FINAL!

EU ACREDITO E BOTO FÉ
Lula é muito Freud, além de ser de escorpião, ou seja, nao esquece à toa. Hoje foi o último dia do sabotador-mor do BC. E o que faz Lula? Grava um vídeo apresentando Gabriel Galípolo como novo presidente do BC. Pela primeira vez na historia.
Manda o recado de que nao vai interferit na política do banco. E obviamente lançou uma flecha na fuça do sabotador-mor.
O presidente disse que tinha certeza de que Galípolo ia mostrar o que é comandar um BC independente. Hahaha Vejam e se deliciem, amigos. É como eu digo, nunca subestime um estadista como Lula. Quem faz isso perde de véspera.

A PELEJA DE ASSIS VALENTE E PAPAI NOEL
Em 1932, o compositor Assis Valente mata o Papai Noel da Coca-Cola.
https://www.facebook.com/share/1B2fs1tUrQ/

COMEÇANDO O FURDUNÇO CARNAVALESCO 2025 NO (AINDA) BLOCO FIEL MACABRA
Fui lá pessoalmente na última quinta, 20/12, altos do jardim Ipiranga, sede da TFM - Torcida Fiel Macabra, filial bauruense da torcida corintiana e ali, além da sede da torcida, o nascedouro do bloco, que já nasce grandioso. Gravo a manifestação acontecendo na rua: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/572284675517979

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

BAURU POR AÍ (234)


ESSA É A CARA DA ADMINISTRAÇÃO SUÉLLEN ROSIM, A DE UMA BOCA DESDENTADA
Eu poderia me utilizar de vários momentos deste desGoverno de Suéllen Rosim em Bauru para exercitar meu direito à crítica. Foram e são tantos os tais momentos, dentro destes seus primeiros anos administrando a cidade, que muitos até passam batido. Na verdade, se formos olhar bem para trás ela quase não acertou e tudo o que faz é um grande jogada de marcketing. Daí, como joga pra galera, soube como ninguém exercitar este jogo cínico de fingimento e mesmo quando comete obcenidades com a cidade, estes atos acabam sendo entendidos como louváveis. Algo inexplicável até bem pouco tempo, hoje eu continuo a criticá-la em quase tudo, mesmo ciente de que, pouca validade prática terá. Eu falo e escrevo para uns poucos, alguma repercussão, mas dentro de uma bolha, algo pelo qual ela já extrapolou. A linguagem de Suéllen chega a quem ela deseja e com grande objetividade.

Faço este preâmbulo cheio de salamaleques, só para ousar continuar criticando como toca sua administração. Podem reparar que, a imensa maioria das obras públicas hoje sob o tacão da Prefeitura Municiopal possuem problemas. Nenhuma é concluída a contento, dentro do prazo ou sem a utilização de aditivos. Acompanhei algumas obras públicas em curso pelos governos estaduais e federais e essas tem início, meio e fim. Pelo bem, pelo mal, são entregues dentro do prazo. E, na maioria das vezes, inexistem problemas após a conclusão. Já das municipais, quase todas estão paralisadas e muitas sem nenhuma possibilidade de continuidade. Ou seja, tem algo de muito errado acontecendo pela aí e poucos tocam de fato neste ponto.

Essas lajotas do calçamento do Calçadão da Batista de Carvalho é um dos exemplos mais evidentes de tudo o que escrevo. Ali está concentrada toda a incompetência de como Suéllen toca as obras públicas na cidade. Não credito inexperiência, pois para tanto, existe toda uma equipe trabalhando nos bastidores públicos e muitos com baita experiência profissional. Mas como deixam isso se repetir em cada nova obra em curso? Creio que, se isso se repete com certa frequência deveria merecer ampla investigação dos vereadores locais, pagos regiamente para fiscalizar exatamente este tipo de ocorrência. Porém, como se sabe, de lá nada partirá e tudfo continuará como dantes, primeiro porque a alcaide possui dentro de nossa Casa de Leis uma maioria quase absoluta. Suéllen nada de braçada no quesito resolutividade junto aos vereadores. Esqueçam qualquer tipo de investigação dos motivos das obras não caminharem na cidade.

Se algo ocorrer, a esperança é pela via do Judiciário, que quando instigado por pessoas da comunidade, se movem e promovem investigação. Só desta forma Suéllen terá algum tipo de problema nos próximos quatro anos de sua nova asdministração. E o que representa uma lajota soltando do piso, mesmo este tendo sido fixado há muito pouco tempo? Pelo visto, ela não se importa com isso, pois enquanto pipocam denúncias disso pelas redes sociais, por outro lado, neste período do ano, muitos shows populares ocupam algumas praças da cidade e o asfalto na periferia e também em áreas centrais da cidade, come solto. 

A obra do Calçadão é desde seu início algo que já deveria ter sido resolvida no Plantão Policial, pois já na quadra 1, a obra foi paralisada, a empresa querendo aditivos, retirou-se do local e a alcaide tocou a obra com um ou dois funcionários públicos municipais. Uma obra que deveria ter sido tocada a toque de caixa demorou muitos meses. Vergonha explícita. Durante a realização, o sistema de canalização da água no local foi outro objeto de denúncia. Cobriram o que estava feito, sem ao menos recuperar, ampliar a vazão de água. Aquilo vai explodir a céu baerto numa dessas chuvas fortes. Não fosse isso, agora tem o problema das lajotas se soltando, a tal boca desdentada que vos falo.

Que dizer disso tudo? Vergonha escancarada, mas hoje a alcaide está de férias e o seu vice, não está apto a se intrometer em assuntos dessa natureza, num tão curto espaço de tempo com a caneta na mão, apenas oito dias. Com certeza, passado o período de festas, onde o comércio permanece aberto mais tempo, a obra novamente paralisada e depois de muito empurra-empurra, com algum novo aditivo, talvez ocorra uma nova licitação e sejam compradas "durapox" para colar as lajotas que ainda não se perderam. Ela faz tudo de qualquer jeito porque poucos a cobram adequadamente. O estrago é grande, mas o barulho é pouco. Nem cócegas faz em sua forma de administrar a cidade. Na verdade, ela até ri da forma insipiente como ocorre o repúdio ao seu modus operandi de governar. E assim, ela prossegue na destruição do que ainda resta de sobriedade nesta cidade. Só de lembrar na calçada de cimento em quadras da Rodrigues Alves, quando havia no lugar, calçamento revestido com pedras, a nítida percepção de que, ela não está nem aí para a cidade. Faz por fazer e quando concluí, sempre da pior forma possível, sem se importar com manter o que existia antes. Essa é e sempre será a forma de conduzir Bauru exercida por Suéllen Rosim.

OBS.: Meu texto acima foi escrito após ler o relato do Rafael Santana de Lima e ver suas fotos, aqui reproduzidas: "EMPRESÁRIOS, LOJISTAS, CDL, COMO VOCÊS ACEITAM TAMANHO RELAXO, NÃO CONSIGO ENTENDER, SABIAM QUE CUSTOU MAIS DE 5 MILHÕES ESSA "TITICA DE GALINHA", ASSIM NOSSO CALÇADÃO VAI SE APOSENTAR DE VEZ...ACABOU A ELEIÇÃO, AGORA ISSO VAI ATÉ 2027... AINDA SE ESTIVESSE FICANDO BOM...É O RETRATO DA INCOMPETÊNCIA".

A CORAGEM DO OUVIDOR PÚBLICO DA POLÍCIA MILITAR PAULISTA - FORA DERRITE - ALGO SE REPETINDO EM BAURU, SANTOS, CAPITAL PAULISTA...

Clique aqui para assistir o vídeo: https://www.instagram.com/reel/DCFS83TBdwS/?igsh=MWwzY2wwNTZlcGR5dg%3D%3D&fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR0HdcGbhi1LjfHhQKjveRB3sIs1VcIUMytohSZtAeYhHH17_0JbHK4NSuA_aem_O_kkc80YC7kRFQ9GxpjL4Q

"O ouvidor das polícias de São Paulo, Claudinho Silva, acusou policiais militares que faziam uma abordagem em frente ao cemitério da Areia Branca, em Santos, na manhã desta quinta-feira (7/11), de tentarem intimidar familiares e vizinhos do menino de 4 anos morto em uma ação da PM, que estava sendo enterrado no local. Ryan da Silva Andrade, baleado na noite da última terça-feira (5/11), foi enterrado por volta das 9h30. Na saída, as pessoas que estavam no velório se depararam com um grupo de policiais abordando um motociclista e foram questioná-los. Segundo os PMs, o rapaz estava trafegando com uma moto sem placa. O alvo da abordagem, que não quis se identificar, disse ter sido agr3did0 pelos policiais.

Nesse momento, teve início uma confusão, envolvendo o ouvidor das polícias, Claudinho Silva, a deputada estadual Paula Nunes (PSol) e representantes de movimentos sociais. “Quem veio tumultuar aqui foi o senhor. Respeite a vida das pessoas. O senhor veio tumultuar. O senhor agrediu o motociclista e vem falar que eu vim tumultuar. Quem veio tumultuar foi o senhor”, afirmou o ouvidor a um dos policiais. “Quem não está estarrecido com o que aconteceu no morro entre a noite de anteontem e ontem, quem não está estarrecido com a morte de uma criança de 4 anos não é gente”, acrescentou Claudinho.

Confrontados, os PMs passaram a filmar o grupo de pessoas que fazia os questionamentos. Horas antes, durante o cortejo fúnebre, viaturas da PM impediram a passagem de familiares e moradores do Morro do São Bento que acompanhavam o caixão com o corpo de Ryan", Metrópolis.com 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

CARTAS (236)


ONDE NUMA RIFA SE JUNTAM BACCAN E AMANDA HELENA, TUDO PARA FINALIZAR A REFORMA DA MORADA DA ESCRITORA BAURUENSE
“Queridos amigos: @Amanda Helena Escritora está acabando de construir sua casinha e precisa de ajuda. Estou doando uma tela do grande pintor de águas Bacan para fazer uma rifa de 100 números a 10,00. Vamos juntar ao prêmio os livros da própria. Peço a vocês que contribuam comprando um número. Vamos ajudar nossa amiga a sair do aluguel e do Uber caro (está morando na Pousada da Esperança) para ter mais qualidade de vida e volte a escrever”, assim Rose Barrenha nos instiga a também ajudar AMANDA HELENA em algo novo dentro de sua vida.

Numa rápida retrospectiva. Amanda é escritora das quebradas, escreve pulsando o lugar onde vive, saindo daí algo único dentro de tudo o que se lê por aqui. A danada chegou a concluir o bacharelado de Direito, mas continua fazendo faxinas para sobreviver. Vivia num pequeno cômodo ao lado da mãe, bem atrás de onde um dia funcionou a Faculdade Anhanguera, perto da avenida Moussa Tobias. Saiu de lá para a Pousada por absoluta falta de espaço, mas tudo por lá se complicou, pois sua locomoção para o trabalho, além do tempo desperdiçado. Tudo ficou mais caro. Para voltar precisava terminar um banheiro e melhorar o local. Foi agraciada recentemente com um pequeno valor num edital público e com isso começou a reforma do lugar e agora, para encerrar a rifa. Contou sua história para a Rose e essa lhe doa uma tela do Baccan, que juntado com três livros de sua autoria, hoje se transformam numa rifa e assim, espera terminar antes do Natal sua reforma e voltar a morar no lugar onde viveu a maior parte de sua vida, ao lado da mãe, do filho e de tantos outros. Falta pouco e a rifa será o salvo conduto para conseguir seu intento.

Assim Amanda explica em poucas linhas como faz sua revolução pessoal: “Estou construindo um banheiro, arrumando detalhes estruturais como infiltrações, trincos e parte da laje que precisa telha. Já paguei o pedreiro com o dinheiro recebido do trabalho realizado pelo edital da Paulo Gustavo. Comprei 70% do material fazendo faxinas, festa em buffet e Pet Sitter, no entanto tem parte do material e elétrica pra fazer. A necessidade dessa construção foi de muita gente vivendo em uma edícula com um banheiro apenas, muita gente pra pouco espaço. Fui morar na Pousada no aluguel, mas ficou inviável porque transporte dobrou o valor já que não é um bairro próximo aos lugares que trabalho. Por isso a Casa de Frida na pessoa da Rose Barrenha, resolveu me ajudar e peço para o HPA publicar, espalhar a coisa”.

Ela me pede para descrever quem seja o artista BACCAN, mas creio, não seja isso necessário em Bauru. Este artista tem também um pouco de Amanda em tudo o que fez em vida. Deu muito murro em ponta de faca, lutou contra toda uma estrutura que o deixava apartado, porém soube ir se safando, vendendo seus quadros, alguns para própria sobrevivência. Depois de sua morte, foi bem mais reconhecido e hoje, muitos de seus quadros, representando suas etapas artísticas estão espalhados mundo afora. Dizem ter pintado mais de 10 mil quadros, pintura clássica e impressionista, se dedicando a motivos da natureza, flores e nossos rios, cenários do lugar onde viveu. Era comum vê-lo pintando nestes lugares. Ter uma pintura sua como motivo dessa rifa se justifica e encanta mais pela finalidade. Amanda e Baccan se unem em algum ponto muito próximo, quando demonstram de forma prática essa batalha que é a vida de fato, concreta, no seu dia-a-dia. Daí, não me surpreenderá se aparecer alguém comprando todos os números só para ter um Baccan em sua parede. E cá estamos, como formiguinhas, carregando folha por folha.

Eu lanço o projeto com este texto e na sequência, Amanda dará mais detalhes da rifa e de como irá dando baixa de quem a ajudará a terminar sua grande obra, o novo lar, onde terá mais paz e tempo para continuar escrevinhando algo tão contundente dentro do cenário bauruense. E assim está dado o pontapé inicial. A contatem pelo fone/whatss (14) 98823.2651.

NO EDITORIAL DE ONTEM DO JC, TENENTE DA ASPOMIL ESCREVE SOBRE AMÉRICA LATINA E NA EDIÇÃO DE HOJE, REBATO PELA TRIBUNA DO LEITOR
Na página 2 do Jc de ontem, ocupando todo o espaço de seu editorial, artigo de Dirceu Cardoso Gonçalves, tenente e diretor da Aspomil - Associação de Assistência Social do Policiais Militares do Estado de São Paulo, com o tírulo "Novo (e melhor) rumo à América Latina". Eis o link com o texto na íntegra: 
https://sampi.net.br/bauru/noticias/2874087/articulistas/2024/12/novo-e-melhor-rumo-a-america-latina

Como não concordei com muito do que li, achei por bem, rebater e assim envio resposta, com solicitação de publicação, prontamente atendida por João Jabbour, Diretor de Jornalismo do JC. Na Tribuna do Leitor de hoje, minha resposta:

"DANDO RUMO PARA AMÉRICA LATINA
Ao terminar a leitura do textão do tenente, diretor da Aspomil, página 2/editorial do JC de 18/12, não me segurei nas calças. O militar pega leve demais com Bolsonaro, dando a entender ele não ter participado da tentativa de golpe, culminando na prisão até de generais.

Passa o pano para este, investe pesado contra o venezuelano Maduro, sem enxergar que o proposto por Bolsonaro & Cia é até pior e na sequência, enxerga algo de positivo na destruição da Argentina, não enxergando um Milei predador, mas apunhalando o peronismo, sempre lutando por benesses sociais. Visão caolha, distorcida e desleal.

Tenta engolir, mesmo que em seco, Lula e o resultado da eleição uruguaia. Na verdade, o vejo escondendo o jogo, ocultando seu lado pérfido, prontinho da silva pra criticar Lula, mas contido, pois não tem como, diante de tamanha resistência e abnegação em transformar este país.

Pelo visto, espera ver Trump resolvendo os “problemas espalhados nos países aliados”. Aliados por quem e este resolver não seria se intrometer e intervir?

Torço pelo contrário do prescrito pelo dito tenente, pois a América Latina esteve infinitamente pior quando comandada por forças direitistas e militares. Não existe como negar, pois as evidências são gritantes: só com governos de esquerda ou atuando fora do neoliberalismo o novo ocorrerá de forma límpida, transparente e altaneira para os povos latinos. Do contrário, o caos se aprofundará.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e historiador (www.mafuadohpa.blogspot.com).