segunda-feira, 7 de abril de 2025

BAURU POR AÍ (238)


ESTÁ COMEÇANDO A SESSÃO SEMANAL DA CÂMARA DE VEREADORES DE BAURU E NELA, ALGO EM CURSO...
Tem tanta coisa nos envergonhando hoje em dia e aqui dois momentos.

No primeiro, a vereadora do PT, Estela Almagro, confirma estar a fazer de tudo e mais um pouco para livrar a cara de Eduardo Borgo, o maior crítico do PT, de Lula e do Governo Federal, um dos que defendem o capiroto com unhas e dentes, não fazendo questão do uso de fake news para tanto e, justamente este é seu protegido. Hoje, ela escancara com seu voto não querer a cassação do Borgo, porém, a processante continua. Até as pedras do reino mineral sabem que, Borgo não será cassado, porém, quem nunca deveria apoiá-lo e fazer sua defesa seria alguém do PT. Algo ocorre e um dia saberemos de que se trata. Por enquanto, a tal da "falta de materialidade", argumento que ninguém engole mais é utilizado para despistar, engambelar e despistar.
O grupo onde milito dentro do PT, o Núcleo de Base DNA Petista emite NOTA DE REPÚDIO com o seguinte teor:

"Na semana anterior à que o STF iria julgar o indiciamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de estado, o bolsonarismo tirou uma série de atividades na tentativa de ganhar apoio popular, entre elas o ato em Copacabana, por sinal, com público muito menor que em outras oportunidades e das expectativas dos organizadores. Outra dessas, foi um indicativo para vereadores solicitarem a cidadania de Bolsonaro em suas cidades, o que foi feito aqui em Bauru pelo vereador Eduardo Borgo, conhecido na cidade por sua militância golpista, principalmente na Rádio JP – Jovem Pan e hoje na Auri-Verde. Durante a votação uma militância pró democracia foi até a Câmara protestar. Ocorreu um entrevero entre essa militância e o vereador, durante o qual, o vereador bolsonarista dirigiu palavras de baixo calão a alguns presentes. O fato foi gravado, viralizou e continua ativo nas redes sociais. Diante disso foi solicitado uma CP – Comissão Processante - contra o vereador.

Até aí, tudo normal, mas quando essa discussão teve andamento, para surpresa, quem saiu na defesa do vereador bolsonarista que inflava o golpe na cidade, justamente a vereadora do PT, Estela Almagro, posteriormente sorteada para participar da Comissão Processante. Ela claramente pôs empecilhos, como não aceitar o pen-drive, testemunha, etc, na tentativa de impedir que o processo prosseguisse, inclusive votou por seu arquivamento. Sugeriu o arquivamento, pelo fato dos tais pen-drives estarem vazios, o que gerou a alegação de “Falta de Materialidade”.

Tudo isso veio justamente da vereadora petista, sendo ela do partido mais agredido pelo vereador em questão. Ela deve explicações aos seus eleitores e, em nome do PT, através do Núcleo de Base DNA Petista, solicitadas publicamente neste momento.
NÚCLEO DE BASE DNA PETISTA – BAURU SP, 07/ABRIL/2025".

Na segunda vergonha, a alcaide fundamentalista Suéllen Rosin está neste momento fugindo dos servidores públicos municipais. Diante da chegada do momento de providenciar o reajuste anual dos salários destes, como regateia em dar-lhes algo justo, foge e quando inquerida lá pelos lados do Palácio das Carejeiras, alguém a avisa e nem comparece, deixando todos a esperando. Atitude vergonhasa, alinda mais por ter acabado de ler num post do Rafael Santana de Lima:

"SUELEN ROSIN, CARRASCA DOS SERVIDORES, COMO DIZIA PERSONAGEM DO JÔ SOARES... "FICA VERMELHA CARA SEM VERGONHA" !!!
REAJUSTE - ALTO CLERO / QUEM TRABALHA.
PREFEITA - 37%
VICE PREFEITO - 37%
SECRETÁRIO 37%
VEREADORES 88%
QUEM TRABALHA 4,83%

Esse é o retrato mais fiel da nossa condenada SEM LIMITES, e nem ficam vermelhos.
Bauruense, especialmente você que fez o "S", sabia que tem funcionário que nem ganha o salário mínimo, enfermeiros que não ganham o piso, Arquitetos, Engenheiros também.
Você CIDADÃO precisa saber disso quando vai a uma UPA e ofende e até bate em enfermeiros, uma cidade, uma empresa jamais avança com funcionários DESMOTIVADOS.
CADÊ OS DEFENSORES DA MOÇA E FAMÍLIA ?
GLÓRIA A DEUS ALELUIA".

Diante de atitudes como essa, o Núcleo de Base DNA Petista, onde milito, solta NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE:

"Neste mundo passamos diuturnamente pelas lutas de classes, cientes de que quem produz as riquezas, o PIB, em nosso Brasil, são as trabalhadoras e trabalhadores, seja dos setores privado, público ou do campo. Hoje, pela exploração da mão de obra no sistema neoliberal, o capitalismo impõe cada vez mais o arrocho salarial, que afeta particularmente o setor público, onde são disputadas as receitas entre os entes federativos com relação ao serviço público, cada vez mais sucateado. Necessitamos urgentemente de um serviço público de qualidade para nossa sociedade, com maior valorização e qualificação dos servidores públicos, pois são essas trabalhadoras e trabalhadores que vão levar o acesso aos instrumentos das políticas públicas a todas e todos os cidadãos, aos grupos mais vulneráveis, tornando nossa sociedade mais igualitária e mais justa ao promover a justiça social. Nós, do Núcleo de Base DNA Petista, apoiamos a greve legítima da categoria dos Servidores Públicos Municipais de Bauru em face a esse Governo centralizador e rentista da atual administração Suellen Rosin, Contem com o Nosso Apoio, #Fora Suellen #
NÚCLEO DE BASE DNA PETISTA – BAURU SP, 07/ABRIL/2025".

A luta em Bauru é incessante, inclemente e nela estamos inseridos.

Amanhã terá mais, muitos outros capítulos. 
Continuaremos na lida e luta. 

domingo, 6 de abril de 2025

BEIRA DE ESTRADA (193)


QUE TAL FEIRAR UM BOCADINHO NO DOMINGO?
O domingo foi dos mais concorridos. Sabe aqueles dias quando você não tem nada de tão importante para fazer e qualquer acontecimento acaba se transformando no principal do dia. Hoje foi o inverso. Tinha que optar por estar em dois lugares ao mesmo tempo, pois 8h30 o filhão, Henrique Aquino, passando o final de semana em Bauru, queria ir pra feira e chegando de Reginópolis, a caminho de Sampa e com a manhã livre, Fausto Bergocce e Darlan Zurc. Juntei os dois compromissos e assim, todos juntos na feira dominical da rua Gustavo Maciel, passando todos juntos uma manhã mais que auspiciosa.

O filhão vem vez ou outra para Bauru - mora em Araraquara - e quando por aqui, principalmente aos domingos, aquela passada pela inevitável Banca do Carioca, nosso livreiro sempre de plantão. Lá e em outros lugares, sempre compro alguns livros, como um que, além dele me expor do tema, foi motivo de ampla conversação entre os presentes, enfim, uma inusitada parceria entre a editora Cia das Letras e da bauruense e extinta EDUSC. Tudo foi motivo para muita conversa. Sim, foi isso mesmo, formamos um quarteto e perambulamos boa parte da manhã, num congraçamento conversativo, sem nenhuma solucionática à vista. Queriamos mesmo é rosetar e assim for feito, galharda e garbosamente.

Fausto está por estes dias acompanhado do amigo guarulhense/baiano Darlan Zurc, voltando de Reginópolis, onde estiveram para este conhecer a tal da cidade, foco de tanta divulgação do amigo. Como o ônibus que os levaria para Sampa sairia só 13h, teriam muito tempo de bater perna e assim, fomos todos comer o tal "churrasquinho de gato", saboreado por todos, indistintamente. Fausto se enrosca numa banca de numismática, sua mais nova forma de colecionar objetos. Todos os quatro ali presentes, um tanto acumuladores e cada qual em algo bem próprio. O negócio de Fausto agora são as cédulas de papel. Deu uma aula diante da banca, contando detalhes de várias delas ali expostas.

A Feira do Rolo foi devidamente vasculhada e devassada. Nada acintoso, porém, observação atenta. A primeira discussão do dia foi a de que, deveríamos tomar uma café do manhã com pão e manteiga ou aderir ao cheiro predominante no lugar e assim mergulhar, sem receios, neste cheiroso objeto de consumo. Optamos pelo da fumaça e assim nos integramos de fato ao que rola toda manhã no local. Subimos a feira, parando aqui e acolá, um querendo garapa, outro água de coco, suco de laranja, e o quarto uma "loira gelada". Acordo, nem pensar, mas tudo fluindo numa boa.

A parada mais longa deste domingo foi na loja de Antiguidades do Nei, um que morou por nove anos nos Estados Unidos, também acumulador e hoje, disponibilizando tudo ali nos seus balcões. Fica quase no mesmo local onde funcxionava o antigo Cine Vila Rica. "Aqui quase tudo está a venda, inclusive a loja, menos eu, salientando, vocês não teriam cacife para tanto", nos diz o dono do colorido e diversificado estabelecimento de ótimas quinquilharias, de todas espécies e matizes. Mais livros e Darlan levando alguns exemplares de um gibi de antanho, o Recruta Zero. Aproveito para lembrar de uma frase do poeta Paulo Leminski, num livro que estou terminando de ler: "Se é preciso identidade nesta vida, que seja Zero, até em homenagem ao Recruta Zero, o militar que mais fez pelo mundo, só fazendo tanta gente rir".

Fausto não leva nada, eu compro o livro que inspirou o filme Diário de Motocicleta, com as viagens do Che Guevara pela América Andina, meu filho um divinal sobre uma viagem naquele trem soviético transiberiano, quando os Romanov traziam sua fortuna em alguns vagões e espiões tentavam subtraí-lo. Fizemos uma espécie de debate sobre o tema dentro do loja do Nei e por fim, tudo numa grande viagem ficcional, porém muito imaginativa. De lá, pastéis e casais de amigos e conhecidos, como num, onde Darlan o persegue e diz, "É o Paulo Freire". Enfim, muitas trombadas inesperadas no palco dos acontecimentos, a pista central da feira.

Numa conversa longa, um fiscal da feira, quando perguntado por Fausto se tudo ali era tranquilo, este lhe diz: "Muitas ocorrências, hoje identificamos um pedófilo querendo agir por aqui e depois outro, tentando enganar umas senhoras de idade, com troca de cartões", conta. Apresenta um dado, que não sei da veracidade. A feira estava hoje bombando, cheia e ele nos diz: "Por aqui, em dias como hoje, aproximadamente 50 mil pessoas do início ao fim". Enfim, foi isso, uma conversação de quatro cavaleiros deste apocalipto momento, juntos parlando e caminhando, numa quente manhã dominical, tentando desta forma, tornar a vida mais amena e provocativa. Lá pelas 12h30 deixo os que iam pra Sampa na rodoviária, levo meu filho na casa de sua mãe e vou cuidar do meu almoço, pois alguém e um fogão me esperam.

OBS.: Muitas outras pequenas ocorrências foram se sucedendo ao longo do percurso, porém, fico nestas. O fato é que, em andanças como essas, tudo é motivo para prolongada conversação. Quando circulo desta forma por lá, volto ptra casa esgotado, porém revitalizado, recarregado. Entenderam como se dá a coisa?


COMO SABEM, SOU PETISTA, MAS UMA BOA POLÊMICA, QUANDO BEM POSICIONADA, SEMPRE VALE MUITO A PENA
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Na tarde deste sábado, um dirigente estadual do PT - Partido dos Trabalhadores passa por Bauru e o ainda dirigente da Macro Região marca reunião com militantes locais. Depois do golpe promovido nos costados do Diretório Municipal no último pleito, quando a vereadora, insistiu para que o partido não tivesse candidatura própria, com apoio do Diretório Estadual, impossível conseguir mobilização cosnistente. E lá, no momento de abertura de perguntas ao dirigente, a vereadora e ao presidente da Macro Região, um militante local, Denilson Moreira, o Cavalinho, faz um desses questionamentos pelos quais, vale e muito para os presentes na mesa, também podendo muito bem ser feita para uma todos os demais partidos que, por aqui passam, sempre em campanha, sem nada trazer de concreto para a cidade. Fiquei querendo muito ouvir como teria sido a resposta dos presentes na mesa, mas o vídeo é interrompido quando a pergunta é feita.

Aproveito para responder uma interpelação feita a mim por alguém do partido: "Nos seus escritos, muita crítica ao PT. Isso é ruim". Não sei se observaram, mas minhas críticas são para o PT que já deixou de ser PT faz tempo. Quem faz acordo com a parte contrária, merece crítica e as faço - farei sempre -, porém, por outro lado, defendo com unhas e dentes o Governo de Lula, suas realizações, disposição para continuar insistindo em tocar este paías adiante. Faço parte de um grupo de militantes bauruenses que, sairam em bloco da direção municipal. O motivo pelo qual saíamos precisa ser entendido e alguns dos questionamentos feitos pelo DEnílson são muito válidos, não só para dirigentes do PT. Luto e muito por um partido melhor. Muita gente o atravanca hoje e estes precisam ser questionados, encurralados e até desmascarados. Quando critico erros dentro do partido onde milito, o faço em busca de sua oxigenação. Errar é humano, mas pisar no tomate é outra coisa.

A CUMPLICIDADE DE SEMPRE

sábado, 5 de abril de 2025

PERGUNTAR NÃO OFENDE (221)


NÃO PASSEI LÁ HOJE, MAS SERÁ QUE, DIANTE DE TUDO, O BOI DE METAL LÁ DA AVENIDA GETÚLIO VARGAS, ZONA SUL DE BAURU TAMBÉM ESTÁ DERRETENDO?
DEIXA ESCREVINHAR UM POUCO SOBRE ESSA FOTO
Tô acabando aqui agora, neste momento de ler um livro delicioso sobre o LEMINSKI e dele escrevinho logo a seguir, ou seja, ainda hoje, quando puder parar, dar um breque em tudo o que tenho demarcado pra tentar fazer hoje e sentando a bunda diante do computador, consiga também mais este feito. Por ora, neste livro vi essa foto e quero dela destrinchar não a sua belezura, mas outras conjecturas.

O Paulo Leminski, do Polaco abraçar o então prefeito curitibano, depois governador paranaense Jaime Lerner é algo belo de ser visto. Ambos com largos sorrisos. Um cara como Lerner receber um abraço tão afetuoso de alguém como o Leminski é porque ele deve primar mesmo de muita consideração. O Lerner pode ter mil defeitos, mas é imensamente maior do que todos esses bestiais e boçais políticos que hoje comandam o Paraná. Nem sei explicitar como foram capazes de decair tanto. Requião é um bastião hoje por lá. O fato é que Leminski e Lerner, mesmo com todas as diferenças possíveis e imagináveis, tinham lá muita coisa em comum, algo inconcebível para com tantos de hoje em dia.

Sim, o fato de ter apreciado por demais a foto é pelo fato de tentar transportá-la para o universo bauruense de hoje. Qual digno representante deste mundo cultural bauruense de hoje conseguiria dar um fraterno e sincero abraço destes na alcaide municipal que hoje comanda a cidade ou mesmo num dos seus vetustos veradores? Tentei puxar pela memória e não consegui nenhum. Nenhum artista, poeta ou coisa parecida que o valha se submeteria a isso. Na foto do livro não existe constrangimento, existia empatia, algo de gente que se entende. Na Bauru de hoje - e no Paraná também, quiçá no Brasil -, isso já foi pras cucuias.

Portanto, para mim, fotos como essa representam uma época que se foi e pelo visto - toc toc toc -, tomara volte um dia. Queria muito estar vivo para presenciá-la novamente. O demonstrado pela foto dos dois sorrindo com o abraço do poeta no político, arquiteto e administrador é uma simbiose saudosista. Quando a vi, de imediato me veio à mente, quem poderia estar no lugar deles no momento atual? Existem alguns. Muitos abraçariam Lula desta forma, sem nenhum constrangimento, mas e nestes políticos fundamentalistas de hoje, quem se habilitaria? Escrevi pensando nisso e não vejo quem, dos bons e vorazes no quesito cultural, não dos vendilhões e vazios ululando pela aí, o fariam com nossa alcaide? Quem? Isso é um sintoma de explícita regressão. Ao invés de avançarmos, andamos para trás.

CURRÍCULO DE UM MARGINAL, IMBECIL E FASCISTA

sexta-feira, 4 de abril de 2025

CHARGE ESCOLHIDA À DEDO (217)


TRUMP CRAVOU O FIM DO NEOLIBERALISMO
Caetano Veloso tem uma música, a "Fora da Ordem", apregoando sobre "Alguma coisa está fora da ordem/ Fora da nova ordem mundial..." e o que o atual presidente dos EUA, o que quer se eternizar no poder, Donald Trump está a propor nestes dias é exatamente isso, algo totalmente fora da ordem mundial. Pelo que estou entendendo disso tudo, o neoliberalismo - que já é muito pior que o próprio capitalismo - chegou ao fim e agora, adentrando o campo de jogo algo novo, ainda sem uma definição que o expresse totalmente, na totalidade de sua brutalidade. Aquilo que foi preconizado lá atrás por Tatcher, da Inglaterra e Reagan, dos EUA, e motivo de tanta repulsa, se vê hoje sobreposto por algo muito pior.

Uso para exemplicar o que digo e do que Trump acaba de fazer com o mundo, nessa taxação fora da casinha, algo bem simples. Imaginem que o Vietnan tem hoje toda sua produção industrial calcada pedidos do exterior, inclusive muitos do próprio EUA. Estes produtos adentram os EUA sem cobrança de nenhuma taxação extra. A partir de agora, poderiam entrar, porém, com taxa de 30%. Trump quer que tudo seja novamente fabricado no seu proprio país, porém, pelo que vejo, nem os EUA estão preparados para tanto e nem o norte-americano. Ele está determinando o fim da exportação para os EUA sem cobrar alto valor para tanto. O cálculo dele é muito maluco e nem sabemos se, isso vai persistir por muito tempo, pois muito do que está sendo anunciado, é revertido logo a seguir. Num outro exemplo, a Apple, uma das maiores dos EUA, recebe seus maiores componentes todos fabricados fora do país e agora tudo chegará com altas taxas. Eles terão condições de voltar a fabricar tudo nos EUA? Dificilmente. O mundo vive um impasse, onde o Xeque Mate está dado e nos próximos passos, a verificação se isso atingirá de fato a China ou será mais um balão de ensaio para a bestialidade total, algo se aproximando rapidamente das relações comerciais do mundo proposto por Trump.

Os bolsonaristas pensam e se alegram pensando que isso tudo vai prejudicar o Brasil, porém, com sua visão estreita, caolha, não enxergam um palmo diante do próprio nariz. O mundo inteiro está em polvorosa. Trump ameaça toda a Europa e essa tenta reagir, ainda com algo insipiente, mas nos próximos capítulos, talvez uma reação em cadeia. Provável até uma amaior aproximação da China com a Europa, tudo junto, emolado e contra o poder imperial norte-americano, este já calaramente em declínio. Trump sabe que o império american oestá em franco declínio e tenta, desta forma, aliado aos malfeitores do mundo, os magnatas virtuais, uma reação de última hora. Por mim, só conseguirão algo pela força bruta, pois pelo jogo jogado nas quatro linhas este jogo já está perdido e de goleada, muito mais que os 4 x 1 que levamos nos costados no futebol e se bobear, até os nunca esquecidos 7 x 1. Os EUA é um país que não perde sem espernear e neste esperneio o mundo inteiro padece. O que virá depois disso tudo, ainda incerto e não sabido. Um domínio por cima, sem armas, tudo cibernético e nós, cordeinhos, quase sem reação, dominados e omissos. Sei não...
Obs.: Charges do mestre Aroeira.

COMPARANDO AS DUAS MANCHETES DE HOJE DO JC
Continuo lendo e me divertindo com as manchetes do único jornal diário impresso bauruense, o JC - Jornal da Cidade. Nada por culpa deles, do jornal, mas pelas situações ocorrendo paralelamente e causando algum estranhamento. Na edição de hoje, duas cabulosas manchetes, uma juntinho da outra.
Na primeira "TJ mantém decisão que negou liminar à oposição em Bauru". Analisado a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo dando pouca bola para a liminar sugerida pela oposição (sic, ela existe?) da Câmara de Vereadores de Bauru contra a decisão da Mesa da Câmara, aprovando a toque de caixa e passando por cima do prescrito pelo seu Regimento Interno. Essa oposição precisa urgentemente parar de jogar pra torcida, pois uma hora ela vai perceber que é mero joguete em suas mãos. Até as pedras do reino mineral sabem que, o Judiciário não quer mais interferir em decisões tomadas por Legislativos, mesmo quando, no caso bauruense, através do presidente da Casa Legislativa baruense, essa tenha sido uma indecente tratorada. Vergar o Judiciário hoje não é tarefa para muitos.

Na outra manchete, "MP faz busca contra OS da UPA de Agudos - Mandados foram cumpridos na tarde desta quinta e envolveram também a GAECO Campinas". Aqui o outro lado da moeda. Em Bauru, o oposição (sic, ela existe?) não consegue junto da Justiça, nem liminares,nem mandatos de busca e apreensão e em Agudos, governo recém começando sua administração, a de Rafael Lima, em tempo recorde é conseguido e o MP - Ministério Público cumpre mandatos de apreensão de documentos nas UPAs da cidade, essas comandadas por OS - Organização Social. Independente de razão estabelecida ou não, o fato é que, em Agudos, o MP atua rapidamente para tentar desbaratar algo em curso. Lá, pelo visto, a tal OS atuando também em outra cidade, merece rápida investigação e aqui em Bauru, mesmo com denúncias de OS atuando aqui e acolá, nada avança.

Em Bauru, por mais que se tente, tudo negado e em Agudos, tudo caminha. Por que lá é possível e em Bauru não? Pergunto isso para estimado amigo, mais preparado para analisar questões com essa intrincada envergadura e este, da forma muito simples, responde quase de bate pronto: "Caro Henrique, não seja tão inocente. No caso de Agudos, tudo foi contratado por administração anterior, oposição a atual e em Bauru, todos os contratos foram sacramentados pela mesma administração, essa reeleita. Percebe a diferença?". Botei a cachola pra funcionar, sei um ser decisão do TJ e outro do MP, mas percebi, entendi e me calo. Ou melhor, dói meu calo.

Obs final: As charges do Aroeira são tão boas que, com elas, invadi texto sobre Bauru e desta forma, a ilustração para o que leio no jornal de Bauru, segue abaixo:

quinta-feira, 3 de abril de 2025

MEMÓRIA ORAL (317)


QUE HISTÓRIA É ESSA, AREALVA?*
* Algo de minhas andanças, perambulações pela aí e do que mais gosto de fazer, gastar sola de sapato e circular, botar o bloco na rua. Desculpe por mais um "textão", mas impossível contar tudo em poucas palavras.

Na noite desta quinta, 03/04, voltei pra Arealva, 16 km de Bauru, só para prestigiar um evento único, dentro da programação dos 76 anos de seu aniversário, comemorado dia 01/04. A programação é extensa e escolhi a dedo o dia para lá estar. O novo diretor de Cultura da cidade, Gilson Carraro é pessoa ciente do que faz. Professor de longa data, trouxe para o exercício de sua função o algo mais, pouco de todo conhecimento adquirido ao longo do tempo e logo de cara surpreende. Neste “Que história é essa, Arealva?”, ele fez uma clara paródia com o programa da GNT, “Que história é essa, Porchat?” (https://gshow.globo.com/gnt/que-historia-e-essa-porchat/) e acertou na mosca. Não foi só uma questão de se espelhar no que via na TV, mas de saber transportar para algo concreto, envolvendo sua cidade e sua gente. Conto a seguir algo do presenciado por mim, acompanhado do produtor cultural, profissional do vídeo, Roberto Pallu, que me acompanhou no passeio deste dia.

Pra começo de conversa tem que ter alguém com escopo para comandar o espetáculo. Gilson direcionou tudo e comandou o evento, também como apresentador. Dentro de sua cabeça, pelo que percebi, tudo estava esquematizado. Trouxe para o palco do recém inaugurado Auditório Municipal “Antonio Caracho Filho”, com capacidade para aproximadamente 150 pessoas, todos previamente convidados, uma dupla sertaneja local, pai e filho, ambos agraciados com edital da Lei Aldir Blanc, Anisio & Paulo Vitor, só com canções previamente pensadas para cada momento, iam intercalando as falas com uma música por intervalo. Foi preciso e sem utilização de extenso tempo para uma apresentação só, pois estiveram no palco o tempo todo, presentes e auxiliando na realização do todo. Caso pensado.

Antes de trazer ao palco os artífices da noite, Gilson comandou um espetáculo, que só quem tem ousadia e conhece algo do ramo consegue levar a contento. Munido de um curto roteiro às mãos, conversou longamente com a plateia, estimulando-a para o que viria. Na sequência, convidou ao palco cinco atores, quatro escrevendo sobre a história da cidade e um outro, representando o homenageado do dia. Os quatro escrevinhadores, historiadores e memorialistas, por ordem de entrada, Verico Leuteviler, com seus 80 anos, lúcido e com livro pronto sobre a história da cidade. Conta dos primórdios da cidade e na sequência, a historiadora Silvaninha Giatti, com vários livros e cabeça pensante dentro do que existe de produção no campo da memória. Depois, outra professora, também diretora de escola infantil municipal, Analuci Reys Miguel, explanando sobre quem dá nome a praça da cidade e por fim, Colauzinho Nicolielo, com um livro já publicado sobre sua “Soturna” e outro no prelo, ainda dentro de sua cabeça, pronto pra explodir.

Foram falas homenageando alguém que estava no cartaz de apresentação do evento, Afid Miguel Aude, de origem libanesa, morador lá e depois, por muito tempo em Bauru. Mais que um apaixonado pela cidade, tanto que todas as falas dos quatro já citados, versam sobre como se deu também sua passagem pela vida arealvense. Para falar dele, seu filho, o advogado Gesner Aude, relembrando histórias emocionantes, que cativaram não só a atenção de todos, como dignaram a homenagem e o acontecimento daquela noite. "Não fosse meus antecedentes terem vindo para o Brasil, hoje certamente deveria estar em Gaza", disse num certo momento. Enfim, os cinco juntos no palco, cada um com espaço próprio para desenvolver, dentro de um limitado tempo, sua fala e entendimento de parte da história, tudo intercalado por boa música.

Ao final, o atual prefeito, Paulinho da Nina é levado ao palco e junto de todos é feita a homenagem ao Afid. Muita troca de carinhos, porém todos ouviram muito de História e numa cidade pequena, como Arealva, impossível não ocorrer o entrelaçamento de personagens, com o prefeito de hoje ter sido o avô de quem no passado já esteve à frente dos destinos da cidade. Toda a família Aude esteve presente, os queridos amigos Gislaine e Gilson, ambos professores, moradores de Bauru, sua matriarca e outros, num congraçamento belo de ser visto. Algo juntando de como se deu a emancipação do município, com personagens que o fizeram de fato. Gilson promete que, ano após ano, fará homenagens deste tipo, fazendo com que, a cidade se movimente e volte a discutir e ter em pauta a sua História.

E depois de tudo, com evento cronometricamente se encerrando às 22h, o mais saboroso de eventos como este, o congraçamento entre os presentes. Essas conversações são imperdíveis e possibilitam não só os reencontros, como manter a conversa sempre em dia. Eu, na qualidade de forasteiro, que junto de Roberto Pallu, tivemos o prazer de concluir um documentário, também pela Lei Aldir Blanc, o “Arealva – Cidade das Águas”, que será apresentado dia 30/04, fechando a programação de aniversário, aproveitamos para conhecer mais da história da cidade e também seus artífices. Foi uma noite e tanto. Presenciamos um belo evento, feito ao modo e jeito do aguerrido e destemido, também intrépido Gilson Carraro. Sem me esquecer, ao final, antes da dispersão para as conversas, Gilson pede para que todos se juntem e cantem juntos “Romaria”, clássico de Renato Teixeira.

Minha conclusão final é só para os elogios. Com tudo o que presenciei, a certeza de que, não é fácil produzir e realizar algo como o presenciado. Primeiro, se faz necessário ter força de vontade, conhecer um pouco do negócio, ter predisposição, estar cercado de boa equipe de trabalho e, mais que tudo, ter coragem. Vi algo realmente dignificando Arealva na noite dessa quinta e saio de lá, ciente de que, em matéria de Cultura, algo realmente inovador está em curso na cidade vizinha. Neste e nos demais eventos, não só dentro do calendário de festas pelo aniversário, vejo uma abrangência de possibilidades, ou seja, o leque está aberto, procurando atender todos os interesses. Em Arealva, pelo que vi, tem para tudo e todos os gostos. Um belo sinal de que, mesmo com pouco investimento, se consegue realizar algo grandioso.



quarta-feira, 2 de abril de 2025

AMIGOS DO PEITO (237)


DE COMO FAUSTO BERGOCCE ME FEZ IR HOJE PARAR LÁ EM REGINÓPOLIS
Meu dileto amigo Fausto Bergocce - parceiro em dois livros, ele desenhando e eu escrevendo - passou hoje por Bauru. Saiu de Sampa 7h da manhã e nesses horários dilatados destes tempos, até o Expresso de Prata demora mais tempo pra chegar em por aqui. O percurso é o mesmo, mas o tempo foi dilatado. Meio dia ele aporta na rodoviária e vou lá pra papear um pouco antes dele embarcar com destino a Reginópolis. Desta feita, vem para apresentar a cidade a um amigo guarulhense, Darlan Zurc, escritor, historiador, ilustrador, professor e quadrinista. De tanto falar de sua aldeia, Darlan invocou e disse: “Quero conhecer sua cidade”. Chegou o dia. Vieram juntos. Fausto traz na mala uns 15 exemplares de nosso livro, o “Está no Gibi – Reginópolis sua Gente e sua história”. Serão quase cinco dias perambulando pela sua cidade natal e a apresentando ao curioso amigo.

Ficamos de almoçar juntos. Saímos da rodoviária e eles me contam a novidade. Existiam dois horários à tarde para lá, mas agora só um e no final da tarde, 17h. Teriam a tarde toda livre. Pergunto quanto pagariam na passagem. Somo os valores dos dois, faço uma conta na cabeça e junto, vejo minhas obrigações para o começo da tarde. Ofereço de leva-los, mas além do valor combinado, teriam que me pagar um almoço por lá. Os dois, evidentemente, toparam, pois teriam que esperar cinco horas até pegar um que, demoraria muito para chegar, pois passaria antes em Arealva e Iacanga. Ou seja, para quem saiu de casa 7h, chegariam por volta das 19h, ou mais.

E assim pegamos estrada, numa conversação danada, dessas que, a gente vê o carro saindo e quando percebe, já está chegando. Conversando a gente se entende e Darlan, pelo que percebi, logo de cara, bom de prosa. Conheci bocadinho desse baiano, interior do estado, cidade longe do mar e hoje, comandando um setor lá na Câmara de Vereadores de Guarulhos. Contou algo mais de sua trajetória e inclusive a de como lhe foi dado este nome inusitado: “Veio de um almirante francês, François Darlan. Meu pai conheceu a história dele e se empolgou”. E fomos lhe contando algo mais da cidade, como o fato de ter quase a metade da população residindo ali numa edificação na estrada, o presídio.

Chegamos, vamos ao posto de combustível, abastecemos e depois almoçar no Restaurante do Machado. Ali é ponto de convergência na cidade, único restaurante na cidade e por onde circulam gente de toda região. Antes de partir, peço mais, um sorvete, numa sorveteria onde a filha está herdando o negócio, 40 anos produzindo guloseimas de forma natural e com leite de vaca tirado no mesmo dia. A prosa prosseguia e quase já querendo me despedir, eis que chega assim do nada o advogado José Carlos Santos, que achava ser de Bauru, mas fico sabendo é de Reginópolis. E, a partir deste momento, um causídico se junta ao grupo. Haja causos.

“Passava pela rua, quando vi você com esse chapeuzinho branco e não acreditei”, me disse. Foi o suficiente para atrasar meu retorno. A prosopopeia agora era entre ele e Fausto, cada um lembrando fatos, pessoas e lugares de antanho. O negócio se estendeu por pelo menos mais uma meia hora. Tive que ser impertinente para conseguir me desvencilhar do furdunço armado, levar os dois pro hotel e voltar por onde vim, mais uns 40 minutos até Bauru. Volto com aquilo tudo na cabeça, as conversas todas e isso de, sem nada combinado, ter dado com os costados hoje lá por Reginópolis e só voltando, por ter conseguido fugir da artimanha montada, me sugestionando ir com eles iniciar as caminhadas pelos cantos todos da pequena cidade. E mais, pelo que me lembraram, Reginópolis faz aniversário amanhã, 3/4. Esses dois vão gastar muita sola de sapato nos próximos dias em algo que, Darlan deve colecionar muitas histórias, podendo até se transformar num novo livro do Fausto, com ele desenhando e o visitante escrevinhando. Isso tudo é viver e ir sabendo tocar a vida. Ruar é comigo mesmo.


continuando a escrever do iniciado ontem
O TEXTO E A ILUSTRAÇÃO DO FERNANDO REDONDO ME OBRIGAM A COMPARTILHAR, POIS INCRÉDULO AINDA ME ENCONTRO PELO POSICIONAMENTO DA VEREADORA QUE SE DIZ PETISTA

"Falta de materialidade.” Eis o argumento da vereadora Estela Almagro (PT) para arquivar a denúncia por quebra de decoro contra o vereador Eduardo Borgo. Sim, ele mesmo: o homem das homenagens ao ex-presidente — ora réu por crimes contra o Estado Democrático de Direito. Sim, ela mesma: a única vereadora do PT na Câmara de Bauru — e que vota como se fosse da bancada do PP, quando não do PL. Que coisa!

Segundo a vereadora, o problema está no pen drive. O conteúdo sumiu. Arquivo inacessível. O corpo técnico da Câmara confirmou o óbvio: não se lê o que não se vê. E aí, num passe de mágica regimental, Estela livrou Borgo com um argumento digno de nota: sem prova, sem processo. Pronto! Está feita a mágica do arquivamento político. Nem Freud explica. Talvez Freud, Kafka e Hans Kelsen juntos.

Mas vamos à questão jurídica — já que a vereadora resolveu bancar a processualista de ocasião.
“Falta de materialidade”? Ora, ainda que o arquivo estivesse ausente, a denúncia em si não é um processo penal, mas político-administrativo, e segue princípios diferentes. Jurisprudência pacífica — do STF, inclusive — admite que indícios e elementos externos à prova técnica podem, sim, embasar a admissibilidade de denúncias por quebra de decoro. Aliás, o recebimento da denúncia não exige prova cabal, mas apenas plausibilidade, razoabilidade, elementos mínimos para instauração do processo investigativo.

Quer exemplo? O caso do ex-deputado Eduardo Cunha. Quando a Câmara recebeu a denúncia que culminaria na sua cassação, ela foi embasada não por confissão ou pen drive milagroso, mas por indícios — robustos, sim, mas ainda indícios. E o STF não viu nenhuma irregularidade.

Mas em Bauru, cria-se uma nova doutrina: sem pen drive, sem processante. O sumiço virou escudo. E a mágica funcionou. Palmas para o truque. Agora sejamos francos: ruim com Borgo, pior sem ele. Porque sua ausência da oposição deixará Estela sem escudo. Com ele no front, ela ainda podia posar de ponderada, moderada, equilibrada. Sem ele, terá de encarar o espelho e a própria solidão ideológica — aquela que construiu sozinha, ao sabotar candidaturas próprias do PT, silenciar diante dos ataques da direita ao governo federal e salvar adversários históricos com votos cirúrgicos.

Não é só o pen drive que está ausente. É a coerência. E o julgamento agora vai ao plenário. Lá, talvez caia a máscara institucional — e o teatro da moralidade seletiva continue, desta vez sem sequer precisar de roteiro. Afinal, quem precisa de provas quando se pode buscar acordos para se manter no mandato? A verdade é que esse enredo político lembra aquele velho dilema do casamento problemático: ruim com ele, pior sem ele. E se é para assistir a essa tragicomédia bauruense, que seja até o fim. Eu, confesso, sigo torcendo pela briga.

COMENTÁRIOS DIANTE DE MEUS ESCRITOS SOBRE A "FALTA DE MATERIALIDADE"
"Acho a Estela (dentro do contexto bauruense) uma boa vereadora... Mas sabendo que Estela não é petista... Estela é "estelista"... Suas palavras e atos apesar de colocadas num contexto ideológico muitas vezes, tem por finalidade ela e somente ela... No jogo de xadrez da política, Estela não está do lado das peças brancas ou pretas... Ela se coloca na posição da rainha (local) e proteger sua permanência no tabuleiro é o único objetivo... Como diria Chapolin, seus movimentos são friamente calculados... Talvez Borgo tenha uma carta na manga que Estela não quer ver exposta...", BENEDITO FALCÃO.

"Dificil até de comentar....politica são feita por pessoas,,,seja aqui, em sp, brasil ou brasilia as pessoas são corrompidas e jogam sempre no seu interesse e por "dinheiro", poder o que mais possa ver benefício no curto, médio ou longo prazo....depois vai encher de analista questionando a eleição, mobilização ou querendo dar soluções ou entender porque as coisas acontecem dessa forma....e apenas pra enganar porque sabemos como a roda gira no sistema. Enfim no fisiculturismo dois irmaos se confrontam judicialmente por dinheiro, no rap dois irmãos se separam também por dinheiro e dezena de exemplos diariamente onde apenas o que prevalece é o capitalismo, capital, ego, poder e derivados. Bendito aqueles que não se corrompem e vivem a margem (literalmente) e o maldito já conhecemos seus efeitos...", BKL BRUNO.

"A síntese: Com uma esquerda dessas, não precisa de direita e tampouco ultradireita. Favas contadas. Porque na tribuna pode ecoar um mandato que se supõe de luta pelas causas da população, no discurso inflamado e na camiseta produzida com palavras de ordem enfáticas. Porém, na hora do pega pra capar, prevalece sempre "farinha pouca, meu pirão primeiro" e o Partido dos Trabalhadores é o último a saber Perguntar: ouço falar que as empresas querem a passagem de busão R$ 8,00. Vamos observar quem é quem em mais essa disputa", RICARDO SANTANA.

"A vereadora petista, se é que posso chamar , nunca foi e sim uma elitista arquiteta.
E age segundo seus interesses próprios, não representa o que o partido foi e é. Não tem representativa ao governo federal, deputados e senadores. Há muito tempo percebo o circo de horrores que é aquela câmara. E para completar o escárnio junta- se ao vereador Eduardo Borgo. Quando Bauru, cidade sem lei e sem limites de coerência e responsabilidade. Devemos tomar vergonha e eleger pessoas interessadas em trabalhar na famigerada cidade. O que vejo são delírios e falácia. As atitudes não existe pois afinal com o dinheiro do povo, seus pagamentos seguem regularmente. Até quando estará a desmando da dona do PT, será medo de assumir responsabilidades? Não sei?, o que vejo é a decadência visto a olho vivo. E a omissão diante dos desmando da mulher do poder na prefeitura. E o povo padecendo, poderia ilustrar tantas coisas. E sonho de coração com uma pessoa que possa levar o PT muito mais longe. E falta garganta, mas artimanhas, ah isto muitos aprenderam ao longo de sua estadia na câmara dos devaneios", RENATA SANTIN.

"E se da Estela não se pode esperar nada além de uma bravata aqui e outra ali, da chamada "esquerda bauruense" também não... As lutas mudaram, as relações de trabalho mudaram, o mundo mudou e ainda estamos discutindo como se estivéssemos no meio da revolução russa .. Ideais não morreram, mas as idéias tem que se renovar para não ficarmos no mesmo ramerão arcaico e distante da população... Não ouvimos o povo nem temos nada a aprender... Temos a verdade - a nossa verdade - e queremos empurra-la a todos.... Enquanto não voltarmos à origem de beber na fonte popular seus anseios, estaremos no outro extremo daqueles que desprezam o povo e querem apenas alternar-se no poder", BENEDITO FALCÃO.

"Tenho pen drives com músicas que "garfei" da Internet há anos. Nunca deram problema. É muito estranho que um pen drive gravado recentemente tenha dado perda total. Tem gato nessa tuba", RICARDO DE CALLIS PESCE.

terça-feira, 1 de abril de 2025

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (158)


UMA HISTORINHA PARA AMENIZAR O DIA COM DECEPÇÕES*

* Em tempo: A grande decepção do dia conto num outro texto, agora amenidades.

Minha amiga Amanda Helena é bacharel em Direito. Creio que uma das últimas turmas da Anhanguera na cidade. Logo depois, a pandemia e a derrocada deles. Amanda seguiu sua vida. Viu que, o Direito não seria sua área de ataução. Escrevinha desde então, maravilhosamente, por sinal. Poucos se igualam a ela na cidade, se é que existe alguém próximo. Admiro demais, pela forma como batalha para conseguir suas pequenas coisas, grandiosas para ela. Cada conquista, muito mais que um rojão.

Ela batalha demais, sua realmente a camisa com suas faxinas. Vive no aperto, mas faz questão de deixar claro: não faço serviço pra fascista. E assim segue, apertadamente. E escrevinhando cada dia melhor. Quanto mais apertam seu cinto, mais escreve bem, algo no estilo perfuro cortante. Dias atrás, conseguiu juntar uma graninha e partiu pro litoral paulista. Não sei como foi e com quem, mas isso é o que menos interessa. O fato é que foi e voltou, três dias molhando-se toda nas águas do mar.

Foi e voltou de BUSER, irmã gêmea do uber ou um airbnb, só que com viagens de ônibus. O preço, dizem, é 50% mais barato, porém, quase certo problemas de percurso. Já os tive, abdiquei de voltar a viajar neste modal. Atrasos e os ônibus entrando em tudo quanto é cidade, com horário só de saída do lugar, depois tudo ao deus dará. Ela foi bem, chegou e voltou também, só que,tudo dando certo, desceria em Bauru no começo desta manhã de quarta.

Ela deve ter esperado tanto e já ter parado em tudo quanto é lugar que, cansada, dormia e acordava, chegou Bauru e ela nem se deu conta. Continuou dormindo e ninguém a acordou. Ou seja, passou do ponto. Só se deu conta quando, deu aquela acordada e via pela janela que, Bauru não chegava nunca. Perguntou e percebeu já ter passado do ponto. Estava longe, mais de 200 km depois. Desceu em TUPÃ. Nem sei se o Buser continuaria, mas o fato é que desceu e já se mobilizou, para ver como voltaria. Evidente que voltou, mas perdeu quase o dia inteiro em novas viagens, com paradas mil. Amanda conta isso rindo, pois sabe, no Buser, tudo acontece e é sempre desse jeito, embolado, embaralhalhado e embaçado.

Eu também, nos meus tempos de viajar vendendo chancelas, fui pra Santos vender e pego um Expresso de Prata, acho que saindo daqui por volta da meia noite e chegando lá bem cedo. Dormi também na chegada e ninguém me acordou na rodoviária. Acordei já com o sol alto e na garagem do Prata. Quando me viram, envergonhados ficaram e me trouxeram com veículo deles até o terminal. Não criei caso, enfim, dormi demais. Lá se vão uns 30 anos dessa história e hoje a relembro, pois quase idêntica a contada por mim pela dileta amiga. Eu e Amanda somos do time dos que dormem no ponto, perdem horário e descem em lugares incertos e não sabidos.

UMA HISTORINHA ONDE ALGO NÃO FECHA, PAIRANDO BAITA DÚVIDA NO AR*
* Essa é daquelas onde, por mais que se esforce, algo não fecha Parece até algo referente ao dia de hoje, 1° de,Abril, Dia da Mentira, mas não é. Entendam.

"Que coisa! Trabalhei no Judiciário por mais de dez anos. Vi colegas, juízes e advogados fazerem uso frequente de pen drive justamente para salvar arquivos. Mas as alegadas provas que embasariam denúncias de quebra de decoro parlamentar por parte do vereador que sugeriu e fez aprovar honraria municipal ao ex presidente - agora réu por crime contra o Estado de Direito - Jair Bolsonaro, se perderam. A inacessibilidade do artefato foi comprovada pelo corpo técnico da Casa e levou Estela Almagro, uma dos três vereadores que compuseram a Comissão Processante, a apontar "a falta de materialidade na denúncia, ante o vazio probatório", de acordo com matéria do JCNet. Ainda segundo a notícia do períodico bauruense, "pouco antes do voto da vereadora Estela, o relator Júlio César (PP) lera seu voto pelo recebimento da denúncia contra Borgo e foi acompanhado pelo membro Marcelo Afonso (PSD)."Advertidos por Almagro, apenas Marcelo Afonso refez seu voto, acompanhando a vereadora do PT. O julgamento vai agora para o Plenário. Seria importante chamar o testemunho de gente especializada para saber como se deu o corrompimento do arquivo. Fato que chama a atenção porque se trata de política, um jogo interminável de interesses: mais uma vez a única vereadora do PT se vê na contingência de votar a favor de seus opostos ideológicos. Que coisa!", jornalista Ricardo De Callis Pesce.

Para mim e para os integrantes do Núcleo de Base DNA Petista Bauru, nenhuma dúvida. Saímos da direção local do PT exatamente por motivos como estes e citados pelo texto do Ricardo Pesce quando a única vereadora perista dentro da Câmara de Vereadores de Bauru age e vota deliberadamente "a favor de seus opostos ideológicos". Ela, que fez de tudo para que o PT não tivesse candidatura própria no último pleito municipal, tendo maioria dentro do DM - Diretório Municipal e só agindo na defesa dos seus interesses pessoais, com apoio da direção estadual e da direção da Macro-Região. Como faço parte de grupo contestando isso e não querendo referendar estes procedimentos, optamos por sair e deixar que façam tudo ao seu jeito e arquem com as consequências. Hoje, com essa votação e sua participação, mais um capítulo e a certeza, o grupo onde milito acertou em cair fora. Continuamos dentro do PT, mas denunciando quem sempre fez e faz acordos com a parte contrária. Inadmissível alguém que se diz petista, jogar todo seu peso político na defesa de alguém que, diariamente produz mentiras contra o PT, Lula e o Governo Federal. Não se trata de "falta de materialidade", mas de empenho pessoal, este evidente. E desta forma, o vereador Eduardo Borgo, com apoio da vereadora petista continuará agindo como sempre agiu até o presente momento. Eu e o DNA petista optamos por denunciar e expor publicamente essa e outras situações. Isso não representa o PT, pelo qual lutamos e continuamos na lida e luta.
OBS.: As fotos são do site da Câmara Municipal de Bauru.