sábado, 12 de abril de 2025

FRASES (256)


NETÃO


TENTANDO ENTENDER E REESTABELECER A VERDADE DOS FATOS
Não sou o dono da verdade e se algo postado aqui não condizer com a verdade dos fatos, por favor, quero que me digam, contestem e vamos dialogar. Compartilhei hoje um texto, escrito por não sei quem (depois fiquei sabendo, Área 14), com algo muito sério sobre a saída do locutor NETÃO, dos microfones da FM94. Ele é um dos donos da rádio, hoje com quase 80 anos e creio que, o texto inicialmente espalhado cidade afora tendo sido deletado, quando me inteirei do que de fato ocorreu, nada melhor do que, voltar aqui, postar outro áudio, este do programa matinal do Netão, ele junto do locutor Emerson Luiz, dia 06/02/2025. 

Neste dia, o Esporte Clube Noroeste começava seu calvário de não conseguir mais vitórias, rodada por rodada. Netão, como a maioria dos torcedores foi emotivo e pelo que sei, depois dessa contundente fala, chegou a se desculpar ao vivo noutro programa. Enfim, pelo pouco que entendo de futebol - apesar de amar de paixão -, torcedor é mesmo emotivo. Netão tinha razão com respeito ao sinal fornecido pelo Noroeste para as transmissões. No mais, vale a pena escutá-lo do início so fim.

Posto o áudio recebido no começo da noite, pois creio, no card reproduzido pela manhã, escrito algo contundente, uma provável acusatória fala do Netão. Pelo que agora ouço, não ocorreu. Este áudio é antigo e depois disso, passado uns vinte dias, pelo que fiquei sabendo, Netão entrou de férias, algo anunciado no ar. Depois disso, o campeonato paulista já encerrado, ele com quase 80 anos, está sendo incentivado pela família a se aposentar. Se existiu pressão ou não para isso ocorrer, pelo que me disseram não teve nada a ver. Se ocorreu, algo virá à tona. Reproduzo o vídeo do programa, pois na comparação com o anteriormente publicado, todos poderão tirar melhores conclusões.

Eis o vídeo do programa com Netão e Emerson Luís: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/661836239919748

Espero com isso ter contribuido para dirimiar dúvidas sobre o postado hoje.

ISSO TUDO GEROU MUITOS COMENTÁRIOS, EIS ALGUNS DESTES:
- "Criticou um dos donos da cidade", Orlando André Gasparini.
- "Lamentável, até que pontoi temos 'liberdade de expressão'?", Renato Afonso Crepaldi.
- "Quem são os tais “donos” da cidade? Preciso de nomes . Tenho uma profecia", Maria Cristina Zanin.
- "Geralmente as cidades têm meia dúzia de pessoas, onde cada uma pensa que é dona de metade da cidade. Resultado: falta cidade para a população", José Aparecido dos Santos.
- "Não pode criticar quem "paga a conta" piada!! Quando entra no futebol então aí fica todo mundo dolorido: torcida, torcedores e diretoria. Segue o jogo e o pão e circo não há espaço pra questionamentos quanto mais provinciano pior....", Bruno BKL.
- "Por que será que o conteúdo original foi apagado, hein? Será que a história é mais complexa do que aparenta? (...) Que verdade virá à tona? Será que a verdade virá à tona? Ou a verdade está escondida em algum bolso de calça?", Rodrigo Ferrari.
- "Netão falou que todo bauruense falou, time de segunda divisão, investiram milhões em estádio e péssimo elenco", Dextter Paes Leme.
- "Sou ouvinte da rádio e estou até agora sem saber o real motivo da saída do Netão. Já achei muito chato a saída do Paulo Sérgio sem justificativa", Carlos Escarabelli.

MEU SEGUNDO LIVRO LIDO NO MÊS
MAIS UM ROMANCE POLICIAL DE RUBEM FONSECA
"E DO MEIO DO MUNDO PROSTITUTO SÓ AMORES GUARDEI AO MEU CHARUTO" (Editora Cia das Letras SP, 1977, 1ª edição, 120 páginas)
Rubem Fonseca é dos nossos mais qualificados escritores policiais. Sabe manter o leitor com a respiraação suspensa. Neste, traz de volta personagens de outros livros seus e os reúne numa nov possibilidade, desta feita com todas as citações possíveis de charutos. Rubem gosta disso, de seguir com citações dentro de um tema. Até no próprio título ele cita charuto, sacando-o de poema de Álvares de Azevedo, onde ao final conclui: "Só peço inspirações ao meu charuto!". 

Compro este livro na banca defronte o Largo da Carioca, pela bagatela de R$ 2 reais e praticamente o devoro na viagem de volta, de ônibus para Bauru. Comecei e não tive mais como parar. Fonseca tem essa qualificação, você começa e depois só para quando termina. Perdi até o sono e só não as estribeiras, porque o livro é fino, 120 páginas e assim, ainda consegui depois dormir bocadinho, porém, sonhando com a intrincada trama. Foi bom rever dois personagens, o escritor Gustavo Flávio de "Bufo & Spallanzani" e o advogado Mandrake de "A Grande Arte", compartilhando com os leitores, os seus apetites eróticos e a paixão pelos charutos. Enfim, uma boa prosa, dessas onde tenho mergulhado pouco, mas quando o faço, como agora, não me arrependo. Uma misteriosa estória de ficção, tendo como palco a cidade do Rio de Janeiro, muito recomendada por mim para quando a pessoa está num estado elevado de tensão. 

Reuni poucas frases sacadas da leitura e aqui as compartilho:
- "Não há nada igual ao tabaco - é a paixão das pessoas decentes e aqueles que vivem sem tabaco não merecem viver", D. Juan, Molière (e olhem, nem fumo).
- "Dostoiévski, pela boca de Aliosha Karamazov, diz que as memóirias preservadas desde a infÂncia e que carregamos durante nossa vida são talvez a nossa melhor educação; e se apenas uma dessas memóirias permanece em nosso coração, ela talves venha a ser, um dia, o instrumento  de nossa salvação".
- "...não sei por que você gosta de tomar banho com as mulheres, fique sabendo de uma coisa: as mulheres preferem tomar banho sozinhas".
- "...os bons escritores, como Sade, enchiam os corações e as mentes dos leitores de medo e horror, porque a vida era isso, medo e horror".
- "...assaltantes assustados são os piores".
- "Esse é o problema de pedir perdão: é sempre tarde demais".
- "Segredos só devem ser contados àqueles que também têm segredos. (...) Não há melhor lugar no mundo para confissões escabrosas do que a internet".
- "...a longo prazo a beleza cansa mais do que a feiúra".
- "Como você sabe que estava sendo seguida? Uma mulher sabe".
- "O amor existe, repito, e as mulheres acreditam nele mais do que os homens. (...) Os cônjuges, por mais imaginação que tenham, não conseguem fugir do desgaste resultante da manutenção da ordem, do tédio, causado pela repetição das coisas que não se movem".
-"São poucos os prazeres iguais ao de fumar um charuto".
- "...para escrever é preciso talento, talento é um dom natural como nascer com a bunda bonita, e quem nasce com esses dons não precisa tanto de exercícios".
- "Ibsen disse que ser poeta é essencialmente ver".
- "...você não pdoe escrever um livro para salvar outro que fracassou. (...) Nenhum escritor reconhece a própria mediocridade. Só a dos outros. (...) ...oescriba que não prevê o fracasso de algum dos seus livros nã odeve nem começar a escrever".
- "Um cavalheiro deve fazer tudo para proteger a reputação de uma senhora respeitável. (...) Ainda mais depois de ela ter morrido".
- "Talvez seja essa a maior de todas as motivações para alguém tornar-se um escritor, para o artista criar: o conhecimento que o ser humano tem de sua própria finitude, a certeza de que vai morrer. (...) O que me levou a tornar-se um escritor? Acho que a resposta é uma só: eu gostava tanto de ler que naturalmente passei a escrever. O destino normal do leitor fanático é se transformar num escritor. (...) Escrever é tomar decisões, constantemente".
- "Mas afinal, que apetite da natureza humana é saciado completamente?".
- "Somente quando uma mulher se movimenta é que você pode ver a sua simetria, a medida - o belo, o perfeito, o suficiente".
- "...não copule sem camisinha com quem confia em você, pessoas confiantes são imprudentes, sem discernimento".
- "Certas mulheres preferem a fidelidade à lealdade, o marido pode esconder dela quanto dinheiro ele tem espalhado pelos bancos do mundo, pode permanecer sendo amigo de uma pessoa com quem ela brigou, pode continuar protegendo um parente parasita que ela detesta, pode falar mal da mãe dela, pdoe até acintosamente considerá-la uma debilóide (a maioria dos homens acha a mulher uma debilóide), só não pode foder fora de casa. (...) Os homens são uns merdas. Todos os defeitos que atribuem às mulheres eles têm em dobro: vaidade, futilidade, comprismo, emotividade, volubilidade, puerilidade. E ainda por cima, são feios".
- "As coisas escondidas sempre acabam aparecendo".
- "Confesso, se alguma coisa acaba com qualquer preocupação é fazer amor com uma mulher que você ama".
- "A vida é engraçada. As pessoas não dão importância aos seus empregados - porteiros, motoristas, arrumadeiras, cozinheiras -, acham que eles são cegos e surdos, estão sempre distraídos, pensando na novela da TV, mas na verdade eles vigiam os patrões, vêem tudo, ouvem tudo. E nã osaão leais. Por que, aliás, deveriam ser leais com patrões insensíveis a quem servem de maneira tão humilhante?".

Enfim, as frases dos livros do Rubem Fonseca são um caso à parte.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (239)


CARIOQUICES

1.) ANDARILHANDO POR SANTO CRISTO, GAMBOA E PROVIDÊNCIA
Como não sei quando e se um dia voltarei a pisar os pés por essas bandas, circulo rapidamente e vou registrando tudo o que vejo. E viajo no tempo, no que isso tudo já foi e no que representa hoje. Muita resistência em tudo o que vi. O olhar segue acompanhando o que me comanda algo dentro de mim: vá lá ver. Fui e pronto.



2.) AH, AQUELA ESCADA EM CARACOL...
Bem no centro do Rio de Janeiro, na avenida Rio Branco, seu nevrálgico coração, do lado de quem segue caminhando para a Biblioteca Nacional, uma escada em caracol e lá embaixo, reduto santuário desta cidade, antes dita e vista como Maravilhosa e hoje, guardadas todas as proporções e diante de todas as seguidas estocadas que vêm levando ao longo do tempo, segue resistindo. Neste local, algo de uma heróica resistência. Lá embaixo, feito o contorno todo com a descida da tal escada em caracol, três livrarias, uma mais sugestiva e interessante que a outra.

Começo, é claro, pela mais importante a LEONARDO DA VINCI. Essa é a, Sem Palavras, pois possui história de vida, já contada em verso e prosa, se mantendo por lá, nem sei direito como, mas ainda muito altaneira e saindo de suas portas e portos este algo mais cultural, existente em tão poucos lugares, muitos reservados como estes. Eu peço licença para adentrar este santuário livresco sulamericano. Do lado dela, a MARTINS FONTES, que tem vida mais curta por ali e deve ter escolhido o local a dedo para ali se instalar, pois estar de portas abertas e ao lado da Leonardo é motivo para orgulho e comiseração. E a Martins tem "pedigree" paulistano, onde é muito considerada, com história de resistência idêntica a da vizinha. Devem conviver numa boa, cada qual muito valiosa dentro do contexto atual do mundo do livro. E lá no fundo, canto direito de quem entra, uma dos mais famosos sebos variocas, o BERINGELA. Espaço único e divinal. Tenho história com estes. Quando meu sogro, seu Zé Pereira faleceu, eles foram convidados a vasculhar o acervo deste e foram várias vezes lá na casa no Anadarái, ver o que tínhamos. E tínhamos muita coisa. Algo dele ainda deve estar em suas prateleiras. Daí, tenho uma admiração mais que especial por eles e pela resistência. Vejo na entrada da loja, sacos e sacos de livros, acredito aguardando higienização, catalogação e colocação nas prateleiras.

Ou seja, aquele porão - se assim posso denominar o andar abaixo do piso da Rio Branco - é algo como o sujeito sair do plano real, lá na movimentada avenida e adentrando algo sideral, considerado até anets da descida, como impossível. Eu me sinto assim em lugares como estes. reverencio com todo respeito. E se possível, consumo, compro livros em lugares assim, pois é a forma que encontro para tê-los abertos. Essa escada em caracol e tudo o nela está contido, lá no saguão abaixo da calçada da rua é um dos "paraísos cariocas". Sempre que passo por ali, mesmo na correria destes poucos dias por aqui, dei meu jeito e tive que vir bater cartão. Se não o fizesse, voltaria frustrado. Desci, senti o aroma, cheirei profundamente, curti o máximo que pude e assim, escrevo com algo vindo lá do fundo do coração. Eles todos merecem.

3.)
SUJANDO LITERALMENTE AS MÃOS...

Foram dois dias seguidos, cinco num e mais cinco no outro, R$ 10 num e R$ 10 no outro, total de dez livros pescados, devidamente garimpados no monte, numa das quatro bancas existentes ali no centro do Rio, bem na saída/entrada do metrô Largo da Carioca. Antes tinha ali uma boa livraria portuguesa. Essa fechou e em seu lugar, foi sendo criado este local livresco de rua, hoje consolidado. Eu, na qualidade de assumido consumidor e também acumulador de livros, impossível passar por um lugar como este e não parar, mesmo que, como nos dois dias, muita correria e outras obrigações pela frente.

Na placa o tal do argumento irresistível, "Qualquer livro a R$ 2,00". Tinham os mais caros, expostos em outro local, mas fiz questão de me ater a estes, mergulhei fundo e com as mãos sujas, dez conhecerão Bauru nos próximos dias e devem se instalar por um bom tempo dentro do meu particular Mafuá. Dos dez, tem de tudo, Rubem Fonseca, Woody Allen, Michael Moore, Stefan Zweig, Ruy Castro e outros menos conhecidos do grande público.

Na algibeira, havia trazido um livro, a Carta Capital da semana e a Piauí do mês para ler nas viagens de coletivo cidade afora. Ate os li, menos o livro, que só viajou comigo e o lerei em breve, no retorno pra Bauru. Mergulhei mesmo no Rubem Fonseca e como em tudo que já li dele, devorando com muita sofreguidão e gosto. Quando terminar, descrevo algo por esssas bandas. Do lugar onde sujei minhas mãos, indico para os amantes de livros, que ali compareçam, nem que for para tirar uma foto. E por fim, uma historinha ali passada. Estava com uma vontade louca de urinar após a garimpagem, chego perto do dono da banca e pergunto: "Quando está apertado, onde é que urina?". Ele me aponta um bar em frente, R$ 5 pratas a urinada, escrito num cartaz. Adentro, mas diante do cheio, sento tomo dois chopps, como uma linguicinha básica, pago muito mais e também lavo as mãos sujas pelo manuseio dos livros. Tudo aproveitável.

4.) CONTO UMA SOBRE O "ITAJUBÁ" E O "RIVAL", UMA SÓ...
Vindo ao Rio há mais de 40 anos, tenho inúmeras histórias aqui ocorridas. Umas conto, numa boa, outras ainda omito. Talvez um dia abra o leque, pois nada é escabroso. Histórias vivenciadas numa outra época de minha vida. Vim ao Rio pela primeira vez junto de meu ex-cunhado, Arnaldo Geraldo, já falecido. Ele havia trabalhado na FRIAR e instalou muitos equipamentos Rio afora. Passei minha lua de mel por aqui, idos de 1984, eu com 24 anos, ano das Diretas Já. Arnaldo me indicou o Hotel Bragança, na rua Mem de Sá, hoje não mais existente, nessa época ainda ao lado de uma fábrica dee cerveja da Antactica e com resquícios da zona boêmia da Lapa.

Isso tudo é outra história. A que revejo aqui tem como pano de fundo o Hotel Itajubá e a casa de shows Rival, ambas numa rua escura atrás da iluminada Cinelândia, a Alvaro Alvim. Por muito tempo o Itajubá foi o hotel onde me hospedei por aqui e tendo o Rival do lado, inúmeros shows presenciados ali. Certa feita vi o João Bosco, sem o Aldir Blanc, devorando um cabrito numa madrugada por ali. Tiete, sentei numa mesa ao lado, pedi um cerveja, não me aproximei, mas curti adoidado aquele momento. Já vi de tudo naquele quarteirão, um dos mais movimentados da noite carioca. Hoje, o hotel continua resistindo ao tempo e o Rival idem, com shows divinais com a nata da MPB. Que assim continue.

Passo ali numa dessas noites atrás, quando por aqui vim a trabalho, algo em torno das 20h, furdunço começando e a ficha cai, ou seja, passa um filme diante de meus olhos. A história que lhes conto tem como personagem principal uma pessoa muiuto conhecida em Bauru, seu Guilberto Carrijo, o que dá nome ao hoje abandonado Sambódromo. Ele amava o Carnaval e vim em várias excursões para o Carnaval do Rio. Tudo ocorria ainda na avenida Rio Branco e nunca fui no Sambódromo, pois a festa se dava ali perto do Itajubá. No último ano em que veio, o carregamos no colo, escada acima para ser homenageado no carnaval do Bola Preta, quando ainda tinham sua sede em cima de uma agência do Banco do Brasil, quase ao lado do Teatro Municipal.

Ele estava com muitas dores, mas foi, pois sabia, seria seu último ano e queria receber a homenagem em vida. Ficou a maior parte do tempo dentro de uma banheira cheia no hotel, só saindo para poucas coisas. O carregamos para cima no dia da haomenagem e ele suportou tudo com um baita sosrriso estampado no rosto. Não me lembro de muita coisa, mas sim de sua felicidade. Isso me basta. No Rival, nessa excursão, assisti um show no Rival, junto de uma garota sueca que passava férias em Bauru e depois fomos num grupo assistir o filme "Pra Frente Brasil", com o Reginaldo Farias sendo torturado. Chorei copiosamente e ela, européia, lembro bem, tentou sensibilizar os brasileiros, todos comovidos. Isso tudo num Carnaval no Rio, todos hospedados no Itajubá, ao lado do Rival e do Bola Preta. O cinema era ao lado de onde um dia foi a loja da Mesbla, ali pertinho. Tempo mais que bom, pois ainda tínhamos esperança de mudar o mundo. Conseguimos vergar a ditadura militar e hoje, estamos tentando, com unhas e dentes exterminar o vandalismo de um bando de cdriminosos golpistas e fundamentalistas. A gente não tem um só dia de descanso neste país.

Guardo ótimas recordações de seu Guilberto Carrrijo. Ele deveria merecer uma boa pesquisa e talvez um livro, um documentário. Seu nome foi merecidamente dado ao Sambódromo de Bauru. É isso, por hoje é só, salve o Itajubá e o Rival, pois continuam resistindo ao tempo e se impondo aqui nos fundos da Cinelândia.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

ALFINETADA (252)


QUERENDO ENTENDER...
Algo ainda não foi totalmente entendido por mim - e por boa parte da população bauruense, principalmente dentre os servidores públicos municipais. Na última sessão da Câmara de Vereadores, realizada na segunda, 07/04, quase a totalidade dos vereadores fez uso da palavra para se dizer e se mostrar defensor dos trabalhadores públicos municipais, os atuando nas hostes da Prefeitura. Foi algo sensibilizador, alguns quese com lágrimas nos olhos. Estes, como sabemos estão diante de uma greve, causada pelo baixíssimo índice de reajauste, menos de 5%, quando da data base para reajuste anual de seus salários. Pouca vergonha diante do próprio aumento salarial da alcaide, seu vice, secretários e vereadores.

Pois bem, o ainda não entendido foi que, após a ladainha onde se disseram indissoluvelmente defensores dos trabalhadores, a quase totalidade votou a favor do índice proposto pela alcaide. Mas como? Sim, foi isso mesmo e na voitação até a vereadora Estela Almagro, que tantas críticas (sic) faz para a atuação da alcaide, vota do jeitinho como ela havia preconizado para os de sua bancada. O único a votar contra, pasmem, foi Eduardo Borgo, cujo processo de cassação, por decoro parlamentar, continua tramitando por lá e quando emite seu voto, o pede com Declaração de Voto, afirmando o fazer contra, pois está a favor dos trabalhadores. Na verdade, pelo conjunto da obra do ocorrido neste dia, o eleitor fica confuso com a atuação dos vereadores, pois se o defendem, por que votam contra seus interesses? Pra bom entendendor, meia palavra basta.

PROJETO CIRANDA - CAIXOTE LITERÁRIO, NA RODOVIÁRIA NUM IMPASSE
Eu e Rose Flag Barrenha acreditamos muito nesse "negócio" de espelhar livros pela aí. O caixote lá no terminal todoviário tem essa pegada. A ideia é mais que boa e, neste momento vive um impasse. Os livros são lá colocados pra serem levados e lidos. Nada como o viajante se deparar com uma bela leitura e assim não viajar só.

Conto da nossa preocupaçào. Coloquei livros nos últimos sete dias por 3 vezes. Eles estão misteriosamente evaporando. Num dia, até para testar, abasteci e ao voltar horas depois, caixa já vazia. O que estaria acontecendo? Sem acusar ninguém, queremos continuar com o projeto e estamos dispostos a dialogar com quem está sumindo com os livros. Tudo bem, a gente sabe, este país deixou de ser normal faz tempo - se é que um dia o foi -, mas algo ainda pode ser feito, neste caso sem fazer nenhuma caça as bruxas. É que, eu e Rose gostaríamos tanto de ver os livros ali depositados sendo levados, um por um, mas com destino final a sua leitura. E nós somos difíceis de desanimar, muito menos desistir.

eu pelo rio de janeiro
REENCONTROS QUASE IMPOSSÍVEIS...
Trombar com gente querida pelas ruas e pela aí, eis algo que nos move. Desta feita, dentro do terminal de ônibus urbano Gentileza, ao lado da rodoviária Novo Rio, indo de um lugar para outro, dou de cara na saída de uma escada com o DAVID, ex-inquilino lá no Mafuá da rua Gustavo Maciel. O último por sinal, pois com 3 cães, foi difícil arrumar residência com espaço para abrigar "seus filhos". Arrumou, se foi, mudou-se para o Jd TV, trabalhando no Confiança Flex, o lá ao lado da Rondon. Vez ou outra passando por lá, atualizávamos as conversas.

E agora, ele chegando no Rio, de mala e cuia, indo para o novo lugar que o destino lhe reservou. Feliz da vida, amor novo, demorou, mas cá está. "Bauru não estava dando mais. Conheci novo parceiro, mudei o rumo completamente. Tinha que vir", me conta. E pergunto: "E os cachorros?". Ele: "Este foi o motivo de ter demorado tanto. Meses até definir e ter a certeza deles estarem num bom lugar. Não foi fácil. Só embarquei com a certeza deles estarem bem. Vou sentir muita falta, isso me toca profundamente, pois eles foram minhas companhia", resume.

Não pergunto mais nada. Trocamos um cordial abraço de boa sorte e o vejo seguir adiante, planos e expectativas renovadas. Elas e suas malas, uma vida toda dentro delas. David é mais que um batalhador. Essas são as belas surpresas que a vida nos possibilita nas viradas das esquinas. Mundo véio e sem porteira. Encerro com algo do profeta Gentileza, homenageado junto dos viadutos onde escrevinhava suas frases. Sua vida é conhecida, marcou época, a tragédia do circo pegando fogo e tendo nascido em Cafelândia, aqui pertinho de Bauru. Gentileza tem História - com H maiúsculo -, mas não podemos nos esquecer, foi sempre uma pessoa muito conservadora, fundamentalista na acepção da palavra. Nem um pouco progressista, porém, inegável ter deixado mais que uma marca registrada na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, enfim, "Gentileza gera Gentileza".

quarta-feira, 9 de abril de 2025

UM LUGAR POR AÌ (194)


PRECISO LHES CONTAR...
Tive que me ausentar de Bauru por alguns poucos dias. Compromissos inadiáveis e incontornáveis. Cá estou, longe de casa. Enquanto estiver fora, não tenho como publicar o Vitrolinha do HPA e o Cena Bauruense. No corre diário, meio que sem querer me deparo com uma encruzilhada, dessas para entornar o caldo. Quando me dou conta, estou debaixo do cruzamento da Aldir Blanc com a Mário de Alencar, o filho do famoso José. Sento no meio fio e me ponho a matutar: que faço do resto do meu dia, prossigo ou entrego os pontos e diante do sugestionado, vou reverenciar os mestres, ourives dos palavreados? Oh, dilema cruel. Depois da labuta, a esbórnia...

TAMBÉM QUEREMOS...

Assim como o espaço público debaixo do viaduto da Duque de Caxias, na Nações Unidas foi conseguido e já esta em plena atividade por uma entidade particular - festão no último final de semana -, pelos mesmos critérios, pleiteio do outro lado, também debaixo do viaduto, espaço idêntico para o bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é MiXto, poder fazer suas estripulias. Se possível, sem custos e despesas. Que alguém me indique onde pode ser protocolado o ofício com a solicitação.

A RIFA DO QUADRO DO BACCAN E LIVROS DA AMANDA, SUA FINALIZAÇÃO É POR AUDREN RUTH
Escrevi sobre uma rifa pra ajudar Amanda Helena, tendo um quadro do BACCAN como prêmio principal. Quase tudo foi vendido. Faltam 23 números para fechar. Amanda se diz satisfeita com o arrecadado e como já alcançou seu objetivo, que foi viabilizar reforma e impermeabilização de um banheiro, abre mão e assim, toda atrecadação agora será feita para incrementarmos algo em prol da linda e deslumbrante cantante Audren Ruth.

Audren batalha muito para manter seu tratamento de saúde. Portanto, conclamo aqui, vamos acabar logo essa rifa e reverter algo para nossa amiga. O valor de cada número é R$ 10 reais e quem o fizer, faz PIX diretamente para ela [Seu PIX é 14.99902.6459, seu fone). Quem puder colaborar com outros valores, tudo muito necessário e bem aproveitado, nem precisa dizer nada por aqui. O PIX dela está aí. Creio que, todos que a conhecemos e gostamos muito delas, estamos unidos, buscando o melhor para tão encantadora pessoa.

AUDREN merece. E mais que tudo, ela,adora receber visita de diletos amigos em sua casa lá no coração do Mary Dota.

terça-feira, 8 de abril de 2025

FRASES DE LIVRO LIDO (215)


A LUTA DO SERVIDOR MUNICIPAL BAURUENSE
O servidor público municipal em Bauru está mobilizado, como atesta a foto e não entende como é possível, segundo leio em postagem do Rafael Santana de Lima, ela reajustando o seu próprio salário, de seu vice e secretários em 37%, o dos vereadores num patamar de 88% e dos servidores em meros 4,83%. 

Diante disso tudo e muito mais, o descaso atual para com o tratamento da Saúde e a forma como age para conseguir o empréstimo de 40 milhões para o DAE, cujo presidente é seu futuro esposo e sem nenhum projeto consistente para sua utilização, ou seja, a greve é inevitável, justa e única forma de sensibilizar quem se mostra irredutível.

COMO É LINDO VER O MOVIMENTO ESTUDANTIL EM AÇÃO

Foi hoje pela manhã, terça, 08/04, no campus da Unesp Bauru e lá junto das salas 50, FAAC - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação e Design. Os estudantes estão em polvorosa com a situação de sua alimentação e moradia estudantil disponibilizadas pela universidade. Parei para ouvir e assuntar mais de perto o que ocorria. Eles disseram, no revezamento ao alto falante - não tinham equipamento de som, nem microfones - e sob uma resistente mesa de madeira maciça, entre as árvores do local.

Segundo ouvi, eles são em 6mil na universidade e até bem pouco tempo, a universidade disponibilizava somente 150 refeições diárias. Se juntaram e conseguiram aumentar este número para 1500, o que ainda consideram pouco, diante da quantidade de alunos. Numa das falas, muitasensibilidade para com as funcionárias da empresa terceirizada que lhes entrega as refeições. Segundo eles, somente duas e totalmente sobrecarregadas. Disseram também da situação da moradia estudantil, num local escuro, de difícil acesso, depois do trevo da rodovia e com poucos lugares disponíveis. Os lugares não passam de 40, totalmente insuficientes para a quantidade de estudantes necessitando de moradia.

As reivindicações principais são essas e das falas, consegui gravar uma: "Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu, aqui está presente o Movimento Estudantil". Arrepiei. Ouvi palavras de ordem de luta, dessas me fazendo voltar no tempo. Muitos deles estavam usando o boné vermelho do MST. Depois, abriram caixas de papelão e nelas, com pincéis e guache ali disponíveis, pintaram frases para cartazes. Sai antes do término do ato, mas segundo ouvi, iriram caminhar até a direção local do campus, onde esperavam ser recebidos e poder expressar de suas necessidades imediatas. Isso tudo me arrebata e me emolga para continuar na lida, luta e pelas conhecidas reivindicações que todos nós temos bem definidas dentro da luta que nos move.

obs.: Todas as informações aqui contidas foram passadas a mim pelos próprios estudantes, estes em movimento e em ação, na busca de melhor qualidade de vida no período dentro da universidade pública paulista.


POLACO - SOBRE ELE O PRIMEIRO LIVRO LIDO NESTE MÊS
O Polaco é muito mais doido que eu pensava ou imaginava. Domingos Pellegrini era seu amigo pessoal, o Pé Vermelho, paranaense de Londrina. E o amigo escrevinhou este livro, o "MINHAS LEMBRANÇAS DE LEMINSKI", DOMINGOS PELEGRINNI" (Geração Editôra, 1ª edição, 2024, 200 páginas), que passa longe de ser mais uma biografia. São lembranças do amigo, quase irmão, trechos aqui e ali, versando sobre algo que sua memória não esquece jamais. Polaco passou por sua vida e a marcou profundamente. E amigo mesmo, destes que se prezam, são amigos até na hora de criticar o outro, sentar e juntos confabularem sobre as contradições, um do outro. Estes dois exercitaram isso ao longo de suas vidas. Dos choques, poucas rusgas e muito mais de aproximação.

Este livro é extremamente saboroso justamente por causa disto, deste detalhe. Eu o grifei muito, praticamente de cabo a rabo e misturando frases, ora de um, ora de outro, ambas se misturando e se alternando. Eles se fundem. Pé Vermelho acompanhou a fase mais triste da vida do Polaco, a de quando não conseguiu abandonar a bebida, principalmente muita vodca diária, já na fase escondido de sua companheira, que fazia marcação cerrada, mas ele escapulia e a vergava. Assim mesmo, sua produção sempre foi alta, primeiro como instinto de sobrevivência, depois para fluir o que existia dentro de si, clamando para pular pra fora de seu corpo, algo contínuo. Escrevia sem dó e piedade, sem se importar se isso iria agradar ou desagradar. Irritou a esquerda e a direita, implacável na sua linha de pensamento, porém, ninguém pode dizer não tido coerência e precisão cirúrgica. Eu gosto de gente assim, que faz a crítica, mas possui muito embasamento e quando existe interpelação contraditória, difícil argumentação contrária. Ou seja, ele escreve e argumenta, sustenta até o limite. Foi, sem sombras de dúvidas, uma pessoa admirável, amigo fiel – Pellegrini que o diga -, pois sempre dele se aproximando, avisava estar por perto e este dizia logo: “Venha”. O livro é isso, algo destes encontros, recordações bem vivas e pelo que percebi, sempre latentes, pulsantes, latejando. Os livros e textos do Pelegrinni são ótimos e a poesia perfuro-cortante do Leminski é eterna. Selecionei algumas frases, misturadas de um e outro:
- "Acho lindo tempestade, é o tempo em alta voltagem".
- "Eu não minto, cara, eu recrio".
- "O Leminski não é gente, é uma usina".
- "Essa naturalidade em cultivar a contradição, tão rejeitada pelos intelectuais amantes da coerência".
- "Durante décadas, andará com poemas xerocados numa pasta, para mostrar aqui e ali, em bares e lares, recolhendo as impressões de selecionados leitores, publicitários, jornalistas, músicos e poetas amigos".
- "Estes bigodões são homenagem pára Lech Walesa, porque foi o primeiro movimento realmente organizado contra o império soviético. (...) Até começar a desconfiar que não seria boa coisa trocar uma ditadura de direita por outra de esquerda. (...) Eu nunca me enganei com revoluções. São bonitas, empolgantes, mas, como são feitas por gente, logo viram monstros. Trotsky foi morto no México pela mesma revolução que queria instalar noi mundo todo...".
- "...revoluções são sinônimos de excessos, é quando a rotina e a realidade tida como normal e certa são viradas do avesso. (...) O meu cérebro trabalha o tempo todo porque é, ué, um tipo de cérebro como o são as usinas, que não podem ser desligadas".
- "Certo mesmo é que, além de livro mais lido de todos ostempos, como apregoam os pastores, a Bíblia é o mais adulterado".
- "Uma das cruéis ironias da vida: só osbem alimentados podem lutar pelos famintos. Os muito miseráveis nem sequer se revoltam: dseixam-se morrer à mingua. É preciso muita proteína para fazer uma revolução".
- "Escreve como quem fala entre respirações, ao contrário dos escritores escriturários, que se derrama por parágrafos intermináveis para pouco raciocínio ou rala ação. (...) Amigo não é quem quer agradar com boas palavras ou evita dizer palavras ruins; amigo é quem diz o que é preciso".
- "Todo grande escritor é autor de um idioma próprio, como também de uma também própria visão do mundo".
- "Depois de morto, é cult homenagear e citar Leminski. Por baixo dos bigodes, ele decerto sorri. (...) Anarquistas, dizia Leminski, não chegam ao poder, mas têm honra".
- "Viver é falar, morrer é calar-se, nisso está minha arte e catarse. (...) Quem se leva muito a sério acaba nos túmulos menos visitados do cemitério".
- "Eu disse, cara, que um dia as massas iam comer do biscoito fino que fabrico. (...) E o bonito não é a vitória, mas a luta".

segunda-feira, 7 de abril de 2025

BAURU POR AÍ (238)


ESTÁ COMEÇANDO A SESSÃO SEMANAL DA CÂMARA DE VEREADORES DE BAURU E NELA, ALGO EM CURSO...
Tem tanta coisa nos envergonhando hoje em dia e aqui dois momentos.

No primeiro, a vereadora do PT, Estela Almagro, confirma estar a fazer de tudo e mais um pouco para livrar a cara de Eduardo Borgo, o maior crítico do PT, de Lula e do Governo Federal, um dos que defendem o capiroto com unhas e dentes, não fazendo questão do uso de fake news para tanto e, justamente este é seu protegido. Hoje, ela escancara com seu voto não querer a cassação do Borgo, porém, a processante continua. Até as pedras do reino mineral sabem que, Borgo não será cassado, porém, quem nunca deveria apoiá-lo e fazer sua defesa seria alguém do PT. Algo ocorre e um dia saberemos de que se trata. Por enquanto, a tal da "falta de materialidade", argumento que ninguém engole mais é utilizado para despistar, engambelar e despistar.
O grupo onde milito dentro do PT, o Núcleo de Base DNA Petista emite NOTA DE REPÚDIO com o seguinte teor:

"Na semana anterior à que o STF iria julgar o indiciamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de estado, o bolsonarismo tirou uma série de atividades na tentativa de ganhar apoio popular, entre elas o ato em Copacabana, por sinal, com público muito menor que em outras oportunidades e das expectativas dos organizadores. Outra dessas, foi um indicativo para vereadores solicitarem a cidadania de Bolsonaro em suas cidades, o que foi feito aqui em Bauru pelo vereador Eduardo Borgo, conhecido na cidade por sua militância golpista, principalmente na Rádio JP – Jovem Pan e hoje na Auri-Verde. Durante a votação uma militância pró democracia foi até a Câmara protestar. Ocorreu um entrevero entre essa militância e o vereador, durante o qual, o vereador bolsonarista dirigiu palavras de baixo calão a alguns presentes. O fato foi gravado, viralizou e continua ativo nas redes sociais. Diante disso foi solicitado uma CP – Comissão Processante - contra o vereador.

Até aí, tudo normal, mas quando essa discussão teve andamento, para surpresa, quem saiu na defesa do vereador bolsonarista que inflava o golpe na cidade, justamente a vereadora do PT, Estela Almagro, posteriormente sorteada para participar da Comissão Processante. Ela claramente pôs empecilhos, como não aceitar o pen-drive, testemunha, etc, na tentativa de impedir que o processo prosseguisse, inclusive votou por seu arquivamento. Sugeriu o arquivamento, pelo fato dos tais pen-drives estarem vazios, o que gerou a alegação de “Falta de Materialidade”.

Tudo isso veio justamente da vereadora petista, sendo ela do partido mais agredido pelo vereador em questão. Ela deve explicações aos seus eleitores e, em nome do PT, através do Núcleo de Base DNA Petista, solicitadas publicamente neste momento.
NÚCLEO DE BASE DNA PETISTA – BAURU SP, 07/ABRIL/2025".

Na segunda vergonha, a alcaide fundamentalista Suéllen Rosin está neste momento fugindo dos servidores públicos municipais. Diante da chegada do momento de providenciar o reajuste anual dos salários destes, como regateia em dar-lhes algo justo, foge e quando inquerida lá pelos lados do Palácio das Carejeiras, alguém a avisa e nem comparece, deixando todos a esperando. Atitude vergonhasa, alinda mais por ter acabado de ler num post do Rafael Santana de Lima:

"SUELEN ROSIN, CARRASCA DOS SERVIDORES, COMO DIZIA PERSONAGEM DO JÔ SOARES... "FICA VERMELHA CARA SEM VERGONHA" !!!
REAJUSTE - ALTO CLERO / QUEM TRABALHA.
PREFEITA - 37%
VICE PREFEITO - 37%
SECRETÁRIO 37%
VEREADORES 88%
QUEM TRABALHA 4,83%

Esse é o retrato mais fiel da nossa condenada SEM LIMITES, e nem ficam vermelhos.
Bauruense, especialmente você que fez o "S", sabia que tem funcionário que nem ganha o salário mínimo, enfermeiros que não ganham o piso, Arquitetos, Engenheiros também.
Você CIDADÃO precisa saber disso quando vai a uma UPA e ofende e até bate em enfermeiros, uma cidade, uma empresa jamais avança com funcionários DESMOTIVADOS.
CADÊ OS DEFENSORES DA MOÇA E FAMÍLIA ?
GLÓRIA A DEUS ALELUIA".

Diante de atitudes como essa, o Núcleo de Base DNA Petista, onde milito, solta NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE:
"Neste mundo passamos diuturnamente pelas lutas de classes, cientes de que quem produz as riquezas, o PIB, em nosso Brasil, são as trabalhadoras e trabalhadores, seja dos setores privado, público ou do campo. Hoje, pela exploração da mão de obra no sistema neoliberal, o capitalismo impõe cada vez mais o arrocho salarial, que afeta particularmente o setor público, onde são disputadas as receitas entre os entes federativos com relação ao serviço público, cada vez mais sucateado. Necessitamos urgentemente de um serviço público de qualidade para nossa sociedade, com maior valorização e qualificação dos servidores públicos, pois são essas trabalhadoras e trabalhadores que vão levar o acesso aos instrumentos das políticas públicas a todas e todos os cidadãos, aos grupos mais vulneráveis, tornando nossa sociedade mais igualitária e mais justa ao promover a justiça social. Nós, do Núcleo de Base DNA Petista, apoiamos a greve legítima da categoria dos Servidores Públicos Municipais de Bauru em face a esse Governo centralizador e rentista da atual administração Suellen Rosin, Contem com o Nosso Apoio, #Fora Suellen #
NÚCLEO DE BASE DNA PETISTA – BAURU SP, 07/ABRIL/2025".

A luta em Bauru é incessante, inclemente e nela estamos inseridos.

Amanhã terá mais, muitos outros capítulos. 
Continuaremos na lida e luta. 

outra coisa
O INACREDITÁVEL ACONTECE - LOUCOS, DOENTES, DÉBEIS, INCAUTOS, INGÊNUOS OU CÚMPLICES?
Eis o link de sua gravação feita, a "Uma tarde na avenida Paulista":  

O jornalista BAURUENSE Luiz Carlos Azenha é arrojado - sempre foi -, corajoso e audaz no exercício do jornalismo e no uso do microfone. Pois não é que o danado se prontificou a mostrar o quanto esse pessoal bolsonarista - a maioria deles - é totalmente fora da casinha, não fala coisa com coisa, acredita em tudo o que lhe passam e só nisso, em nada mais. Pegou seu microfone e saiu em busca de depoimentos comprovando a tese do quanto essa parcela da população já é caso perdido. E pelo visto não foi nada difícil a realização deste elucidativo trabalho jornalístico. Ele entrevistou o que de fato representa a imensa maioria dos que estiveram presentes lá no ato bolsonarista na avenida Paulista no último domingo, 06/04. Este é a parcela significativa do Brasil que, acredita piamente em Bolsonaro e nos seus. Diante de tudo, creio que, o Brasil precisa urgentemente de ter um belo processo educacional, para ao menos, tentar fazer com que, essa parcela volta a enxergar o que de fato está em curso e ocorre neste país. Assisti até o fim e fiquei estarrecido, estupefato, incrédulo, mas sei, é isso mesmo, estes pensam e agem exatamente desta forma e jeito. Caso perdido? Creio que sim.

EM RELAÇÃO À CHINA, A DIFERENÇA ENTRE UM E OUTRO
A imprensa americana acaba de publicar o que o ex-presidente Jimmy Carter disse a Donald Trump durante a sua última entrevista sobre a China:
«Tem medo que a China fique à nossa frente, e eu concordo consigo. Mas você sabe por que a China se nos adiantou? Eu normalizei relações diplomáticas com Pequim em 1979. Desde essa data, sabe quantas vezes a China entrou em guerra com alguém? Nem uma vez, enquanto nós estamos constantemente em guerra.
Os EUA são a nação mais guerreira da história do mundo, porque querem impor estados que respondam ao nosso governo e aos valores americanos em todo o Ocidente, controlar as empresas que dispõem de recursos energéticos em outros países. A China, por seu lado, está investindo seus recursos em projetos como ferrovias, infra-estruturas, comboios-balas intercontinentais e transoceânicos, tecnologia 6G, inteligência robótica, universidades, hospitais, portos, edifícios e comboios de alta velocidade em vez de usá-los em despesas militares.
Quantos quilômetros de comboios de alta velocidade temos neste país?
Desperdiçamos 300 bilhões de dólares em despesas militares para submeter países que procuravam sair da nossa hegemonia.
A China não desperdiçou um centavo com a guerra, e é por isso que nos ultrapassa em quase todas as áreas. E se tivéssemos levado 300 bilhões de dólares para instalar infra-estruturas, robôs, saúde pública nos EUA? Os EUA , teriam comboios transoceânicos de alta velocidade.
Teríamos pontes que não colapsem, sistema de saúde gratuito para os americanos, milhares de americanos não seriam infectados mais do que qualquer país do mundo pela COVID-19.
Teríamos caminhos que se mantivessem adequadamente. Nosso sistema educacional seria tão bom quanto o da Coreia do Sul ou Xangai. -SIM!”
(Jimmy Carter)
Retirado da revista Newsweek.

domingo, 6 de abril de 2025

BEIRA DE ESTRADA (193)


QUE TAL FEIRAR UM BOCADINHO NO DOMINGO?
O domingo foi dos mais concorridos. Sabe aqueles dias quando você não tem nada de tão importante para fazer e qualquer acontecimento acaba se transformando no principal do dia. Hoje foi o inverso. Tinha que optar por estar em dois lugares ao mesmo tempo, pois 8h30 o filhão, Henrique Aquino, passando o final de semana em Bauru, queria ir pra feira e chegando de Reginópolis, a caminho de Sampa e com a manhã livre, Fausto Bergocce e Darlan Zurc. Juntei os dois compromissos e assim, todos juntos na feira dominical da rua Gustavo Maciel, passando todos juntos uma manhã mais que auspiciosa.

O filhão vem vez ou outra para Bauru - mora em Araraquara - e quando por aqui, principalmente aos domingos, aquela passada pela inevitável Banca do Carioca, nosso livreiro sempre de plantão. Lá e em outros lugares, sempre compro alguns livros, como um que, além dele me expor do tema, foi motivo de ampla conversação entre os presentes, enfim, uma inusitada parceria entre a editora Cia das Letras e da bauruense e extinta EDUSC. Tudo foi motivo para muita conversa. Sim, foi isso mesmo, formamos um quarteto e perambulamos boa parte da manhã, num congraçamento conversativo, sem nenhuma solucionática à vista. Queriamos mesmo é rosetar e assim for feito, galharda e garbosamente.

Fausto está por estes dias acompanhado do amigo guarulhense/baiano Darlan Zurc, voltando de Reginópolis, onde estiveram para este conhecer a tal da cidade, foco de tanta divulgação do amigo. Como o ônibus que os levaria para Sampa sairia só 13h, teriam muito tempo de bater perna e assim, fomos todos comer o tal "churrasquinho de gato", saboreado por todos, indistintamente. Fausto se enrosca numa banca de numismática, sua mais nova forma de colecionar objetos. Todos os quatro ali presentes, um tanto acumuladores e cada qual em algo bem próprio. O negócio de Fausto agora são as cédulas de papel. Deu uma aula diante da banca, contando detalhes de várias delas ali expostas.

A Feira do Rolo foi devidamente vasculhada e devassada. Nada acintoso, porém, observação atenta. A primeira discussão do dia foi a de que, deveríamos tomar uma café do manhã com pão e manteiga ou aderir ao cheiro predominante no lugar e assim mergulhar, sem receios, neste cheiroso objeto de consumo. Optamos pelo da fumaça e assim nos integramos de fato ao que rola toda manhã no local. Subimos a feira, parando aqui e acolá, um querendo garapa, outro água de coco, suco de laranja, e o quarto uma "loira gelada". Acordo, nem pensar, mas tudo fluindo numa boa.

A parada mais longa deste domingo foi na loja de Antiguidades do Nei, um que morou por nove anos nos Estados Unidos, também acumulador e hoje, disponibilizando tudo ali nos seus balcões. Fica quase no mesmo local onde funcxionava o antigo Cine Vila Rica. "Aqui quase tudo está a venda, inclusive a loja, menos eu, salientando, vocês não teriam cacife para tanto", nos diz o dono do colorido e diversificado estabelecimento de ótimas quinquilharias, de todas espécies e matizes. Mais livros e Darlan levando alguns exemplares de um gibi de antanho, o Recruta Zero. Aproveito para lembrar de uma frase do poeta Paulo Leminski, num livro que estou terminando de ler: "Se é preciso identidade nesta vida, que seja Zero, até em homenagem ao Recruta Zero, o militar que mais fez pelo mundo, só fazendo tanta gente rir".

Fausto não leva nada, eu compro o livro que inspirou o filme Diário de Motocicleta, com as viagens do Che Guevara pela América Andina, meu filho um divinal sobre uma viagem naquele trem soviético transiberiano, quando os Romanov traziam sua fortuna em alguns vagões e espiões tentavam subtraí-lo. Fizemos uma espécie de debate sobre o tema dentro do loja do Nei e por fim, tudo numa grande viagem ficcional, porém muito imaginativa. De lá, pastéis e casais de amigos e conhecidos, como num, onde Darlan o persegue e diz, "É o Paulo Freire". Enfim, muitas trombadas inesperadas no palco dos acontecimentos, a pista central da feira.

Numa conversa longa, um fiscal da feira, quando perguntado por Fausto se tudo ali era tranquilo, este lhe diz: "Muitas ocorrências, hoje identificamos um pedófilo querendo agir por aqui e depois outro, tentando enganar umas senhoras de idade, com troca de cartões", conta. Apresenta um dado, que não sei da veracidade. A feira estava hoje bombando, cheia e ele nos diz: "Por aqui, em dias como hoje, aproximadamente 50 mil pessoas do início ao fim". Enfim, foi isso, uma conversação de quatro cavaleiros deste apocalipto momento, juntos parlando e caminhando, numa quente manhã dominical, tentando desta forma, tornar a vida mais amena e provocativa. Lá pelas 12h30 deixo os que iam pra Sampa na rodoviária, levo meu filho na casa de sua mãe e vou cuidar do meu almoço, pois alguém e um fogão me esperam.

OBS.: Muitas outras pequenas ocorrências foram se sucedendo ao longo do percurso, porém, fico nestas. O fato é que, em andanças como essas, tudo é motivo para prolongada conversação. Quando circulo desta forma por lá, volto ptra casa esgotado, porém revitalizado, recarregado. Entenderam como se dá a coisa?


COMO SABEM, SOU PETISTA, MAS UMA BOA POLÊMICA, QUANDO BEM POSICIONADA, SEMPRE VALE MUITO A PENA
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Na tarde deste sábado, um dirigente estadual do PT - Partido dos Trabalhadores passa por Bauru e o ainda dirigente da Macro Região marca reunião com militantes locais. Depois do golpe promovido nos costados do Diretório Municipal no último pleito, quando a vereadora, insistiu para que o partido não tivesse candidatura própria, com apoio do Diretório Estadual, impossível conseguir mobilização cosnistente. E lá, no momento de abertura de perguntas ao dirigente, a vereadora e ao presidente da Macro Região, um militante local, Denilson Moreira, o Cavalinho, faz um desses questionamentos pelos quais, vale e muito para os presentes na mesa, também podendo muito bem ser feita para uma todos os demais partidos que, por aqui passam, sempre em campanha, sem nada trazer de concreto para a cidade. Fiquei querendo muito ouvir como teria sido a resposta dos presentes na mesa, mas o vídeo é interrompido quando a pergunta é feita.

Aproveito para responder uma interpelação feita a mim por alguém do partido: "Nos seus escritos, muita crítica ao PT. Isso é ruim". Não sei se observaram, mas minhas críticas são para o PT que já deixou de ser PT faz tempo. Quem faz acordo com a parte contrária, merece crítica e as faço - farei sempre -, porém, por outro lado, defendo com unhas e dentes o Governo de Lula, suas realizações, disposição para continuar insistindo em tocar este paías adiante. Faço parte de um grupo de militantes bauruenses que, sairam em bloco da direção municipal. O motivo pelo qual saíamos precisa ser entendido e alguns dos questionamentos feitos pelo DEnílson são muito válidos, não só para dirigentes do PT. Luto e muito por um partido melhor. Muita gente o atravanca hoje e estes precisam ser questionados, encurralados e até desmascarados. Quando critico erros dentro do partido onde milito, o faço em busca de sua oxigenação. Errar é humano, mas pisar no tomate é outra coisa.

A CUMPLICIDADE DE SEMPRE