UMA TRILHA PARA SER LIDA - TRIBUNA DO LEITOR - JORNAL DA CIDADE, 15/06
Terminei de ler um ótimo livro (Repórteres, Edit. Senac) e uma pequena frase é o que mais marca em mais de 200 páginas: “Livros, com caras de lidos” (frase de Luiz Fernando Mercadante). Que coisa mais linda isso, você se deparar com livros com cara de lidos. Dá para notar nitidamente, diante de uma biblioteca qualquer, quando os livros foram ao menos manuseados. Dá uma incontida satisfação. Por outro lado, tem gente que ainda junta livros como meras peças decorativas e também achando isso lindo.Termino a leitura desse e sou convidado pelo amigo Irineu Azevedo Bastos para ir ao lançamento de seu mais novo livro. Fui à noite de autógrafos, comprei e o li de uma sentada, onde em 100 páginas ele traçou um perfil de duas histórias distintas, com todos os seus prováveis reencontros e proximidades. “Trilhas paralelas” é a história, vivenciada dentro de Bauru, pelo memorialista
Livro bom é assim mesmo. Você compra, abre sem grandes pretensões, folheia e ao lê-lo, não quer mais parar. E não pára, ou melhor, só o faz quando chega ao fim. Esse “Trilhas”, aqui em casa terá cara de ter sido muito lido, pois já o grifei inteiro, minha mãe já o está lendo, estando prometido para minha irmã e tia. Deve voltar bem amarfanhado, manuseado, com páginas marcadas, sujas e cheio de dobras. É assim que eu gosto, pois todos os que o olharem terão uma certeza: Terá cara de ter sido lido. Ruim é o livro que quando você larga não consegue mais pegar.
Obs.: Esse trio (Irineu, Gabriel e Walther), cujas idades somadas devem se aproximar de 500 anos (de muita sabedoria), são três pessoas imprescindíveis na vida de uma cidade. Gente imortal, da melhor espécie.

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