quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

BAURU POR AÍ (149)


O VALOR DA PLACA NA MATERNIDADE E O REAL CUSTO DA OBRA

Tomando um café hoje pela manhã na padaria diante da Maternidade Santa Isabel, inicio uma conversa com conhecido empreiteiro de obras de Bauru (um que declino o nome). Falávamos das obras tocadas aqui em Bauru e ele me faz atravessar a rua e fotografar a placa ali instalada com o valor da obra de REFORMA daquela instituição hospitalar. Comenta assim comigo: "Tá vendo aquele valor. Não é só aquele, aquele foi o inicial, depois vieram os aditivos e isso já dobrou de valor. Eu posso construir três hospitais novos com o valor final que foi repassado para essa REFORMA.". Engulo em seco e ao me deparar com o valor lá na placa, ele já me assusta para a tal reforma, imagino chegando mais outro de igual ou até maior valor como aditivo e depois, o ladrão é sempre o Governo do PT, Lula e Dilma, nunca os "santos" tucanos do PSDB, uns que a mídia paulista faz questão de encobrir e jogar a sujeira pra debaixo do tapete. Imagine o que seria uma investigação séria em cima dessas obras todas, qual o resultado disso tudo? Onde chegaríamos? Existe algum órgão fiscalizador a fim disso aqui no mais rico estado da Federação? Existiria alguém do ilibado Judiciário paulista interessado em dar cabo nessa vergonha denominada aditivos? Toda vez que passar agora diante dessa obra, irei me lembrar do papo tido no café matinal. A vergonha está diante de nossos olhos, mas não queremos enxergar.

FECHARAM A BANCA DO VALDIR NA RODOVIÁRIA...
Chego hoje de manhã de uma viagem pela aí e o primeiro lugar onde aporto no terminal rodoviário é em busca de um jornal. Para minha surpresa, ela estava não só fechada, mas vazia, sem nada dentro. Ou seja, a banca não mais existe. Lembranças inenarráveis dos tempos da professora Vera Lucia Tamião Tamião, que ali junto do marido, o Valdir, tocaram por anos a concessão do espaço livresco e jornalesco no local. Mais de décadas revendendo livros, revistas e afins. Depois da banca do seu Orlando, essa resistindo ali no centro da cidade, rua Primeiro de Agosto, essa era a segunda de maior movimento na cidade. Valdir tocava o negócio em frente após o falecimento da esposa e com ajuda do filho, que já toca a Rodobancas. Seu negócio conseguia sobreviver nesses tempos bicudos quando a leitura está em baixa por causa da forma dedicada como se entrega ao que faz. De uma vez que por lá passei ouvi dele: "Tudo o que revendo a mais por aqui junto com o comércio das revistas já me dá mais do que o negócio inicial, esse cada vez mais em baixa no mundo atual". Ele sacou isso e inovou, incrementou a banca e a tornou uma pequena loja de variedades. O gostoso era rever o Valdir e colocar as conversas em dias, algo não mais possível.

O que sei é que a banca está fechada desde ontem e a ordem de lacração veio em primeiro lugar do andar de cima, ou seja, da sala do coronel capineando os negócios da Emdurb. Vencendo a concessão, creio que não estava, pois Valdir era criterioso em tudo o que faz. Repassar para outro e estar atuando irregular, não era esse o caso, pois o via sempre ali, na frente do seu negócio. Perseguição de outros comerciantes? Pode até ser, pois hoje o mundo está mesmo um pega pra capar. Ouço lá quando pergunto sobre a banca e um taxista me diz que, um outro que já tem ponto no lugar está na boca para pegar a vaga do Fran's Café que iria fechar (são as notícias da tal Rádio Peão, essa em primeira mão).
Sobre a banca, todos me disseram que o Valdir é muito boa praça e que os motivos são ainda desconhecidos, mas muita coisa corre a boca pequena. Não me interessa muito entrar nesses detalhes, mas me interessa ver como vão se fechando as bancas todas, uma a uma, pelos mais variados motivos, mas o principal deles, talvez não tão embutido nessa: a queda do número de leitores. Enfim, quem ainda lê?

Triste mesmo foi ver o espaço vazio e imagino a dor interna do Valdir em ter que deixar aquilo no qual dava o melhor de si e de segunda a segunda, sem descanso. Chegava perto das 6h da manhã e sai lá pelas 19h, quando estava já no seu limite. Será que vem outro locadário assumir o posto? Pode até ser, mas mesmo se isso ocorrer, deveriam dar a proposta prioritária para quem ali estava há mais de uma dezena de anos. Penso em como a Vera, lá do alto deve estar se remoendo com tudo isso. Foi muito triste ver a banca fechada e assim mais um espaço de revistas e livros fechado na cidade. Restam muitas lojas por ali, mas nenhum vendendo leitura, algo prazeroso e que não enche barriga, mas enche a mente dos abnegados de letrinhas inenarráveis. Torço pela volta do Valdir ao seu lugar que lhe é de direito...

2 comentários:

Anônimo disse...

esclarecimentos para a manicure católica


VOCÊ É CRISTÃO OU SOCIALISTA?
por Paulo Antônio Briguet. Artigo publicado em 07.02.2018

"A religião é o ópio do povo. A abolição da religião como felicidade ilusória é o que falta para sua verdadeira felicidade."
(Karl Marx, 1844)
"Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista."
(Pio XI, encíclica "Quadragesimo Anno")
"A religião é o ópio do povo. Esta máxima de Marx constitui a pedra angular de toda a concepção marxista na questão religiosa. O marxismo considera sempre que todas as religiões e igrejas modernas, todas e cada uma das organizações religiosas, são órgãos da reação burguesa chamados a defender a exploração e embrutecer a classe operária."
(Vladimir Lênin, 1909)
"Os principais autores desta intriga tão abominável não se propõem outra coisa senão impelir os povos, agitados já por toda classe de ventos de perversidade, ao transtorno absoluto de toda a ordem humana das coisas, e entregá-los aos criminosos sistemas do novo socialismo e comunismo."
(Pio IX, encíclica "Noscitis et Nobiscum")
"Devemos lutar contra a religião. Isto é o abc de todo materialismo e, portanto, do marxismo."
(Vladimir Lênin, 1909)
"O erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem e do mal."
(João Paulo II, encíclica "Centesimus Annus")
"A multiplicação dos pães, na verdade, é o Fome Zero de Jesus."
(Frei Betto, 2018)
"O cristianismo não tinha trazido uma mensagem sócio-revolucionária semelhante à de Espártaco que tinha fracassado após lutas cruentas. Jesus não era Espártaco, não era um guerreiro em luta por uma libertação política, como Barrabás ou Bar-Kochba. Aquilo que Jesus — Ele mesmo morto na cruz — tinha trazido era algo de totalmente distinto: o encontro com o Senhor de todos os senhores, o encontro com o Deus vivo e, deste modo, o encontro com uma esperança que era mais forte do que os sofrimentos da escravatura e, por isso mesmo, transformava a partir de dentro a vida e o mundo."
(Bento XVI, encíclica "Spe Salvi")
"Não sou Cristo, nem filantropo, velha, sou totalmente o oposto de um Cristo. Luto pelas coisas em que acredito, com todas as armas de que disponho, e tento deixar o outro homem morto de modo que eu não seja pregado numa cruz ou em algum outro lugar."
(Che Guevara, em carta à sua mãe, 1956)
* Paulo Briguet, em Folha de Londrina

Mafuá do HPA disse...

Che é tudo de bom, hem! Quer achas?
HPA - direto do mafuá