segunda-feira, 4 de setembro de 2023

BAURU POR AÍ (219)

PRAÇA PELADA

Ouço hoje na sessão da Câmara dos Vereadores, alguns deles afirmando ser essa administração municipal uma impetuosa derrubadora de árvores e que, em alguns casos - citam um -, nem a Secretaria do Meio Ambiente tinha conhecimento de alguns cortes. Exemplifico algo em curso no Jardim Redentor, quando na praça logo na entrada, calçada nova - e já quebrada num canto -, o corte quase total das árvores, algumas desde fundação do bairro, sem nenhuma justificativa E, segundo moradores, irão plantar somente grama no lugar e algo em concreto no centro. Algo mais, na Zona Sul começam as obras nas praças e logo terminam, mas nos bairros começam e interrompem por várias vezes. A belezura da praça está no parangolé corintiano que um dos moradores fixa num canto, dando vida ao lugar. Entristece ver as toras retiradas do antes muito arborizado ambiente.

DOIS RECORDS SUELLISTAS, COM A CARA DE SUA ADMINISTRAÇÃO: A CIDADE QUE MAIS CORTA ÁRVORES E MAIS FECHA BIBLIOTECAS

Todos estes dois grandes (sic) feitos se deve à ação desta última última administraçãso municipal, a de Suéllen Rosim, que infelizmente e para azea de todos os bauruenses, ainda não terminou. Mais um ano e quatro meses de muito padecer. São incontáveis, diria mesmo, inumeráveis os fatos, alguns nada corriqueiros, onde a, dita por mim como incomPrefeita, já inscreveu seu nome. Assim mesmo, ela continua nas paradasde sucesso e com grandes chances de conseguir se reeleger. No momento, acontecem encontros, alguns secretos, outros abertos, onde o tema principal é conseguir buscar um nome para enfrentá-la no próximo pleito. Que ela é fundamentalista e bolsonarista, nenhuma dúvida, mas que seja boa administradora, muita dúvida. O que fato ela sabe fazer muito bem é expor suas aparições. Um marcketing, se não perfeito, com muita eficiência. Assim toca seu dia a dia e eu, cá do meu canto, cada vez mais incomodado com, não só procedimentos, mas a postura, o jeito de tocar a cidade, levando-a em banho maria, onde existe muito de fingimento, algo daquilo que o ex-jogador Vampeta dizia de sua passagem quando jogador de bola pelo Flamento: "Eles fingem que me pagam e eu finjo que trabalho". Ou seja, não vejo eficiente trabalho em prol desta necessitada Bauru, mas uma maquiagem, tudo para engambelar a platéia. E, pelo visto, muito é conseguido. 

Quero me ater neste momento em dois fatos. Corriqueiros para alguns, mas quando colocados junto a outros, muito sérios. Dou até o título para essa escrevinhação de "records" batidos pela atual administração suellista. 

No primeiro, isso que é inegável, Bauru é hoje uma cidade destruidora de árvores. Quem já se esqueceu do que foi feito na praça Portugal, quando uma praça inteira foi destruída e em seu lugar, concreto e grama. No mais, árvores que demorarão décadas para alcançar o mesmo patamar de sombra das surrupiadas do espaço público. Tudo pelo progresso, essa sempre a puerial e barata justificativa. A cidade parece já ter se esquecido, mas quando ser investiga algo mais no setor, a triste constatação: árvores desaparecem da noite pro dia nos locais públicos de Bauru, sem nenhum justificativa. Neste momento, ainda em curso, uma remodelação de praças públicas, espalhadas pela cidade num todo e o que mais se vê e se ouve de reclamação é exatamente isso: árvores estão desaparecendo e no lugar, grama e concreto. Não existe consulta popular, nem séria verificação de possibilidades, quando muito um mero projeto. 

Publiquei hoje sobre uma praça no Jardim Redentor, bem na entrada no bairro e o que vi lá é aterrador. Simplesmente desaparecem com a maioria das árvores e, segundo uma moradora ali defronte, ouviu algo como resposta: "Não explicaram nada. As árvores estavam aqui desde a fundação do bairro, este talvez o com mais praças na cidade. Simplesmente, retiraram e em seu lugar, uma calçada de concreto, com um círculo redondo no centro e grama. A praça tinha um aspecto feio, de abandono, mas algo poderia ter sido feito mantendo as árvores. Fizeram o contrário. No lugar, muito menos sombra e algo onde queimaremos nossos pés. Vai aumentar o calor do lugar". Remodelar praças não é simplesmente refazer as calçadas do lugar e muito menos cortar suas árvores. A fama da alcaide e da Secretaria de Meio Ambiente é a de ter alcançado índices inalcançáveis no quesito corete indiscriminado de árvores. Isso, porque estamos vivenciado tempos duros, efeito estufa nos atormentando, mas pelo visto, o que conta mesmo é obra com muito concreto e pouco verde. Vá remar contra a correnteza lá nos quintos dos infernos.

Que seria da praça sem o parangolé?

Depois, noutro ponto aqui ressaltado, essa administração é detentora de outra marca inalcançável, a de ter fechado a maior quantidade de bibliotecas ramais na cidade. Praticamente hoje, tudo é feito em prol da Biblioteca Central, a junto do Teatro Municipal e das demais, principalmente a dos bairros, as que não foram laconicamente fechadas, com acervo perdendo-se por aí, estão numa penúria de dar gosto. Quando da pandemia, o naturalseria incentivar mais e mais o hábito da leitura, possibilitando que o bauruense, com mais tempo em casa, pudesse ler mais. Nenhuma campanha neste sentido ocorreu e como, evidente, caiu o índice de comparecimento nestes locais, fecharam a maioria deles. Cito duas, mas os exemplos são de quase uma dezena: Tibiriçá e vila Tecnológica. Outro dia, conversando lá em Tibiriçá, senti no ar um desgosto pela situação do prédio lacrado, criando teia de aranha e sem os livros. Levaram tudo para um provável local, denominado como Reserva Técnica, nome pomposo, mas na verdade, a maioria já está devidamente perdida. Peçam para os responsáveis, ao menos tentar mostrar as condições deste armazenamento e se ainda estão em poder público ou já foram dissolvidos pela areia movediça, uma que engole tudo, sem deixar vestígios.

Uma cidade sem livros e sem perspectivas de leitura é triste demais da conta. O incentivo para a continuidade das bibliotecas definhou com o advento da chegada da alcaide fundamentalista. Enfim, ler é um perigo. Melhor mesmo é fazer festa nestes locais, chamar a comunidade, colocar alguma música em alto e bom som no lugar, trazer alguns poucos eventos e assim, tentar dizer que algo é feito. Mas cadê os livros, o motivo principal da existência de uma biblioteca ramal? Fecharam tudo, deram sumiço com os livros e tudo continua como dantes no quartel de Abrantes. Não existe como negar o ápice, o topo da pirâmide e do pódium, quando Suéllen é vitoriosa nos quesitos corte indiscriminado de árvores e de fechamento sem motivos de bibliotecas. Não busquem com estes explicações convincentes. Será pura perda de tempo, pois o negócio destes é fazer áudios, mostrar ações ou tentar buscá-las com o intuito de alavancar a prefeita rumo sua reeleição. Não nos esqueçamos, uma cidade sem árvores e livros é uma cidade vazia, seca, sem cabeças pensantes, sem sombra e sem ideias. Essa a Bauru sendo entregue diariamente por Suéllen. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Colocaria outro item , pode ser? Bauru a cidade do lixo. Lixo espalhado por todo lado . Uma cidade sem livros, sem árvores e tomada pelo lixo.
MARIA CRISTINA ZANIN SANT'ANNA