SARA, REINANDO NO CARNAVAL DE RUA E NO MARY DOTA






apenas ano, voltou para Portugal, sendo ali criada. Aí um hiato de minha família na África. O Portugal colonizador sempre existiu, mas existia uma demora na ocupação de fato de algumas de suas colônias. Na ditadura de Salazar, esse resolveu dinamizar ao seu modo, enviando para Moçambique uma grandiosa equipe de funcionários públicos, que deu vida nova ao lugar. A urbanização lá ocorrida é toda portuguesa e dessa época, com edificações importantes e majestosas. Lourenço Marques (nome de um colonizador), a capital, que hoje se chama Maputo se parece muito com Santos, arquitetura dos anos 60. São cidades relativamente modernas. Lá não existem cidades como Ouro Preto, pois a urbanização é recente e tudo aconteceu de fato após os anos 60. Meu pai, que sempre trabalhou na Polícia, foi designado para trabalhar numa espécie de Polícia
tucanas, as que entregaram tudo e fizeram uma festa com o dinheiro público brasileiro. Tudo está devidamente revelado no livro “A Privataria Tucana” (a punição ainda não veio). A estação foi lacrada, fizeram uma limpa de tudo o que havia de servível no seu interior e o centro da cidade de Bauru feneceu junto. A outrora pujante estação virou o epicentro de algo nebuloso a denegrir Bauru. E assim ela ficou até que foi vendida para a Prefeitura Municipal e milhares de ferroviários puderam receber o referente a uma dívida do Governo Federal de então, o FHC. Isso é história e Bauru tenta recuperar uma área vital dando uma cara nova para aquela edificação. Num outro momento, uma briga interna de órgãos da Prefeitura, num loteamento do que seria feito do interior da Estação, atraso na apresentação de plantas, projetos e até uma rejeição política de uso pela Câmara Municipal. Tudo demorou mais do que devia, onde uns jogaram contra e outros a favor.
a criação de novos empreendimentos bilionários no setor, mas torce contra o centro da cidade ter sua vida recuperada. Não move uma palha para reverter a situação junto aos órgãos estaduais, as tais autorizações para uso do prédio. Fica na torcida do contra, do quanto pior melhor. Essa sua política, esse seu jeito de enviar avisos. Está mais preocupado com os dividendos políticos de uma eleição praticamente perdida pela frente e dessa forma, atira ao bel prazer, não se importando que a cidade tenha lá seus prejuízos”, alerta Guardião, pronto para fazer a defesa da utilização da Estação pelo poder público municipal.
em escrevem. Coleciono escritos assim. Um deles, pouco conhecido entre os bauruenses é MARCOS VASCONCELLOS, arquiteto carioca já falecido, fino observador da vida cotidiana, dono de uma despojada prosa, quase seca, envolvente e sagaz. Quero repassar um pouco dela a quem aqui me lê, com a reprodução de umas poucas frases de um livrinho da Editora Nova Fronteira, o "BRAZIL - A MARCA DA ZORRA" (edição de 1984), só para tornar esse quente domingo mais palatável: "Conversavam Sebastião Nery e o então governador de Minas e dono do banco Nacional, dr Magalhães Pinto. Pergunta-lhe o Nery: Como o sr conseguiu ficar tão rico, governador?. Guardando, meu filho, guardando, foi a resposta. Nery não resistiu: De quem, governador?" / "É sabido o amor que os magistrados dedicam a palavras engalanadas, de penacho, plumas e egretes". / "Aderiu as regras comunistas por entendê-las humanitárias, até mesmo evangélicas - lato sensu, lato sensu. Era um comunista aplicado, fervoroso, consciente, convicto e convincente". / A mãe do psiquiatra Artur Moreira Lima telefonou para a farmácia: Os senhores aplicam injeção a domicílio?. Aplicava. Precavida, perguntou: Quem aplica é homem ou mulher?. Homem, minha senhora -
responderam -, mas com todo o respeito". / Mussum entando no botequim Bracarense, no Leblon, e só vendo crioulo: Vocês proibiram entrada de branco? Deixa só o Afonso Arinos saber disso!". / Roda de papo no Antonio's, alguém pergunta para o ex-ministro e publicitário Mauro Salles: Quem é seu advogado?. Varia - responde ele. - Depende do crime". / No enterro do Vinicius, aqui no Rio, estava presente uma multidão de amigos, parentes, admiradores, jornalistas e a pequena e querida multidão de ex-mulheres. Um dos amigos, o inesquecível boêmio e intelectual Roniquito, já chegou de porre. Quando passou pela capela vizinha à do poeta, viu um mortinho solitário, acompanhado po
r dois velhos senhores. Roniquito, como era de costume atacou: 'Esse teu morto não tem nenhum prestígio! Defundo de merda!'. Não fossem os separadores, ele próprio teria virado outro defunto, tal a disposição dos ofendidos. Sérgio Cabral, o verdadeiro, presente ao velório do poetinha, fez a proposta: 'Deviam abrir um bar nesta josta! Bar pra valer, de birita, de Brahma, para gente poder homenagear legal nossos defuntos'. E sugeriu o nome do bar: Saideira". Essa minha leitura dominical.
Começo desse mês ocorre no caixa de um supermercado na área central de Bauru um caso de intolerância contra um homossexual, gerando agressão verbal e física. Pelo pouco caso do supermercado em elucidar o caso, o fato gera hoje o que foi denominado de “Beijaço Gay”, uma concentração marcada para ter início às 16h na Praça Rui Barbosa e de lá caminhar até a frente
do estabelecimento comercial, onde ocorrerá o propalado beijaço, uma forma de demonstrar o desagravo e de marcar posição para que fatos idênticos, muito comuns, não mais se repitam. Isso uma coisa, outra o velado preconceito existente não só aqui, mas espalhado país afora. A convivência entre os desiguais e o respeito a todas as minorias, ainda um belo passo a ser dado.
saindo daqui, fizeram sucesso na Grande Sampa e na Europa. Dentro de uma escala de graduação dentro do setor onde atuam podem ser considerados pessoas de ponta, por terem atingido um grau de sucesso, buscado por muitos dos seus. Foram em busca do sucesso, venderam seus corpos nos mais diferentes lugares na mais antiga profissão do mundo (e ainda não entendida por parcela significativa da população) e aparecem em variados filmes, que podem ser vistos gratuitamente via internet, bastando o clicar de seus nomes nos sites de busca. Não discuto (e nem devo) os meios para chegarem onde chegaram, mas os coloco num patamar desses que foram à luta, enfrentaram batalhas mil e hoje, dentro do seu segmento merecem o respeito dos demais. A cidade não os reconhece e não os colocará nunca no
mesmo patamar de outros segmentos a atingir a fama, mas que estão lá, isso estão, pois pelo que pude presenciar, boa parte do segmento gay da cidade conhecem e reverenciam a todos. E assim sendo, os cito aqui para que mais pessoas os conheçam.
Europa, sempre juntos. Fez filmes por vários lugares, fixou-se na Suécia e outros países e não pensa em voltar. Seus filmes são facilmente encontrados na internet.
filmes foram rodados, fez fama e mesmo com a crise não pretende sair tão já. Vai e vem para Sampa rodando filmes pornôs.