terça-feira, 3 de outubro de 2023

PERGUNTAR NÃO OFENDE (202)


ANDO NA MESMA PEGADA
Admito minha exaustão ante a necessidade de decidir várias coisas ao dia, de ter opinião formada sobre tudo (já li esta frase) e de querer não saber mais porra nenhuma.
advogado Marco Antônio Souza

Resposta qualificada do jornalista Ricardo de Callis Pesce: "O cansaço advém do fato de que o óbvio está sendo posto em dúvida por gente que não sabe fazer o "O" com um copo sobre o papel. Falar para um muro de pedra cansa mesmo".

BAURU E AGUDOS, ALGO DAS TAIS LIBERAÇÕES DE ÁREAS PARA EMPRESAS PRIVADAS: COMO? POR QUE? EM QUE CONDIÇÕES?
Ontem, na sessão da Câmara, um vereador - não consigo me lembrar qual - disse algo e quero aqui contestar. Segundo ele, Bauru é atrasada e nenhum empresa aqui se instala por causa das dificuldades para aprovação dos tantos itens necessários para concluir o processo. E deixa uma pergunta no ar: Por que Agudos a coisa anda e tudo é mais fácil e aqui tudo mais complicado?

Muito simplista a pergunta do vereador e para respondê-la, se faz necessário voltar no tempo. Quem não se lembra de todo o imblóglio ocorrido quando da instalação do Residencial Alphaville na cidade, ali na rodovia na sequência do trevo da Eni. Os tais empresários e investidores, orientados pelos sabichões destas plagas acharam por bem, cientes de que lá em Agudos tudo seria muito mais fácil, foram registrar tudo num cartório de lá. Deu xabu e por fim, o residencial não vingou quando a maracutaia foi descoberta. Enfim, ele estava na área de Agudos ou de Bauru? Creio não existir mais dúvidas que em Bauru. Nosso ex-vereador, o falecido Marcelo Borges em cada reencontro tentava explicar o ocorrido e, como gosto dele, o ouvia e o entendi. Só que, neste episódio ficou mais do que explícito como se dão as coisas aqui em Bauru e na vizinha Agudos.

Algo que ainda perdura por aqui e deveria ser motivo de orgulho são as tais regras mínimas e mais do que necessárias para cessão de terrenos públicos para a iniciativa privada. Se em Agudos a coisa é mais flexível, creio eu, algo ocorre por lá contrariando essas regras básicas, diria até, elementares. A aprovação aqui é lenta e pelo que sei, este um dos últimos resquícios de algo sério dentro da estrutura regimental da Prefeitura. Flexibilizar isso é o mesmo que querem fazer com o cerrado, ou seja, liberar tudo para a especulação imobiliária fazer o que quer quer, como bem entende, sem leis que o impeçam.

Essa história de que em Agudos eles além de liberar dão o terreno, com infra estrutura e até barracão já pronto precisa ser melhor esmiuçada. Pelo que sei, em Bauru não é possível o VALE TUDO e não posso dizer que em Agudos isso ocorra, mas que por lá tem algo diferente e necessitando ser melhor explicado, pois pelo que sei a legislação é igual para todos. Enfim, quem poderia me explicar em detalhes as tais diferenças de procedimentos? Queria muito entender, até para que não se repitam histórias tristes como o do Alphaville.

BAURU NÃO APRENDE
O forasteiro miliciano carioca com cara de areia mijada quer privatizar tudo e assim oferecer um serviço caro e ruim pra população. Daqui a pouco a Bruxuellen que já tentou terceirizar para as igrejas o comando das UPAs e posto de saúde também vai querer privatizar o DAE, afinal o mentor dela destruiu o país e ela está destruindo Bauru. Andréa Sevilha

LIÇÕES DA ELEIÇÃO CONSELHO TUTELAR
A maior lição não é nenhuma novidade. Novamente ocorre mais uma eleição, quando serão renovados seus conselheiros. Já faz um tempo que o segmento mais conservador, principalmente o proveniente dos evangélicos neopentecostais se organizam e votam em bloco, conseguindo maioria e desta forma, a maioria dos conselheiros é constituída deste segmento político/religioso.

A continuidade e repetição do que já vinha acontecendo em eleições anteriores demonstra organização destes e desorganização de quem deveria ao menos tentar algo ao contrário. É certo o que fazem? O segmento brasileiro mais conservador hoje encontrou essa alternativa para ir colocando os seus nestes postoschaves e tudo tem surtido efeito positivo. Pouca coisa tem sido feito para se contrapor a isto, daí, a repetição de vitórias e conquistas.

Neste ano, na Grande São Paulo, algo inusitado e para endoidecer gente sã. Em todos os bairros populares, onde justamente deveria existir algo a demonstrar a sensibilidade de ter ali pessoas envolvidas com os avanços sociais, ocorre justamente o contrário e são eleitos os representantes do conservadorismo mais pernóstico. E nos bairros mais abastados, estes se mostrando com olhos voltados para as necessárias transformações, são eleitos representantes com disposição e real entedimento do que se faz necessário ser feito como conselheiro. Ou seja, o pobre vota na direita e o rico vota na esquerda. É mais ou menos isso o que ocorre e deixa tudo e todos com a pulga atrás da orelha.

De tudo, algo que já deveria ter sido aprendido: sem organização essa e todas as eleições estarão mais do que perdidas. Se essa requer um trabalho de bastidor, que ele ocorra, pois do contrário, será sempre, derrota em cima de derrota. Não adiante vir agora, depois de tudo perdido, vir novamente com aquela ladainha de que, quem foi eleito não sabe direito nem o que venha a ser Conselho Tutelar. Na verdade, sabem sim e muito bem. A disputa em questão representa algo dum todo, de uma disputa ocorrendo por todos os lugares. Chorar o leite derramado é algo que, não dá mais para fazer. Fosse a primeira vez, tudo bem, mas não existe novidade nos resultados. Este alerta mesmo é de pouca valia, pois só o faço depois do pleito consumado. Na verdade, esperar que tudo ocorra sem organização e luta, é perder todas.

SE NADA FOR FEITO ÁGUA VAI DISPARAR PARA O BAURUENSE

Um comentário:

Marcos disse...

Que piada... ao invés de chamarem "Greve Já" que é a real ferramenta de luta da classe trabalhadora e que depende apenas de suas direções para organizá-la, chamam por "plebiscito já" cujo expediente não depende da classe para chamar, e sim do covil que é o legislativo.

Se a concessão não for votada na sessão da próxima segunda-feira, automaticamente entrará na pauta da sessão seguinte devido a aprovação do "regime de urgência" que faz com que o projeto seja votado em 20 dias.

A grande conta dessa privatização pode colocar nas costas do imobilismo (ou conivência) por parte do sindicato e partidos que em nenhum momento cumpriram com o seu papel de organização da classe e chamar para greve e mobilização geral contra a concessão.

Que saudade de um passado em que bastou um prefeito anunciar aumento da tarifa de ônibus para no dia seguinte a avenida Rodrigues Alves amanhecer em chamas e consequentemente levar à queda do prefeito... saudade desse e de tantos outros passados em que políticos temiam as ruas.