domingo, 7 de fevereiro de 2010

CENA BAURUENSE (51)

PROJETO NOSSAS PRAÇAS - EXPERIMENTAL DOMINGO NA PRAÇA
Tem início hoje, das 9 às 11h, na praça Luiz Zuiani, no bairro Higienópolis, um projeto experimental ao estilo Domingo na Praça, algo estudado com muito esmero ao longo de todo ano passado pelo pessoal do Jornal da Cidade, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Bauru, culminando com a abertura do tão decantado "Projeto Nossas Praças". Escrevo sobre ele, pois de uma certa forma tenho um envolvimento com tudo isso. Em fevereiro do ano passado, eu e o ex-secretário de Cultura José Augusto Ribeiro Vinagre apresentamos o esboço inicial desse projeto ao Grupo JC, logo após tomarmos conhecimento de que o jornal havia adotado essa praça, muito próximo do prédio do grupo empresarial. Naquele esboço já estava caracterizado a cara de tudo o que está sendo oficialmente apresentado hoje à população. Na recuperação da praça seria feita uma parceria com a Prefeitura e através de sua Secretaria de Meio Ambiente, ocorreria uma remodelação em todo o visual ambiental, aliado ao trabalho da Secretaria Municipal de Cultura, na retaguarda para a ocorrência do evento cultural, envolvendo shows e afins. O JC publicou durante o mês de março passado e nos seguintes, vários anúncios contatando colecionadores, artesãos e admiradores de antiguidades, numa tentativa de dar um toque diferente ao evento. Numa atitude ainda embrionária o nome inicial receberia a denominação de "Praça do Choro", pois lá estariam um grupo de chorinho, tocando boa música debaixo das árvores, aliado a todo o envolvimento de muito choro nas relações de troca e compra, a ocorrer nas barracas espalhadas pela praça. Em locais estratégicos estariam os tradicionais carrinhos de pipoqueiros, algodão doce, amendoim e outros. O plano foi crescendo e muitos contatos foram feitos. Depois, com o passar dos meses, outros projetos com a chancela do jornal ocorreram antes, mas eis que é chegado o momento desse também ter início. Não escrevo para reivindicar autoria de nada ou coisa parecida, longe disso, o faço, feliz da vida, por tudo ter dado tão certo. Cá do meu canto, assim como o Vinagre, estaremos torcendo para que tudo vingue, pois dentro daquilo tudo que foi inicialmente proposto, muita coisa já estará acontecendo e uma delas é a apresentação de chorinho com o Grupo Noz Moscada. Passei pela praça ontem e vi os últimos retoques, com grama sendo ainda colocada e uma equipe remodelando o local. O palco seria instalado bem no centro da praça, com uma bela área verde a circundá-la, trazendo para tudo o que estará acontecendo um altíssimo astral. Gosto muito de iniciativas iguais a essa, onde com o envolvimento da mídia e do poder público, o resultado se faz mais imediato. Idéias são para terem solução de continuidade e quando isso ocorre, o contentamento é também de quem ajudou a idealizar, a formatar tudo desde o princípio. Resgatar isso é fundamental. Por compromissos outros, infelizmente não estarei observando in loco o pontapé inicial, mas serei habituê nos seguintes. Por fim, algo sobre o nome da praça, dr Luiz Zuiani, um médico, ex-prefeito e dentro do saudoso estilo bonachão e boa praça (sic). Existe uma história, com um busto (ou seria herma?) seu que foi sacado da praça pelo seu filho, o Marcão, já falecido, que acreditando pudesse ser roubado, levou-o para casa. Seu paradeiro só foi descoberto com o falecimento do Marcão, sendo o mesmo repatriado de um armário de sua casa, pelo então secretário e hoje prefeito Rodrigo Agostinho. Quando cheguei ao meu local de trabalho, onde exercia a função de Diretor de Patrimônio Cultural, o pessoal, muito brincalhão, já o haviam trajado com um paletó, deixando-o em minha sala, ocupando meu lugar. O busto continua guardado na Cultura, já recuperado pelo servidor e artista plástico Silvio Selva e a praça de cara nova já merece recebê-lo volta, com as remodelações ocorridas. Dr Zuiani, de infindáveis histórias, tem numa delas, talvez a mais folclórica, o local inusitado de sua morte, literalmente nos braços de algo envolvendo lazer e contentamento pessoal. Por isso, além do evento de hoje, tenho comigo que o sucesso do projeto já é mais do que certo.

8 comentários:

Anônimo disse...

Caro:
Sacanagem. O projeto é seu e do Vinagre e nem uma linha foi publicada sobre a paternidade da coisa.
Só em Bauru mesmo!

Mafuá do HPA disse...

meu caro anônimo:

a dita democracia, que não é tão democrática assim ,permite isso, a livre manifestação, principalmente a feita de forma anônima, com o ônus somente para quem permite sua publicação. Bonito isso, não?

Pois bem, poderia deletar isso, mas não o faço. Deixei claro no texto que não existe nenhum aforma de ressentimento por causa desse motivo exposto por ti como se principal fosse. Passamos ao largo sobre isso, com muita galhardia.

Esse negócio de paternidade nesse tipo de negócio é muito subjetivo e de pouca valia. Me atento mais a grandiosidade de ver o projeto implantado e o que gostaria de ver comentado aqui é sobre seus erros e acertos, para futuras correções. E mais que isso, tratando-se de um projeto que não é nenhuma novidade, pois existem aos borbotões mundo afora. Faltava aqui e agora existe um. Aperfeiçoá-lo para que vingue de fato é mais importante.

com os abracitos do Henrique - direto do mafuá

sivaldo disse...

caro Henrique, venho solicitar o credito do paletó e do cracha que veste o busto ou herma do Zuiani. KKK.
abraço
Sivaldo

Mafuá do HPA disse...

caro Sivaldo

Isso mesmo, naquele final de manhã quando adentrei minha sala, o Zuiani estava com o paletó que o Sivaldo um dia havia esquecido na guarda de sua cadeira.

O paletó era o do Sivaldo e a brincadeira tinha a assinatura de um monte de gente lotada por lá, queridos amigos que brincavam e trabalhavam bastante. Fizemos muitas coisas boas pela Cultura bauruense.

Está restituido o devido crédito. Reviver isso tudo, com muita galhardia me é muito grato. Foi um período muito fértil.

Saudades da convivência dária com o Sivaldo, um amigão do peito.

Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

Caro:
POstar com meu nome é perseguição na certa. O ditador cultural não perdoa quem ainda mantem amizade com vc.Concordo que existem milhares de projetos iguais a este, entretanto, ví e ouví o pustula se vangloriando da sua implantação. O cara é muito baixo, dias atras estava se vangloriando de não ter dado a mão para vc.
È minha última postagem por aqui.
abracitos para vc, diretamente da calunga onde está nossa cultura.

Mafuá do HPA disse...

Duas coisas

Primeiro para esse último anônimo relatando a situação calamitosa interior na SMC: Por que é sua última postagem por aqui? Volte sempre. O espaço existe para isso mesmo, denúncias são sempre bem vindas, servindo para manter em alerta quem se acha dono da verdade absoluta e única. Mostrar que o rei continua nu é mais do que necessário, urgentíssimo, diria.

Quanto ao reconhecimento, do atual sectário (sic), desculpe, secretário, nada poderia vir mesmo dele, pois não devia se recordar disso que relatei aqui, nem da existência do busto do Dr Zuiani no seu espaço de trabalho.

Hoje ao abrir o Caderno Segunda-Feira do JC, na coluna Sacadas, o Renato Zaiden na nota "Apoio", registra isso:

"Aliás, justiça seja feita, a idéia do Projeto Nossas Praças nasceu ainda em 2008, estimulada também pelos então secretário e diretor da Secretaria Municipal de Cultura, José Augusto Vinagre e Henrique Perazzi de Aquino, além de ir ao encontro de uma sugestão da então vereadora Majô Jandreice para que o JC adotasse a praça Luiz Zuiani, no bairro onde fica nossa sede".

Comemoro com eles todos o sucesso que deve ter sido (vi pelas fotos no jornal e já prometo, lá estarei nos próximos, ontem não havia como) o evento. Parabéns, principalmente a quem fez o projeto caminhar, desembocando no dia de ontem, o pessoal do JC.

Com os abracitos do Henrique - direto do seu mafuá, mais quente que nunca

Unknown disse...

Caro Henrique, dei boas risadas ao lembrar do dia em que colocamos o busto na cadeira. Foi gostoso também o trabalho de restauração feito nesta peça, assim como com o Rodrigues de Abreu. Agora, é claro que o ideal é que tanto o Doutor Luiz quanto o nosso Poeta Maior, voltem aos seus lugares de origem (praças) e mais que isso: sejam cuidados pela Prefeitura, mas principalmente pela população que deve ser um pouco mais cuidadosa com sua história. Obrigado pela lembrança, bejão procê.

Anônimo disse...

Será que o atual secretário sabe da existência desse busto que leva o nome da praça?

Cuidado que ele amanhã vai estar divulgando, como o fez com o evento lá na praça, como mais uma obra de sua magnanima gestão à frente dos destinos culturais do município.

Eu dou muito risada disso tudo, pois sei que os anos passam rápido e ele será logo logo esquecido e deletado de nossas vidas. Já que ele não tem simancol, aguardemos...

Daniel