EIS A CULPADA DE TUDO, SALETINHA
Se for escrevinhar e tentar me lembrar de todos que maravilhosamente abrilhantaram a tarde de ontem lá pelos lados do parque Vitória Régia, na resistência bauruense contra os desmandos da PEC da Bandidagem, com certeza, iria citar alguns e me esquecer de outros tantos, todos valorosos e de vital importância para o sucesso total do evento. Hoje, segunda, foi um dia difícil, sem luz em boa parte da cidade, portanto, sem internet, daí consigo sentar só no começo da noite e de tudo o que vi ontem nas ruas, algo mais do que emocionante foi rever a professora SALETINHA - no diminutivo com todo respeito e consideração.
Ela foi paparicada por muitos, todos mais do que contentes por vê-la novamente nas ruas. Quem a trouxe, o também professor Adalberto Retto Jr, me disse: "Ela fez questão de vir. Pediu que a trouxessemos". E assim foi feito. Pessoalmente tenho inúmeras recordações dela, nos meus áureos tempos de USC - Universidade do Sagrado Coração -, quando ali, por sorte, cursando História, cai numa turma das mais louváveis e dois professores em especial marcaram, não só a minha vida, como a de todos os demais, Lidia Possas e Salete da Silva Alberti.
Essas duas quando separadas já revolucionavam a cabeça de muitos, mas quando juntas lá naquele inesquecível momento usquiano - que nunca mais se repetirá, pois já encontram-se num outro momento, muito mais conservador - foram para produzir abalos para o resto da vida na cabeça de seus diletos alunos. Tive o prazer de ser um deles, daí, credencio a ela - tão somente a ela e outros poucos -, isso de ter conseguido me encontrar na vida e do que ali me foi introduzido mentalmente, nunca mais querer mais me dissociar.
Seu apelido, ou melhor, a alcunha chamada por todos é DIALÉTICA. Simples assim. Nos introduziu a teoria e nos empurrou para a prática. A maioria dos ali naquele curso já estavam, mais ou menos , encaminhados para uma vida de resistência e luta, porém, faltava o algo mais e daí, com a "Dialética" fermentando tudo, estamos cá, até hoje e para todo o sempre, conscientes e resistindo, lutando de forma bravia, sem desvios, lutando sempre por dias melhores, não só para mim, mas para o todo. Ela reencontrou muitos daqueles ali na rua na dominical tarde de um domingo, transformado em data de resistência e de luta, pois o que visto e presenciado é somente um cadinho do que poderá vir pela frente, se formos devidamente insuflados para não mais abandonar a cancha de luta, ou seja, as ruas. Na dialética aprendida, a sapiência de demonstrar que, sem luta, sem confronto, sem estar disposto a resistir e sem união de propósitos, sem pressão nada será alcançado.
Sim, eu estou nas ruas hoje e sempre, muito por causa de gente como Saletinha. Ela sabe disso e veio ontem conferir, fazer o que fez uma vida inteira, abrindo mentes. deve ter voltado satisfeita para casa, feli da vida, por saber e ver que, a maioria dos que pssaram pelas suas aulas ali estavam. Ela estava presente para nos reanimar e incentivar a não desistir nunca.
PRADO, VELHA RAPOSA QUE JÁ VIU DE TUDO NA POLÍTICA PAULISTA QUERIA ME CONHECER E ASSIM ESTABELECEMOS CONTATO IMEDIADO DE PRIMEIRO GRAU
Antonio Lazaro de Almeida Prado Jr, o PRADO é militantes destes de uma vida inteira. Éramos amigos internéticos, um observando as postagens do outro e assim se identificando, a ponto de sermos amigos pelo modal virtual. Viemos a nos conhecer pessoalmente, frente a frente, na última sexta, 19/09, quando lá no Bar do Genaro, passou pela cidade o deputado estadual, ex-prefeito de Osasco, Emidio. Dias antes, Prado havia passado lá no Genaro e deixou um recado com o dono do estabelecimento: “Quero conhecer o Henrique”. O recado foi dado e quando Emidio passou por aqui e depois de cumprir extensa agenda, seu último lugar antes de bater em retirada, foi papear com a galera do bar. Foi quando nos encontamos.
Prado nunca foi petista, mas faz questão de apregoar por onde ande, sempre estar atrelado a posicionamentos de esquerda. Seu campo de atuação foi no antigo MDB, tempos do dr Ulisses e todo o universo quando fizeram e aconteceram pelo país. No encontro, diz me ler e cita alguns de meus textos. Puxo conversa e começamos falando de nada menos que o ex-prefeito de Itapuí, o grandão Simão, com uma trajetória recheada de boas histórias, motivo para prolongada conversa. Quem dali se aproxima e adentra o papo é a Camys Fernandes, que coincidentemente é de “Bica da Pedra”, a Itapuí. Prado é também nascido ali, mas com um sobrenome dos mais comprido, poderia ser também de Jaú e adjacências.
Ele foi muito amigo do Pedroso Jr. Falamos muito dele e depois das andanças, não do Chinelo, mas as suas. Prado mora hoje em Sampa, com casa em Assis e por onde passe acaba encontrando um porto para ir se abrigando, como agora, pernoitando nos aposentos do Baracat Junior. Ele, pelo visto, continua fazendo política por onde passe. Assim como Pedroso, este o assunto que o move e girando nas muitas rodas, pelos mais diferentes lugares. E o danado é muito bom de conversa e de memória. Quando dizíamos de Assis, da famosa faculdade de Letras, um dos diferenciais da cidade, onde já passaram Sérgio Buarque de Hollanda e Antonio Cândido, digo a ele que, na última passagem por Bauru, a cantante Cida Moreira conta maravilhas dos seus tempos de faculdade por lá. Foi o suficiente para ele contar detalhes dessa passagem de Cida e de um show sendo engendrado. Ou seja, puxando qualquer assunto, ele desenvolve e a coisa flui de tal maneira, sem ser possível imaginar seu término.
Fomos assim, até quando durou a permanência do deputado Emidio por ali, depois Prado, pega um uber e vai descansar, pois pelo que conta, o dia seguinte é de retorno pra Sampa, após uma semana de andanças e conversas pelo interior paulista. Falamos também de Mino Carta, Fernando Moraes, Marcelo Borges, Ladeira, David Capristano, Reginaldo Tech e de tantos outros. Quem acompanhou parte da contenda foi o jornalista Aurélio Alonso, que circulando por outras mesas, quando via que a coisa fervia na nossa, vinha dar seu pitaco. Prado é desses dinossauros, um que já viu de tudo, conhece a maioria dos personagens não de ouvir falar, mas de convivência, daí, impossível não querer sentar e ficar varando a noite em papos pra lá de elucidativos.
Diz querer voltar em breve, ofereço os aposentos do Mafuá e assim, a possibilidade de ir revirando a memória de quem já vivenciou de tudo, se recusa a aposentar e entregar os pontos. Pelo visto, vai estar na lida e estrada até quando puder e também, continuar encontrando com quem prosear. Encontrou em mim um porto um tanto seguro. Em cada porto, pelo que percebi, segue conversando, algo que faz com enorme desenvoltura. Parar para prosear e ouvir histórias de antanho é algo dos mais prazerosos.
Antonio Lazaro de Almeida Prado Jr, o PRADO é militantes destes de uma vida inteira. Éramos amigos internéticos, um observando as postagens do outro e assim se identificando, a ponto de sermos amigos pelo modal virtual. Viemos a nos conhecer pessoalmente, frente a frente, na última sexta, 19/09, quando lá no Bar do Genaro, passou pela cidade o deputado estadual, ex-prefeito de Osasco, Emidio. Dias antes, Prado havia passado lá no Genaro e deixou um recado com o dono do estabelecimento: “Quero conhecer o Henrique”. O recado foi dado e quando Emidio passou por aqui e depois de cumprir extensa agenda, seu último lugar antes de bater em retirada, foi papear com a galera do bar. Foi quando nos encontamos.
Prado nunca foi petista, mas faz questão de apregoar por onde ande, sempre estar atrelado a posicionamentos de esquerda. Seu campo de atuação foi no antigo MDB, tempos do dr Ulisses e todo o universo quando fizeram e aconteceram pelo país. No encontro, diz me ler e cita alguns de meus textos. Puxo conversa e começamos falando de nada menos que o ex-prefeito de Itapuí, o grandão Simão, com uma trajetória recheada de boas histórias, motivo para prolongada conversa. Quem dali se aproxima e adentra o papo é a Camys Fernandes, que coincidentemente é de “Bica da Pedra”, a Itapuí. Prado é também nascido ali, mas com um sobrenome dos mais comprido, poderia ser também de Jaú e adjacências.
Ele foi muito amigo do Pedroso Jr. Falamos muito dele e depois das andanças, não do Chinelo, mas as suas. Prado mora hoje em Sampa, com casa em Assis e por onde passe acaba encontrando um porto para ir se abrigando, como agora, pernoitando nos aposentos do Baracat Junior. Ele, pelo visto, continua fazendo política por onde passe. Assim como Pedroso, este o assunto que o move e girando nas muitas rodas, pelos mais diferentes lugares. E o danado é muito bom de conversa e de memória. Quando dizíamos de Assis, da famosa faculdade de Letras, um dos diferenciais da cidade, onde já passaram Sérgio Buarque de Hollanda e Antonio Cândido, digo a ele que, na última passagem por Bauru, a cantante Cida Moreira conta maravilhas dos seus tempos de faculdade por lá. Foi o suficiente para ele contar detalhes dessa passagem de Cida e de um show sendo engendrado. Ou seja, puxando qualquer assunto, ele desenvolve e a coisa flui de tal maneira, sem ser possível imaginar seu término.
Fomos assim, até quando durou a permanência do deputado Emidio por ali, depois Prado, pega um uber e vai descansar, pois pelo que conta, o dia seguinte é de retorno pra Sampa, após uma semana de andanças e conversas pelo interior paulista. Falamos também de Mino Carta, Fernando Moraes, Marcelo Borges, Ladeira, David Capristano, Reginaldo Tech e de tantos outros. Quem acompanhou parte da contenda foi o jornalista Aurélio Alonso, que circulando por outras mesas, quando via que a coisa fervia na nossa, vinha dar seu pitaco. Prado é desses dinossauros, um que já viu de tudo, conhece a maioria dos personagens não de ouvir falar, mas de convivência, daí, impossível não querer sentar e ficar varando a noite em papos pra lá de elucidativos.
Diz querer voltar em breve, ofereço os aposentos do Mafuá e assim, a possibilidade de ir revirando a memória de quem já vivenciou de tudo, se recusa a aposentar e entregar os pontos. Pelo visto, vai estar na lida e estrada até quando puder e também, continuar encontrando com quem prosear. Encontrou em mim um porto um tanto seguro. Em cada porto, pelo que percebi, segue conversando, algo que faz com enorme desenvoltura. Parar para prosear e ouvir histórias de antanho é algo dos mais prazerosos.
Eu tenho um vizinho pelo qual gosto demais da conta de prosear. Moro num lugar onde não primo por confabular e trocar ideias, considerações e relações amistosas de amizade. Na maioria das vezes existe um cumprimento cordial, sem maiores aproximações. Com unsx poucos, algo mais cordial e fraterno. Dentre estes, PLINIO SCRIPTORES, 92 anos, vez ou outra, além de conversar, passo dos limites e me ponho a escrevinhações, algumas publicadas neste espaço.
Seu Plinio, como o chamo regularmente foi uma peça importante na engrenagem da direção da NOB – Noroeste do Brasil – aqui em Bauru. Atuou boa parte de sua vida ali nos escritórios nos andares superiores da famosa estação, a localizada na praça Machado de Mello. Ele, atuou em postos chave por lá, principalmente como o secretário de muitos dos superintendentes, aqueles senhores que, naquela época eram mais importantes que o prefeito bauruense. Todos os importantões que circularam pela cidade, passavam pelo gabinete do superintendente e, consequentemente, circularam pela sala de espera e atendidos pelo meu vizinho. Suas histórias, depois de tanto tempo, são fundamentais para reconstrução do que foi de fato aquele período histórico. Ele foi mais que isso, pois boêmio, era o condutor de todos os figurões, após o expediente para um lugar, o que todos queriam ir quando em Bauru, a Casa da Eni. Amigo pessoal da dama do cabaré local, em cada reencontro despontam histórias que até deus dúvida. Em muitas, ele me conta o fato, omitindo o nome do seu proponente.
Dias atrás, recebo um contato pelo Messenger, depois conversamos pelo whatts com alguém de Campinas, interessado em conversar pessoalmente com seu Plinio. Tratava-se de GENARO CAMPOY SCRIPTORE, nascido aqui em Bauru, mas mudando-se muito cedo e perdendo o contato com alguns da família. Este senhor é memorialista, já tendo escrito um livro sobre a história de Campinas e sabe muito das origens de Bauru. Ele me procura, diz estar recriando a arvore genealógica de sua família e quando foi consultar algo sobre o Plinio, deu de cara com alguns escritos meus. Nos falamos e passo o contato. Não deu nem uma semana já estava aqui. O reencontro se deu na sexta, 19/09, quando passaram a tarde toda conversando e revivendo parte da história da família. Dele me interessei muito quando me dizia da formação da vila Falcão e de sua origem, sabendo muito da família do senhor que dá nome ao bairro. Fiquei interessado por cruzar as informações coletadas por ele, suas fontes e as que circulam em Bauru sobre nossas origens e primeiros bairros.
Na correria da última sexta, consigo estar com eles no finalzinho da tarde e adentro a conversa. Muito bom propiciar esse reencontro e ver nascendo ali algo mais que produtivo para a finalização de sua pesquisa. Mais que tudo, fico de me aprofundar no algo mais de sua pesquisa sobre os primórdios bauruenses. Enfim, como tudo nessa vida, uma coisa puxa a outra e assim, de uma pesquisa, desponta algo de outra, que até se juntam ali na frente, mas ajudam muito a elucidar algo ainda não muito bem resolvido de nossa história. Pois bem, vejo no Genaro, alguém com um algo mais, para apimentar as pesquisas todas que já vem sendo realizadas. E pra conhece-lo bastou atender o telefone e tudo caiu no meu colo. Falar de seu Plinio, para mim é algo me enchendo de prazer. Em cada conversa descubro algo novo, principalmente das entranhas das histórias da NOB e as envolvendo a Casa da Eny.