terça-feira, 20 de março de 2018

BAURU POR AÍ (150)


POR QUE QUEREM MESMO COLOCAR ABAIXO O ANTIGO PRÉDIO DO INSS?
Tem coisas que não me saem da cabeça. Quando jovem, toda vez que precisava ir ao médico, fui inúmeras vezes no prédio ali na rua Presidente Kennedy, entre a Virgílio Malta e o Viaduto JK, o dos atendimentos do INSS. Lembro bem das escadas na entrada, um saguão e depois as indicações das várias salas. Permanecia sentado em compridos bancos, encostado nas imensas janelas até o momento de adentrar os consultórios. Salas de todos os tamanhos e um amplo salão no centro de tudo, tanto na parte inferior como no andar superior. Passo hoje por lá e um baita desalento, pois tudo abandonado e com mato tomando conta. Como foi possível chegar na situação de abandono atual?

São tantos os motivos. Desde que o INSS deixou de atender naquele prédio foi lacrado e chega hoje na situação de abandono total, quando buscam como solução para o que se transformou, a de ser colocado abaixo, demolido. E o que viria no seu lugar? Nada. Virá um terreno vazio e ali crescerá mato. Mas a edificação está inservível? Creio que não e mesmo que, após todos esses anos de desleixo e abandono precise de ampla reforma, algo poderia ser pensado para ali ser instalado. A Prefeitura Municipal, pelo que vejo, não se interessa em solicitar junto à administração do INSS e do Governo Federal para tê-lo em definitivo. E o que poderia ali ser feito? São tantas coisas. Uma nova escola municipal e abrangendo filhos de comerciários e os moradores do centro da cidade. Uma nova unidade de Saúde. A transferência de inúmeras secretarias espalhadas pela cidade e todas pagando caros aluguéis. E que tal um grande local de hospedagem de estudantes? Isso poderia ser uma parceria da iniciativa privada com o poder público. São ideias e a última delas, a mais detestável e lamentável, seria a demolição.

Não vejo nenhuma movimentação no sentido de preservar o local. Leio sobre alguma movimentação em movimentar o centro da cidade com novas moradias, ocupação de espaços vazios e os hoje degradados, ocupação por estudantes, mas até o presente momento, nenhuma ideia de aproveitamento deste imponente e pomposo prédio. Não creio eu que, a intenção seja a de construir algo novo no local diante de um já pronto, necessitando somente de uma ampla reforma. As indagações são muitas e do que li na matéria do Jornal da Cidade, quando levantou a questão, esperei alguns dias para sentir qual seria a reação. Hoje constato, foi nenhuma. Não ocorreu interesse pelo prédio e, infelizmente, a destinação deverá ser mesmo a demolição. Mas algo ainda podeeria ser feito? Claro, sempre existe algo a ser feito.

Passo por lá hoje com a intenção de tirar fotos. Queria muito poder entrar e ver de perto, entrar no quintal, olhar por dentro das janelas. Ele é muito maior do que imaginava e não está de todo deteriorado. A estrutura básica não está comprometida. Por ter sido moradia de moradores de rua, está uito sujo, com entulho no seu interior, não inutilizado. O fato mais angustiante é a total falta de projetos inovadores para o reaproveitamento de imóveis nessas condições, como algo ocorrido quando da instalação do Poupatempo lá na rua Inconfidência. Não sou nem um pouco favorável na derrubada deste, pois qualquer leigo nota o quanto a cidade está carente de instalações para incontáveis finalidades. O interesse tem que partir da Prefeitura, só dela e daí algo de concreto ocorrer. Tenho certeza que com uma boa negociação o INSS cede facilmente , mas nem o início de uma negociação vejo ter ocoirrido.

A Estação da NOB foi adquirida com um propósito e até hoje nem 20% de suas instalações estão ocupadas. Se é para lutar para se conseguir a transferência de propriedade para a Prefeitura e tudo continuar como dantes, seria mesmo só mais um elefante branco nas mãos do poder público. O que faltam são projetos e gente interessada em investir nisso, produzir algo com proveito para a cidade, gente trabalhando neste sentido. Esse é só mais um prédio abandonado e em condições de ser reaproveitado, readaptado e reaberto com outra finalidade. Aquele barracão fechado na frente da Feira do Rolo é outra chaga exposta. Ali seria mais que interessante um Mercadão integrando a feira com todas as possibilidades da região. Por enquanto quero me fixar nesse prédio. Seria lamentável a sua demolição. Ele pode resistir com utilidade por muito mais tempo, basta quem de direito se interessar e propor algo de útil, prático e necessário. Antigamente ouvia dfizer da existência de um grupo, uns tais de "forças vivas", que não deixavam de defender e fazer coisas por Bauru? Que fim levaram, se é que algo foi feito por iniciativa deles?

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