sexta-feira, 18 de novembro de 2022

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (155)


CARTA ABERTA PARA EX-DEPUTADO CARLOS BRAGA
Digníssimo representante dos proprietários do espólio da Rádio Auri-Verde de Bauru
Prezado Senhor

Venho por meio desta, de forma aberta, exposta ao público leitor e interessados, lhe enviar uma carta informando sobre o destino atual do que um dia foi a grande rádio Auri-Verde de Bauru, que durante décadas se manteve com elevados índices de aprovação e audiência do ouvinte bauruense e paulista. Uma rádio mais do que histórica, com muita História (com H maiúsculo) para contar e hoje, entregue de forma não muito clara para ser comandada de cabo a rabo por um grupo retransmitindo 24h por dia a programação da rádio Jovem Pan, que no jargão popular, é conhecida popularmente como Velha Klan. É muita decadência pra quem já teve muita história. Dos píncaros da glória para o bastião do pior negacionismo do País.

Hoje a retransmissora local se utiliza de programação com o nome JP e a Auri-Verde está no limbo, mas continua sendo a detentora do sinal retransmissor, este intransferível, pois concessão pública de rádio é feita e quando não mais utilizada, devolvida para seu proprietário, no caso o Governo Federal. A razão social, enquanto funcionar será sempre Auri-Verde, daí diante dos últimos acontecimentos, se faz necessário fazer a comunicação do que ocorre nas hostes de quem dela faz atualmente uso. Um uso depreciando o nome histórico.

Evidente que, já deve ser do seu conhecimento o que por lá ocorre. Se transformaram nos últimos tempos no reduto da bestialidade jornalística, no que de pior existe, ultrapassando todos os limites toleráveis. A credibilidade é zero, reconhecida pelos demais órgãos jornalísticos e o que se ouve pelos microfones da Auri-Verde/Jovem Pan é merecedora de punição, como já ocorreu em algumas oportunidades. A própria JP nacional, comandada pelo sr Tutinha (Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho), hoje atua mais moderada e tentando seguir recomendáveis padrões jornalísticos, mas aqui em Bauru tudo é extrapolado. O trio com o microfone nas mãos, Alexandre Pittoli, Olavo Pelegrina e Cláudio Coffani , além do vereador Eduardo Borgo, agridem o ouvinte com a incitação, tentando neste momento, imprópria reação popular, ou seja, atiçam golpe institucional e seguem a linha da vanguarda golpista brasileira, algo que, a Auri-Verde não merece. Tutinha já deixou claro que, não se responsabilizará por excessos dos seus comandados, tanto já ter demitido os não respeitando as regras civilizadas do jornalismo dentro da verdade factual dos fatos.

Como Tutinha já declarou não se responsabilizar pelos excessos dos seus nos microfones, tudo leva a crer que, aqui em Bauru, muito em breve, ocorra o mesmo e tudo possa resvalar nos atuais proprietários da concessão, no caso a Auri-Verde. Creio não se fazer necessário enviar-lhe links com os agressivos ataques sendo disparados pelos microfones locais. Um grupo de bauruenses, preocupados com o nível muito baixo do que se difunde hoje pela JP Bauru já está finalizando denúncias para variados órgãos, com intuito de barrar a continuidade do desserviço para a população. Isso não se trata de privação de liberdade ou de censura, muito pelo contrário, trata-se de manter a Liberdade de Expressão dentro de limites. Excedendo-os, trata-se de crime, de bestialidade humana e isso não deve ser tolerado, muito menos permitido.

Cientes de que, o deputado Carlos Braga, enquanto parlamentar, nunca esteve ligado a grupos radicais, nem manteve com ele laços e a Auri-Verde sempre se manteve dentro destes limites, esperamos que a mesma não continue mantendo laços com estes, denominados como a ponta de lança do fútil e banal golpismo brasileiro. Na verdade, a pergunta que não quer calar e tem que ser feita neste momento é somente uma: a direção do espólio da Auri-Verde, hoje capitaneada pelo Sr é conivente com o que é falado nos microfones da emissora em Bauru? Tudo teve início no momento da transferência da Auri-Verde para Jovem Pan, quando antigos locutores, como o recém falecido Barbosa Jr, não pode nem se despedir de seus ouvintes, foi sacado do ar da forma mais vil possível. Tudo começa a partir deste fato e culmina com o putrefação atual.

Na expectativa de compreensão, até para que o Brasil consiga atravessar este momento, altivo, reafirmando sua soberania e reconquista do espaço perdido mundialmente, subscrevo-me

Atenciosamente
HENRIQUE PERAZZI DE AQUINO – jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).

VIVENDO E APRENDENDO A JOGAR
Em Bauru nada acontece por acaso, mas com algumas exceções, acontece e me faz pensar: Coincidência pouca é bobagem. Semana passada dois vereadores marcaram uma reunião com gente da Prefeitura para tratar da questão da revitalização da região central da cidade, mais especificamente da Estação da NOB, localizada na praça Machado de Mello e no entorno, todo abandonado, muita coisa de propriedade da Prefeitura, mas por ela desprezado. Escrevinhei algo sobre não acreditar em mais nada vindo da atual administração. Na verdade, a proposta dos vereadores é para sugerir que a iniciativa privada faça algo, pois do poder público municipal, uma só certeza, nada virá.
Pois bem, hoje cedo, recebo um CONVITE para participar de algo mais do que inolvidável na semana que vem, dia 23/11, na UNESP Bauru, com a denominação "Reflexões Perojetuais sobre Brownfields Ferroviários Centrais: Ideias de Cidade para Bauru". O nome a encabeçar o convite é da professora doutora Lilian Massumie Nakashima e junto dela vários mestrandos com propostas já finalizadas neste sentido. O convite veio do professor doutor Adalberto Retto Junior e prontamente foi aceito por mim. Quero conhecer estes projetos de perto e publico a reprodução do convite neste espaço, exatamente com o intuito de integrar a universidade pública com Bauru. Creio, que de trabalhos como estes surgem mais do que ideias, algumas mais do que possíveis de serem aqui implementadas. Convite feito, que nele também compareça alguns representantes da atual administração. Este assunto é muito sério para permanecer somente sendo debatido entre quatro paredes.

ASSÉDIO ELEITORAL E AFRONTAMENTO GOLPISTA
Escrevo um pouco sobre o assédio eleitoral sofrido por trabalhadores no período pré-eleitoral, quando empresários forçaram a barra para que estes votassem em Bolsonaro. Hoje, estes mesmo financiam o que ocorre nas ruas, com empresários pagando a conta das despesas dos que se mantém defronte os quartéis, instigando um golpe. "Os empresários que forem condenados podem responder a uma ação civil pública em que se pede, inclusive, o pagamento de indenização por danos morais coletivos, além de ter dificultada a obtenção de empréstimos e financiamentos públicos pelo BNDES e bancos oficiais. As ações tem sido coibidas pela adequação espontânea de conduta, por meio de compromisso firmado perante o Ministério Público ou a obtenção de liminares que proíbem a prática de assédio no ambiente de trabalho. Em alguns casos foi obtida retratação do empregador, quando ele reconhece a importância do pluralismo político e da liberdade de consciência e da orientação política de todas as pessoas", escreve o jornalista René Ruschel. Os dois casos são muito similares, num a tática do medo, da ameaça, do terrorismo ao desemprego e noutro, o financiamento de algo ilegal, fora da lei. Devemos trabalhar com a ideia de que, nos próximos anos, haveremos de conviver com um bolsonarismo 2.0, mais adaptativo, mais moderado e outro mais radical, mobilizador de pânico moral. Hoje, o que vemos com estes nas ruas é o pleno do exercício do jogo baixo, a latrina da política emergindo em jatos. Os vencedores unidos vencem isso tudo, não sem antes ocorrer alguns confrontos, atpe naturais. Não será na plena paz que tudo se resolverá, tenham certeza disso. A edição de Carta Capital, hoje nas bancas, disseca bocadinho disso tudo.

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