sexta-feira, 4 de agosto de 2023

CHARGES ESCOLHIDAS À DEDO (197)


DOS QUE QUEREM PRIVATIZAR O DAE, DOS QUE QUEREM MUITO E TUDO FAZEM PARA ISSO ACONTECER E DE MUITOS POUCOS TENTANDO SEGURAR A ONDA
Arildo tenta mostrar o óbvio
Leio atentamente a justificativa do consultor jurídico da Câmara dos Vereadores, o ex-vereador Arildo de Lima Júnior, talvez com a intenção de retardar o que a maioria lá dentro daquela Casa de Leis quer fazer e o quanto antes: dar um jeito de eliminar arestar e colocar logo a autarquia no caminho inexorável da privatização. Ele se apega a detalhes e os cita como se fossem vícios no projeto de lei que autoriza a concessão, ou melhor, a provável privatização. Talvez por se encontrar em minotia, mas ainda resistir, Arildo afirma que, o parecer do texto dos procuradores do município, todos com ligação umbilical com a alcaide Suéllen Rosim, bate de frente com o que apregoa a Lei Orgânica de Bauru, seu Código Sanitário e da própria lei que criou o Fundo de Tratamento de Esgoto. Luta inglória e pelo visto, muito da solitária.

Arildo chega na conclusão mais simples, objetiva e a mais adequada, a de que "o planejamento do tratamento de esgoto deva ser realizado pelo DAE" e não por qualquer outro que se aventure a ficar com a autarquia. Sim, ceder para outrem contraria esse princípio básico, o de que o próprio DAE é capaz de gerir, gerar e administrar tudo, ou continuar sendo o dono do próprio negócio. Os argumentos contrários, os que a alcaide insiste em se utilizar e quem defende eles, são os tais procuradores do muncípio. Para estes, quem deve gerir tudo é quem assumir a coisa, pois não abrem mão de passar tudo para a frente, com o DAE deixando de ser entidade pública, passando para as mãos de alguma entidade privada. Isso, pelo visto, já está decidido e os argumentos de Arildo, minoria na defesa do DAE soberano e senhor de si.

Pouco se importam os tais procuradores e a alcaide nos preceitos escritos na Constituição: "...compete aos entes públicos - União, estados e municípios - fornecer saneamento básico à população". Quer argumento melhor do que este para tudo continuar sendo gerido pelo DAE? Não existe. Se administrações negligenciam dessa tarefa, que essas sejam penalizadas, pois não é por falta de competência que o DAE não cumpre seu papel e sim por falta de interesse. De há muito estão com intenção de rifá-lo e agora, pelo que se vê, já passaram da vontade para o passo seguinte, a concretização da malversação. Arildo faz uso do Código Sanitário para tentar segurar a onda. Este diz: "...todo e qualquer serviço de abastecimento de água ou de coleta e disposição de esgoto deve se sujeitar ao controle do DAE".

Como se vê, nem o que prescreve a legislação em vigor é mais forte do que a vontade de fazer dinheiro com o DAE. Quando a maioria quer, mesmo que isso descumpra a lei, dane-se a lei, mas façamos grana e depois a gente vê como é que fica. Que não vai dar certo é quase certeza, pois na maioria do mundo não deu e já estão a devolver tudo para o trato público, mas aqui, como isso ainda não aconteceu, querem primeiro vender, depois ver tudo subir e só depois, acabar recomprando tudo. Eu estou muito velho para presenciar in loco o processo por inteiro, desde a venda, o setor privado se instalar e aumentar os preços, depois a população não conseguir pagar e nem ter serviços adequados, para lá na frente constatarem que, tudo foi uma imensa burrice. Meus anos de vida não permitirão ver tudo isso acontecendo. Devo ficar na metade do caminho, mas é líquido e certo, vão privatizar/vender e a população de Bauru vai tomar na carraqueta. No momento, palmas para o Arildo, tentando segurar um pouco mais a onda. Só mesmo uma ampla revolta popular para impedir a besteira de ser efetivada.


RITA LEE DIRIA QUE "TUDO VIRA BOSTA"
"O Bauru Tênis Club foi palco para Paulo Autran, Vinicius de Moraes, Marília Pera além de inesquecíveis carnavais; a Cervejaria dos Monges teve show de B.B. King, Milton Nascimento, Cássia Eller, Zeca Pagodinho, Rita Lee e mais, o que ambos tem em comum ? Tornaram-se igrejas neopentecostais que apostam na ignorância, mau gosto, desvalorização da cultura, "pois assim se ganha mais dinheiro". Triste fim da "cidade sem limites" que de cidade universitária transformou-se num gueto bolsonarento, fundamentalista, ignorante, triste e feio ", Bel Marques.

O MELHOR DO ANIVERSÁRIO DE BAURU OCORRE NO SESC
Imperdível o Bauru Jazz Festival.
Quem perder é a mulher do padre...

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