terça-feira, 28 de abril de 2009

TRÊS CARTAS (28)
"LÁGRIMAS DE MARQUETEIRA", "DILMA, O BISTURI E O MACHISMO" e "MODERNINHO, PERO NO MUCHO"
LÁGRIMAS DE MARQUETEIRA – Carta publicada na Tribuna do Leitor, Jornal Cidade - Bauru SP, 23/04 por leitor:
“Embora a um ano e meio das eleições de 2010, a TV Record, em seu noticiário, mostrou um exemplo do que vai ser a campanha presidencial, mostrando as lágrimas “comovidas” da ministra Dilma ao se lembrar da infância em Minas, coincidentemente segundo maior colégio eleitoral do país, onde seus resultados são pífios. Nesta situação se caracterizam uma série de mazelas da política brasileira: primeiro uma TV que é concessão pública utilizando seu noticiário para fazer campanha descarada em favor de uma candidata, que é apoiada pelo partido de seus controladores. Segundo, a ministra e o presidente Lula usando a máquina pública para fazer campanha em inaugurações e eventos oficiais, pouco se lixando para considerações éticas antes bandeira de seu partido PT. A ministra, com seu novo visual “Barbie dos Pampas”, recauchutada de acordo com a recomendação dos marqueteiros e agora usando o choro direcionado de acordo com as platéias, pouco considerando as ilegalidades e imoralidades da situação, pois além de estar em evento oficial e patrocinado pelos cofres públicos, ainda por lei são proibidas as campanhas anteriores à escolha dos partidos e desincompatibilização dos candidatos. Com exemplos como este fica difícil de prever a que tipo de manipulação o partido no poder utilizará para eleger a qualquer custo sua candidata e muita água vai rolar por esta ponta se a Justiça Eleitoral não demonstrar sua independência e imparcialidade, punindo essa prática”. MÁRCIO M. CARVALHO

DILMA, O BISTURI E O MACHISMO - Resposta de minha lavra, publicada hoje, 28/04, na mesma Tribuna do Leitor, do JC:
"Na TV vejo a ministra Dilma numa coletiva anunciando estar com câncer. Momento trágico, porém, com certeza, missivistas como sr Márcio M. Carvalho, que nesta Tribuna em 23/04, “Lágrimas de Marqueteiro”, destila algo sobre o aparecimento da ministra nos noticiários de uma de nossas TVs, poderão encontrar na doença uma encenação, com intuito de ganhar votos. Esbraveja contra abusos, favorecimentos. Márcio se diz revoltado com uso da máquina pública em inaugurações e eventos oficiais. Porém, enxerga tudo somente com um olho, mantendo o outro fechado, caolhamente. Aqui em São Paulo, nosso governador desfila por todo interior em inaugurações seguidas, muitas delas pífias, ainda mais agora quando tenta dar uma conotação de ministério ao seu secretariado. Nossas TVs reproduzem isso tudo a todo instante, com seguidas imagens de todos eles. Campanha na melhor acepção da palavra. Não seria o caso para o sr Márcio também esbravejar? Ainda no texto, algo preconceituoso, quando denomina a ministra de “Barbie dos Pampas e recauchutada”, por causa de uma plástica. Se bem entendi, mulher não pode fazer plástica, pior ainda se estiver na vida pública e militar num partido da dita esquerda. Sendo assim, o massacre está liberado. Caro Márcio, sinto muito se a ministra o incomoda. Sei ser ela a bola da vez, mas o que mais agride é o machismo residual a serviço da hipocrisia facciosa.Outro dia um jornalista deu a resposta ideal para gente que pensa dessa forma: “Que culpa terá ela se a seus adversários nem o milagre do bisturi endireita?”.

MODERNINHO, PERO NO MUCHO - Esse também meu, após ler perfil da ministra Dilma na última edição da Revista Piauí (abril 2009). Enviada para redação da revista. Não sei se será publicada na edição de maio:
"Leio a revista Piauí desde que foi lançada. Tenho todas aqui no meu mafuá. Aprecio com moderação, pois sinto um certo ar de conservadorismo, favorecendo mais nossa elite política. Talvez por ser cria de uma família das mais tradicionais desse país. Na edição de abril, a revista traça um perfil da ministra Dilma, ressaltando seu lado guerrilheiro. Num país cheio de preconceitos, que não sabe nem valorizar a luta dos que enfrentaram a ditadura, tudo é feito para prejudicá-la. Por outro lado, a mesma revista nunca traçará um perfil do governador Serra, o provável adversário de Dilma, versando sobre a sua fuga do Chile, tão logo ocorre o golpe de estado em 1973. O lado fujão do Serra não interessa ser mostrado, mas o da Dilma fichada sim. É algo nesse sentido que consigo distinguir nos textos da revista. Tenho muitos exemplos, como um perfil meio que negativo do Marco Aurélio Garcia e texto do Conti, "Como Lula vê a imprensa". No mais, continuo lendo. E colecionando".
OBS.: A tira publicada é do Rep, tirada do Pagina 12, edição de hoje: Fujam do neoliberalismo, da mesma forma que da dengue e da gripe suína. Todos são altamente contagiosos. Risco de vida.

6 comentários:

Anônimo disse...

Henrique

Adorei o "Que culpa terá ela se a seus adversários nem o milagre do bisturi endireita". Quem foi o jornalista que proferiu tão acertada frase? Diga a nós.

Victor
Unesp Bauru

Mafuá do HPA disse...

caro Victor

O jornalista é o Nirlando Beirão, ele escreve semanalmente na Carta Capital a coluna "Estilo", com uma verve bem afiada e uma postura das mais dignas e honestas. Gosto dem ais dessa revista pois é a única semanal que permanece tendo como linhamestra a verdade factual dos fatos. Não pense que ela defende o Lula em todos os momento. Quando se faz necessário uma crítica ela não se omite, mas não o faz gratuitamente como as demais, não o faz como parte da imprensa, numa oposição odiosa, que resvala até numa espécie de que o Brasil não dê certo, para não melhorar os índices de popularidade do presidente. Nirlando e Carta Capital não são medíocres e sou devorador voraz dos textos lá publicados.

Henrique, direto do mafuá

Mafuá do HPA disse...

caro Victor

O jornalista é o Nirlando Beirão, ele escreve semanalmente na Carta Capital a coluna "Estilo", com uma verve bem afiada e uma postura das mais dignas e honestas. Gosto dem ais dessa revista pois é a única semanal que permanece tendo como linha mestra a verdade factual dos fatos. Não pense que ela defende o Lula em todos os momentos. Quando se faz necessário uma crítica ela não se omite, mas não o fazendo gratuitamente como as demais, não o faz como parte da imprensa, numa oposição odiosa, que resvala até numa espécie de torcida para que o Brasil não dê certo, para não melhorar os índices de popularidade do presidente. Nirlando e Carta Capital não são medíocres e sou devorador voraz dos textos lá publicados.

Henrique, direto do mafuá

Anônimo disse...

DILMA DESMASCARA FRAUDE DA FOLHA... DILMA NÃO É LULA...
Tomara que a Dilma feche a Folha
Leia, amigo navegante, o assombroso documento que Luís Nassif publicou.

É uma carta que nem a Folha (*) e nem seu ombudsman teve a coragem de publicar.
Se quiser - e deveria fazê-lo - Dilma deveria processar o jornal que simboliza e concretiza a ligação do PiG (**) brasileiro com o regime militar e o golpe para derrubar o presidente Lula.
Se a ministra Dilma Rousseff não processar a Folha, ela abrirá as portas para que essa campanha presidencial seja a mais torpe da história do Brasil.
Tornará a campanha de Collor contra Lula um exercício de civilidade e elegância.
O PiG e o Globo em especial, matam Dilma várias vezes numa mesma edição. E, aparentemente, Zé Pedágio ainda não começou a distribuir os dossiês, como fez contra o então adversário Paulo Renato de Souza .
Se Dilma não processar a Folha, a Folha entregará seus carros de reportagems, seus repórteres, seus colunistas e o ombudsman a uma “Operação Bandeirantes”, versão neoliberal.
Em nome da democracia brasileira o Conversa Afiada sugere que a ministra Dilma contribua para fechar a Folha de S. Paulo por meio de uma desmoralizadora ação judicial.
Dilma não é Lula: ela não tem medo do PiG.
Paulo Henrique Amorim
Leia a carta de Dilma:
29/04/2009 - 15:45

A carta que não foi publicada
De Dilma Rousseff
Senhor Jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva
Ombudsmann da Folha de São Paulo,
1. Em 30/03/2009, a jornalista Fernanda Odilla entrevistou-me, por telefone, a pedido do chefe de redação da Folha de São Paulo, em Brasília, Melchíades Filho, acerca das minhas atividades na resistência à ditadura militar.
2. Naquela ocasião ela me informou que para a realização da matéria jornalística, que foi publicada dia 05/04/09, tinha estado no Superior Tribunal Militar – STM. No entanto, eu soube posteriormente que, com o argumento de pesquisar sobre o Sr. Antonio Espinosa, do qual detinha autorização expressa para tal , aproveitara a oportunidade e pesquisara informações sobre os meus processos, retirando cópias de documentos que diziam respeito exclusivamente a mim, sem a minha devida autorização
3. A repórter esteve também no Arquivo Público de São Paulo, onde requereu pesquisa nos documentos e processos que me mencionavam, relativos ao período em que militei na resistência à ditadura militar. Neste caso, é política do Arquivo de São Paulo disponibilizar livremente todos os dados arquivados e, em caso de fotocópia, autenticar a cópia no verso com os dizeres “confere com o original”, com a data e a assinatura do funcionário responsável pela liberação do documento.
4. Os documentos pesquisados pela jornalista foram aqueles relativos ao Prontuário nº 76.346 e as OSs 0975 e 0029, sendo também solicitadas extrações de cópias.
5. Apesar da minha negativa durante a entrevista telefônica de 30/03 sobre minha participação ou meu conhecimento do suposto seqüestro de Delfim Neto, a matéria publicada tinha como título de capa “Grupo de Dilma planejou seqüestro do Delfim”. O título, que não levou em consideração a minha veemente negativa, tem características de “factóide”, uma vez que o fato, que teria se dado há 40 anos, simplesmente não ocorreu. Tal procedimento não parece ser o padrão da Folha de São Paulo.
6. O mais grave é que o jornal Folha de São Paulo estampou na página A10, acompanhando o texto da reportagem, uma ficha policial falsa sobre mim. Essa falsificação circula pelo menos desde 30 de novembro do ano passado na internet, postada no site www.ternuma.com.br (“terrorismo nunca mais”), atribuindo-me diversas ações que não cometi e pelas quais nunca respondi, nem nos constantes interrogatórios, nem nas sessões de tortura a que fui submetida quando fui presa pela ditadura. Registre-se também que nunca fui denunciada ou processada pelos atos mencionados na ficha falsa.
7. Após a publicação, questionei por inúmeras vezes a Folha de São Paulo sobre a origem de tal ficha, especificamente o Sr. Melchiades Filho, diretor da sucursal de Brasília. Ele me informou que a jornalista Fernanda Odilla havia obtido a cópia da ficha em processo arquivado no DEOPS – Arquivo Público de São Paulo. Ficou de enviar-me a prova.
8. Como isso não aconteceu, solicitei formalmente os documentos sob a guarda do Arquivo Público de São Paulo que dizem respeito a minha pessoa e, em especial, cópia da referida ficha. Na pesquisa, não foi encontrada qualquer ficha com o rol de ações como a publicada na edição de 05/04/2009. Cabe destacar que os assaltos e ações armadas que constam da ficha veiculada pela Folha de São Paulo foram de responsabilidade de organizações revolucionárias nas quais não militei. Além disso, elas ocorreram em São Paulo em datas em que eu morava em Belo Horizonte ou no Rio de Janeiro. Ressalte-se que todas essas ações foram objeto de processos judiciais nos quais não fui indiciada e, portanto, não sofri qualquer condenação. Repito, sequer fui interrogada, sob tortura ou não, sobre aqueles fatos.
9. Mais estranho ainda é que a legenda da ficha publicada pela Folha dizia: “Ficha de Dilma após ser presa com crimes atribuídos a ela, mas que ela não cometeu”. Ora, se a Folha sabia que os chamados crimes atribuídos a mim não foram por mim cometidos, por que publicar a ficha? Se optasse pela publicação, como ocorreu, por que não informar ao leitor de onde vinha a certeza da falsidade? Se esta certeza decorria de investigações específicas realizadas pela Folha, por que não informar ao leitor os fatos?
10. O Arquivo Público de São Paulo também disponibilizou cópia do termo de compromisso assinado pela jornalista quando de sua pesquisa, ficando evidente que a repórter não teve acesso a nenhum processo que tivesse qualquer ficha igual à publicada no jornal.
11. Mais ainda: a referida não existe em nenhum dos arquivos pesquisados pela jornalista, seja o STM, seja o Arquivo Público de São Paulo. O fato é que até o momento a Folha de São Paulo não conseguiu demonstrar efetivamente a origem do documento.
12. Considero ainda que a matéria publicada na sexta-feira,17 de março, em que a Folha relata as minhas declarações ao jornalista Eduardo Costa, da rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, não esclarece o cerne da questão sobre a responsabilidade do jornal no lamentável e até agora estranho episódio: de onde veio a ficha que afirmo ser falsa?
13. Após 21 dias de espera, não acredito ser necessária uma grande investigação para responder à seguintes questões: em que órgão público a Folha de São Paulo obteve a ficha falsa? A quem interessa essa manipulação? Parece-me óbvio que a certeza sobre a origem de documentos publicados como oficiais é um pré-requisito para qualquer publicação responsável.
14. Transcrevo abaixo o texto literal do termo de responsabilidade assinado pela jornalista em 22/01/09:
“Declaro, para todos os fins de Direito, assumir plena e exclusiva responsabilidade, no âmbito civil e criminal, por quaisquer danos morais ou materiais que possa causar a terceiros a divulgação de informações contidas em documentos por mim examinados e a que eu tenha dado causa. Ficam, portanto, o Governo do Estado de São Paulo e o Arquivo do Estado de São Paulo exonerados de qualquer responsabilidade relativa a esta minha solicitação.
Declaro, ainda, estar ciente da legislação em vigor atinente ao uso de documentos públicos, em especial com relação aos artigos 138 e 145 (calúnia, injúria e difamação) do Código Penal Brasileiro.
Assumo, finalmente, o compromisso de citar a fonte dos documentos (Arquivo do Estado de São Paulo) nos casos de divulgação por qualquer meio (imprensa escrita, radiofônica ou televisiva, internet, livros, teses, etc).” (Cópia em anexo)
15. Por último, cabe deixar claro que a ficha falsa foi divulgada em vários sites de extrema direita, como: a) Ternuma (Terrorismo Nunca Mais), blog de apoio ao Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra, ficha falsa postada em 30 de novembro de 2008; b) Coturno Noturno – Blog do Coronel: ficha falsa postada em 27 de março de 2009 (a ficha está “atualizada” apresentando uma foto atual) (http://coturnonoturno.blogspot.com/2009/04/desta-parte-dilma-lembra-tudo.html). A partir daí, outros sites na internet também divulgaram a ficha: a) http://fórum.hardmob.com.Br/showthread.php; b) http:/www.viomundo.com.Br/blog/dilma-terrorista/
16. Estou anexando a este memorial cópia de alguns documentos que considero importantes para sua avaliação:
➢ Termo de responsabilidade assinado pela jornalista no Arquivo de SP;
➢ Cópia de fichas onde consta a foto (ou idêntica) à utilizada para montagem da ficha usada pela Folha de São Paulo
➢ Cópia da solicitação da jornalista Fernanda Odilla ao STM de acesso a informações sobre Antonio Espinosa
➢ Autorização do Sr. Antonio Espinosa para acesso aos seus documentos
➢ Termo de Compromisso assinado pela jornalista Fernanda Odilla junto ao STM.
(*) Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha – clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

enviado por MARCELO CAVINATO - BARRA BONITA SP

Mafuá do HPA disse...

MEUS CAROS
O JC PUBLICA NA EDIÇÃO DE HOJE UMA RÉPLICA DO SR MÁRCIO.
Ele continua tão caolho como afirmei em minha carta, pois só enxerga a corrupção dos adversários e não as do grupo que defende, no caso os tucanos. Não cita nehuma das graves corrupções envolvendo o PSDB, que defende e milita. Assim fica difícil...

Enaltece Serra e critica as açõesdo Governo Federal em parceria com países latinos, como a Bolívia. Ele quer o que, que nos digladiemos com nossos irmãos latinos? Esse é o perigoso pensamento de um gruopo que tenta voltar ao poder. Um grupo que entregou o país à lula com uma dívida monstruosa e desvalorizado mundialmente.

Não dá para discutir com pessoas limitadas e caolhas. Publico a carta dele aqui e essas poucas linhas.

03/05/2009
Lágrimas e bisturis - tréplica
Esta tribuna publicou, no exercício da democracia, em 28/4, carta do leitor sob o tema "Dilma, o bisturi e o machismo", em réplica a outra carta de minha autoria sob o título “Lágrimas da marqueteira”, onde narrei o episódio em que a ministra Dilma Rousseff, virtual candidata do PT à Presidencia, derrama as lágrimas (marqueteiras) em Minas Gerais se referindo à sua infância e transmitidas com grande alarde pela TV da base aliada, a Record. Que reitero são produtos de puro marketing e antigamente denominada de demagogia.

O leitor sr Henrique P. de Aquino, como eu assíduo participante desta coluna, comete em seus textos algumas injustiças em seus comentários demonstrando não ter assimilado meu texto: A primeira e maior, sem dúvida, é taxá-lo de machista somente porque critica a sra. Dilma na sua condição de política e de demagoga, em sua condição de ministra e que em minha opinião realiza uma má utilização de recursos públicos em promoção de candidatura, não só por ela, mas principalmente pelo governo que ela representa. Em muitos episódios, como o mensalão, este governo demonstrou não visualiar nenhuma fronteira entre o píblico e o privado, daí as críticas que fiz se dirigirem à política Dilma e nunca à Dilma mulher, como equivocadamente quis ensinuar o sr. Aquino. E não são mudadas nem mesmo pelas condições de doença infelizmente ocorridas e também explorados de maneira holywoodana, isto sim em desrespeito à pessoa da sra. Dilma, mulher e mãe.

Outra questão é que não tenho nenhum engajamento político, tanto que várias vezes nesta coluna critiquei o governo Serra pelo descaso com nossa cidade. Agora, sem dúvida, a forma de Serra e de Dilma tratarem os recursos públicos é bem diferente, como a competência que o ex-ministro da Saúde Serra na implantação dos medicamentos genéricos e a ministra da casa civil e ex-ministra das Minas e Energia, que investiu recursos da Petrobras no companheiro Evo, e em mais de um ano de implantação do PAC não conseguiu aplicar nem 1% do valor original prometido, embora este seja seu único patrimônio eleitoral.

Já o missivista Aquino aparenta ser petista pré-mensalão, daqueles que pregam democracia e a todos criticam em seu nome, no entanto, não aceita democraticamente nem a crítica nem sequer o debate de idéias quando elas divergem de seu pensamento.

O presidente Lula goza de inegável popularidade, mas se engana se deseja empurrar para nós eleitores “um poste”, mesmo que seja este poste revestido da honrosa condição feminina. O que está em jogo é o ou a melhor para o país e o ou a mais competente, pouco importando se mulher ou homem.


Márcio M. Carvalho

Mafuá do HPA disse...

MEUS CAROS


Recebi em casa a última edição da revista Piauí, maio 2009. Minha carta está lá publicada. Não inteira. A parte mais significativa, a que continha o seguinte comentário foi subtraida.

"O lado fujão do Serra não interessa ser mostrado, mas o da Dilma fichada sim. É algo nesse sentido que consigo distinguir nos textos da revista".

Ficaria mais contundente a publicação desse complemento. Fizeram questão de deixá-lo de fora.

Um abraço a todos
HPA, direto do mafuá