quarta-feira, 21 de setembro de 2011

BAURU POR AÍ (57) e UM LUGAR POR AÍ (17)

‘CIRCO DOS OBJETOS ‘ E ‘FEIRA SÃO CRISTOVÃO’ NO RIO DE JANEIRO COM BAURUENSES MARIZA E KYN
Estando na cidade do Rio de Janeiro no domingo passado, 18/09, passei boa parte da manhã colocando as conversas em dia com os amigos Kyn Junior e Mariza Basso, que há quatro meses estão instalados no Grajaú, Zona Oeste do Rio, usando o bairro como ponto de partida para atividades mil, espalhadas não só naquela cidade, estado, como o Brasil num todo. Estão viajando adoidado, eles dois e o Julinho Hernandez, principalmente com a novíssima versão da peça “O Circo dos Objetos”. Naquele dia a última apresentação da peça no SESC Tijuca (rua Barão de Mesquita 539), após ter ficado em cartaz durante um mês inteiro. Não podia perder a oportunidade de presenciar e avaliar a quantas anda o trabalho que estão usando como cartão de visitas. Os vejo radiantes, falantes e cheios de planos. Acabaram de ser recebidos pelo gerente nacional do SESC, num almoço no SESC Barra e em tudo o que fizeram, sempre algo a salientar: falaram por demais de Bauru. Almoçamos juntos e deixo de ir assistir no estádio do Engenhão, ali perto, em Engenho de Dentro, ao clássico Flamengo x Botafogo (foi 1x1). Ganhei de ir vê-los e o fiz junto de dona Darcy Soliva da Costa, uma solene carioca da gema, minha sogra. Casa quase cheia e um sucesso, pois lá não é igual a Bauru onde o evento do SESC é notícia no jornal, dá capa, primeira página dos cadernos de cultura. Lá, qualquer espetáculo é mais um e a divulgação é feita no muque. Vibrei com o que vi e sai de lá com a certeza de que esses meus amigos vão cada vez mais longe (já foram para Colômbia, México, Portugal e Espanha), pois atingiram um nível de qualidade considerável. Depois de tudo, fico a observar o carinho com que trataram o público e um algo mais: como é interessante observar a desmontagem do espetáculo e como tudo aquilo que estava em cena acaba cabendo num espaço tão pequeno, dentro de poucas malas. Na manhã seguinte, voltaram para uns dias em Bauru, de onde sairiam direto para Fortaleza CE. E dá-lhe estrada.

Mas o domingo com a dupla de amigos não se encerrou por aí. Kyn após essa hibernação pelo Rio, já se diz um quase carioca (ainda não fala arrastado) e me propôs algo bem interessante para a noite de domingo, prontamente aceito. Fomos os três ver a Feira de São Cristovão, quase ao lado da Quinta da Boa Vista e começo da Linha Vermelha. Chegamos pouco antes das 19h e o local, após um final de semana cheio de atrações ainda bombava. Ao lado, num apartado da feira, um show com Alexandre Pires, que fizemos questão de nem passar perto, pois não é esse tipo de som o da nossa identificação. Aquele espaço é o reduto dos nordestinos na cidade do Rio e tem de tudo um pouco. Barracas uma ao lado da outra, cada uma revendendo algo, desde os comestíveis, como rapadura, farinhas, doces e carne de sol, junto de aguardentes variadas, bares e restaurantes lotados e muita gente dançando animados forrós, ao estilo ‘pé de serra’. Perambulamos pelo local, observamos de tudo um pouco, curtimos cada nova situação, rimos para dedéu e escolhemos um lugar para bebericarmos algumas cevadas, com uma ampla visão para uma pista de dança. Kyn viajou num sonho antigo, o de levar para o interior um cadinho dessa feira e mambembear num roteiro a percorrer o interior paulista. Presenciamos uma bela festa popular, um espaço de verdadeira cultura, um povo feliz da vida a dançar o ritmo de sua região e juntando isso tudo, nós três saímos de lá também felizes. Ao pegar o carro no estacionamento, o show do Pires estava comendo solto ao lado, mas não chegava nem perto do tipo de cultura que havíamos acabado de presenciar in loco. Nosso domingo estava mais do que ganho.

Esses são dois belos exemplos do que faço pela aí nas viagens que empreendo, misturando trabalho com lazer, cultura com ganha pão, furdunço com ralação. É assim que sou feliz. Não existe como dissociar um do outro. Escrevo mais disso nos próximos dias, uma ida à UERJ ver um show gratuito do Casuarina, um ensaio de um musical sobre a Revolta da Vacina, a peça "Filha Mãe Avó Puta - Uma Entrevista" no CCBB e uma bebericagem federal na noite de quarta.

Um comentário:

Daniel Faria disse...

Olá, Henrique, tudo bem?

Sou estudante de jornalismo da UNESP, em Bauru, e estou trabalhando num suplemento sobre a vida nos bairros da cidade. Acompanho seu blog, e como você é um grande conhecedor da cidade, gostaria de pedir seu e-mail para enviar algumas poucas perguntas sobre algumas regiões de Bauru.

Meu e-mail é daniel.faria.7@hotmail.com

Sua colaboração seria de grande ajuda para mim.

Agradeço desde já,

Abraços

Daniel Faria