sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

UM COMENTÁRIO QUALQUER (33)

E PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE CARNAVAL
Carnaval para mim, antes de mais nada é trabalho. Nessa época do ano faço medalhas e troféus de clubes, todos para cidades vizinhas à Bauru. Nesse ano destaco um deles aqui, o para o Icaiçara Clube, de Santa Cruz do Rio Pardo. Ressalto esse, pois o trabalho que esse clube continua fazendo em relação ao Carnaval é louvável. Fazem algo como nos áureos tempos, com toda a pompa que o festejo deveria merecer. E continuam reunindo centenas de pessoas em seus bailes, todos muito concorridos. Fiz para eles as medalhinhas de pescoço para os bailes infantis e os troféus para os bailes adultos (tudo aprontado aqui no mafuá). Esse é meu trabalho nessa época e o motivo de minhas olheiras fundas. Se a fisionomia apresenta um certo ar de cansaço, ela não sairá de minha face até o término da festa. Gosto muito de Carnaval e nesse ano, sinto algo a mais, uma certa revitalização. Sendo assim, participo de tudo o que puder. Até não querer e poder mais.

Conto aqui também a história de um chapéu. Acho que estou na idade de usar um, talvez para esconder um pouco o cocoruto desprovido. Fui comprar umas máscaras para complementar os troféus e me deparo com uns chapéus, bem ao estilo que procurava. Havia pesquisado por aí e os preços estavam um tanto caros, por volta de R$ 80 reais. Pois encontrei a R$ 3 reais, num material sintético, qualidade inferior e produto chinês. Trouxe logo três. Ando todo pimpão com os chapéus a preço de banana na cabeça. Algumas perguntas me instigam: Como competir com esses produtos chineses? Ainda tenho vontade de adquirir o de qualidade, mas quando? Até onde essa invasão chinesa nos é benéfica? Como um fabricante nacional sobrevive diante disso tudo? Responder isso é um exercício para entendermos algo sobre a globalização e esses nossos tempos.

Por fim, uma justa homenagem. Saio no Bloco Amigos da Folia, organizado pela Cléo, da famosa Malharia e pela Zezé Ursolini. Vamos hoje ao baile de abertura do Carnaval, lá no Luso e depois tentaremos sair na avenida, numa espécie de "Vai quem quer", bem ao meu estilo. Tive a idéia, passei para o grupo, eles aprovaram e faremos uma justa homenagem a Robertinho Godoy, o carnavalesco que partiu pouco antes da festa desse ano. Um banner foi feito e circularemos com ele por aí, tudo para não que ninguém esqueça desse grande personagem de nosso carnaval. Quem fez foi o Jurandir, da Lume Light, num precinho dos mais camaradas, tanto que reproduzo aqui a arte do banner no impresso de sua firma, para valorizar sua participação. No mais, hoje Baile no Luso, amanhã Eduardo Dusek cantando Carmem Miranda no Alameda, domingo desfile na rua, segunda vou tentar ir no Icaiçara e na terça, se ainda estiver em condições, penso numa outra alternativa. Nos intervalos muita leitura, preparação dos projetos para março e colocar a "barba de molho", pois nem tudo é festa na caminhada que me aguarda. Pois que venha "el toro".

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