domingo, 27 de fevereiro de 2011

FRASES DE UM LIVRO LIDO (46)

'CHEIRO DE GOIABA', LIVRO DE GABRIEL GARCIA MÁRQUEZ
Hoje é domingo, o sol aqui no sertão paulista bate forte e doído, muito propício para saídas outras que não a permanência aqui no suadouro deste mafuá. Não sem antes cumprir o prometido, a publicação de um textículo, digo texto diário. O faço com a galhardia propiciada pelo domingo e por atividades outras que me esperam lá fora, dentre elas a caminhada na Feira do Rolo, a Cia Pia Fraus na praça Rui Barbosa, um cinema com o filme Biutiful, o renascimento do Noroeste no Alfredão, o show do Pato Fu no SESC, uma visita ao Zé da Viola, o namoro, uma escapada com o filho, almoço com os pais e as leituras do dia. Do livrinho (por ser curto, saboroso como uma boa goiaba bichada, leitura para uma sentada), conversas com Plínio Apuleyo Mendoza, amigo de juventude de Márquez. No livro, o escritor colombiano revela a sua história e o que pensa da literatura, das mulheres, da política. É pouca coisa e depois o domingo, pois ouço daqui um helicóptero circundando a feira rolística(hoje deve ter batida contra os ambulantes e camelôs) e um trio elétrico tocando carnaval (para onde irão esses?).

- "Há um momento em que todos os obstáculos são derrubados, todos os conflitos se apartam e à pessoa ocorrem coisas que não tinha sonhado, e então não há na vida nada melhor do que escrever. Isso é o que eu chamaria de inspiração".
- "A vida cotidiana na América Latina nos demonstra que a realidade está cheia de coisas extraordinárias".
- "Em Cem Anos de Solidão, um condenado à morte diz ao coronel Aureliano Buendía: "O que me preocupa é que de tanto odiar os militares, de tanto combatê-los, de tanto pensar neles, você acabou por ser igual a eles". E concluiu: "Nesse passo, você vai ser o ditador mais despótico e sanguinário de nossa história".
- "Como teria agradado ao escritor de 30 anos, que eu era com um suéter furado nos cotovelos, ter vivido uma aventura com uma dessas moças bonitas e sofisticadas que hoje se insinuam junto ao escritor de 50 anos e este deixa de lado para não alterar a tranquilidade e a organização de sua vida".
- "Que tipo de governo você desejaria para seu país?", me perguntam. - "Qualquer governo que façam os pobres felizes", respondo.
- "Com efeito, apesar de muitos poucos reconhecerem, todo homem normal chega morto de medo a uma nova experiência sexual".

OBS.: Esse livro eu não tenho em minha modesta biblioteca, tendo-o lido em 2004 (o livro é de 1982) num dos lugares que adoro frequentar e o faço desde que me conheço por gente, a Biblioteca Pública Municipal de Bauru.

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